Estado revê em alta reembolso antecipado ao FMI este ano para 1,7 mil milhões

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2017

Estado português espera agora reembolsar antecipadamente 1,7 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) este ano, um valor acima do previsto em janeiro.

O IGCP publica mensalmente uma nota aos investidores e, no relatório de fevereiro que foi recentemente publicado, o IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida indica que pretende devolver 1,7 mil milhões de euros ao FMI em 2017, acima da estimativa de janeiro de serem devolvidos apenas 1,5 mil milhões de euros.

Esta revisão em alta do valor a devolver ao FMI em 2017 é acompanhada por aumento das necessidades de financiamento, que a agência liderada por Cristina Casalinho espera agora que totalizem os 21,1 mil milhões de euros (mais 800 milhões de euros do que há um mês).

Para 2018 e para 2019, continua a prever-se o reembolso de 3,5 mil milhões e 1,5 mil milhões de euros, respetivamente, e, para 2020, o IGCP antecipa a devolução de 2,5 mil milhões de euros (quando em janeiro esperava reembolsar 2,7 mil milhões de euros).

Em novembro do ano passado foi realizado o último reembolso antecipado ao FMI, no valor de 2 mil milhões de euros, tendo o Governo na altura afirmado que o Estado português já amortizou antecipadamente 42,6% do empréstimo total inicial.

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Marcelo protege Centeno e isola Domingues

  • Margarida Peixoto
  • 9 Fevereiro 2017

O Presidente da República entende que não há nada escrito que demonstre que Centeno entendia que as declarações não tinham de ser entregues ao Tribunal Constitucional.

O Presidente da República saiu esta quinta-feira em defesa do ministro das Finanças, Mário Centeno, deixando o ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos isolado. Marcelo frisou que o primeiro-ministro sempre lhe disse que o seu entendimento era o de que as declarações de rendimentos e património tinham de ser entregues ao Tribunal Constitucional. E que, não havendo nada escrito que demonstre que o ministro das Finanças pensava de outra forma, só pode concluir que estavam de acordo.

“Foi sempre evidente para mim, para o primeiro-ministro, para o Tribunal Constitucional” que as declarações de rendimentos e património tinham mesmo de ser entregues. “Até encontrar alguma coisa assinada pelo ministro das Finanças que diga uma coisa diferente, para mim o ministro das Finanças tinha a mesma opinião do primeiro-ministro”, disse esta quinta-feira Marcelo Rebelo e Sousa aos jornalistas, citado pela Lusa.

Ou há um documento escrito pelo senhor ministro das Finanças em que ele defende uma posição diferente da posição do primeiro-ministro ou não há. Se não há é porque ele tinha a mesma posição do primeiro-ministro, para mim é evidente.

Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República

“Ou há um documento escrito pelo senhor ministro das Finanças em que ele defende uma posição diferente da posição do primeiro-ministro ou não há. Se não há é porque ele tinha a mesma posição do primeiro-ministro, para mim é evidente”, frisou o Presidente da República.

Marcelo chegou mesmo a ridicularizar a ideia de que as declarações pudessem, eventualmente, não ter de ser entregues: “Entrava pelos olhos dentro” que a lei determinava as obrigações de transparência, defendeu. “Com o devido respeito por aqueles que não viram isso, para que é que era preciso esperar por uma declaração do Tribunal Constitucional quando a lei era evidente”, questionou Marcelo.

A polémica estalou na sequência de uma troca de correspondência entre o ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos e o ministro das Finanças, revelada esta quarta-feira pelo ECO. Numa carta datada de 15 de novembro, enviada por António Domingues a Centeno, o ex-líder da Caixa diz que a dispensa da entrega das declarações de rendimento e património ao Tribunal Constitucional “foi uma das condições acordadas para aceitar o desafio”. Na resposta, Centeno é evasivo e não confirma, nem desmente.

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Fitch retira BPI do “lixo” com OPA espanhola

A Fitch colocou o BPI em zona de investimento devido ao apoio institucional do CaixaBank, depois de assumir uma posição de 84,5% no banco português na sequência da OPA.

A agência Fitch melhorou o rating do BPI, retirando-o da zona considerada investimento especulativo (lixo), na sequência do sucesso da Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank sobre o banco português.

É melhorado o rating de ‘BB’ para ‘BBB-‘, refletindo o apoio institucional conferido pelo CaixaBank, que passou a controlar, a partir de terça-feira, 84,5% do BPI.

“A Fitch acredita que Portugal é um mercado estrategicamente importante para o CaixaBank, como fica demonstrado pelo investimento de longo prazo no Banco BPI (detém uma posição minoritária desde 1995) e pela sua vontade de controlar o banco, apesar do consumo de capital relacionado e das dificuldades inerentes a uma aquisição estrangeira”, justifica aquela agência num comunicado divulgado esta quinta-feira. Também a diminuição da exposição a Angola, com a venda de 2% do BFA à Unitel, pesou na decisão da Fitch.

A decisão da Fitch acompanha as mudanças observadas no BPI esta semana. O grupo catalão é desde a passada terça-feira detentor de 84,5% do capital do banco português, tendo já proposto o nome de Pablo Forero para o cargo de CEO, enquanto Fernando Ulrich passa a chairman da instituição. Devido à reduzida liquidez que apresenta em bolsa, o BPI será excluído do PSI-20 a partir desta sexta-feira. As ações estão a cair mais de 12%.

A agência norte-americana coloca o BPI um grau acima de Portugal, atualmente em BB+. E admite melhorar a notação financeira do banco se o rating de Portugal ou do CaixaBank também for melhorado.

(notícia atualizada às 16h19)

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Trump pode travar a recuperação da Volkswagen

  • ECO
  • 9 Fevereiro 2017

Quase 60% das viaturas da marca alemã vendidas nos Estados Unidos no último ano foram produzidas no México.

Depois de a empresa alemã já ter visto a sua imagem lesada pelo “escândalo diesel — tendo tido de pagar mais de 23 mil milhões de euros para a limpar junto do governo dos Estados Unidos da América — agora pode voltar a ficar em mãos lençóis. É que dois dos seus modelos mais populares, o Jetta e o Beetle, são maioritariamente produzidos no México, pelo que a taxa sobre as importações que Trump quer impor virá dificultar-lhes o futuro.

A dita taxa pode chegar aos 35%, algo que Fred Emich, diretor-geral da concessionária da Volkswagen em Denver, no estado do Colorado, considera que seria “catastrófico”. Os automóveis da empresa já custam dois a três mil euros a mais que os de marcas concorrentes como Honda, Nissan ou Toyota, o que torna difícil a Emich imaginar como é que os clientes aceitariam pagar ainda mais pelos dois modelos referidos.

Durante anos, a Volkswagen manteve-se aquém das necessidades dos norte-americanos, com carros demasiado pequenos ou demasiado caros para eles. O escândalo das emissões em automóveis a diesel piorou a sua imagem aos olhos do governo dos Estados Unidos, mas a gota de água pode chegar agora, devido à produção dos seus automóveis em fábricas mexicanas e da venda posterior aos norte-americanos. Ao todo, perto de 60% do total das viaturas são fabricadas a sul da fronteira, mais precisamente na fábrica em Plueba.

Inaugurada em 1960 de propósito para a produção dos Beetles — o modelo do tão amado Herbie The Love Bug –, a fábrica já representa as segundas maiores instalações da marca, além das na sua cidade-natal da empresa, Wolfsburg, na Alemanha. Por ano, são produzidos cerca de 600 mil Jeetas, Golfs e Beetles. Em contraste, a única fábrica da marca localizada nos Estados Unidos foi pensada para ter capacidade de produzir cerca de 150 mil veículos por ano, embora uma expansão mais recente, para adicionar a produção de 30 mil SUV do modelo Atlas, tenha aumentado essa capacidade anual para 250 mil automóveis.

Mas Trump já ameaçou que quer taxar todas as marcas automóveis que produzam os seus veículos no México e depois os venham vender ao seu país. Também já avançou que vai rever a taxa de importações na fronteira.

Estas imposições não vão afetar tanto outras marcas, que terão melhores possibilidades de ajustarem a sua produção e não perderem demasiado dinheiro. A Nissan, por exemplo, só no último ano fabricou 850 mil veículos no México, sendo a maior produtora localizada nesse país, mas, ao mesmo tempo, construiu um milhão de automóveis seus nas quatro fábricas que tem nos Estados Unidos. Não terá, por isso, uma quebra tão acentuada nas vendas com as medidas que Trump quer impor. Também as alemãs BMW e Daimler se conseguirão aguentar melhor, já que ambas têm operações de grande escala nos Estados Unidos – a Daimler detém as carrinhas Freightliner e produz os carros da Mercedes-Benz no estado do Alabama, enquanto a maior fábrica da BMW a nível mundial fica na Carolina do Sul.

Em maus lençóis com o governo norte-americano

A Volkswagen é, de entre todas as gigantes automóveis, a que tem os escritórios mais próximos de Washington D. C.. Mas é também a que tem menor influência junto do governo, alertou Dave Sullivan, analista da AutoPacific. “Eles não têm capacidade de pedir qualquer tipo de favores ou ajuda ao governo neste momento”.

Mas a empresa não está ainda completamente de rastos. Pode socorrer-se das suas instalações em Chattanooga, no Tennesse, que agora produz o modelo Atlas além do Passat, já incluídos no plano de expansão de 900 mil milhões de dólares. E também pode recorrer-se da sua longa relação com a história automóvel dos Estados Unidos, com os norte-americanos a adorarem o Herbie e a carrinha da era hippie Microbus.

“O grupo Volkswagen faz parte da cultura americana há seis décadas”, defendeu Jeannine Ginivan, assessora da companhia nas unidades dos Estados Unidos. “Estamos ansiosos para começar a trabalhar com a nova administração e com o Congresso porque queremos aumentar a nossa presença no mercado norte-americano”.

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Abono de família: novos valores são pagos a partir de março. Veja o que muda

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 9 Fevereiro 2017

Segurança Social só começa a pagar os valores atualizados em março, com retroativos. Mas o pagamento referente ao quarto escalão e ao aumento para crianças entre 12 e 36 meses só é feito em abril.

A portaria que atualiza os valores do abono de família já está publicada em Diário da República mas os novos montantes só começarão a ser pagos em março ou em abril, com retroativos.

Ao ECO, fonte oficial do Ministério do Trabalho e Segurança Social explica que “os beneficiários do abono de família receberão no mês de março os valores atualizados, com exceção do aumento significativo introduzido no novo escalão etário dos 12 aos 36 meses e a reposição do 4.º escalão, que obriga a um desenvolvimento mais complexo dos sistemas informáticos, só permitindo que esse pagamento seja feito em abril“. “Em qualquer dos casos, os pagamentos retroagirão sempre ao início do ano”, acrescenta.

Este ano, o Governo repôs o quarto escalão do abono de família, para crianças até três anos de idade. Quer isto dizer que a prestação poderá chegar a famílias que até agora estavam excluídas por ultrapassarem o nível de rendimentos admitido.

Janeiro marca um primeiro aumento do abono de família, mas no caso de crianças entre os 12 e os 36 meses está prevista outra subida no segundo semestre. Veja aqui os novos valores:

Montantes do abono de família (em euros), por criança

Tal como agora, as crianças entre 12 e 36 meses têm direito a receber um valor superior se estiverem integradas em famílias mais numerosas. A tabela abaixo mostra os novos montantes da majoração a aplicar neste casos:

Famílias com dois ou mais filhos

Todos estes valores também têm efeitos na prestação a pagar a famílias monoparentais, já que recebem mais 35%.

A portaria hoje publicada também atualiza os valores do abono de família pré-natal: 146,42 euros para o primeiro escalão de rendimentos, 120,86 para o segundo e 95,08 para o terceiro.

Outras prestações atualizadas:

  • Subsídio de funeral: 214,93 euros
  • Bonificação por deficiência: 61,57 euros (até aos 14 anos); 89,67 euros (dos 14 aos 18 anos) e 120,04 euros (dos 18 aos 24 anos)
  • Subsídio mensal vitalício: 177,64 euros
  • Subsídio por assistência de terceira pessoa: 101,68 euros

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Twitter apresenta resultados fracos e cai 10%

  • Juliana Nogueira Santos
  • 9 Fevereiro 2017

A tecnológica não teve o melhor ano e as receitas ficaram 23 milhões de dólares atrás do previsto. Os mercados não perdoaram e os títulos estão a cair 10%.

O cenário não está muito colorido para o Twitter TWTR 0,00% . Os desafios têm sido muitos e os resultados do último trimestre de 2016 são prova disso: a empresa de Jack Dorsey não conseguiu corresponder às expectativas dos analistas, tanto em termos de receitas como de lucros.

As receitas posicionaram-se nos 717 milhões de dólares, menos 23 milhões do que o valor previsto. As vendas cresceram apenas 1%, comparativamente com os anos de ouro — ou seja, há um ano atrás –, em que a tecnológica registava ganhos de 48%. É esperado que os lucros ajustados sejam de 75 a 95 milhões de dólares.

Em conversa com os analistas, Jack Dorsey não desistiu de defender o seu projeto, afirmando que continuam a acreditar “na influência e impacto do Twitter”. Será por isso que a empresa tem continuado no ativo.

É a razão pela qual estamos a lutar tão arduamente pelo serviço e pela empresa que amamos. Tem sido difícil, vai continuar a ser difícil e tudo vale a pena.

Jack Dorsey

CEO do Twitter

No topo dos motivos apresentados está a diminuição de novos utilizadores. Neste trimestre, aderiram pela primeira vez à rede social dois milhões de pessoas, estabelecendo-se esta como a “recruta” mais fraca do ano passado. A tensão que surgiu com os impasses na venda, que nunca chegou a acontecer, os cortes no pessoal, os despedimentos no tecido executivo e o encerramento da Vine também tiveram um impacto significativo.

Além disto, Dorsey divide esforços entre esta empresa e a Squarespace, onde também é presidente. Essa instabilidade também não cai bem aos investidores.

Por tudo isto, é normal que os mercados não tenham reagido bem, com os títulos da empresa a abrirem no negativo. Em poucos minutos de negociação, a queda chegou aos 10,42%, posicionando-se nos 16,77 dólares.

Fonte: Bloomberg

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Wall Street em alta apoiado pelas energéticas

Os principais índices bolsistas norte-americanos arrancaram em alta ligeira, com a valorização do petróleo a suportar os títulos do setor energético.

As ações norte-americanas abriram a sessão em alta ligeira, apoiadas pelos títulos do setor energético, enquanto os investidores aguardam pelo suporte dos resultados empresariais e económicos.

O S&P 500, índice que agrega as 500 maiores capitalizações bolsistas dos EUA, arrancou a valorizar 0,09%, para os 2.296,7 pontos, naquela que é a terceira sessão consecutiva de subidas. Já o industrial Dow Jones abriu a acelerar uns escassos 0,04%, para os 20.061,73 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq arrancou a somar 0,1%, para os 5.688,02 pontos.

Os títulos do setor energéticos suportam os ganhos registados na praça bolsista norte-americana, no dia em que as cotações do petróleo seguem em alta em Nova Iorque. O barril de crude acelera 1,49%, para os 53,12 dólares, antes de serem divulgados relatórios chave por parte da Agência Internacional de Energia e da OPEP, respetivamente, na próxima sexta-feira e segunda-feira. Entretanto, a Goldman Sachs antecipou que a OPEP venha a anunciar que conseguiu eliminar com sucesso o excedente de produção.

Pela negativa, destaque para o Twitter cujas ações arrancaram a cair mais de 10%, depois de a empresa ter anunciado resultados aquém do esperado. As suas receitas do quarto trimestre de 2016 ficaram 23 milhões de dólares aquém do esperado pelos analistas.

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Beta-i traz Berkeley e Stanford para Portugal nos próximos cinco anos

Parceria entre a Beta-i e a European Innovation Academy quer formar 400 empreendedores na primeira edição, em Cascais, entre 16 de julho e 4 de agosto.

Ricardo Marvão e Alar Kolk, fundador da European Innovation Academy.Paula Nunes/ECO

A Beta-i acaba de fechar uma parceria com a European Innovation Academy, o maior programa de aceleração em inovação digital na Europa, para trazer as metodologias das universidades de Berkeley e Stanford para Portugal por um prazo de cinco anos. A ideia é que, apontando para o mercado universitário, os estudantes estejam “imersos” num grupo de 400 participantes, mentores, oradores e investidores de 63 nacionalidades diferentes, de maneira a poderem desenvolver e montar as suas ideias de negócio.

“O programa que dura três semanas foi desenhado especificamente para estudantes universitários, é desenvolvido há vários anos em colaboração com três instituições de topo, como são as Universidades de Berkeley e Stanford, e a Google, e pretende trazer também para a Europa o know-how das aceleradoras de Silicon Valley”, diz Ricardo Marvão, diretor de projetos da Beta-i, sobre o programa prestes a arrancar em Portugal pela primeira vez.

O acelerador arranca a 16 de julho, em Cascais, e prolonga-se até 4 de agosto. As 100 equipas vão juntar os melhores alunos de diversas nacionalidades e colocá-las a trabalhar num ecossistema internacional com formadores, mentores, grandes empresas e investidores. O acordo entre a Beta-i e a European Innovation Academy conta ainda com parcerias com a Câmara de Cascais, a Universidade Nova e o Santander Totta. Mais informações e candidaturas podem ser consultadas aqui.

Esta é mais uma novidade lançada pela Beta-i que, na semana passada, anunciou uma nova parceria com a espanhola Tetuan Valley, que tem como objetivo liderar o mercado ibérico.

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Estatuto CGD: PSD já avançou para o Tribunal Constitucional

O Constitucional recebeu o pedido de fiscalização de uma alteração ao Estatuto do Gestor Público que afeta a CGD. Caso a exceção seja inconstitucional, o salário de Paulo Macedo está em causa.

O PSD já fez um pedido de fiscalização constitucional do decreto-lei que retirou os gestores da CGD do Estatuto de Gestor Público. A informação foi confirmada ao ECO pelo Tribunal Constitucional (TC) e pelo deputado social-democrata Luís Marques Guedes, ex-ministro da Presidência do Governo de Pedro Passos Coelho. O pedido chegou ao TC no final de janeiro, quase dois meses depois de o PSD ter anunciado que o ia fazer.

O pedido de fiscalização sucessiva das alterações introduzidas ao Estatuto de Gestor Público por um decreto-lei do Governo já chegou ao Palácio Ratton. Estas mudanças foram negociadas com António Domingues, como mostrou a correspondência divulgada esta quarta-feira pelo ECO, e traduziram-se numa exceção da aplicação do Estatuto “a quem seja designado para órgão de administração de instituições de crédito integradas no setor empresarial do Estado e qualificadas como ‘entidades supervisionadas significativas’”, lê-se no decreto-lei de 28 de julho de 2016. Ou seja, a Caixa Geral de Depósitos.

Com a demissão da administração da CGD, quem pode agora vir a ser afetado caso o Tribunal Constitucional apure a inconstitucionalidade do diploma é a nova administração de Paulo Macedo, o atual presidente executivo do banco público e ex-ministro da Saúde do Governo PSD/CDS. Em causa está a remuneração de Macedo, um salário anual de 423 mil euros, acrescido de uma remuneração variável que pode ir até 50% da componente salarial fixa e que depende dos resultados alcançados.

Este valor foi justificado por António Costa com o argumento da CGD estar num mercado concorrencial: “Fizemos uma remuneração para que a CGD tenha uma gestão profissional”. Também Mário Centeno tinha dada uma justificação no Parlamento, em outubro, referindo que “a política remuneratória dos administradores da Caixa corresponde à mediana no setor em Portugal”, uma forma de, argumenta, não ser influenciada pelo mercado “nem no sentido de o inflacionar nem no de [estes salários] estarem fora do mercado”.

No entanto, caso a exceção criada pelo atual Governo seja eliminada, o salário poderá ser revisto. Na circunstância de voltar-se a aplicar o Estatuto do Gestor Público, a administração da CGD terá de ser remunerada consoante o que define o artigo 28º, que se refere às remunerações. O ponto 9 desse artigo é explícito: quando se trate de empresas cuja principal função seja fornecer serviços financeiros, “e relativamente à qual se encontrem em regime de concorrência no mercado, mediante autorização expressa do membro do Governo responsável pela área das finanças, os gestores podem optar por valor com o limite da remuneração média dos últimos três anos do lugar de origem”.

Está assim em causa o salário não só de Paulo Macedo como da sua administração. O ex-ministro da Saúde esteve, em 2014 e 2015, no Governo e durante o ano de 2016 voltou ao BCP para gerir a Ocidental Vida. Caso se volte a aplicar o Estatuto do Gestor Público em vigor, isso pode significar uma alteração da remuneração do presidente executivo da CGD.

Contudo, falta conhecer o documento que o PSD entregou no Tribunal Constitucional e qual a argumentação dos sociais-democratas. No início de dezembro, quando o partido anunciou que ia avançar para o TC, o deputado Marques Guedes explicou ao ECO que existe um artigo do Regime Jurídico do Setor Público Empresarial sobre o qual o Governo não pode legislar por cima.

Segundo o deputado do PSD, a responsabilidade da lei de bases gerais do setor empresarial do Estado é do Parlamento, uma vez que existe reserva de competência desta matéria para a Assembleia da República. O artigo 21º, relativo ao “gestor público”, do Regime Jurídico do Setor Público Empresarial refere que é “aplicável o disposto no Estatuto do Gestor Público” a todos os gestores públicos. O deputado social-democrata explicou ao ECO que, “pela ordem jurídica”, o Governo não pode fazer este decreto-lei, pois “tem de se subordinar” à lei de bases.

Mas poderá haver ainda outra linha de argumentação. Quando o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, anunciou que o partido ia avançar explicou que estavam “a aprofundar o requerimento, mas está centrado em não haver um tratamento igual em todo o setor público e no setor empresarial do Estado”. “Demos três oportunidades aos partidos que suportam o governo para revogar o regime que está hoje em vigor e que resultou do compromisso entre a atual administração e o Governo”, justificou na altura, referindo que “esgotadas que estão as possibilidades de o legislador resolver o problema, vamos suscitar a questão ao Tribunal Constitucional”.

Os juízes do Tribunal Constitucional vão analisar se as normas em concreto são ou não inconstitucionais, não tendo prazo para o fazer. Se o Tribunal Constitucional chumbar as normas enviadas, a decisão tem força obrigatória geral, o que significa que tem de ser eliminada a ordem jurídica.

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Multas de velocidade em Lisboa aumentam 1.633%

  • ECO
  • 9 Fevereiro 2017

Só na área de Lisboa foram registados 66.874 multas num ano. As "zonas negras" continuam a ser as mesmas.

O ano de 2016 foi especialmente lucrativo no que a multas de velocidade diz respeito, mas não para os condutores. A edição desta semana da revista Visão revela que, entre novembro de 2015 e outubro de 2016 os radares fixos da área de Lisboa registaram 66.874 situações ilegais.

O número de multas por velocidade torna-se mais expressivo quando se compara com o ano de 2015, uma vez que se registou um aumento de 1.633%. Entre os principais detetores destas situações estarão os radares do Túnel do Marquês, da Avenida do Brasil e da Avenida da Índia.

Recorde-se que em setembro do ano passado foram instalados cerca de 22 novos radares por toda a área metropolitana, tendo isto algum peso na contabilização.

 

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EUA: Produção de crude pode tocar máximo de 1970

  • Rita Atalaia
  • 9 Fevereiro 2017

Apesar de todos os esforços da OPEP para reduzir a produção de petróleo, o mesmo não está a acontecer nos EUA. A AIE alerta que a produção da matéria-prima deve tocar um máximo de 47 anos em 2018.

A produção de petróleo nos EUA não parece preparada para abrandar. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), o país agora liderado por Donald Trump produzirá, em 2018, a maior quantidade de “ouro negro” desde 1970. Um aumento que entra em rota de colisão com os objetivos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de reduzir a produção desta matéria-prima para impulsionar as cotações do petróleo.

A AIE prevê que os EUA vão extrair petróleo a um ritmo de 9,53 milhões de barris por dia em 2018. Um máximo de 47 anos para a produção da matéria-prima no país, refere o El Economista. O avanço deverá ser de 6% em comparação com o ano anterior, uma vez que se prevê que sejam produzidos nove milhões de barris este ano e, em 2016, a produção foi de 8,9 milhões.

Mas porquê? O aumento dos preços tem levado à abertura de muitos poços de petróleo nos EUA. Segundo dados divulgados pela petrolífera Baker Hughes, foram reativados, durante a semana passada, 17 poços, elevando o total para 583, a quantidade mais elevada desde outubro de 2015, de acordo com a Bloomberg.

Os preços do petróleo recuperaram desde que a OPEP conseguiu chegar a um acordo para reduzir a produção da matéria-prima. Mas a produção nos EUA sempre foi um obstáculo aos esforços do cartel para impulsionar os preços. Apesar de já estarem acima da barreira dos 50 dólares por barril, as cotações ainda estão muito distantes dos 100 dólares por barril alcançados em setembro de 2014. O barril do Brent, negociado em Londres, sobe 0,83% para os 55,58 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, ganha 0,9% para 52,79 dólares.

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OLX nas universidades com 40 vagas por preencher

A empresa vai estar em roadshow universitário, em Lisboa, para captar 40 talentos nas áreas de gestão, economia, marketing e engenharia informática

O OLX tem 40 vagas de emprego para preencher. Por isso, acaba de anunciar um roadshow universitário para “dar a conhecer a empresa e os vários projetos e marcas que detém, a alunos de gestão, economia, marketing e engenheiros informáticos”, lê-se num comunicado.

A equipa do OLX passará pela Universidade Católica Portuguesa a 14 de fevereiro, pela Nova SBE a 22 de fevereiro e pelo ISCTE nos dias 22 e 23 de fevereiro, em Lisboa. A empresa espera captar “mais 40 talentos” para se juntar às restantes 180 pessoas na empresa.

Terão a “oportunidade e integrar a equipa que gere os sites de classificados” OLX, Standvirtrual e Imovirtual, detidos pela Naspers, uma multinacional que opera na área dos serviços de internet e comércio eletrónico. Os postos por preencher, garante a empresa, permitem “grandes desafios profissionais nacionais e internacionais”.

A empresa recorda que “tem, ainda, programas para estágios de verão nas mais variadas áreas, tais como engenharia informática, produto tecnológico, sales & marketing, entre outros”. Além disso, a Naspers tem vindo a desenvolver em Portugal um tech hub que “se dedica à construção e desenvolvimento de toda a área de classificados que o grupo detém a nível mundial”. Índia e Indonésia são, para o grupo, “mercados de referência”.

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