Passos Coelho: “Governo ainda não colocou um euro na Caixa Geral de Depósitos”

  • Lusa
  • 11 Fevereiro 2017

Pedro Passos Coelho criticou o Governo por nunca ter colocado "um euro" na Caixa Geral de Depósitos e de se limitar a reverter todas as reformas que o anterior executivo fez.

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, criticou esta noite o Governo por nunca ter colocado “um euro” na Caixa Geral de Depósitos e de se limitar a reverter todas as reformas que o anterior executivo fez.

“O Governo tem uma retórica que é a de responsabilizar o PSD por tudo aquilo que de mal se passa no setor financeiro. O que é que este Governo já fez pelos bancos? Ainda não entrou um euro para a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos“, afirmou o líder social-democrata. Pedro Passos Coelho, que falava hoje à noite num jantar do PSD em Vila Franca de Xira, acusou o Governo, liderado pelo socialista António Costa, de “ser um contador de histórias de cordel” e de se limitar “a desfazer” tudo aquilo que o anterior fez.

“Não se cansam de dizer que são um espetáculo porque estão a resolver o que deixamos. Porquê esta cegueira em reverter tudo? Para agradar à gerigonça?“, ironizou. Durante o seu discurso, Pedro Passos Coelho, aludiu ainda ao caso que envolve o ministro das Finanças, Mário Centeno, e a Caixa Geral de Depósitos, classificando-o de “indigno”.

Já antes deste jantar, em declarações aos jornalistas, Pedro Passos Coelho tinha dito que Mário Centeno “está muito fragilizado”, deixando nas mãos do primeiro-ministro, António Costa, substituí-lo ou não.

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Artur Santos Silva encaixa 450 mil euros na OPA ao BPI

Futuro ex-charmain do BPI garantiu um encaixe de 450 mil euros na OPA do CaixaBank. Mas mais responsáveis aproveitaram a oferta espanhola para vender as respetivas ações do banco português.

Artur Santos Silva encaixou 450 mil euros na Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank sobre o BPI. O futuro ex-chairman do banco não foi, porém, o único responsável daquela instituição a aproveitar a oferta espanhola para vender as ações em carteira.

Segundo as informações prestadas à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, foram quase duas dezenas de dirigentes do BPI que resolveram alienar as suas posições ao CaixaBank. No caso de Santos Silva, que passará a ser presidente honorário do BPI, a venda de 400 mil títulos, o equivalente a três quartos da sua posição no banco, permitiu-lhe um encaixe 453,6 mil euros.

Embora permanecendo nos órgãos governativos e executivos do banco, Alexandre Lucena e Vale, João Oliveira Costa e José Pena do Amaral também se desfizeram dos títulos do BPI, encaixando um total de pouco mais de 400 mil euros.

Maria Celeste Hagatong e Manuel Ferreira da Silva, que abandonam administração assim que a nova equipa liderada por Pablo Forero foi aprovada em abril, conseguiram 540 mil euros e 760 mil euros, respetivamente.

O CaixaBank concluiu esta semana a OPA sobre o BPI. Ficou com mais de 84% do banco português, depois de realizar um investimento de 645 milhões de euros na oferta.

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Recordes em Wall Street com uma palavra de Trump

  • Marta Santos Silva
  • 10 Fevereiro 2017

Um plano fiscal "fenomenal": é quanto basta para deixar os títulos nos Estados Unidos a atingir máximos. O índice de referência S&P 500 quebrou continuou a quebrar recordes.

Os máximos continuam na bolsa norte-americana, acompanhados de uma recuperação do petróleo e do ouro. O motivo? Como já se tornou habitual, Donald Trump, que prometeu esta quinta-feira um plano fiscal “fenomenal” e ainda as expectativas de que o yuan, o yen e o dólar estariam em breve num “campo de jogo justo”.

O índice de referência S&P 500 fechou ainda a crescer para o máximo histórico de 2316,10 pontos, uma subida de 0,36%. O tecnológico Nasdaq subia 0,33% para os 5734,13 pontos, e o industrial Dow Jones mantinha-se bem acima dos 20 mil pontos, nos 20269,37, uma subida de 0,48%.

As reformas fiscais que Donald Trump promete “para breve” estão a ser estruturadas por Gary Cohn, antigo presidente da Goldman Sachs, o que ajuda ao otimismo dos investidores, que querem um programa favorável às empresas.

O dólar recuperou com as afirmações de Donald Trump sobre política monetária. O novo presidente dos Estados Unidos acusou por várias vezes, durante a sua campanha, a China de manipular a moeda. Os seus novos comentários de que o dólar e as moedas chinesa e japonesa jogariam em breve com as mesmas regras parecem indicar que ainda não abandonou essa perspetiva.

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Nuno Amado comprou quase um milhão de novas ações do BCP

Foram vários os responsáveis do BCP a acompanhar o aumento de capital realizado pelo banco. Destacam-se as compras do presidente executivo Nuno Amado. António Mexia também participou.

Nuno Amado, presidente executivo do BCP, comprou mais de 974 novas mil ações do banco, na sequência do aumento de capital concretizado no início deste mês. O negócio representou um investimento de 91,5 mil euros. Mas Amado não foi o único responsável da instituição a acompanhar o reforço de capital do BCP.

Por exemplo, o “embaixador” António Martins Monteiro, chairman do BCP, adquiriu com a sua mulher 6.540 novos títulos, num investimento de 614 euros. O vice-presidente do conselho de administração, Carlos José da Silva, investiu um pouco mais: cerca de 22 mil euros na compra de 233 mil novas ações. Miguel Bragança, CFO do banco, comprou 343 mil novas ações. E Miguel Pinheiro, vice-presidente da comissão executiva, adquiriu 339 mil novas ações.

Entre outros dirigentes do BCP que aproveitaram o aumento de capital, destaque para António Mexia. Administrador do BCP e atual presidente da EDP, Mexia subscreveu “apenas” 2.265 novos títulos do banco. Gastou 212,91 euros na operação.

No total, foram emitidos mais 14 mil milhões de novos títulos, vendidos ao preço unitário de 0,094 euros. O aumento de capital no valor de 1.330 milhões de euros permitiu ao banco devolver de forma antecipada a ajuda do Estado, ao mesmo tempo que vai ajudar a reforçar os rácios de capital para níveis acima do exigido pelo regulador.

O aumento foi subscrito em boa parte pelos chineses da Fosun, que aumentaram a sua posição para 24%. Já os angolanos da Sonangol passaram a deter mais de 15%, embora tenham assumido o objetivo de acompanhar o grupo chinês para assumir até 30% do capital do banco português.

As novas ações chegaram ao mercado esta quinta-feira. Na sessão desta sexta-feira, o BCP valorizou 0,34% para 0,1472.

Administrador renuncia

Entre as dezenas de comunicados enviados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco deu conta ainda da renúncia de João Mendes Resende ao cargo de membro do Conselho de Administração, com efeitos a partir de hoje. Ocupava o cargo de vogal daquele órgão do BCP. Não foram avançadas razões para a demissão.

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CGD: Diretora do Tesouro surge na troca de cartas

  • Margarida Peixoto
  • 10 Fevereiro 2017

Elsa Roncon Santos surge na troca de correspondência que António Domingues enviou à comissão de inquérito sobre a Caixa. A equipa de Roncon foi chamada a dar parecer sobre a questão das remunerações.

Elsa Roncon Santos, que acaba de se demitir do cargo de Diretora-geral do Tesouro e Finanças, aparece na troca de correspondência que António Domingues enviou à comissão parlamentar de inquérito. No acervo a que o ECO teve acesso, a equipa de Roncon Santos apenas foi chamada a dar um parecer sobre a melhor forma de enquadrar um regime remuneratório diferenciado para a administração da Caixa Geral de Depósitos, face ao dos restantes gestores públicos.

Às 20h51 do dia 3 de maio de 2016, Susana Larisma, chefe de gabinete de Ricardo Mourinho Félix (na altura ainda secretário de Estado tanto do Tesouro, como das Finanças), enviou um email a Elsa Roncon Santos com um pedido: “Conforme já por nós falado, muito agradecia que habilitasse este gabinete com informação acerca das diligências que se afigurem necessárias para que a Caixa Geral de Depósitos deixe de estar abrangida pelo Estatuto do Gestor Público, para que se dê corpo às exigências regulatórias formuladas pelo BCE.”

Elsa Roncon Santos dá seguimento ao pedido na manhã do dia seguinte. Às 8h48, pede a Pedro Ventura, subdiretor-geral do Tesouro e Finanças, que analise o assunto e o considere como “prioritário”. Seis minutos depois, Pedro Ventura reencaminha o pedido para Cristina Freire, diretora de Serviços Jurídicos e Coordenação da DGTF.

Depois de uma clarificação sobre a informação necessária para dar seguimento ao pedido, o processo desenrola-se ao longo de 12 dias. Às 12h23 de 16 de maio, Cristina Freire envia para Pedro Ventura o parecer. O subdiretor-geral avalia o parecer e reenvia a análise a Elsa Roncon Santos, já com as “questões pertinentes” sublinhadas a “amarelo”.

No parecer, é feita uma leitura aprofundada do Estatuto do Gestor Público (EGP) e da forma como este se conjuga com dois diplomas do Governo anterior e com o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras. No final, conclui-se que “não parece resultar que os membros dos órgãos de administração da CGD, na qualidade de gestores públicos, possam atualmente deixar de estar sujeitos ao regime das remunerações constante do EGP que lhes é aplicável”.

Por isso, sugere-se uma modificação à lei: “tendo em conta a pretensão manifestada no sentido de os administradores da CGD não estarem sujeitos ao EGP, parece-nos que tal só será possível através de uma alteração legislativa, designadamente ao EGP, e em concreto ao artigo 28º, que viesse prever um exceção para os referidos gestores públicos.”

Há um alerta que este parecer deixa: não será fácil concretizar tal alteração para consagrar a exceção, por uma questão de igualdade entre as empresas públicas — este é, também, um dos argumentos invocados pelo PSD para ter pedido a fiscalização do diploma pelo Tribunal Constitucional.

"Alertamos para o facto de essa opção [alterar o Estatuto do Gestor Público para excecionar os gestores da Caixa] se poder revelar controversa.”

Parecer da DGTF sobre o Estatuto do Gestor Público

“Alertamos para o facto de essa opção se poder revelar controversa”, lê-se no parecer. “Por um lado, existem outras instituições de crédito / sociedades financeiras que revestem a natureza de empresa pública e, por outro, existem outras empresas públicas, ainda que não financeiras, que também já manifestaram a sua discordância com as limitações advenientes do estatuto remuneratório dos gestores públicos”, justifica o parecer. Estas empresas públicas até já apresentaram propostas de alteração para eliminar tais restrições, soma ainda.

Elsa Roncon Santos reenvia esta análise a Susana Larisma, dando conhecimento a Ricardo Mourinho Félix, e frisando, tal como Pedro Ventura, que as questões “mais pertinentes” estão “sublinhadas a amarelo”. Este email é reencaminhado pelo secretário de Estado para António Domingues e chega às mãos de Francisco Sá Carneiro, sócio da sociedade de advogados CS Associados, a 18 de maio.

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Pharol luminosa no PSI-20

  • Marta Santos Silva
  • 10 Fevereiro 2017

Já com apenas 17 cotadas, o PSI-20 fechou a subir, movido principalmente pela Pharol, cujos títulos já duplicaram de valor desde o início do ano.

Na primeira sessão sem o BPI, o PSI-20 fechou a subir ligeiramente, impulsionado em especial pela Pharol. A empresa portuguesa saltou mais de 11%, num dia em que a Oi, da qual é a principal acionista, tem novo comprador. Já a EDP caiu 0,57%, para os 2,78 euros.

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Os cinco argumentos de Centeno para escapar ao xeque-mate

  • Margarida Peixoto
  • 10 Fevereiro 2017

Xeque-mate. O CDS acusou o ministro das Finanças de mentir à comissão parlamentar de inquérito e avisou para as consequências legais. Mas o ministro respondeu com cinco argumentos.

O CDS tentou o xeque-mate ao ministro das Finanças: acusou Mário Centeno de mentir à comissão parlamentar de inquérito da Caixa Geral de Depósitos e recordou as consequências legais de que o governante pode ser alvo. À noite, o Ministério das Finanças apresentou cinco argumentos com a defesa de Centeno. Aqui está o frente-a-frente.

“Quebra de verdade sob a comissão de inquérito” — é esta a acusação que João Almeida, porta-voz do CDS, faz a Mário Centeno. O centrista argumenta que o gabinete do ministro das Finanças disse à Comissão “que não existia documentação que agora a comissão de inquérito já recebeu”.

Em causa está um conjunto de correspondência trocada entre Centeno e António Domingues onde são abordadas questões relacionadas com as condições de aceitação do convite feito ao gestor — e restante equipa — para liderar o banco público. Entre outros documentos o CDS refere-se a estes, noticiados pelo ECO esta semana.

Os argumentos do CDS

O CDS usa como argumento para defender que o ministro mentiu dois documentos: um requerimento enviado pela comissão parlamentar de inquérito ao ministro, e a respetiva resposta.

No requerimento, o presidente da comissão de inquérito da Caixa solicita “correspondência e documentação trocada, nomeadamente por correio eletrónico, entre o Ministério das Finanças e o dr. António Domingues, após a reunião de 20 de março de 2016, de alguma forma relacionadas com as condições colocadas para a aceitação dos convites para a nova administração da CGD.” Vale a pena tomar nota de todas as palavras que são utilizadas no requerimento, pois elas são o cerne da defesa do ministro.

Na resposta, o chefe de gabinete do ministro informa a comissão que “inexistem trocas de comunicações com as características descritas no ofício.”

Tendo em conta que, entretanto, chegou documentação à Comissão, enviada por outras partes, que dão conta de comunicações entre o ministro e António Domingues sobre as condições do convite, João Almeida conclui que Mário Centeno mentiu.

A defesa de Mário Centeno

Numa resposta enviada às redações, o Ministério das Finanças deu cinco argumentos para defender Mário Centeno. No fundamental, o ministro agarra-se ao sentido das palavras.

1 – CDS omitiu que Finanças enviaram documentos

O primeiro argumento procura rebater a ideia, deixada pelo CDS, de que o ministro das Finanças não enviou informação à comissão de inquérito. “O ministro das Finanças forneceu mais informação ao presidente da comissão parlamentar de inquérito, facto que o CDS-PP escolheu omitir”, lê-se na resposta.

É dado um exemplo: o Governo informou o presidente que tinha identificado “uma comunicação eventualmente abrangida pelo pedido.” Tratava-se de uma comunicação recebida a 14 de abril em que António Domingues propõe o enquadramento no qual considerava que a recapitalização da Caixa deveria realizar-se, bem como a atuação da respetiva administração.

A informação sobre a existência desta comunicação foi dada na mesma resposta usada pelo CDS, a tal onde o Governo diz que “inexistem trocas de comunicação com as características descritas no ofício”.

2 – Pedia-se “troca de comunicações”

A comunicação identificada pelo Governo não foi enviada porque não fazia parte de uma “troca de comunicações”, tal como era pedido pela comissão de inquérito. Esta “nunca teve resposta do ministro das Finanças”, frisa o gabinete de imprensa.

3 – Autor dos documentos tinha de ser o ministro

Mário Centeno argumenta que no envio de documentação teria de se limitar às comunicações da autoria da sua equipa, deixando de fora as outras. O ministro diz que na resposta reiterou “o princípio de circunscrever o envio de documentação àquela que é produzida pelo Ministério das Finanças.”

4 – Apreciações sobre o Estatuto do Gestor Público estavam fora do âmbito

O ministro defende que a troca de comunicações com “apreciações técnicas ao Estatuto do Gestor Público” não se insere no âmbito do pedido porque “não correspondem a condições formuladas pelo dr. António Domingues para aceitação do convite”. Esta troca de comunicações, afirma Centeno, resulta “de uma iniciativa do próprio Governo que o incumbiu de preparar as referidas alterações”.

Traduzindo: esta correspondência não é sobre condições impostas por Domingues porque foi o próprio Governo que pediu ao ex-presidente da Caixa que tratasse de preparar as alterações ao estatuto de acordo com a estratégia de recapitalização que estava a preparar para o banco público.

O ministro lembra que a alteração a este diploma era importante para colocar os administradores da Caixa “em condições de igualdade com os seus concorrentes de mercado”. Em causa estavam, sobretudo, questões de remuneração, conforme já disse Mário Centeno. Mas destas alterações decorria também a circunstância de, numa primeira leitura, poder assumir-se que os gestores estariam dispensados da entrega de declarações de rendimento e património ao Tribunal Constitucional, como alertou o social-democrata Marques Mendes.

5 – O resto eram cartas depois da aceitação do convite

É o último argumento de Mário Centeno: as trocas de comunicações que aconteceram depois de António Domingues assumir funções estavam, por definição, fora do âmbito do pedido. Se aconteceram depois de o gestor ter aceitado o convite, não era “possível dizerem respeito a ‘condições de aceitação'”, defende o ministro das Finanças.

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Centeno deve demitir-se? Ex-ministros das Finanças dizem nim

A atuação de Centeno no caso da Caixa Geral de Depósitos não dá necessariamente direito a demissão, mas merece reflexão e escrutínio profundo, defendem Miguel Beleza e Bagão Félix.

Centeno não tem condições para continuar e deve demitir-se. Centeno tem a confiança do Governo e a admiração dos portugueses. Centeno mentiu. Centeno deu a informação que os deputados lhe pediram. A história da Caixa Geral de Depósitos (CGD), com o ministro das Finanças e António Domingues como protagonistas, já vai longa e todas as partes têm algo a dizer.

No fim disto tudo, o que deveria acontecer a Mário Centeno? Deve demitir-se, como pede (explícita ou indiretamente) a oposição? Ou deve continuar a “pilotar a viragem da página da austeridade”, como António Costa diz que tem feito? O ECO perguntou a dois ex-ministros das Finanças, Miguel Beleza e Bagão Félix, e a resposta é “nim”.

"O mínimo que se pode fazer é dar o benefício da dúvida ao ministro.”

Miguel Beleza

Antigo ministro das Finanças

Desde logo, acredita Miguel Beleza, “o mínimo que se pode fazer é dar o benefício da dúvida ao ministro”. Isto porque, defende o também antigo governador do Banco de Portugal, “às vezes, há mal entendidos que parecem mentira, mas que podem não sê-lo”.

O apuramento da verdade também é ponto essencial para Bagão Félix. Seja como for, a confirmar-se que Mário Centeno não só mentiu sobre ter trocado correspondência com António Domingues, como negociou com os advogados do ex-presidente da Caixa uma lei à medida, esta “é uma situação que merece censura política“.

É que, lembra Bagão Félix, “uma das funções soberanas mais importantes do Estado é que é o único produtor de legislação“. Isto não significa que “não possa ter as suas assessorias externas”, mas, neste caso, o diploma “foi feito pela outra parte”. Leia-se: as alterações ao Estatuto do Gestor Público, que permitiram isentar os administradores CGD das obrigações impostas por esta lei, foram desenhadas por esses mesmos administradores.

"Discutir-se o formalismo, se foi por email, carta ou boca a boca, deixo para os partidos. Mas merece censura política.”

Bagão Félix

Antigo ministro das Finanças

Se o diploma foi feito nestas condições, acho bastante anómalo e censurável. Quanto ao resto, discutir o formalismo, se foi por email, carta ou boca a boca, deixo para os partidos. Mas merece censura política”, volta a frisar Bagão Félix. Isto não significa demissão, até porque “já sabe que, em Portugal, quando se pede a demissão de um ministro, é a melhor maneira de segurar esse ministro“. Mas é necessário, sublinha, “escrutinar e apreciar publicamente o caso de maneira a que, ao menos, seja dada uma lição ao infrator e feita uma prevenção para o futuro”.

"Se ele tivesse mentido, era um caso grave, porque um ministro não pode mentir a uma comissão de inquérito.”

Miguel Beleza

Antigo ministro das Finanças

A troca de cartas com António Domingues também merece atenção. “Não posso afirmar se mentiu porque não tenho informação completa sobre o assunto. Mas, se ele tivesse mentido, era um caso grave, porque um ministro não pode mentir a uma comissão de inquérito”, afirma Miguel Beleza. Definitivamente, acredita, “este é um caso grave e é um caso que merece reflexão profunda”.

No centro deste caso que merece reflexão profunda está a correspondência trocada entre o gabinete de Mário Centeno e António Domingues. As cartas, a que o ECO teve acesso, começam a 11 de abril e confirmam que, apesar das declarações públicas de Centeno, que disse não haver qualquer compromisso, foi acordado entre o Governo e o antigo presidente da Caixa um regime de exceção para os administradores do banco público, para que estes não tivessem de entregar a declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional.

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Rebobine: quando BE e PCP pediram demissões de ministros

João Ferreira garantiu, na SIC, que o PCP não pedia demissões de ministros. O BE exigirá explicações a Centeno. O ECO foi procurar em que situações os dois partidos pediram demissões.

Esta quarta-feira, no debate quinzenal após o ECO noticiar a correspondência de António Domingues e Mário Centeno, os partidos que sustentam o Governo não fizeram alvo a António Costa. As críticas do BE e PCP foram direcionadas ao PSD e CDS, que confrontaram Costa com a credibilidade do ministro das Finanças. A direita recusa-se a dizer ipsis verbis que quer a demissão de Centeno, mas há quem já o faça.

Catarina Martins disse esta quarta-feira que o BE “está à vontade no tema da Caixa Geral de Depósitos” e que “a democracia exige transparência”, mas depressa mudou o discurso para criticar fortemente a direita. “A direita queria que a comissão de inquérito nunca mais acabasse”, criticou Catarina Martins, referindo que “o que é necessário agora é escrever as conclusões num relatório e enviar ao Ministério Público”. Esta sexta-feira, Moisés Ferreira, deputado do BE, avisou que vão exigir explicações a Mário Centeno.

O PCP foi ainda mais sucinto. Jerónimo de Sousa começou a sua intervenção com uma provocação direcionada à direita: “Estou aqui há muitos anos. Esta barulheira tem um significado: estão derrotados”. O líder comunista passou logo a outros assuntos e, esta sexta-feira, o deputado Miguel Tiago afirmou que não existem dados que permitam aferir que Mário Centeno mentiu. Quanto à demissão? João Ferreira garantiu esta quinta-feira, na SIC Notícias, que os comunistas nunca pediram a demissão de um ministro.

A pergunta impõe-se: em que situações o BE e o PCP já pediram demissões?

Partido Comunista Português

Depois do “desafio” colocado pelo candidato comunista à Câmara de Lisboa, João Ferreira, a SIC foi procurar se o PCP já tinha pedido a demissão de um ministro. No arquivo existiam pelo menos quatro pedidos de demissão: Paulo Portas, Miguel Relvas, Nuno Crato, Maria Luís Albuquerque, … e o ECO encontrou ainda mais um exemplo de 2004 relativo à então ministra da Justiça.

  1. Maria Luís Albuquerque: em 2013, o então líder parlamentar do PCP pede a demissão da então secretária de Estado do Tesouro por causa dos swaps. “Parece que duas das demissões do Governo têm a ver com esta situação. A secretária de Estado do Tesouro está em situação idêntica. Se o Governo aplica um critério para uns, tem de aplicá-lo para todos”, disse Bernardino Soares, citado pela TSF;
  2. Paulo Portas: em 2002, o secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, pede a demissão do então ministro do Estado e da Defesa, alegando que “o significado político dos factos que envolvem” Paulo Portas ao caso Moderna é “razão bastante” para que o responsável se demita do cargo ministerial, escreveu o Público nessa altura;
  3. Celeste Cardona: em 2004, o PCP pede a demissão da então ministra da Justiça pela voz do deputado comunista Lino de Carvalho. “A ministra da Justiça não tem quaisquer condições para se manter à frente do Ministério da Justiça. E esta é uma questão que compete ao primeiro-ministro resolver”, disse o deputado do PCP, citado pelo Jornal de Negócios;
  4. Nuno Crato: o atual líder parlamentar do PCP, João Oliveira, disse que “para lá de exigirmos a demissão do ministro da Educação, temos vindo a exigir a demissão do Governo”;
  5. Miguel Relvas: “Não podemos hesitar em dizer que esta pessoa que detém esta pasta (…) da Comunicação Social não tem as condições para fazer parte de um Governo”, afirmou Miguel Tiago, deputado do PCP, na RTP;

Bloco de Esquerda

  1. Rui Machete: em 2013, o então coordenador do BE, João Semedo, pede a demissão do então ministro dos Negócios Estrangeiros. Em causa estava uma alegada mentira à comissão de inquérito ao caso BPN sobre Machete ter sido acionista da SLN, ex-dona do BPN, contou o Jornal de Notícias;
  2. Paulo Núncio: em 2015, Pedro Filipe Soares afirma no Fórum TSF que a polémica em torno da “Lista VIP” de contribuintes deixa o então secretário de Estado dos Assuntos Fiscais sem condições para se manter no cargo. O Bloco de Esquerda foi o primeiro partido a pedir abertamente a demissão de Núncio;
  3. Jorge Barreto Xavier: em 2014, a atual coordenadora do BE pede a demissão do então secretário de Estado da Cultura. Em causa estava a decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa sobre o leilão em Londres da coleção de arte de Miró. “O senhor secretário de Estado ou foi cúmplice de desrespeito da lei [Lei de bases do património cultural] ou quebrou a lei e por isso não tem condições para permanecer no Governo”, afirmou Catarina Martins, citada pelo Diário de Notícias;
  4. Fernando Leal da Costa: em 2015, a deputada bloquista Helena Pinto pede a demissão do então secretário de Estado Adjunto da Saúde por causa das afirmações de uma reportagem emitida em abril pela TVI. “Demitir o secretário de Estado era uma boa medida para as urgências. Tenha essa coragem e assuma isso, senhor ministro”, disse a deputada bloquista;
  5. Sevinate Pinto: em 2003, o Bloco de Esquerda pediu a demissão do então ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas caso se confirmasse que este tinha conhecimento que estavam a ser comercializadas aves contaminadas, noticiou o Público;
  6. Nuno Crato: em 2014, por diversas vezes, o BE pediu a demissão do então ministro da Educação. Houve até uma resolução do VII Encontro Nacional do Trabalho do Bloco de Esquerda onde se reafirmava essa exigência. “Perante tão graves consequências, não só se solidariza com todos os professores e alunos prejudicados, como exige a demissão do ministro Crato”, citou o Observador;
  7. Carlos Costa: não é um membro do Governo, mas é o Governador do Banco de Portugal e o pedido de demissão do BE foi reiterado em 2016, já com o novo Executivo em funções. Questionada sobre se Carlos Costa deve demitir-se, Catarina Martins afirmou que este “não tem condições para continuar”, tal como pode ver neste vídeo da TVI.
  8. Maria Luís Albuquerque: após a demissão do secretário de Estado do Tesouro, Joaquim Pais Jorge, o BE pediu novamente a demissão de Maria Luís Albuquerque na sequência do caso dos Swaps. João Semedo realçou na altura que esta demissão dava “ainda mais visibilidade à necessidade” de demissão da então ministra das Finanças;
  9. Vítor Gaspar: em 2013, Pedro Filipe Soares considera, no Parlamento, que é necessário “demitir o responsável por este desastre, o ministro das Finanças”. Em causa estava o empobrecimento do país e a dívida pública, por exemplo, noticiou o Diário de Notícias;

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Leilão de Bilhetes do Tesouro dita regresso aos mercados na próxima semana

Tesouro pretende colocar no mercado entre mil milhões e 1.250 milhões de euros através de dois leilões de bilhetes do Tesouro a três e onze meses na próxima quarta-feira.

Portugal regressa ao mercado na próxima semana para mais um leilão de dívida, desta vez de curto prazo. O Tesouro português pretende emitir na próxima quarta-feira um montante indicativo, entre mil milhões e 1.250 milhões de euros, em bilhetes do Tesouro. Serão realizados dois leilões com maturidades de três e onze meses.

“O IGCP vai realizar no próximo dia 15 de fevereiro pelas 10:30 horas dois leilões das linhas de BT com maturidades em maio de 2017 e em janeiro de 2018, com um montante indicativo global entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros”, diz a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) num comunicado enviado às redações.

Trata-se da segunda vez em 2017 que o IGCP vai ao mercado para emitir dívida de curto prazo, depois de esta semana o Tesouro ter obtido um financiamento de 1.180 milhões de euros em obrigações do tesouro a cinco e sete anos. Esta operação ficou aquém do máximo previsto (1.250 milhões de euros), tendo o Estado pago também acima das emissões anteriores comparáveis. Um resultado menos positivo que coincidiu com um período de agravamento dos juros soberanos nacionais, com a taxa a 10 anos a fixar-se em máximos de março de 2014, acima dos 4%.

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Lisboa segue luz da Pharol após adeus do BPI

BPI teve uma sessão tímida após despedida do PSI-20. O protagonismo foi para a Pharol, cujas ações dispararam novamente, encaminhando bolsa nacional para zona de ganhos.

Foi uma despedida tímida do PSI-20. O BPI, que abandonou a partir desta sexta-feira o índice de referência nacional, encerrou a sessão com um desempenho neutro para 0,92 euros. O banco acabou de ser comprado quase na totalidade pelos espanhóis do CaixaBank e, face à situação de baixa liquidez que apresenta, a Euronext decidiu exclui-lo da principal montra acionista portuguesa.

Com um PSI-20 resumido a 17 cotadas, a nota de destaque foi para a Pharol. As ações da antiga PT SGPS dispararam 11,25% para 0,44 euros, um máximo de mais de ano e meio. Com este desempenho, a Pharol acumula já uma valorização de 100% em 2017, o melhor desempenho em Lisboa, numa altura em que a Oi, onde a empresa portuguesa é a principal acionista, continua o seu plano de recuperação.

No total, foram dez as cotadas que fecharam em sinal mais na praça lisboeta e que permitiram que o PSI-20 fechasse a semana em alta de 0,21% para os 4.604,33 pontos. Acompanhando os ganhos da Pharol, a Corticeira Amorim e a Galp avançaram 1,13% e 0,25%, respetivamente.

A travar maiores ganhos esteve sobretudo a EDP, que desvalorizou 0,57% para 2,78 euros.

Lá por fora, apesar das perdas mais acentuadas em Milão e Madrid, o sentimento foi ligeiramente positivo em praças como Paris, Frankfurt e Londres. Do outro lado do Atlântico, Wall Street acordou em máximos recorde, com os investidores entusiasmados com o “fenomenal” plano de redução dos impostos que Donald Trump deverá apresentar nas próximas semanas.

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Porto: à terceira (continua a ser) de vez

  • ECO e Jéssica Rocha
  • 10 Fevereiro 2017

Pelo terceiro ano, o Porto foi eleito Melhor Destino Europeu. História, arquitetura, cultura e gastronomia conquistam os turistas de todo o mundo.

O Porto voltou a ser distinguido — já é a terceira vez — como Melhor Destino Europeu. A Cidade Invicta foi a escolha deste ano dos utilizadores do site da European Best Destinations, a organização que, em conjunto com a Comissão Europeia, desenvolve e promove o turismo e a cultura europeus.

“Nunca a escolha da cidade vencedora foi tão unânime entre viajantes de todo o mundo”, lê-se no site da organização. A votação contou com a opinião de turistas de 174 países. O Porto ficou em primeiro lugar, de entre vinte cidades, para os viajantes dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Dinamarca, África do Sul, Coreia do Sul, Suécia, Irlanda e Canadá.

O vídeo abaixo foi criado pela Câmara Municipal do Porto para promover os votos na cidade:

O Porto já tinha sido eleito Melhor Destino em 2012 e 2014. “O Porto tem História, arquitetura, cultura, gastronomia, mercados, encontros e descobertas que o vão seduzir”, escreveu a organização.

Entre as restantes escolhas ficaram: Milão (Itália), em segundo lugar, seguida por Gdansk (Polónia), Atenas (Grécia), San Sebastian (Espanha), Sozopol (Bulgária), Viena (Áustria), Stari Grad (Croácia), Basileia (Suíça) e Madrid (Espanha).

Confira o que de melhor pode fazer na Invicta na nossa fotogaleria, abaixo:

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