Wall Street à espera de Trump com novos recordes
Os principais índices bolsistas norte-americanos registaram ganhos modestos, mas ainda assim bateram novos máximos históricos.
Foi pouco, mas o suficiente para fazer história. As ações norte-americanas encerraram esta segunda-feira com ganhos muito ligeiros, mas que não impediram a assinatura de novos máximos históricos, apesar da expectativa dos investidores relativamente ao discurso de Donald Trump perante o Congresso nesta terça-feira.
Após uma abertura em terreno de perdas, os principais índices bolsistas norte-americanos acabaram por inverter o rumo para fecharem com ganhos ligeiros. Foi o que aconteceu com o S&P 500, que terminou a somar 0,09%, para os 2.369,25 pontos, em novos máximos de sempre, acontecendo o mesmo com o industrial Dow Jones que avançou 0,08%, para terminar nos 20.837,44 pontos. O índice industrial prolongou assim o mais extenso ciclo de ganhos em 30 anos. Já o Nasdaq encerrou a sessão a ganhar 0,28%, para os 5.861,899 pontos, também bem próximo de níveis recorde. Os títulos do setor energético foram aqueles que mais suportaram os ganhos apresentados pelos principais índices norte-americanos na sessão de hoje.
No entanto, a cautela acabou por ser a palavra de ordem no mercado acionista dos Estados Unidos, numa altura em que as opiniões dos investidores se dividem em relação à atuação do novo presidente dos EUA. Enquanto uns esperam que, nesta terça-feira, Donald Trump venha a revelar detalhes relativamente a medidas em prol do clima dos negócios — incluindo a reforma tributária, o repatriamento de capitais e o aumento dos gastos com infraestruturas –, outros mostravam-se reticentes em relação às medidas que o presidente dos EUA irá apresentar perante o Congresso.
“Os mercados não vão fazer nada enquanto não se souber o que vai acontecer amanhã“, disse Jeffreu Saut, diretor de investimentos da norte-americana Raymond Financial, citado pela Reuters. “Os investidores querem algo concreto acerca dos impostos às empresas e ao repatriamento”, acrescentou o mesmo especialista.
Entretanto, esta segunda-feira, Donald Trump apresentou o seu primeiro draft para o Orçamento federal de 2018, e entre opções previsíveis e outras mais surpreendentes destaca-se um aumento marcado nas despesas militares: o novo Presidente dos Estados Unidos pretende que o país gaste mais 9% em defesa, o que se traduz num aumento de cerca de 50 mil milhões de euros.
Excluindo o impacto da esfera política sobre os mercados acionistas norte-americanos, e olhando para a performance empresarial, o balanço tem sido positivo. Numa altura em que mais de 90% das cotadas do S&P 500 — índice que agrega as 500 maiores capitalizações bolsistas dos Estados Unidos — já apresentaram contas, cerca de três quartos bateram as estimativas de lucros, enquanto metade superaram as previsões de vendas, mostram dados compilados pela Bloomberg.
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