Revista de imprensa internacional

Ainda se procuram pistas sobre o atirador de Las Vegas, May faz ameaças tendo como base o comércio com a Europa e Macron diz que vêm aí reformas, seja qual for a resistência.

As manchetes mundiais continuam a dar destaque às consequências dos incidentes de domingo, na Catalunha, e do ataque em Las Vegas. No campo da política europeia, Theresa May faz ameaças orçamentais à União Europeia para conseguir um acordo comercial mais vantajoso e Emmanuel Macron promete que vêm aí reformas, independentemente das resistências que houver. Leia aqui as cinco histórias que marcam a atualidade esta terça-feira.

The Washington Post

Polícia desconhece motivo de ataque que matou 59 em Las Vegas

As autoridades norte-americanas continuam sem saber o que motivou Stephen Paddock, um homem norte-americano de meia-idade, a matar pelo menos 59 pessoas e ferir mais de 500 em Las Vegas, esta segunda-feira. Não foram encontrados elos de ligação ao Estado Islâmico, que reivindicou o ataque — em vez disso, a polícia acredita que agiu sozinho, pois já mostrara antes ser capaz de planear assaltos complexos. Leia a notícia completa no Washington Post (conteúdo em inglês / acesso gratuito).

Expansión

Investigadores e analistas pedem cuidado à volta da Catalunha

É certo que os mercados não gostam de incerteza, e é por isso que, após terem visto os acontecimentos de domingo afetar o Ibex-35 e as empresas espanholas, os analistas pedem cuidado para que as reações não sejam exageradas. Em parte, afirmam, os riscos podem ter sido mitigados por uma ajuda do Banco Central Europeu (BCE), mas continuam a manter-se agora que o líder catalão apela à União Europeia para ajudar a resolver o problema. Leia a notícia completa no Expansión (conteúdo em castelhano / acesso gratuito).

Bloomberg

Theresa May ameaça orçamento comunitário

A contribuição do Reino Unido para o orçamento da União Europeia até 2020, uma promessa de Theresa May, está, afinal, dependente do acordo comercial que vier a ser estabelecido. A primeira-ministra britânica tinha proposto à União Europeia um período de transição de dois anos após a saída do Reino Unido, prometendo que Londres irá contribuir para o orçamento comunitário até 2020. Agora, Theresa May ameaça deixar um buraco de 20 mil milhões de euros neste orçamento, se a União Europeia não lhe conceder o acordo comercial que May pretende. Leia a notícia completa na Bloomberg (conteúdo em inglês / acesso gratuito).

The Financial Times

Comissão de valores mobiliários norte-americana pode ter sido alvo de ciberataques

A comissão do mercado de valores mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) poderá ter sido vítima de ataques cibernéticos, acreditam especialistas de segurança cibernética. Isto numa altura em que têm sido registados vários ataques, numa tentativa de ter acesso a comunicados ainda não publicados sobre operações no mercado ou dados económicos de empresas. O SEC diz acreditar que o seu sistema online, usado por quase seis mil empresas cotadas, terá sido atacado com o propósito de obtenção de informação privilegiada. Leia a notícia completa no The Financial Times (conteúdo em inglês / acesso pago).

Les Échos

Macron garante que vêm aí reformas

Vêm aí reformas em França. Perante a Assembleia de Franceses no estrangeiro, Emmanuel Macron defendeu, esta terça-feira, que França precisa de reformas para reforçar a sua credibilidade e influência na Europa. Para o Chefe de Estado francês, há uma “esquizofrenia” nas despesas públicas do país e garante que não vai ceder nesta posição, haja as manifestações que houver contra a sua política. Leia a notícia completa no Les Echos (conteúdo em francês / acesso gratuito).

 

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Estes são os Nobéis da Física deste ano

  • ECO
  • 3 Outubro 2017

Laureados deste ano foram distinguidos pelos seus avanços no campo das ondas gravitacionais.

O prémio Nobel da Física acaba de ser atribuído a uma equipa de três cientistas ligados ao detetor LIGO/VIRGO. Rainer Weiss, Barry C. Barish e Kip S. Thorne foram distinguidos pelas suas contribuições para a observação das ondas gravitacionais.

Rainer Weiss tem 85 anos e é professor no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Em colaboração com Kip Thorne (de 77 anos) e Barry Barish (de 81 anos), Weiss fundou a colaboração científica internacional (LIGO) que levou, pela primeira vez, ao registo das ondas gravitacionais previstas por Albert Einstein, há um século. A colisão de dois buracos negros a mais de um milhar de milhão de anos de luz de distância provocou as ondas observadas pelos cientistas, nessa ocasião, com um dos detetores mais sensíveis alguma vez construídos.

A colaboração arquitetada pelos três laureados juntou mais de 1.000 investigadores, provenientes de 20 países. “Vejo [este prémio] mais como o reconhecimento do trabalho de 1.000 pessoas“, sublinhou Weiss, em reação a esta distinção, segundo reporta o The Guardian.

Embora a observação tenha acontecido em 2015, o anúncio deste avanço científico só aconteceu em 2016, provocando, segundo a Reuters, uma revolução no mundo da astrofísica. “Uma riqueza de descobertas está à espera daqueles que foram bem-sucedidos no registo das ondas e na interpretação da sua mensagem“, assinalou, assim, esta terça-feira, o comité.

O prémio Nobel da Física tem o valor de nove milhões de coroas suecas (cerca de 937 mil euros). Weiss ficará com metade desse montante e Barish e Thorne com 25% cada um.

Durante a sua história, este prémio já reconheceu o trabalho de estrelas tão brilhantes como Einstein e Marie Curie, uma das duas mulheres distinguidas pelo comité.

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TAP agrava prejuízos para 52 milhões de euros no primeiro semestre

  • ECO
  • 3 Outubro 2017

Os proveitos cresceram, mas, ainda assim, TAP fechou o primeiro semestre no vermelho, reforçando a tendência de agravamento em 3,2%.

Os negócios não estão a correr bem à TAP. No primeiro semestre deste ano, a transportadora aérea portuguesa registou prejuízos de 52 milhões de euros, o que representa um agravamento homólogo de 3,2%. Nos primeiros seis meses de 2017, a empresa conseguiu menos 1,6 milhões de euros de resultado liquido face ao mesmo período do ano anterior.

A tendência negativa que consta do relatório e contas da Parpública (holding onde estão concentrados os 50% do capital da TAP que são detidos pelo Estado) é lida pela companhia aérea como “absolutamente imaterial na proporção dos valores movimentados pelo grupo”, explicou fonte oficial da TAP ao Público.

Do lado dos proveitos, a transportadora arrecadou receitas de 1.254,4 milhões de euros, o que representa um crescimento de 11,3%. Os indicadores operacionais e financeiros têm sido, por isso, considerados pela companhia como “bastante favoráveis”.

Neste cenário, a mesma fonte avança ainda que “o facto de os resultados do primeiro semestre se encontrarem em linha com os do ano passado é particularmente encorajador para a expectativa de resultados do ano, atendendo ao previsto para o semestre”.

Segundo o relatório, os 50% das ações de categoria B detidas pela Parpública representam para o Estado apenas 5% dos lucros do grupo. Além disso, sem assento na comissão executiva, a holding estatal não tem controlo sobre a empresa, apenas influência significativa.

Em 2016, a TAP terminou o ano com prejuízos de 27,7 milhões de euros. Esse resultado ficou a dever-se ao desempenho da unidade de negócio brasileira (ligada à manutenção), que gerou um prejuízo de 47,5 milhões de euros compensado pela atividade da companhia aérea (com lucro de 34 milhões).

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Ryanair na mira da Autoridade Nacional da Aviação Civil

  • ECO e Lusa
  • 3 Outubro 2017

Primeiro a reguladora britânica, agora a autoridade nacional está de olhos postos no comportamento da Ryanair. A ANAC pretende apurar eventuais violações aos direitos dos passageiros.

As autoridades nacionais estão de olhos postos nos recentes cancelamentos da Ryanair. A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) encontra-se atualmente a inspecionar os aeroportos de Porto, Lisboa e Faro, na sequência de falhas nas escalas dos pilotos da companhia aérea, que levou ao cancelamento de centenas de voos. A notícia é avançada esta terça-feira pelo jornal Público (acesso condicionado).

Embora a Ryanair informe que está a respeitar todos os regulamentos, a reguladora nacional explica à mesma fonte que as inspeções vêm tentar salvaguardar os direitos dos passageiros em matérias de reembolsos e reencaminhamentos. Depois de ter cancelado, de forma inesperada, 2.100 voos entre meados de setembro e finais de outubro, atingindo 315.000 clientes, a Ryanair anunciou em 27 de setembro novos cancelamentos de voos entre novembro deste ano e março de 2018 que podem atingir quase 400.000 clientes.

A ANAC emitiu no passado dia 19 um comunicado a disponibilizar um serviço de receção de queixas. No entanto, ainda não foi possível apurar quantas reclamações chegaram ao regulador. Já a Direção-Geral do Consumidor conta que já recebeu seis pedidos de informação, e o Centro Europeu do Consumidor em Portugal registou, “a receção de quatro pedidos de informação de consumidores, e de duas reclamações”, cita o Público. Já a DECO recebeu mais de 300 queixas em menos de uma semana.

Já na semana passada a Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido avançou com uma investigação à Ryanair, também no sentido de determinar se a companhia infringiu os direitos dos clientes.

A transportadora aérea irlandesa anunciou esta terça-feira que transportou 11,8 milhões de passageiros em setembro, mais 10% do que no período homólogo, apesar do cancelamento de voos. Segundo um comunicado, o índice de ocupação subiu dois pontos percentuais para 97%, o que, refere, foi sustentado pela adoção de tarifas mais baixas. A Ryanair informou ainda que nos últimos 12 meses terminados em setembro transportou um total de 127,3 milhões de passageiros, mais 12% do que no mesmo período precedente.

Kenny Jacobs, diretor de marketing da Ryanair, sublinhou que estes “números incluem os 2.100 voos cancelados durante os meses de setembro e outubro” e que a empresa já concluiu “os reembolsos ou remarcações de 98% dos clientes afetados nestes dois meses”. Em relação aos restantes 2% dos clientes afetados pelo cancelamento de voos, Kenny Jacobs disse que estes ainda não contactaram a transportadora.

Mais uma vez, no comunicado, a companhia aérea low cost pede “as mais sinceras desculpas aos clientes pelos cancelamentos que muito lamenta”.

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Está para breve decisão de Bruxelas sobre Novo Banco

  • Lusa
  • 3 Outubro 2017

Governo e a Comissão Europeia têm mantido contactos permanentes e construtivos sobre o plano de reestruturação no Novo Banco.

O Governo espera que a Comissão Europeia “adote a sua posição final” relativamente ao plano de reestruturação do Novo Banco “em breve”, tendo Bruxelas também apontado uma decisão sobre esta matéria proximamente.

O porta-voz da Comissão Europeia para os assuntos da concorrência, Ricardo Cardoso, disse à Lusa que a comissária europeia da Concorrência, c, está em “contacto estreito e construtivo” com o Governo português sobre a reestruturação do Novo Banco e espera que Bruxelas tome “uma decisão final em breve”.

Numa nota também enviada à Lusa, o gabinete de Mário Centeno confirma que “o Governo e a Comissão Europeia têm mantido contactos permanentes e construtivos sobre o plano de reestruturação no Novo Banco, tendo como objetivo a garantia da sua viabilidade a longo prazo”.

Assim, “no seguimento dos mais recentes desenvolvimentos, as autoridades portuguesas estão confiantes que a Comissão Europeia adote a sua decisão final em breve”.

Estas afirmações, tanto de Bruxelas como do Governo português, surgem no dia em que terminou a oferta de recompra de dívida própria, lançada a 25 de julho, e com a qual o banco prevê conseguir poupanças de 500 milhões de euros.

Esta operação é essencial para que seja concretizada a venda do banco ao fundo norte-americano Lone Star e os resultados finais ainda não foram divulgados pelo Novo Banco, mas na sexta-feira já tinha sido cumprido mais de 73% do objetivo.

Criado aquando da resolução do Banco Espírito Santo (BES), a 3 de agosto de 2014, como banco de transição, o Novo Banco é detido na totalidade pelo Fundo de Resolução, entidade detida pelos bancos do sistema, mas gerido pelo Banco de Portugal (BdP).

Em março, foi assinado o contrato de promessa de compra e venda entre o Fundo de Resolução (atual acionista único do Novo Banco) e o fundo norte-americano Lone Star, que prevê que o Novo Banco seja alienado em 75%, mantendo o Fundo de Resolução 25%.

A Lone Star não pagará qualquer preço, tendo acordado injetar 1.000 milhões de euros no Novo Banco para o capitalizar, dos quais 750 milhões entrarão quando o negócio for concretizado e os outros 250 milhões até 2020.

Já o Fundo de Resolução ficou com a responsabilidade de compensar o Novo Banco por perdas que venham a ser reconhecidas com os chamados ativos ‘tóxicos’ (crédito malparado e imobiliário) e alienações de operações não estratégicas, caso ponham em causa os rácios de capital da instituição, no máximo de 3,89 mil milhões de euros.

A concretização do negócio ainda está sujeita a três condições: as autorizações da Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia, a nível de ajudas estatais, e do Banco Central Europeu, mas também a uma operação de diminuição de passivo do Novo Banco.

Esperava-se que esta operação fosse uma troca de dívida própria, mas o banco optou por uma recompra desses títulos para, assim, poupar 500 milhões de euros.

O Novo Banco teve prejuízos de 290,3 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, uma melhoria face aos 362,6 milhões de euros negativos registados entre janeiro e junho do ano passado.

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Catalunha encurta spread dos juros entre Portugal e Espanha

Instabilidade na Catalunha agrava risco da dívida espanhola. Portugal beneficia da subida de rating pela S&P. Diferencial do spread da dívida entre os dois países é o mais baixo dos dois últimos anos.

As tendências independentistas da Catalunha estão a diminuir o diferencial entre Portugal e Espanha no que diz respeito aos juros da dívida pública. Com a revisão em alta do rating pela Standard & Poor’s, os juros da dívida portuguesa estão a cair, num sinal de que os investidores as consideram menos arriscadas.

Em sentido contrário, a incerteza política que se vive em Espanha fez disparar as yields do outro lado da fronteira para máximos de julho. “O voto na Catalunha desenvolveu-se da forma menos amiga dos mercados”, refere Anne Karina Asbjorn, analista do Nomura, citada pela Bloomberg.

Os juros das obrigações espanhola a dez anos sobem 0,44 pontos para 1,702%, enquanto as yields dos títulos portugueses com a mesma maturidade descem 0,46 pontos para 2,417%.

Esta evolução faz com que o diferencial entre o spread da dívida dos dois países esteja no nível mais baixo dos últimos dois anos.

Esta tendência surge numa altura em que vários analistas de bancos internacionais recomendam cautela aos investidores devido à grande volatilidade que o mercado espanhol deverá ter nos próximos tempos, sobretudo ao nível da banca e das empresas com presença na Catalunha. Aliás, vários investidores terão mesmo antecipado os acontecimentos do passado domingo e diminuído a sua exposição ao mercado espanhol.

Do lado das agências de rating, tanto a Fitch como a S&P já adiantaram que o “referendo da independência da Catalunha pode aumentar a tensão política o que criará novas tensões nos mercados podendo pesar nas perspetivas económicas atuais”.

Juros de Portugal iguais a Espanha? Mourinho Félix acredita

Em Portugal, os juros continuam a corrigir, a beneficiarem da decisão da S&P de retirar o país da categoria de lixo. Depois deste anúncio, e numa entrevista à Reuters, Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado Adjunto e das Finanças, veio dizer que há margem para que os juros da dívida nacional continuem a cair, encolhendo-se o diferencial face a outros países do euro.

“Todos estes efeitos criam margem para uma compressão adicional dos spreads. Neste momento, o spread que temos face a Itália está abaixo dos 30 pontos base e, portanto, estamos próximos de Itália, mas não ainda de Espanha, cujo spread é significativo”.

Mais à frente, o secretário de Estado vaticinava: “quando tivermos três agências em investment grade, podemos ter um nível de spread mais próximo do que é a taxa [a dez anos] da economia espanhola”, disse à Reuters, vincando que Portugal tem condições de crescimento semelhantes a Espanha. “Significa ter um spread negativo para Itália, se nos aproximarmos das taxas de juro de Espanha”, destaca.

(Notícia atualizada com valores dos juros às 12h00 e declarações de Ricardo Mourinho Félix)

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Greve geral na Catalunha faz parar o trânsito. Adesão “muito elevada”

  • Lusa
  • 3 Outubro 2017

Circular em Barcelona não será fácil. Filas de automóveis estendem-se por quilómetros e os transportes públicos funcionam com serviços mínimos nas horas de ponta. Em causa está uma greve geral.

Um total de 24 manifestações cortaram esta terça-feira a circulação em várias estradas e autoestradas da Catalunha e provocaram, nalguns casos, filas superiores a dez quilómetros, segundo as autoridades catalãs.

A autoestrada AP-7 está cortada junto a Girona, nos dois sentidos, pois um grupo de pessoas invadiu as faixas de rodagem. As enormes filas de trânsito são consequência das marchas lentas promovidas em dia de greve geral, para protestar contra a ação policial de domingo, durante o referendo.

A greve geral convocada para esta terça-feira na Catalunha por cerca de 40 organizações sindicais, políticas e sociais está a ter uma “adesão muito elevada” em setores como os transportes, o comércio ou a agricultura.

De acordo com a CGT, numerosos piquetes de bairro ou cidade organizados em comités de greve locais estão a mobilizar as pessoas para a greve nas ruas e em áreas industriais.

A estrutura sindical afirma ainda que foram instaladas “barricadas” em diversas áreas de Lleida, forçando o encerramento de empresas.

Uma percentagem muito elevada do pequeno comércio está fechada nas principais populações da Catalunha.

Em Barcelona, os transportes públicos operam com serviços mínimos nos horários de pico (entre as 06:30 e as 09:30 e entre as 17:00 e as 18:00), enquanto no resto do dia a mobilidade não é garantida.

Os portos de Barcelona e Tarragona também estão “praticamente parados” devido à adesão quase total que a greve está a ter por parte dos estivadores, refere o sindicato.

A greve geral convocada para esta terça-feira na região realiza-se em protesto contra a interferência do Estado espanhol no referendo de domingo sobre a independência, com “violência policial desproporcionada”.

A paralisação é uma reação da região à repressão policial usada por Madrid para impedir os catalães de irem às urnas a 1 de outubro, que teve como resultado mais de 800 feridos.

Do grupo impulsionador do protesto fazem parte, além da Assembleia Nacional Catalã (ANC) e do Òmnium Cultural, as duas maiores centrais sindicais da Catalunha – CCOO e UGT -, a Associação Catalã de Universidades Públicas (ACUP), o Conselho Nacional da Juventude da Catalunha, a Federação de Assembleias de Pais e Mães da Catalunha (FAPAC), as Organizações pela Justiça Global e a União de Federações Desportivas da Catalunha.

O sindicato CSIF, o mais representativo da administração pública, indicou que, embora lamente “os acontecimentos violentos” de 01 de outubro, não participará na greve geral desta terça-feira, tendo reiterado a sua posição firme em defesa do Estado de Direito.

Os deputados e senadores dos partidos independentistas ERC e PDeCAT anunciaram que se juntarão à paralisação na Catalunha e não irão às reuniões parlamentares previstas no Congresso e no Senado.

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Juncker diz que UE não pagará fatura do Brexit

  • ECO
  • 3 Outubro 2017

Juncker já tinha assinalado a necessidade de um milagre para que as negociações avancem. O presidente da Comissão Europeia elogia abertura de May, mas exige mais do que palavras.

A União Europeia reiterou, esta terça-feira, que permanecem “grandes divergências” nas negociações em torno do ‘Brexit’, designadamente sobre a “fatura” a pagar pela saída do Reino Unido, rejeitando que a mesma seja paga pelos contribuintes dos restantes 27 Estados-membros.

Na abertura de um debate no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, sobre o estado das negociações entre UE e Reino Unido para a concretização do ‘Brexit’, tanto o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, como o negociador-chefe da União, Michel Barnier, saudaram o recente discurso da primeira-ministra britânica Theresa May, em Florença, por ter mostrado maior “abertura”, mas apontaram que palavras não bastam e sublinharam as diferenças que subsistem ao fim de seis meses e quatro rondas de negociações.

“Estou satisfeito por a primeira-ministra May e a sua equipa terem reconhecido que o Reino Unido tem obrigações financeiras que deve respeitar. Contudo, o diabo está como sempre nos detalhes, e os contribuintes da UE 27 não devem pagar pela decisão britânica”, advertiu o presidente da Comissão Europeia.

Juncker comentou que o discurso proferido por May em Florença a 22 de setembro passado “foi conciliatório, mas discursos não são posições negociais e resta muito trabalho pela frente”.

“Ainda não fizemos progressos suficientes” a nível dos termos do “divórcio” para se poder avançar para discussões sobre as relações futuras, reiterou o presidente do executivo comunitário.

Jean-Claude Juncker reconheceu que foram realizados “bons progressos a nível dos direitos dos cidadãos”, mas ressalvou que “o indispensável papel do Tribunal de Justiça da UE para garantir esses direitos ainda tem que ser acordado”.

Também Barnier saudou a “abertura” manifestada por May no seu discurso, mas sublinhou que permanecem “divergências sérias, em particular sobre o acordo financeiro”.

“Sobre essa questão, as coisas são simples: não aceitamos pagar a 27 o que foi decidido a 28, é tão simples quanto isso. Os cidadãos não têm que pagar a consequência de uma decisão que não tomaram. Nem mais, nem menos do que isso”, declarou, sendo aplaudido pela assembleia.

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Pizza Hut e Telepizza preparam aliança

As duas empresas estão a estudar um acordo para crescer nos mercados internacionais, especialmente na América Latina.

Há um movimento de consolidação à vista na indústria das pizzas. A Pizza Hut e a Telepizza estão a estudar uma parceria para crescer em mercados internacionais, sobretudo na América Latina. A notícia é avançada pelo jornal espanhol Expansion, e deu mesmo origem a um comunicado da cadeia espanhola Telepizza ao mercado.

No comunicado da Telepizza pode ler-se: a Telepizza “mantém conversas com a YUM!Brands, Inc. sobre as condições em que a sociedade poderia operar lojas Pizza Hut em diversos mercados, incluindo América Latina, assim como fórmulas de colaboração entre as marcas Telepizza e Pizza Hut”.

O comunicado adianta ainda que as conversações não “contempla a entrada de YUM!Brands, INC, no capital social da Telepizza Group”.

Apesar de admitir que as negociações estão em curso, a Telepizza adianta que: “não é ainda possível assegurar neste momento que estas resultarão de uma operação entre as sociedades”.

A Pizza Hut pertence ao grupo Yum! Brands com sede em Kentucky, Estados Unidos e tem como principais mercados Estados Unidos e China.

Já a Telepizza fechou o primeiro semestre do ano com um crescimento de 9,6% para os 276,5 milhões de euros. Espanha representa 63% das vendas com 176,5 milhões de euros. O grupo espanhol tem 1440 lojas, 469 próprias e 971 franchisadas e já em 2017 instalou-se em quatro novos mercados: Reino Unido, República Checa, Paraguai e Irão.

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Lisboa na linha de água. EDP Renováveis segue a perder

  • ECO
  • 3 Outubro 2017

A bolsa nacional abriu a cair 0,19%, a maior parte dos títulos estavam a negociar na linha de água.

Neste arranque da sessão de terça-feira, a bolsa de Lisboa mantém-se na linha de água com a EDP Renováveis a pressionar. O principal índice português abriu a cair 0,19% a negociar nos 5.408,19 pontos.

Para este desempenho contribuiu a queda da elétrica, cujo títulos abriram no vermelho, a perder 0,86% para 7,108 euros. Em terreno positivo estão os títulos da Altri, a ganhar 0,81% para 4,629 euros, registando o valor mais alto desde janeiro de 2016, e os da Navigator, a subir 0,39% para os 4,15 euros.

No lado dos ganhos, mas próximos da linha de água, estão também a Galp, que está a apreciar 0,07% para 14,88 euros, a Jerónimo Martins, a subir 0,09% para 16,69 euros, e o BCP, a ganhar 0,49% para 0,242 euros. Destaque ainda para Mota-Engil, cujas ações atingiram os 3,247 euros, o que representa um máximo desde abril de 2015.

Na Europa, a tendência é de ganhos, com a expectativa da nova política fiscal de Trump (que inclui a redução de impostos) reforçar a confiança.

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Novo Banco: Oito fundos estavam interessados na oferta

  • ECO
  • 3 Outubro 2017

Não se confirma para já se todos apresentaram propostas dentro do prazo, mas além da Pimco e da Pacific Investment houve mais seis fundos a ver com bons olhos o negócio proposto pelo Novo Banco.

Ainda não são conhecidos os resultados oficiais da operação de compra de dívida do Novo Banco — que serão divulgados esta terça-feira, mas o Jornal de Negócios escreve que havia, além das já conhecidas Pimco e Pacific Investment, pelo menos outros seis fundos de investimento com interesse na oferta.

Até sexta-feira, 29 de setembro, o banco liderado por António Ramalho já arrecadara cerca de 75% do objetivo de recompra de dívida, fixado nos 6,2 milhões e condição para a venda ao Lone Star.

O prazo para ofertas terminou esta segunda-feira às 18h00, e os resultados serão conhecidos esta terça-feira, mas de acordo com o Jornal de Negócios (acesso pago) existiam pelo menos mais seis fundos “seduzidos” pela operação de compra de dívida. A Morgan Stanley criou um veículo, chamado Emerald Bay, para tornar líquidos os depósitos do Novo Banco, titularizando em obrigações transacionáveis estes depósitos, o que levou vários fundos a querer investir.

De acordo com uma fonte que falou ao Negócios, alguns dos investidores são a Trinity, o Pivot Global Value, o Hesia Investment Designated Activity Company, a FMR Investment Management, a River Birch e a York Capital.

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Benefícios fiscais: Estado deu quase 2500 milhões em 2016

  • ECO
  • 3 Outubro 2017

No total foram mais de 35 mil beneficiários entre empresas e outras entidades sujeitas a IRC. Empresa do universo da EDP é a sociedade privada que mais beneficia.

A administração fiscal portuguesa concedeu perto de 2500 milhões de euros de isenções e benefícios fiscais em sede de IRC, IMI, IMT, IVA e outros impostos. Os beneficiados terão sido mais de 35 mil empresas e outras entidades, segundo avança o Público na edição desta terça-feira.

A receita de que o Estado abdicou com a despesa fiscal relativamente ao ano de tributação de 2016 foi superior em 600 milhões de euros ao valor de 2015, altura em que o total rondara os 1875 milhões de euros, de acordo com as estatísticas atualizadas no Portal das Finanças.

Em 2016, para além do aumento do número de entidades beneficiárias, que passaram das 28.200 para as 35.400, verificou-se também um reforço da despesa fiscal associadas a estes benefícios, com o montante a chegar aos 2.481.217.770 euros, valor que segundo a autoridade tributária poderá ainda ser corrigido devido às operações de controlo da máquina fiscal.

A fatia de leão, é justificada pelo IMI e IRC que juntos explicam mais de 70% do universo da despesa fiscal, com os benefícios ao abrigo do imposto municipal para imóveis a representar 875 milhões de euros e as isenções, deduções ou reduções de taxa de IRC a contribuírem para uma quebra de receita de 831 milhões de euros.

Mas quem são os beneficiados?

Segundo escreve o Público, no topo da lista dos beneficiários aparecem entidades que estão na órbita das administrações públicas. E a atribuição prende-se, para quase todos os seis primeiros, com poupanças à isenção das entidades públicas no Imposto Municipal sobre Imóveis.

Em primeiro lugar aparece o município do Porto, com 87,9 milhões de euros, explicados sobretudo por isenções de IMI, o mesmo acontecendo com Lisboa que aparece em quinto lugar. O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, o próprio Estado português e o Fundo de Garantia de Depósitos constam também da lista, mas neste caso pela isenção de IRC de 46,6 milhões de euros. A primeira empresa privada é a EDP Gestão da Produção de Energia, uma empresa do grupo EDP. No caso da elétrica nacional em causa estão benefícios fiscais associados à isenção dos produtos petrolíferos e energéticos associados à produção de energia, no valor de 36,4 milhões de euros.

Ainda segundo avança o Público a lei permitiu à EDP poupar 35,8 milhões de euros, de acordo com os dados das Finanças, um valor menor do que o registado em 2015, quando os benefícios totais tinham atingido os 58,4 milhões de euros com ISP.

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