Black Friday. Não compre gato por lebre, siga estas regras
Com os grandes descontos, podem vir também grandes fraudes e reclamações. A Black Friday está aqui e para que não caia nas estratégias enganadoras, o ECO foi ouvir os conselhos da Deco.
Em época de descontos loucos, todo o cuidado é pouco. A Black Friday está aqui e com ela podem vir algumas fraudes, truques e artimanhas que fazem os descontos pareçam maiores do que realmente são. Estes seis verbos — perseguir, igualar, verificar, devolver, listar e investigar — podem fazer, por isso, a diferença entre uma boa e uma má compra. São seis conselhos que a Deco revelou ao ECO para que não caia nas estratégias enganosas.
Manter as lojas que lhe interessam sempre debaixo de olho, investigar quem lhe parece dar o mesmo por menos e estar atento às regras especiais para este período são algumas das dicas que fazem parte deste guia de sobrevivência para a sexta-feira negra. A Black Friday é uma tradição norte-americana caracterizada pelas grandes campanhas de descontos, nas 24 horas que se seguem ao Dia da Ação de Graças. Nos últimos anos, o movimento tem conquistado períodos mais alargados e muitos outros países, como México, França e Portugal. “A Black Friday veio mudar o período de promoções. Os saldos já não são apenas no inverno”, afirmou Graça Cabral, da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).
Com grandes descontos, virão, é claro, grandes reclamações. De acordo com a Deco, no ano passado, a queixa campeã foi relativa ao real desconto dos produtos. “Os preços subiram dias antes para depois, na sexta, voltarem ao mesmo”, avançou a mesma representante da associação. “Há alguma falta de transparência”, acrescentou. Para evitar estes esquemas, a Deco lançou um comparador de preços (que analisa a evolução dos preços de vários artigos) e adiantou ao ECO estas seis recomendações.
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Perseguir
Se está à procura de boas oportunidades, mantenha as lojas em questão debaixo de olho, assinando as suas newsletters. “[Desta forma] o consumidor consegue ir monitorizando, ao longo do tempo, os preços e antever as oportunidades que serão oferecidas, na Black Friday”, adiantou o coordenador da Deco, Miguel Lage. No mesmo sentido, as redes sociais são um ótimo instrumento para garantir que as maiores pechinchas não lhe escapam… mas cuidado com a Internet e não esqueça o conselho número três. Primeiro vamos ao número dois.
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Igualar
Há lojas que desafiam os consumidores a encontrar preços mais reduzidos do que aqueles que praticam e garantem que os igualam. Aceite a proposta e aproveite para fazer boa parte das suas compras, num único local. Como consegui-lo? Apresente provas de prática de preços mais baixos, nos mesmos produtos, e faça a diferença desaparecer. A Deco deixa ainda uma nota aos vendedores: “não se socorram de subterfúgios. Achamos que as lojas devem sempre praticar os melhores preços que conseguem”.
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Verificar
O que mais abunda no universo digital são páginas falsas, lojas fictícias e fornecedores de produtos contrafeitos e pirateados. Não caia em ofertas que parecem “demasiado boas para serem verdadeiras” e passe a pente fino as informações apresentadas nesses sites e redes sociais. Como? “Esta é uma situação que nunca é fácil. Um bom indicador é ver se a página está em português. Depois, há que verificar se os produtos são novos, em segunda mão ou acondicionados”, aconselha Miguel Lage.
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Devolver
Se as compras forem feitas online, o consumidor pode devolver o produto, num prazo de 14 dias. Nas lojas físicas, a conversa muda de tom e é aí que precisa de ter cuidado. Verifique as condições promovidas por cada loja e se adotaram regras especiais para a devolução, nos períodos de promoções. “Desejavelmente, estas condições devem estar perfeitamente claras. Caso não estejam, o consumidor deve contactar o vendedor”, declara a Deco.
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Listar
Na “febre” da sexta-feira negra, quem se prepara sai vitorioso. Liste, previamente, os retalhistas que oferecem os preços que lhe interessam para determinado produto, para que, caso algum dos sites falhe ou o stock acabar, possa passar à próxima loja, sem perder tempo ou oportunidades. Além de lhe garantir o melhor negócio, fazer uma lista é cuidar da sua carteira. “Deve definir exatamente que produto quer adquirir para não incorrer em compras por impulso”, avisa o coordenador da associação.
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Investigar
“Os produtos em promoção podem prometer muito e cumprir pouco”, avisa a Deco. Investigue ao pormenor o produto em que está interessado e leia comentários de quem já o tem, para garantir que não sai enganado. Além disso, “neste período de promoções, e porque as pessoas estão com os subsídios nas carteiras, a Deco tem os seus os comparadores de produtos excecionalmente abertos a todos os consumidores, para os ajudar a verificar a sua qualidade”, acrescenta Miguel Lage. Durante o ano, este serviço só está disponível para os sócios da associação.
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