Bancos norte-americanos passam nos testes de stress
Todas as instituição financeiras tiveram luz verde nos testes de stress da Reserva Federal dos EUA. Ou seja, os bancos norte-americanos podem agora distribuir os dividendos aos acionistas.
Os 34 maiores bancos norte-americanos passaram no teste da Reserva Federal dos EUA. A Fed põe as instituições financeiras à prova através de vários cenários adversos hipotéticos. Mas as entidades tiveram luz verde, excedendo os requisitos mínimos de capital necessários. Este resultado representa uma melhoria face ao ano anterior, quando as unidades norte-americanas do Deutsche Bank e do Banco Santander chumbaram este “exame”.
Nesta primeira fase dos testes de stress — a segunda acontece a 28 de junho — os maiores bancos dos EUA reforçaram significativamente as suas defesas, mostrando que são capazes de suportar choques económicos. Este resultado mostra a resiliência do sistema financeiro norte-americano, o que permite, à semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, que os bancos usem essa almofada extra de capital para remunerarem os acionistas. Os títulos da banca devem reagir positivamente na última sessão da semana.
“Os resultados deste ano mostram que, mesmo durante uma recessão severa, os nossos maiores bancos continuaria bem capitalizados”, afirma o governador da Fed Jerome Powell num comunicado a anunciar as conclusões desta avaliação ao setor. Este exame, que começou após a crise em 2008, avalia como é que os bancos iriam lidar com uma crise hipotética, como o aumento do desemprego, uma queda abrupta dos preços das casas ou uma queda prolongada das ações.
No geral, os responsáveis da Fed chegaram à conclusão de que, no cenário mais adverso, os bancos teriam sofrido perdas na ordem dos 383 mil milhões de dólares. Entre as instituições financeiras, o Bank of America teria sido o mais penalizado, com perdas de 26,4 mil milhões. O JPMorgan Chase surge logo de seguida, com 25,2 mil milhões, e o Morgan Stanley com 9,5 mil milhões.
A segunda fase dos testes é já para a semana. Esta última parte da avaliação vai ser analisada pelos acionistas porque define se os bancos podem aumentar os dividendos ou recomprar ações.
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