Banca estrangeira aposta no negócio das casas
Os promotores imobiliários nacionais estão a ser sondados por bancos alemães e holandeses, que são atraídos pelo boom do mercado e por spreads mais altos, avança o DN/Dinheiro Vivo.
Há bancos europeus a sondar promotores imobiliários nacionais, com vista a financiar novos projetos que estavam até agora parados por dificuldades de acesso ao crédito, avança o DN/Dinheiro Vivo neste domingo (acesso pago). Em causa, estão, sobretudo bancos alemães e holandeses que procuram tirar partido do boom do mercado imobiliário nacional, bem como de spreads mais altos que podem conseguir.
Os contactos estarão a ser feitos junto de property advisors, segundo revelou uma fonte do mercado imobiliário. “Pedem-nos que sejamos uma espécie de ponte com os promotores para anunciar que há interesse em conceder crédito. É bom para as empresas que não encontram alternativas viáveis junto da banca portuguesa e é bom para os bancos estrangeiros, que nos países de origem financiam a construção com spreads de 1% e aqui podem ganhar taxas de 3%“, referiu ao jornal.
Luís Lima, presidente da APEMIP, confirmou ao jornal a existência deste tipo de contactos. “Há realmente vontade de bancos estrangeiros em financiar a construção em Portugal”, afirmou o representante das imobiliárias, que vê com bons olhos essa entrada de bancos estrangeiros no mercado de crédito nacional. “Pela saúde do mercado, equilíbrio de preços e até redução da especulação que infelizmente começa a surgir é importante que haja nova construção“, salienta Luís Lima.
"Pela saúde do mercado, equilíbrio de preços e até redução da especulação que infelizmente começa a surgir é importante que haja nova construção.”
Segundo os cálculos da APEMIP, a banca nacional está a conceder apenas 5% do crédito que circulava antes da crise. Acresce ainda o facto de, apesar da recuperação, o crédito às empresas de construção baixou 14,3% e está em mínimos de 16 anos. “A construção ainda é vista em Portugal como um setor de risco e, estando os bancos portugueses mais pressionados em termos de rácios de capital, têm mais dificuldade em conceder empréstimos. A carteira de crédito malparado na construção é muito elevada. Os bancos estrangeiros, de maior dimensão, têm maior capacidade para oferecer crédito“, explica ao DN/Dinheiro Vivo fonte da banca.
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