Marissa Mayer vai sair da liderança da Yahoo com a entrada da Verizon

A CEO que foi "arrumar a casa" da tecnológica vai sair depois da venda à gigante Verizon. Thomas J. McInerney é o escolhido para liderar a empresa.

Marissa Mayer será substituída enquanto presidente executiva da Yahoo YHOO 0,00% , após a aquisição da empresa por parte da gigante das telecomunicações norte-americana Verizon. A atual CEO vai receber um pacote de indemnização de 23 milhões de dólares, segundo uma declaração da própria empresa divulgada esta segunda-feira, avançou o Business Insider. O novo presidente executivo será Thomas J. McInerney , o ex-CEO da IAC, uma empresa de serviços de internet norte-americana.

Além destas mudanças no presidente, o responsável pela área financeira também vai sair. Ken Goldman, o atual CFO, vai ser substituído por Alexi Wellman, que é atualmente o ‘global controller’ da Yahoo. Contudo, até que a venda à Verizon seja concretizada, a atual administração vai continuar a gerir a empresa. As ações da empresa iniciaram a sessão desta segunda-feira, em Wall Street, a valorizar mais de 2%.

Não é claro se Marissa Mayer pode assumir outro cargo dentro da estrutura a empresa. A norte-americana chegou a CEO em 2012, depois de uma passagem pela Google. Enquanto presidente executiva foi responsável por adquirir várias startups, nomeadamente o Tumblr, mas também pela compra de uma participação na Alibaba, a gigante chinesa de comércio eletrónico.

No entanto, os últimos dois anos foram mais tumultuosos: as ações da empresa desvalorizaram depois de várias saídas de executivos, para além de ter enfrentado vários escândalos como uma investigação da polícia dos mercados e a suspeita de que espiava os emails de norte-americanos por pedido da agência de informação do país.

No mês passado confirmou-se que a operadora norte-americana Verizon — que em 2016 ofereceu 4,8 mil milhões de dólares pelos serviços online da Yahoo — estaria perto de alcançar um acordo para reduzir o valor do negócio em cerca de 250 milhões de dólares. Em causa estão os ataques informáticos de que a gigante tecnológica foi alvo e que colocaram em risco os dados pessoais de milhares de milhões de utilizadores.

Ainda assim, nem tudo foram más notícias, dado que ambas as empresas terão acordado em partilhar responsabilidades legais que, por via judicial, lhes sejam incutidas devido aos ataques.

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José Sócrates: “Nunca recebi dinheiro de ninguém”

O antigo primeiro-ministro garante que vai responder a todas as perguntas que os procuradores lhe vão colocar, mas reitera que tudo não passa de uma campanha difamatória.

O antigo primeiro-ministro já chegou ao Departamento Central de Investigação e Ação Central (DCIAP) onde vai ser ouvido pelos procuradores. José Sócrates garantiu aos jornalistas que nunca recebeu dinheiro de ninguém e que vai responder a todas as perguntas que lhe forem colocadas, mas acrescentou que não vai dar explicações, pois não é a ele que o cabe fazer, ainda que seja o arguido no processo Operação Marquês.

“Vou responder a todas as perguntas”, disse José Sócrates à entrada do DCIAP em declarações aos jornalistas transmitidas pela Sic Notícias. “Mas é ao Ministério Público que cabe dar-me explicações”, acrescentou.

José Sócrates reiterou que nunca recebeu dinheiro de ninguém, quando questionado se tinha recebido 18 milhões de euros como foi noticiado pela imprensa. Alegadamente tanto Sócrates como o CEO da PT, Zeinal Bava, terão recebido ‘luvas’, entre 2006 e 2011, para obter decisões favoráveis ao Grupo Espírito Santo no âmbito da participação na Portugal Telecom. “Quem diz isso que apresente provas”, retorquiu o antigo primeiro.

Sócrates contrapôs ainda que a única intervenção do seu Governo relativamente à PT foi a usar a golden share para “impedir que a venda da Vivo para distribuir dividendos aos acionistas”. O objetivo era garantir que a PT tivesse “perspetivas de desenvolvimento”. “A minha decisão foi contrária aos interesses de Ricardo Salgado e do BES”, acrescentou, precisando que assim garantiu que a “PT ficasse com uma posição no Brasil”.

“Essa insinuação é falsa e injusta”, acrescentou, frisando que todo este processo é “uma campanha maldosa e difamatória”. Na sua opinião, “o mais importante agora é que apresentem provas”.

Este interrogatório decorre a cinco dias do final do prazo dado pela Procuradora Geral da República, Joana Marques Vidal, para fechar a investigação. Segundo noticia o Expresso este sábado (link para assinantes), o ex-chefe de Governo socialista será acusado de corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais. O empresário Carlos Santos Silva foi inquirido na sexta-feira, segundo confirmou a Lusa. “Estão, ainda, previstos interrogatórios de outros arguidos no decurso da próxima semana”, somou a PGR, numa esclarecimento enviado à agência de notícias.

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Wall Street abre em alta condicionada pela Fed

Fed deverá promover esta semana a primeira de três subidas das taxas diretoras esta semana. Bolsas norte-americanas estão em modo de esperar para ver.

As bolsas norte-americanas iniciaram a semana em terreno positivo, com os investidores a assumirem como certo que a Reserva Federal norte-americana vai subir os juros na quarta-feira.

O índice industrial Dow Jones ganha 0,09%, tanto quanto o tecnológico Nasdaq. Com uma valorização menos expressiva, o índice de referência S&P 500 soma 0,06%.

Inicia-se esta terça-feira a reunião de dois dias do Comité do Mercado Aberto da Fed. É dado como certo pelos analistas que a entidade liderada por Janet Yellen promova a primeira de três subidas das taxas diretoras em 2017. Um anúncio que só será feito na quarta-feira e deverá levar os juros para 0,75% a partir de março.

Os números do emprego revelados na sexta-feira ajudaram a reforçar o bom momento da economia norte-americana que, deste modo, deverá absorver sem grandes complicações o impacto de um aperto das condições de crédito que resultará da subida dos juros.

Assim, mais do que saber se os juros vão subir, os investidores vão estar mais atentos àquilo que o banco central norte-americana deverá deixar quanto ao rumo da política monetária do outro lado do Atlântico.

“Neste momento os mercados parecem estar num modo de esperar para ver antes da decisão da Fed”, referiu Andre Bakhos, diretor da Janlyn Capital, à Reuters.

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O paradoxo: o país melhor, a economia nem por isso

  • ECO
  • 13 Março 2017

Fernando Alexandre foi à TEDxBraga apresentar o paradoxo que o ocupa há anos: se as pessoas e as infraestruturas estão melhores, porque é que a economia produz o mesmo que há 16 anos?

“A economia portuguesa, no ano de 2016, vai produzir basicamente o mesmo que produziu no ano 2000. Ou seja, 16 anos depois, o país está incomparavelmente melhor em termos de infraestruturas, – estradas, portos comboios, aeroportos, edifícios das universidades, hospitais, – as pessoas são incomparavelmente mais bem informadas, temos das gerações mais bem formadas de sempre, e no entanto está tudo na mesma. A economia produz exatamente a mesma coisa”.

Este é o paradoxo sobre o qual há uns anos se dedica Fernando Alexandre, pró-reitor da Universidade do Minho e colunista do ECO.

O paradoxo de Fernando Alexandre: “Se as infraestruturas são melhores, se os meios materiais são melhores, se as pessoas são melhores, porque é que da combinação desses dois fatores de produção, como nós dizemos na economia, não resulta nada melhor? Não saímos do sítio, estamos na mesma.”

Fernando Alexandre participou na TEDxBraga e partilhou o vídeo nas redes sociais. Além de tentar resolver o paradoxo, o professor também falou da da inovação, da ligação das empresas às universidades e até sobre as ondas de Nazaré.

Veja o vídeo que Fernando Alexandre partilhou nas redes:

A TEDx é um projeto auto-organizado que reúne pessoas para partilhar uma experiência semelhante às do TED. A TED é uma organização sem fins lucrativos que organiza eventos com palestras sobre assuntos inovadores e com a capacidade de mudar o mundo à nossa volta. Os eventos começaram há 30 anos na Califórnia.

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Bloomberg: Mercados desconfiados com défice de 1,6% em 2017

Os mercados, segundo a agência financeira, estão mais confiantes em relação ao crescimento económico e ao emprego. Contudo, os números do défice continuam a ser uma preocupação.

A economia portuguesa vai expandir 1,5% em 2017, segundo uma sondagem da Bloomberg a 25 economistas, e o défice vai ficar em 2,6%. O crescimento previsto do PIB corresponde à estimativa feita pelo Governo e cimentada pela aceleração da economia no final de 2016, que dá um bom ponto de partida para este ano. Contudo, os números do défice são díspares: o Ministério das Finanças prevê 1,6% em 2017.

No anterior inquérito, os economistas consultados pela Bloomberg estimavam um défice de 2,5%. Essa previsão sobe agora para os 2,6%, na sondagem divulgada esta sexta-feira pela agência financeira, o que piora as perspetivas que os mercados têm em relação ao cumprimentos das metas governamentais no que toca às finanças públicas. Em 2018, os 25 economistas preveem que o défice seja de 2,5%.

Contudo, existem previsões melhoradas de um inquérito para o outro. É o caso da taxa de desemprego: os economistas estão mais confiantes e preveem até que a linha dos 10% seja ultrapassada, abandonando assim uma taxa de desemprego de dois dígitos que acompanha o país desde a crise. Este será um dos efeitos de uma economia a crescer mais, pelo menos este ano, tendo a estimativa do PIB passado de 1,2% para os 1,5%. Contudo, a perspetiva em relação a 2018 e 2019 é negativa com o crescimento da economia a desacelerar.

Já a inflação, tal como mostrou o mês de janeiro, vai acelerar nos próximos anos até 1,5% em 2019, acompanhando a evolução dos países da Zona Euro. As expectativas para a evolução da taxa de juro da dívida a 10 anos preveem que não ultrapassará a linha dos 4%, mas também não irá baixar significativamente, pelo menos em 2017. Em 2018, a evolução no mercado secundário levará a taxa de juro para perto dos 3%.

A sondagem foi realizada entre 3 e 9 de março. Segundo o inquérito, a possibilidade de haver uma recessão acontecer nos próximos doze meses é de 15%. Num comentário a 3 de março, o banco de investimento alemão, Berenberg, argumentava que o Governo de esquerda, em Portugal, reverteu reformas “chave” e que isso iria “pesar” na tendência de crescimento, “sendo mais difícil que os objetivos orçamentais sejam atingidos”.

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Portugal é dos 7 países da UE onde salários são mais baixos que em 2009

  • Lusa
  • 13 Março 2017

É um dos sete países da União Europeia onde os trabalhadores ganham hoje menos do que há oito anos, aponta um estudo hoje publicado em Bruxelas pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES).

De acordo com o estudo, entre 2009 e 2016, os salários reais (corrigidos pela inflação) caíram anualmente em média 3,1% na Grécia, 1% na Croácia, 0,9% na Hungria, 0,7% em Portugal, 0,6% em Chipre, 0,4% no Reino Unido e 0,3% em Itália.

O estudo aponta ainda que em 18 países o crescimento do salário real entre 2009 e 2016 foi mais fraco do que no período entre 2001 e 2008, e apenas três países, Alemanha, Polónia e Bulgária, viram os aumentos dos salários reais nos últimos oito anos ultrapassar aqueles dos oito anos anteriores.

“É uma notícia muito má, não apenas para os trabalhadores e suas famílias, mas também para as empresas”, comentou a secretária-geral confederal da CES, apontando que “se os trabalhadores têm menos dinheiro para gastar, as empresas também se ressentem”.

Segundo Esther Lynch, “o tempo de um verdadeiro relançamento chegou” e “os trabalhadores têm necessidade de um aumento salarial em toda a Europa”.

“Os salários começam a voltar a subir, mas ainda há muito caminho a recuperar”, acrescentou.

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Tsipras alerta contra “clube fechado dos poderosos” na UE

  • Lusa
  • 13 Março 2017

O primeiro-ministro grego diz que a Europa atravessa “uma crise de orientação”. “Seria melhor falar de uma Europa com mais possibilidades de escolha em vez de uma Europa a várias velocidades”, diz.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, advertiu hoje que “um clube fechado dos poderosos” na União Europeia (UE) poderá comprometer “o acervo europeu” e provocar “eventualmente uma divisão de facto” dos 27 países-membros.

Numa altura em que a Europa atravessa “uma crise de orientação”, “seria melhor falar de uma Europa com mais possibilidades de escolha em vez de uma Europa a várias velocidades”, escreve Alexis Tsipras, num artigo publicado no diário Efimerida ton Syntaktón (esquerda).

O chefe do Governo grego responde à tendência expressa na sexta-feira na cimeira da EU, em Bruxelas, pela Alemanha e pela Franca, que defenderam a existência de uma Europa a “várias velocidades” para ultrapassar a prova da saída do Reino Unido da União (‘Brexit’).

“Minar a solidariedade entre os países-membros é um indício preocupante para a coesão europeia (…), que mostra a perda de confiança no modelo europeu”, sublinhou Tsipras.

O primeiro-ministro grego defendeu que “é preciso abandonar qualquer ideia de um ‘clube’ dos poderosos, que terá as suas regras internas próprias, (…) e de um núcleo de fora da zona euro onde os outros países serão colocados obrigatoriamente numa órbita de satélite”.

“Um modelo em que os fortes estabelecem as suas regras” e o resto segue ou sai “não pode ser aceite”, disse Tsipras.

O primeiro-ministro grego declarou-se a favor da cooperação no seio das atuais instituições.

“A cooperação na UE deve começar pelo nível de cooperação reforçada que existe. É preciso abandonar qualquer ideia de dividir as instituições atuais como a Zona Euro ou o espaço Schengen”, escreveu.

Tsipras também reivindicou um “papel destacado” para a Grécia no debate sobre o futuro da UE por ser dos países que mais sofreu com as duas crises que têm afetado a União Europeia nos últimos tempos: a económica e a dos refugiados.

O dirigente grego culpou “a austeridade e as limitações orçamentais rigorosas” por terem alargado o fosso entre as economias europeias e terem danificado “a coesão social”, tendo acusado as tendências “xenófobas” e o “euroceticismo” pela não aplicação dos compromissos alcançados em Bruxelas em relação aos refugiados.

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Intel compra Mobileye de olho no mercado automóvel

  • Jéssica Rocha
  • 13 Março 2017

A tecnológica norte-americana vai gastar mais de 15 mil milhões de dólares na compra da israelita Mobileye para entrar no mercado dos sensores contra colisão automóvel.

A Intel foi às compras. A gigante norte-americana chegou a acordo para comprar Mobileye, uma companhia de tecnologia israelita, num negócio de mais de 15 mil milhões de dólares. Com esta compra, a Intel reforça a sua posição na tecnologia cada vez mais utilizada pelas fabricantes de automóveis: a proteção contra acidentes.

A gigante norte-americana vai adquirir a empresa do ramo da tecnologia israelita por 63,54 dólares por ação, estando a pagar um total de cerca de 15,3 mil milhões de dólares. No mercado, a Mobileye está avaliada em 10,6 mil milhões de dólares.

Os investidores ficaram bastante satisfeitos. O acordo, que deverá estar concluído dentro de nove meses, fez disparar o valor das ações da empresa israelita em mais de 30%, de acordo com a Reuters.

A Mobileye é a líder na oferta de sensores de alerta contra colisão para automóveis. A Intel e Mobileye já colaboravam com a BMW num projeto que colocaria uma frota de 40 veículos automáticos para serem testados no mercado, o que deverá acontecer na segunda metade deste ano. A ideia é ter carros totalmente autónomos nas estradas em 2021.

A Mobileye foi fundada em 1999 e teve sempre como principal objetivo reduzir a sinistralidade automóvel. Contou, numa fase inicial, com um investimento de 130 milhões de dólares por parte do Goldman Sachs. Entrou para a bolsa de Nova Iorque em 2014, sendo agora adquirida pela Intel que tenta competir com empresas como a Qualcomm nesta indústria.

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3008 é Carro do Ano (cá e lá fora). Porquê?

O primeiro 3008 teve o mérito de ser... diferente. E a segunda geração? Também. Dá um salto em frente no cada vez mais concorrido segmento dos SUV médios.

A oferta é grande. Quem, por estes dias, pensa em comprar um SUV médio tem propostas para todos os gostos e feitios — e também a tentação das marcas de luxo. A Nissan, com o Qashqai, que em breve será renovado, mantém a coroa, mas ainda antes de atualizada o seu best seller, enfrenta concorrência de peso. É que o novo 3008 tem muitos argumentos para gritar vitória.

Se na primeira geração era o look irreverente que atraia muitos portugueses para o 3008, nesta segunda esse aspeto diferenciador continua a marcar pontos. Gostos não se discutem, mas dificilmente alguém fica indiferente de cada vez que o novo 3008 passa. No ensaio que o ECO fez, o 3008 parecia estar num qualquer desfile de moda. Todos olham. Percebe-se porquê. Uma frente de leão, um estilo atlético na lateral e uma traseira high tech. Tudo misturado, funciona.

O estilo que evoca o… Evoque, da Land Rover, vai, de alguns pontos de vista, fazer-nos pensar que estamos perante um SUV de gama superior. E quando se abre a porta, esse feeling mantém-se, o que explica que o 3008 seja Carro do Ano, cá, e também lá fora. Depende, claro, da versão, mas no Allure, que o ECO testou (que custa mais do que os 32.750 euros de base para o 1.6 HDI), os estofos em pele marcam a diferença, mas os materiais usados na consola também revelam um crescente cuidado da marca francesa que reforçou neste novo 3008 a aposta na tecnologia. Quem vai ao volante conta com enormes ecrãs para controlar tudo.

Se no ecrã central há a informação sobre a climatização, rádio e navegação, em frente do condutor há… o que se quiser. O i-Cockpit é um must. Tem vários modos, desde apresentar apenas a velocidade, até uma série de informações sobre o veículo (como os consumos…) e a navegação. Se não quiser nenhum dos pré-definido, personalize. É muito fácil.

A combinação perfeita

A Peugeot tem vários motores disponíveis para o 3008. Vão desde o pequeno bloco A gasolina, com 130 cv, até aos diesel, os preferidos dos portugueses: há o 1.6 e o 2.0 BlueHDI. O 1.6, que tem vindo a sofrer atualizações, promete ser o eleito. E é uma ótima escolha para quem faz uma utilização diária do automóvel, polvilhando o casa-trabalho-casa com algumas viagens por auto-estrada (e este é Classe 1, com ou sem o leitor automático para as portagens).

Responde bem a qualquer solicitação, seja numa ultrapassagem em plena cidade quando o carro da frente vai a “pisar ovos”, seja em vais rápidas em que se precisa um pouco mais de potência. E faz tudo isto com consumos que facilmente ficam abaixo da fasquia dos seis litros aos 100 km — o ECO não se esforçou para fazer menos. A marca tem a homologação para quatro litros, mas é sempre preciso dar algum desconto.

Tem um motor que responde, e tem uma base à altura? Tem. O 3008 mostrou-se sempre estável, mesmo em entradas em curva com velocidades um pouco superiores ao habitual. O chassis mantém o SUV na linha, sendo que quando as coisas começam a descansar estão lá os sistemas de ajuda para corrigir os excessos. Estão lá mas não são intrusivos.

Caixa automática? É o hábito

Grande parte dos condutores nacionais, e ainda muitos europeus, não dispensam a manete da caixa de velocidades — os americanos passam-se com aquela coisa que tem uns números e o extra. Mas as marcas estão a tentar mudar o hábito. Daí que, depois das fabricantes de gamas superiores, as restantes estejam a tentar libertar os condutores dessa tarefa rotineira com caixas automáticas.

A Peugeot tem a caixa de seis velocidades manual, mas a automática custa pouco mais. Vale a pena? Depende. Nas primeiras relações, fica-se sempre com a sensação que estamos perante rotações a mais do que devia… e nota-se. Apesar da insonorização bem executada, nesses momentos o barulho do motor é bem percetível. Passadas as primeiras relações, fica tudo suave. As passagens são suaves. Entramos em velocidade cruzeiro até ao destino. Chegados lá, é deixar a tecnologia estacionar. Ou estacionar à moda antiga mas com a ajuda preciosa das câmaras traseira e dianteira. O 3008 acaba por caber onde parecia não valer sequer a tentativa.

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Escócia anuncia novo referendo sobre independência

  • Margarida Peixoto
  • 13 Março 2017

A primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, quer fazer um novo referendo sobre a independência do território, entre o outono de 2018 e a primavera de 2019, antes de se concretizar o Brexit.

Nicola Sturgeon, primeira-ministra da Escócia, confirmou esta segunda-feira que quer avançar para um novo referendo sobre a independência dos escoceses ainda antes de o processo do Brexit estar concluído. A ideia é marcar o referendo para o período entre o outono de 2018 e a primavera de 2019.

Em conferência de imprensa, que está a ser transmitida pelo jornal The Guardian, a governante explicou que quer dar algum tempo para que as opções dos escoceses se clarifiquem. Mas pretende realizar o referendo ainda antes de o Reino Unido ter concretizado o seu processo de saída da União Europeia. Caso não propusesse o referendo, justificou-se a primeira-ministra, estaria a decidir sozinha que a Escócia tem de aceitar o Brexit. E para Sturgeon o referendo é a forma de permitir que seja a Escócia a decidir o seu futuro.

Os detalhes do referendo, bem como o momento preciso em que se realizará ainda estão por definir. Mas para a semana Sturgeon pretende pedir desde já ao parlamento escocês um voto favorável à ideia.

Nas respostas aos jornalistas, Sturgeon garantiu que as conversações com Theresa May, primeira-ministra do Reino Unido, não têm sido fáceis. Frisou que tinha discutido com May duas horas antes a questão da permanência do Reino Unido no mercado único e que tinha tido a indicação de que não haveria uma escolha binária. Mas duas horas depois foi anunciada a saída do mercado único.

Tal como explica o The Guardian, o partido de Nicola Sturgeon, o SNP (Partido Nacional Escocês), não tem a maioria dos votos no parlamento — tem 63 votos, menos dois do que o necessário. Contudo, poderá vir a contar com o apoio dos Verdes, que têm seis deputados. Nos últimos minutos, tanto os Conservadores como os Trabalhistas já garantiram, através do Twitter, que estão contra.

Ruth Davidson, a líder dos Conservadores, argumenta que um novo referendo soma “divisão e incerteza”. Kezia Dugdale, alinha pelo mesmo discurso.

Durante a conferência de imprensa, confrontada pelos jornalistas com o risco de o referendo aumentar a incerteza, Sturgeon defendeu que o Brexit já criou essa incerteza.

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Estágios e CEI permitiram a expansão de uma “espécie de mercado de trabalho secundário”

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 13 Março 2017

O estudo do Observatório sobre Crises e Alternativas avalia as políticas de emprego entre 2010 e 2015.

A utilização de estágios comparticipados e de Contratos Emprego-Inserção (CEI) não evitou a subida do desemprego e permitiu a expansão de uma “espécie de mercado de trabalho secundário”. Esta é uma das ideias do 10º número dos Cadernos do Observatório, intitulado “O labirinto das políticas de emprego”, que avalia a realidade entre 2010 e 2015.

“O número de estagiários ganhou uma dimensão tal, que sugere não se estar verdadeiramente perante estágios, com orientação contínua, como seria normal e adequado, mas antes perante uma espécie de mercado de trabalho secundário em franca expansão, concretizado em formas de emprego precário e mal remunerado, pagas pelo erário público”, indica o estudo do Observatório sobre Crises e Alternativas, da autoria de Pedro Hespanha e Jorge Caleiras.

O número de estagiários contratados pelas empresas onde desempenharam funções diminuiu cerca de 10 pontos percentuais em 2014, face a 2013, continua o estudo, salientando que “em vez de os contratar, as empresas preferem recrutar outros jovens estagiários e continuar a pagar apenas 20% dos salários”. “Há, pois, uma subversão da lógica desta medida. No fundo, os estágios transformaram-se num elevado esquema de rotação”, sublinha ainda.

Os CEI (através dos quais os desempregados ou beneficiários de RSI desempenham trabalho socialmente necessário) também aumentaram “de forma avassaladora” — com destaque para o Estado, que agrega 70% dos beneficiários da medida. O estudo nota, aliás, que estas medidas camuflam os números do emprego e desemprego.

“Mas, além dos riscos de desvirtuamento e instrumentalização, a verdade é que estas medidas não evitaram que os níveis de desemprego tivessem crescido substancialmente nos anos em análise, antes o camuflaram, em certa medida, acentuando, dessa forma, uma tendência para a partir delas expandir-se uma espécie de mercado de trabalho secundário, caraterizado por tarefas temporárias, desvalorizadas e inapropriadas à inserção profissional, no qual os utilizadores não gozam dos mesmos direitos laborais dos trabalhadores regulares, nem de liberdade e autonomia individuais”, avança.

“Neste sentido, o generoso objetivo de promoção da empregabilidade acaba por ter pouco ou nenhum sucesso”, conclui o documento.

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Vai viajar? Não aterre nos 10 piores aeroportos do mundo

  • ECO
  • 13 Março 2017

O site eDreams, através das opiniões e avaliações deixadas pelos utilizadores, seleccionou os 10 piores aeroportos do mundo. Alguns deles são nas capitais mais movimentadas e concorridas.

O site de viagens eDreams apurou a lista dos 10 piores aeroportos do mundo, segundo as opiniões e avaliações feitas pelos utilizadores na plataforma da empresa.

Ao todo, o inquérito do eDreams avaliou um total de 65 mil opiniões deixadas pelos utilizadores, só no ano passado, e conseguiu formar os tops 10 dos melhores e dos piores aeroportos à escala mundial.

Os critérios de avaliação foram os índices gerais de qualidade dos aeroportos, das salas de espera às áreas de compras e aos restaurantes.

Conheça os piores sítios para aterrar e procure melhores alternativas:

 

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