Carlos Carreiras: Evolução das cidades é “decisiva” para o país
Para o presidente da Câmara de Cascais as cidades são o principal motor da evolução do país, por isso devem ser cada vez mais inteligentes.
“A cidade é a unidade central do século XXI”, defende o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras. Na sua ótica, o que separa uma cidade inteligente de uma cidade estúpida é o foco nas pessoas. Hoje é a tecnologia que abre novos caminhos.
No âmbito da conferência Smart Cities & Smart Tourism, organizada esta quinta-feira pelo ECO, Carlos Carreiras discutiu o tema Smart Cities. Uma terminologia pouco adequada a Cascais se considerarmos que ainda é uma vila — mas as iniciativas neste sentido são várias.
A “cidade é a unidade central do século XXI” porque nela estão as pessoas, as universidades e é aqui que se geram maiores impostos, defende Carlos Carreiras. Para o autarca, o facto de se quererem construir Smart Cities é o mesmo que reconhecer que as cidades eram “estúpidas” — com isto, quer dizer que eram cidades que iam “contra as pessoas”.
Em Portugal cometeram-se muitos erros assentes na massificação.
Privilegiou-se o carro sobre o peão, a grande superfície sobre o comércio de rua, o tijolo sobre as batatas.
Mas uma smart city só o é “se tiver as pessoas no centro” — cidadãos ou turistas. “O que vejo é que os turistas são os grandes utilizadores das bicicletas inteligentes”, nota, e acrescenta que “todos os avanços tecnológicos e políticos estimulam também o turismo”.
Hoje temos a tecnologia do nosso lado. Processo tecnológico deve facilitar a vida dos cidadãos, criar valor económico e moral. É necessário diminuir as burocracias, desmaterializar os serviços. As pessoas podem fazer tudo a partir de casa. Alerta, contudo, que a infoexclusão atrasará o desenvolvimento.
Para ilustrar os esforços da Câmara Municipal de Cascais para se tornar uma smart city, Carlos Carreiras falou da aplicação FixCascais, que permite reportar ocorrências em tempo real, agilizando a comunicação e facilitando a atuação. As hortas comunitárias também têm crescido visivelmente: já são 500. Positivo? Os 500 cidadãos satisfeitos juntam-se 1500 “insatisfeitos” porque já estão em lista de espera, avança o presidente.
Veja o discurso de Carlos Carreiras na íntegra:
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