Santos Silva: Schäuble deixa Finanças alemãs a dar Portugal como exemplo

  • Lusa
  • 27 Setembro 2017

Depois da “desconfiança” inicial em relação ao Governo, Schauble termina o mandato como ministro das Finanças alemão “apresentando Portugal como um exemplo”, diz o ministro dos Negócios Estrangeiros.

O ministro dos Negócios Estrangeiros comentou esta quarta-feira, em Bruxelas, que Wolfgang Schäuble termina o seu mandato como ministro das Finanças alemão “apresentando Portugal como um exemplo”, depois da “desconfiança” inicial em relação ao Governo socialista.

“A informação que eu tenho é que o dr. Wolfgang Schauble será o próximo presidente do Bundestag, e portanto desejo os maiores êxitos nessa função, que é uma função de altíssima responsabilidade em qualquer país, começando pela Alemanha”, começou por referir, quando questionado sobre as notícias que dão como certa a saída do ministro alemão, após oito anos no cargo, para assumir a presidência da câmara baixa do parlamento federal.

Segundo o ministro, Schäuble foi alguém que “foi compreendendo o sentido” dos compromissos assumidos por Portugal e como esses compromissos eram honrados.

“E portanto é evidente para todos, todos que leem jornais, que começou por exprimir desconfiança em relação a este Governo, e é claro para todos que terminou, ou terminará, o seu mandato como ministro das Finanças da Alemanha apresentando Portugal como um exemplo de como as coisas devem ser feitas”, concluiu.

De acordo com a imprensa alemã de hoje, na sequência das eleições legislativas de domingo passado na Alemanha, Schäuble, um “peso pesado” da União Democrata-Cristã (CDU) e dos dois últimos governos da chanceler Angela Merkel, vai ser proposto para a presidência do Bundestag pelo líder parlamentar dos conservadores, Volker Kauder, e pelo líder parlamentar da União Social-Cristã bávara (CSU), Alexander Dobrindt.

Os dois partidos, aliados tradicionais que integram o mesmo grupo parlamentar, deverão formalizar a proposta a 17 de outubro, segundo o diário Bild e a revista Der Spiegel.

A sua saída do Governo foi crescentemente referida nos últimos dias, dada a fraca prestação eleitoral do partido e as difíceis negociações que se aproximam para a formação de uma coligação entre a CDU/CSU, o Partido Liberal da Alemanha (FDP) e os Verdes.

Durante a campanha, os liberais assumiram o interesse em ter a pasta das Finanças numa futura coligação.

Rosto, na Alemanha, do rigor orçamental, Schäuble é visto por muitos na União Europeia (UE) como figura emblemática da ortodoxia e inflexibilidade de Berlim em matéria de finanças públicas.

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Como os locais: Cidade do Cabo como destino

Isabel Pinto mudou-se há seis anos para a Cidade do Cabo, na África do Sul. Na bagagem levou a família... e a máquina fotográfica.

 

A experiência africana com os filhos moldou-lhes a vida e as escolhas profissionais num sentido único. A Isabel, profissionalmente, permitiu entrar num circuito totalmente novo e alternativo ao que estava habituada em Portugal.D.R.

Se há coisa que, desde o primeiro dia marca a vida de Isabel Pinto na Cidade do Cabo, África do Sul, é variedade cultural. “É para mim uma fonte de inspiração diária”, conta a fotógrafa, em entrevista ao ECO. Seis anos depois de aterrar, de armas e bagagens, na cidade sul-africana, Isabel parece manter o entusiasmo do primeiro dia. “Novas ideias e inspirações têm-me alimentado e feito crescer pessoal e profissionalmente, de modo que não consigo agora imaginar a nossa vida de outra forma”, garante.

À chegada, a família mudou-se para um apartamento mesmo em cima de um restaurante chinês. Ao choque da mudança de paradigma a que Isabel e os filhos estavam habituados em Portugal juntou-se uma autêntica revolução. Foi a construção de toda uma nova vida, novos hábitos, novas pessoas, amigos. Mais tarde, uma casa nova, e todo este mergulhar noutra cultura tem sido uma viagem de adrenalina que ainda não parou”, conta.

Ao mosaico da vida juntou-se uma cidade-mosaico que, de uma simples ida ao supermercado se transforma numa “experiência que alimenta o imaginário, as sensações e a cultura rica pela diversidade”. “Este ecletismo dá uma riqueza e colorido emocional ao quotidiano”, explica, sem explicar bem do que se trata.

Cape Town — a Cidade do Cabo — conta, é assim: é um mosaico cultural, diverso, rico, mas bastante estanque e muito “correto” nas interligações. “A herança do apartheid continua bastante presente e, presumo, levará bastante tempo a mudar uma mentalidade de “entitlement” da parte caucasiana, uma espécie de presunção de que a ordem natural do Universo ilumina mais uns que outros”.

África como regresso às origens

Tendo crescido em Moçambique, voltar era um objetivo para Isabel. “Sempre acalentei o desejo do regresso aquela liberdade, que só quem de lá veio entende. Sempre que tento explicar o que África tem de mágico e envolvente, percebo que só tendo a experiência se entende. Caso contrário é muito difícil perceber, sentir cores, cheiros e sensações que não estão na nossa memória sensorial”, explica, em conversa com o ECO.

"Queria sobretudo que os meus filhos soubessem do que a mãe falava, dessas memórias de liberdade e fantasia, e estava no limite de lhes dar essa vivência, pois o meu filho mais velho estudava já em França.”

Isabel Pinto

Fotógrafa portuguesa a viver na África do Sul


A oportunidade não surgiu propriamente, nem por convite nem por uma chance imperdível. Mas o desejo de ir, conjugado com a crise vivida na Europa, serviu de rastilho à aceleração de toda a mudança. “Alguns clientes meus foram à falência, deixando a minha empresa numa situação muito injusta, e percebi que era a porta aberta para finalmente concretizar aquele desejo de mudança que vivia comigo desde que a família tinha vindo para Portugal em 1975”, esclarece.

“Tornou-se óbvio para onde queria ir, qual era o destino desta nova fase das novas vidas. E Cape Town, além de ser uma cidade com uma vibração criativa extraordinária, é também um super destino de service para a Europa, sendo a grande parte dos catálogos da maior parte das marcas de roupa fotografados na cidade”, adianta.

Beleza, não. Educação é que é fundamental

No processo que levou da decisão à mudança, pesou também a existência de um sistema de ensino à medida das necessidades dos dois filhos de Isabel.

Filha de Isabel Pinto viveu um ano no mato enquanto tirava o curso de guia de safaris.D.R.

“O meu filho mais velho veio de França, onde tinha acabado a licenciatura em Biologia. A namorada tinha acabado hotelaria, e os dois prosseguiram os estudos na universidade de Cape Town. O Francisco tornou-se virologista e continua a trabalhar em parceria com a Universidade enquanto a namorada Lise trabalha num operador de viagens francês. A minha filha, amante dos animais e da Natureza, fez um ano de mato, a viver numa tenda, enquanto tirava o curso de guia de safaris. Voluntariou-se em vários campos de reabilitação animal e esta experiência africana redefiniu-lhe completamente a orientação profissional”, acrescenta Isabel.

Novas ideias e inspirações, tem-me alimentado e feito crescer pessoal e profissionalmente de modo que não consigo agora imaginar a nossa vida de outra forma.

Isabel Pinto

Como, na altura da mudança, o filho mais novo tinha 14 anos, Isabel conta uma “experiência escolar bastante dura”, graças ao sistema escolar “ainda muito vitoriano.

Mas uma das experiências mais marcantes foi poderem assistir às cerimónias de celebração da vida de Nelson Mandela. “Continuam a ser das memórias mais fortes que tenho da nossa nova vida, viver a história é sempre muito forte e, aquele mês, foi extremamente marcante”, recorda.

Isabel Pinto é fotógrafa na Cidade do Cabo.D.R.

Talvez porque os últimos seis anos tenham sido uma experiência forte, Isabel conta que desde o início se sentiu em casa. “Para os meus filhos levou o seu tempo, mas penso que, ao fim de um ano, se sentiam já em casa. Fizeram amigos novos e encontraram novas rotinas, novos gostos e o exercício de abertura cultural necessário à integração só os tornou adultos mais livres e abertos à diferença”, assinala.

"A beleza cénica de Cape Town é absolutamente única, “The Mother City”. E ninguém sai igual depois de aqui estar.”

Isabel Pinto

E se Cape Town continua “bastante conservadora” por oposição a Joanesburgo — onde há uma movimentação cultural, social e racial extremamente rica e dinâmica –, “por outro lado há uma nova geração, nascida após 1994, que sintetiza toda uma variedade de referências culturais , num caldo de bastante liberdade, e que está a dar origem a uma geração bastante interessante — diria mesmo única –, pelo sentido de liberdade de espírito que África dá, ligação aos grandes espaços e natureza extremamente poderosa. Enfim, esta nova geração cresce com toda esta riqueza, num espírito de maior abertura e curiosidade à diferença do ‘outro’”.

Agora, se é para ficar? Isabel não sabe, pelo menos por agora. Os preços acessíveis, os mercados alternativos, as quintas vinícolas e a troca de sorrisos com quem passa são fatores que pesam e determinam a continuidade, pelo menos por agora. “Para já, é a nossa casa”.

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Nova lei dos recibos verdes deve chegar ainda este ano, diz ministro do Trabalho

  • Lusa
  • 27 Setembro 2017

“Não é um dossier fácil, mas estamos a trabalhar para que seja concluído rapidamente e que a nova legislação seja apresentada e introduzida em 2017”, afirmou o ministro Vieira da Silva.

A nova legislação sobre o regime contributivo dos recibos verdes será concluída “rapidamente” e deverá entrar em vigor ainda este ano, disse esta quarta-feira o ministro do Trabalho, Vieira da Silva.

“Não é um dossier fácil, mas estamos a trabalhar para que seja concluído rapidamente e que a nova legislação seja apresentada e introduzida em 2017”, afirmou o ministro à Lusa, à margem de um seminário promovido pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em Lisboa.

O ministro admitiu, porém, que a legislação não deverá estar pronta em outubro, mês em que normalmente é definido o escalão anual de desconto dos trabalhadores independentes.

“A legislação ainda tem de ser aprovada na Assembleia da República, tem de haver uma audição pública e é natural que seja debatida na concertação social”, explicou Vieira da Silva.

As novas regras sobre as contribuições dos trabalhadores independentes começaram a ser negociadas em 2016 entre o Governo, o PS e o Bloco de Esquerda e, com o Orçamento do Estado de 2017, foi aprovada uma autorização legislativa para que o Governo pudesse avançar com as medidas.

Esta terça-feira a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, pediu que até ao final desta semana seja cumprida a medida prevista no OE2017.

No OE2017 ficaram definidas as principais linhas, mas falta saber, por exemplo, qual o valor da taxa contributiva a aplicar.

O novo modelo consagra novas regras de isenção e de inexistência da obrigação de contribuir e determina que as contribuições a pagar pelo trabalhador independente passem a ter como referência o rendimento dos meses mais recentes.

As alterações estabelecem ainda um valor mínimo de desconto até 20 euros por mês, mesmo quando não há rendimento, para assegurar que não há falhas na carreira contributiva. Desta forma, previne-se ausência de contribuições na hora de pedir subsídio de desemprego ou por doença, por exemplo.

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FC Porto dá 3 ao Mónaco e 4 aos investidores

No dia após a vitória por três golos no Mónaco, os dragões seguem a ganhar, desta vez na bolsa. Os títulos do clube valorizaram 4,5%, revelando mais interesse dos investidores do que é habitual.

O FC Porto não soma só em campo. O entusiasmo chegou à bolsa: os títulos do dragão valorizaram mais de 4% na sessão desta quarta-feira.

Os títulos da SAD do clube da Invicta atingiram os 70 cêntimos, numa sessão mais movimentada do que o habitual para as ações dos azuis-e-brancos: foram trocados 4.546 títulos, quatro vezes mais do que a média diária de negociação nos últimos 12 meses.

Este desempenho surge um dia depois de os dragões terem batido o Mónaco na Liga dos Campeões por 3-0. Com esta vitória, o FC Porto conquistou os primeiros pontos na Champions, ocupando agora o segundo lugar do grupo G. Arrecadou ainda 1,5 milhões de euros, o prémio atribuído por cada vitória na fase de grupos. O grupo é liderado pelos turcos do Besiktas, com os quais o clube português perdeu na primeira jornada.

Para lá do bom desempenho na Europa, o FC Porto regista um arranque positivo da época no plano interno. Lidera a Liga Nos à sétima jornada só com vitórias, contando 21 pontos. No próximo fim de semana defronta o Sporting, com os leões ocuparem o segundo lugar do campeonato, com 19 pontos.

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Ryanair abandona planos para comprar Alitalia

  • Lusa
  • 27 Setembro 2017

O interesse pela transportadora italiana falida Alitalia era uma "distração" que a Ryanair decidiu eliminar, explicou hoje o líder da empresa num comunicado.

A companhia aérea irlandesa Ryanair anunciou hoje que abandonou os planos para controlar a Alitalia e vai concentrar-se nos problemas com o seu calendário de inverno, que já levou a mais cancelamentos nos próximos meses. Em comunicado, a companhia indicou que quer eliminar todas as “distrações” como o “interesse pela Alitalia”.

A desistência de fazer uma oferta pela companhia italiana coincidiu hoje com a divulgação de mais cancelamentos na operação de inverno da Ryanair, que afetará cerca de 18 mil voos em 34 rotas e cerca de 400 mil clientes.

O prazo de apresentação de ofertas pela Alitalia deveria ter terminado no passado dia 21 de setembro, mas foi prolongado até 16 de outubro. Entre os interessados figurava a Ryanair, segundo tinha anunciado o presidente executivo da companhia, Michael O’Leary.

Hoje, a Ryanair anunciou que vai deixar de operar 25 aviões de um total de 400 entre novembro de 2017 e março de 2018 e menos 10 aviões de um total de 445 aviões a partir de abril de 2018. Desta forma, será eliminado “o risco de haver mais cancelamentos”, depois de no passado dia 15 de setembro ter sido anunciada a anulação, a partir do dia seguinte, de 2.100 voos ao longo de seis semanas devido a uma falha na programação de férias dos pilotos.

“Vamos iniciar um novo período anual de férias em 01 de janeiro de 2018 que seguirá as normas da União Europeia e da IAA (Autoridade de Aviação Irlandesa)”, disse hoje O’Leary, citado pela agência Efe.

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Impresa: “Negócio dos media passa por parcerias. Mas não por verticalizações”

Líderes dos grandes grupos de media portugueses - e a Google - debatem o estado do setor em Portugal, com o negócio TVI/Altice a pairar sobre a sala. O ECO acompanha o debate em liveblog.

Qual é o Estado da Nação dos Media em Portugal? A pergunta é também o título do grande debate que, como já é habitual, marca o primeiro dia do congresso promovido pela APDC. Este ano, a discussão volta a contar com a presença de alguns dos principais players do setor, numa altura crítica em que a Altice, dona da Meo, se prepara para comprar a Media Capital, dona da TVI.

O painel abre com o ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes. Segue-se uma intervenção do regulador do setor, na figura de Carlos Magno, presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC). No debate participam: Rosa Cullel (líder da Media Capital, dona da TVI), Francisco Pedro Balsemão (líder da Impresa, dona da SIC), Gonçalo Reis (líder da RTP), Rolando Oliveira (administrador da Controlinveste, que detém títulos como JN, DN e TSF) e Bernardo Correia (diretor-geral da Google em Portugal).

O ECO acompanha o debate ao minuto em liveblog:

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Dona do Correio da Manhã dispara 14% com aposta no jogo online

Melhor sessão em quatro anos para a dona do Correio da Manhã. Ações disparam 14% depois de Cofina ter anunciado que o Turismo de Portugal lhe atribui licença para operar no jogo online.

Dona do Correio da Manhã disparou em bolsa esta quarta-feira.António Cotrim / Lusa

Melhor sessão em quatro anos para a Cofina. As ações dispararam esta quarta-feira 14% depois de o grupo de media que detém títulos como o Correio da Manhã, Recorde ou Jornal de Negócios ter anunciado ao mercado que o Turismo de Portugal lhe atribuiu uma licença para operar no mercado do jogo online em Portugal.

Com um disparo de 13,94% na sessão de hoje em Lisboa, para os 0,474 euros, a Cofina apresentou-se com elevada pressão compradora: foram trocados mais de 1,4 milhões de papéis do grupo liderado por Paulo Fernandes, um nível de liquidez nove vezes superior à média diária dos últimos 12 meses. É preciso recuar ao dia 25 de setembro de 2013 para encontrar um melhor desempenho da Cofina na bolsa.

Desde o início do ano, as ações ganham 80%, negociando em máximos de dois anos, conferindo ao grupo uma avaliação de mercado de 48,6 milhões de euros.

“As ações da Cofina foram alvo de uma pressão compradora significativa, favorecidas pelo anúncio de que foi aprovada a emissão de licença à “A Nossa Aposta”, para a exploração de jogos de fortuna ou azar no sítio na Internet www.nossaaposta.pt”, referem os analistas do BPI no seu Comentário de Fecho.

Este ganho acentuado na bolsa surge no dia em que a Cofina comunicou através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que obteve da Comissão de Jogos do Turismo de Portugal licença para exploração por três anos de jogos de fortuna ou azar na plataforma na Internet www.nossaaposta.pt.

"As ações da Cofina foram alvo de uma pressão compradora significativa, favorecidas pelo anúncio de que foi aprovada a emissão de licença à “A Nossa Aposta”, para a exploração de jogos de fortuna ou azar no sítio na Internet www.nossaaposta.pt.”

Analistas do BPI

Comentário de Fecho

Detida em 40% pela Cofina Media, que por sua vez é integralmente detida pela Cofina SGPS, a sociedade ‘A Nossa Aposta – Jogos e Apostas Online’ é apresentada como “uma plataforma que assenta na inovação, entretenimento e responsabilidade social”, num comunicado da Cofina hoje divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A licença – cuja atribuição foi deliberada pela Comissão de Jogos do Turismo de Portugal em reunião realizada na passada sexta-feira – “é válida pelo prazo inicial de três anos, contado a partir da data da sua emissão, caducando em 21 de setembro de 2020, caso não seja prorrogado, nos termos e condições previstos no Regime Jurídico dos Jogos e Apostas Online”, lê-se no comunicado.

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Trump propõe reforma fiscal que baixa IRC de 35% para 20%

  • Lusa
  • 27 Setembro 2017

A proposta também prevê o fim do imposto de sucessão, a redução para três escalões no IRS, o aumento das deduções fiscais para as famílias com filhos e uma nova dedução para os adultos dependentes.

A proposta de reforma fiscal apresentada esta quarta-feira pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, inclui uma descida do IRC para 20%, o fim do imposto de sucessão e a redução para três escalões no IRS.

O programa hoje apresentado tem como título ‘Plano unificado para corrigir o nosso falido código fiscal’, e foi apresentado como a maior reforma fiscal desde 1980.

Além da redução do imposto pago pelas empresas, de 35% para 20%, a nova proposta reduz de sete para três os escalões da tributação sobre o rendimento individual, para 12, 25 e 35%, mas ainda assim acima dos 15% prometidos às empresas por Trump durante a campanha eleitoral.

“O objetivo é voltar a tornar os Estados Unidos competitivos a nível global, e oferecer um alívio discal à classe média e aos empresários”, explicou um funcionário governamental citado pela agência de notícias espanhola Efe, que deu conta da disponibilidade do Presidente para aceitar acertos ao plano.

Além das mexidas nos escalões do IRS e nas taxas do IRC, Donald Trump propõe ainda aumentar as deduções fiscais para as famílias com filhos e criar uma nova dedução para os adultos dependentes, como pessoas idosas ou doentes.

A reforma fiscal apresentada hoje pelo Presidente é a grande iniciativa de Trump antes do final do mandato, e segue-se ao fracasso da substituição da lei sobre cuidados de saúde conhecida como ‘Obamacare’, que os republicanos têm sido incapazes de levar por diante, apesar de terem a maioria no Congresso e no Senado.

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Siemens Portugal já tem mais de dois mil colaboradores

  • ECO
  • 27 Setembro 2017

Crescimento do negócio justificou aumento dos recursos humanos e deixa a Siemens optimista quanto à continuação do crescimento da sua equipa.

Em setembro, a Siemens Portugal ultrapassou a marca dos dois mil colaboradores, nas suas operações nacionais e internacionais. No último ano, a empresa tinha criado 251 novos postos de trabalho não só no território nacional, mas também em Angola e em Moçambique.

“É com grande satisfação que podemos constatar o aumento significativo de novos postos de trabalho altamente qualificados criados nas empresas do grupo Siemens, refletindo o crescimento das atividades em território nacional, Madeira e Açores”, declarou Pedro Pires Miranda, líder executivo da companhia, em comunicado.

Nos próximos dois anos, a empresa espera manter o crescimento do negócio e consequentemente conseguir uma expansão dos recursos humanos.

A equipa da Siemens é composta na sua maioria (75%) por colaboradores com qualificação universitária e foca-se em áreas tecnologicamente avançadas: gestão de redes elétricas inteligentes, digitalização da indústria 4.0, mobilidade elétrica, serviços digitais na produção de energia e indústrias de processo. O crescimento do negócio levou, ainda, ao reforço dos recursos humanos no departamento de engenharia.

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Serviços podem analisar pensão antecipada à luz da nova lei a partir de 1 de outubro

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 27 Setembro 2017

As novas regras ainda estão a ser analisadas em Belém. Independentemente da data de entrada em vigor, o diploma produzirá efeitos a 1 de outubro e os serviços da Segurança Social já têm indicações.

A poucos dias de outubro, o diploma que elimina cortes nas futuras reformas antecipadas de trabalhadores com carreiras contributivas muito longas ainda está a ser analisado pelo Presidente da República. Mas, mesmo que o diploma venha a ser publicado depois de dia 1, o Governo não antecipa problemas e já deu indicações aos serviços da Segurança Social: os pedidos que cheguem a partir de 1 de outubro devem ser analisados à luz das novas regras. E não serão caso único.

“Não há qualquer problema com esta questão. Quando o diploma for promulgado e publicado, assumindo que é promulgado pelo Senhor Presidente da República, terá sempre efeitos a 1 de outubro. Ou seja, os pedidos que entrarem após 1 de outubro serão considerados à luz das novas regras”, respondeu ao ECO fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Além disso, os futuros pensionistas também podem escolher o dia em que começam a receber pensão. “Acontece ainda que as pessoas podem escolher o dia em que querem começar a receber a pensão. Ou seja, se uma pessoa entregar o pedido hoje e especificar que quer começar a receber numa determinada data posterior a 1 de outubro, serão aplicadas as novas regras“, adianta ainda.

Em causa está o diploma que elimina cortes nas futuras reformas antecipadas de trabalhadores com carreiras contributivas muito longas, e que produzirá efeitos a 1 de outubro. Mas para que possa entrar em vigor, ainda tem de ser promulgado por Marcelo Rebelo de Sousa e publicado em Diário da República. Para já, o diploma ainda está em análise em Belém, sabe o ECO.

No entanto, “os serviços da Segurança Social já receberam indicações para analisar os pedidos que cheguem a partir de 1 de outubro à luz das novas regras”, continuou fonte oficial do Ministério de Vieira da Silva. “Ou seja, independentemente da data de promulgação e publicação as pessoas não saem prejudicadas”, concluiu.

Esta é a primeira fase das novas regras das reformas antecipadas, que abrange um grupo restrito de trabalhadores que venham a pedir pensão:

  • Pessoas com pelo menos 60 anos de idade e carreira contributiva igual ou superior a 48 anos;
  • Pessoas que começaram a trabalhar com 14 anos ou menos, tenham aos 60 anos de idade e pelo menos 46 anos de carreira contributiva.

O Governo já prometeu mexer nas regras de forma mais abrangente, atenuando ou eliminando cortes para um grupo mais vasto de pessoas e, ao mesmo tempo, restringindo o acesso à reforma antecipada. Mas estas mudanças ainda não estão fechadas.

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Bruxelas quer fatia para o turismo no orçamento comunitário

O turismo responde por 10% do PIB da União Europeia, mas não existe nenhum fundo comunitário específico para este setor. Antonio Tajani quer mudar isso já no próximo ano.

O Parlamento Europeu quer que o próximo quadro financeiro plurianual (depois de 2020) passe a incluir um fundo específico para o turismo. Os apelos já têm sido feitos por vários eurodeputados, que criticam a falta de políticas direcionadas para um dos maiores setores económicos da Europa. Mas só esta quarta-feira, quando se assinala o Dia Mundial do Turismo, é que o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, apoiou esta ideia.

Na abertura da conferência sobre turismo que decorre esta quarta-feira no Parlamento Europeu, Antonio Tajani começou por lembrar os números redondos do turismo: é o terceiro maior setor económico da Europa, representa 10% do produto interno bruto (PIB) europeu e 10% de todos os empregos na União Europeia. A Europa é o principal destino turístico mundial e, no ano passado, recebeu 550 milhões de turistas internacionais. Nos próximos dez anos, o número de turistas internacionais que viaja pela Europa deverá duplicar e o setor poderá criar mais cinco milhões de empregos.

Apesar destes números, e de os responsáveis europeus reconhecerem a importância do setor, não há qualquer fundo europeu dedicado exclusivamente ao turismo, algo que poderá mudar já no próximo ano. “O próximo orçamento da União Europeia deve refletir as preocupações de pessoas comuns, tais como a necessidade de combater o desemprego. O Parlamento Europeu pede que o próximo orçamento inclua um fundo específico para o turismo“, disse Antonio Tajani.

O presidente do Parlamento Europeu não especificou, contudo, qual a verba que deve ser desbloqueada para o setor. Este ano, o orçamento da UE, um documento desenhado e proposto pela Comissão Europeia e aprovado pelo Parlamento Europeu, contava com um total de 157,9 mil milhões de euros, com a maioria deste montante a destinar-se a políticas de crescimento sustentável (37%) e de competitividade para o crescimento e o emprego (34%). Será nessa segunda fatia que o fundo para o turismo deverá enquadrar-se.

Tajani especificou apenas quais devem ser as áreas prioritárias da estratégia para o turismo:

  • Atrair mais investimento, através de um plano estratégico que permita aos Estados membros fazer um uso maior e mais eficaz dos fundos europeus;
  • Melhorar o ambiente empresarial;
  • Promover uma formação profissional alinhada com as necessidades da indústria;
  • Explorar sinergias com vista a promover a Europa como um destino entre os mercados internacionais.

Sobre o crescimento do setor, Antonio Tajani sublinhou ainda que “seria um enorme erro se a política esperasse e achasse que este crescimento chega por si“, lembrando que a Europa representa hoje pouco mais de 40% da procura mundial, um número que tem vindo a cair. “Temos de reforçar a indústria para nos tornarmos mais competitivos, apoiando sempre a sustentabilidade e a qualificação”, reforçou.

A jornalista viajou a Bruxelas a convite do Parlamento Europeu.

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PSI-20 tímido, mas feliz. Mota-Engil sobe 7%

A bolsa nacional continua sem razões para corar, apesar da timidez dos ganhos. A Mota-Engil foi o centro das atenções no índice, mas o BCP não deixou a construtora sozinha no palco. Subiu mais de 4%.

A bolsa nacional continua a ganhar terreno. Voltou a valorizar, acompanhando as principais praças europeias num dia marcado por uma forte valorização da Mota-Engil. O BCP também brilhou com uma subida de mais de 4%, enquanto a Galp Energia impediu uma subida mais expressiva do índice de referência de Lisboa.

A Mota-Engil faturou na bolsa depois de conseguir mais de 500 milhões de euros com duas obras em África, com contratos em Moçambique e Angola. A construtora portuguesa fechou o dia com uma valorização de 7,01% nos seus títulos, que atingiram assim os 3,10 euros. O BCP inverteu as perdas da última sessão para terminar com uma valorização de 4,08%, com os títulos a serem transacionados nos 23,98 cêntimos.

O PSI-20 terminou assim o dia com uma subida de 0,32% para os 5.333,61 pontos, enquanto o Stoxx 600 subiu 0,4% — o IBEX-35, de Espanha, disparou 1,81%. O ciclo positivo dura há treze sessões, sendo apenas interrompido por uma ligeira quebra no dia de 20 setembro. Nem a queda da Galp Energia, que é agora a cotada mais valiosa do PSI-20, foi suficiente para travar as boas notícias.

A petrolífera foi corrigiu depois de atingir máximos de 2011 na última sessão, à boleia dos preços de petróleo. Terminou a sessão a perder 0,96% para os 14,93 euros por ação, acompanhando a queda nos preços do ouro negro. O Brent, referência para a Europa, está nos 57,79 dólares, apresentando uma desvalorização de mais de 1%. Nota negativa também para os CTT, que caíram 1,45% para os 5,02 euros e a Nos, que caiu 1,31% para os 5,19 euros.

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