Pedro Soares dos Santos: Concertação Social só vale “em termos políticos”
Pedro Soares dos Santos, CEO da Jerónimo Martins, disse que grupo "não tem salários mínimos", considerando que a Concertação Social não representa o tecido empresarial português.
O presidente e administrador delegado do grupo Jerónimo Martins afirmou hoje que a Concertação Social em Portugal não representa o tecido empresarial português e que, na prática, “só vale em termos políticos”.
Questionado pelos jornalistas sobre o impacto da subida do salário mínimo nacional e a redução da Taxa Social Única (TSU), na conferência de apresentação dos resultados anuais da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos afirmou que o grupo “não tem salários mínimos”.
“Sempre pagou acima e vai continuar a pagar. Nesta área temos isso bem definido”, afirmou, salientando que a TSU “já não é tema, se calhar nunca foi tema”.
Sobre a Concertação Social neste tema, Pedro Soares dos Santos desvalorizou o seu papel. “A Concertação Social em Portugal não representa hoje verdadeiramente o tecido empresarial português”, afirmou Pedro Soares dos Santos. “Se representasse tinha uma força, uma capacidade de intervenção completamente diferente do que tem hoje”, prosseguiu.
"A Concertação Social em Portugal não representa hoje verdadeiramente o tecido empresarial português. Se representasse tinha uma força, uma capacidade de intervenção completamente diferente do que tem hoje.”
Questionado sobre o valor do órgão em termos práticos, Pedro Soares dos Santos afirmou: “Só vale em termos políticos, em termos comerciais não vale nada”.
Jerónimo Martins investe 700 milhões
Este ano, a Jerónimo Martins prevê abrir 100 lojas na Polónia e um centro logístico, já em Portugal vai abrir no Norte do país o centro de logística Alfena/Valongo, à partida em maio, que vai criar 400 postos de trabalho.
Além disso, está previsto um novo centro logístico em Lisboa.
Na Colômbia, o grupo prevê abrir 150 lojas Ara e três novos centros de distribuição.
O investimento para 2017 é de 700 milhões de euros, dos quais 400 milhões para Polónia, 150 milhões de euros para Portugal e o restante para a Colômbia.
Sobre a concorrente espanhola Mercadona, Pedro Soares dos Santos disse que espera pela sua entrada.
“Primeiro tenho de ter a certeza que vão entrar”, comentou, acrescentando que é preciso “ver para crer”.
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