Juros portugueses causam alerta em Itália

Esta sexta-feira, o ex-primeiro ministro italiano mostrou-se preocupado com o risco dos juros italianos ser mais elevado do que o dos juros portugueses. Por fim, deixou um aviso do mercado ao país.

Os juros da dívida pública portuguesa estão a dar que falar em Itália. O antigo primeiro-ministro alertou esta sexta-feira os deputados italianos para o facto de Itália apresentar um maior nível de risco do que Portugal. É um aviso do mercado ao país? “Sim, sim, embora, por sorte, é um cidadão privado que o diz e não uma autoridade política ou monetária”, respondeu Mario Monti.

A dívida pública portuguesa está a ser considerada menos arriscada do que a dívida italiana para os investidores, um facto que foi reforçado com a decisão da Fitch de retirar o rating do país do “lixo” na passada sexta-feira. A yield implícita nas obrigações do Tesouro portuguesas a dez anos chegou a negociar nos 1,774%, abaixo da taxa italiana.

Evolução dos juros a 10 anos

Fonte: Bloomberg

Face a estes desenvolvimentos, o antigo primeiro-ministro italiano, Mario Monti, deixou o alerta aos deputados do país. O risco de Portugal tem sido “historicamente elevado, mas está agora abaixo do nosso”, declarou. “Não há sinais para alarme mas deve ter-se muita atenção”, considerou ainda.

Isto acontece depois de as obrigações portuguesas a dez anos terem passado a negociar a uma taxa inferior àquela que é exigida pelos investidores para comprar obrigações italianas no mesmo prazo, algo que o mercado já não observava desde o final de 2009, altura em que Portugal passou para os holofotes internacionais com a instabilidade das dívidas soberanas na Zona Euro.

A verdade é que ambas as economias apresentam o mesmo nível de dívida face ao Produto Interno Bruto (PIB), em torno de 130%. Mas a economia portuguesa parece apresentar maior dinamismo, está a crescer um pouco mais do que a economia italiana”, diz ao ECO o economista-chefe da Schroders, Keith Wade.

“Outra coisa que têm em comum: o sistema bancário nos dois países tem problemas com os elevados montantes de crédito malparado. Há muitas semelhantes e não me surpreende que apresentem o mesmo nível de risco. Há boas razões para ambos terem o mesmo nível de risco, sim. Não estou surpreendido com esta situação”, reforçou o especialista.

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Mais remunerações mas ainda mais impostos: poupança das famílias regista valor mais baixo desde 1999

  • Margarida Peixoto
  • 22 Dezembro 2017

A taxa de poupança das famílias caiu para 4,4% do rendimento disponível, no ano terminado em setembro. Este é o valor mais baixo desde 1999, o início da série do INE.

A taxa de poupança das famílias registou um novo mínimo: caiu para 4,4% do rendimento disponível no ano terminado em setembro, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este é o valor mais baixo desde 1999, quando começa a série estatística do INE.

A poupança das famílias está agora um ponto percentual abaixo do registado há três meses (quando era de 5,4%) e o organismo de estatística nota que neste período — que inclui o último trimestre de 2016 e os primeiros três trimestres deste ano — o rendimento disponível das famílias diminuiu 0,3%.

Taxa de poupança a cair

Fonte: INE

A redução do rendimento das famílias neste período explica-se, diz o INE, por um aumento mais acentuado dos impostos pagos do que a subida das remunerações. Por outras palavras, quer dizer que neste período em concreto as remunerações das famílias até subiram, mas os impostos pagos subiram ainda mais. Ainda assim, o INE sublinha que esta variação resulta sobretudo de um efeito de compensação.

Tal como explica o organismo de estatísticas, os impostos sobre o rendimento contribuíram negativamente para a evolução dos rendimentos das famílias com 0,8 pontos percentuais. Mas o contributo do aumento das remunerações ficou-se pelos 0,6 pontos, o que explica que, feitas as contas, o rendimento disponível tenha diminuído.

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Mãe da Google fica órfã. O presidente está de saída

Eric Schmidt já estava na presidência da Alphabet desde 2001, cargo que assumiu depois de ter passado pela gerência da própria Google.

Eric Schmidt anunciou esta quinta-feira que vai deixar o cargo de presidente da Alphabet, a empresa que detém a Google. Vai, contudo, continuar na administração e assumir as funções de consultor técnico da empresa.

Eric estava à frente da Alphabet desde 2001, cargo a que chegou depois de ter sido CEO da Google. Foram 17 anos em altos cargos. Aos 62 anos, renuncia ao cargo de presidente para se tornar consultor técnico, assumindo o título de diretor. Espera-se que o seu lugar seja ocupado por um presidente não-executivo.

Quando Eric entrou para a Google, a empresa só tinha 200 trabalhadores e menos de 15 milhões de visitas mensais. Agora, este número ultrapassa os mil milhões. Para além destes sucessos, durante a sua presidência assistiu-se ainda ao lançamento do Gmail, Maps e do Google Chrome, a aquisição do Youtube e o Android tornou-se o sistema operativo mais utilizado no mundo.

A riqueza de Eric Schmidt ascende atualmente aos 13,8 mil milhões de dólares, segundo a Forbes, e a maioria encontra-se investida em ações da Alphabet.

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Défice cai para 0,3% até setembro. Porquê e o que é que isto quer dizer?

  • Margarida Peixoto
  • 22 Dezembro 2017

O défice orçamental ficou em 0,3% no período de janeiro a setembro deste ano. O valor compara favoravelmente com a meta e parece ir ao encontro das expectativas positivas do primeiro-ministro.

O défice orçamental dos primeiros nove meses do ano caiu para 0,3%, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). O valor mostra uma redução significativa face ao primeiro semestre de 2017, compara favoravelmente com a meta e parece ir ao encontro da expectativa já adiantada pelo primeiro-ministro de fechar o ano com um défice abaixo de 1,3% do PIB.

Uma vez mais, o Governo prepara-se para superar a meta do défice que tinha definido inicialmente para o ano. No Orçamento do Estado para 2017, o ministro das Finanças, Mário Centeno, comprometeu-se com um défice de 1,6% do PIB em 2017. Em abril, com a entrega do Programa de Estabilidade, a meta foi revista em baixa para 1,5%. E em outubro, no âmbito do Orçamento do Estado para o próximo ano, o objetivo passou para 1,4%.

Esta sexta-feira o INE revelou que no período de janeiro a setembro as necessidades de financiamento das Administrações Públicas, na ótica que importa para Bruxelas, foram de 393,9 milhões de euros, o que corresponde a um défice de 0,3% do PIB, igual à estimativa central da Unidade Técnica de Apoio Orçamental e muito abaixo dos 2,8% que tinham sido registados no mesmo período de 2016.

Como está a evoluir o défice e qual é a meta

Nota: O ECO assumiu uma meta de 1,2% depois de o primeiro-ministro ter dito que o valor ficará abaixo de 1,3% do PIB. Fonte: INE

Como é que o défice caiu tanto?

Como explica o organismo de estatística, nos primeiros nove meses de 2017 verificou-se um aumento da receita de 5,5%, e uma descida da despesa de 0,4%.

Do lado da receita, a explicação está na subida do IVA (que contribuiu de forma decisiva para o aumento de 7,1% do conjunto dos impostos sobre a produção e importação arrecadados) e das contribuições sociais (aumentaram 5,3%). Também a receita de capital aumentou à boleia sobretudo da recuperação de créditos garantidos no âmbito do acordo entre o Estado e o BPP e o BPP Cayman.

Tendo em conta que as taxas de IVA se mantiveram inalteradas — e que as mudanças de produtos nas diferentes listas de IVA não foram significativas — o aumento da coleta justifica-se sobretudo com a melhoria da atividade económica, que este ano deverá acelerar para 2,6%.

O mesmo no caso das contribuições sociais: o aumento do valor arrecadado pelo Estado cresceu sobretudo devido à melhoria do mercado de trabalho com a subida do emprego e a redução da taxa de desemprego.

Já do lado da despesa, houve uma queda da despesa com prestações sociais (de -1,2%, que mais uma vez pode ser significativamente atribuída à redução do desemprego) e com juros (-3,7%). Esta evolução foi, contudo, atenuada pelo aumento dos gastos com investimento (a despesa de capital aumentou 8,3%) e do consumo intermédio, que subiu 1,3%.

Excedente de 2,6% no terceiro trimestre

Olhando apenas para o terceiro trimestre de 2017, verifica-se que as finanças públicas não registaram qualquer défice: conseguiram um excedente de 2,6%. Se a análise for feita olhando para o ano terminado no terceiro trimestre de 2017 — ou seja, um período que conta ainda com os últimos três meses de 2016, verifica-se que o défice foi de 0,1% do PIB.

O próximo gráfico mostra a evolução destes indicadores.

Contas públicas melhoram

Fonte: INE

Mas se caiu tanto, porque é que António Costa fala em 1,3%?

Apesar de o défice ter ficado em 0,3% até janeiro, isto não quer dizer que no final do ano Portugal venha a registar um défice de apenas poucas décimas. António Costa, primeiro-ministro, disse ontem que o défice ficará abaixo dos 1,3%, o que já é um valor significativamente melhor do que aquele que estava prometido pelo Governo socialista.

Mas porque é que não será ainda mais baixo? Porque, tal como a UTAO já explicou, nos últimos três meses do ano vão ser particularmente negativos. “No último trimestre de 2017 é, contudo, previsível que a melhoria do défice face ao período homólogo se reduza e que o défice global se aproxime mais do objetivo anual em virtude de um conjunto de pressões”, explicaram os peritos, na sua nota de 5 de dezembro.

Estas são as pressões identificadas pela UTAO:

  1. O saldo orçamental de 2016 estava positivamente influenciado no final do ano pelo PERES – Programa Especial de Recuperação de Dívidas ao Estado;
  2. Efeito pre-paid margins, recebidas no final de 2016;
  3. Alteração do perfil de pagamento dos subsídios de Natal, cujo efeito a UTAO estima em 0,8% do PIB;
  4. Eliminação gradual da sobretaxa;
  5. Atualização das pensões em agosto.

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Partidos podem angariar quanto quiserem e o IVA é devolvido

  • ECO
  • 22 Dezembro 2017

O Parlamento aprovou uma nova lei que para além de abolir limites de angariação e IVA, dá poderes sancionatórios à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos.

O Parlamento aprovou esta quinta-feira a lei que retira quaisquer limites à angariação de fundos por parte dos partidos. A mesma diretiva prevê que estes possam pedir a devolução total do IVA sobre todas as despesas.

PSD, PS, BE, PCP e PEV, todos se demonstraram a favor da nova lei no Parlamento. O voto contra do CDS e do PAN não foram suficientes para travar a medida esta quinta-feira, avança o Público. Até agora, o teto da angariação de fundos era de 1.500 vezes o valor do Indexante de Apoios Sociais (IAS), que em 2017 foi de 631.980 euros.

No caso do IVA, a isenção até ao momento recaía sobre a “aquisição e transmissão de bens e serviços que visem difundir a sua mensagem política ou identidade própria, através de quaisquer suportes, impressos, audiovisuais ou multimédia, incluindo os usados como material de propaganda e meios de comunicação e transporte”. Agora, os partidos estão isentos do IVA “suportado na totalidade de aquisições de bens e serviços”.

Para além de abolir estes limites, à luz da nova lei, a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos passa a poder a aplicar coimas por irregularidades nas contas dos partidos e das campanhas eleitorais, e encurta os prazos para a apreciação dessas contas.

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Livrarias “a arder”. Manuais escolares do 1º ciclo ainda não foram pagos pelo Governo

  • ECO
  • 22 Dezembro 2017

O gabinete do ministro da Educação já respondeu à denúncia e garante que a situação está a ser resolvida.

O Governo prometeu manuais escolares gratuitos aos alunos do 1º ciclo mas, até agora, ainda não os pagou. O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, conta à TSF que as papelarias e livrarias ainda não receberam quaisquer pagamentos, e refere que algumas já estão em fase de pré-falência. Em resposta, o ministério da Educação admite os atrasos e garante que está a resolver o problema, avança a mesma fonte esta sexta-feira.

Filinto Lima diz ter sido informado de que os pagamentos não serão feitos neste ano civil. Admite a importância da gratuitidade dos manuais junto dos alunos, mas alerta que a falta de pagamentos do Governo está a levar algumas papelarias e livrarias de menor dimensão à pré-falência.

O gabinete do ministro da Educação já respondeu à denúncia do diretor da associação foi feita uma transferência para todas as escolas com base numa estimativa do número de alunos inscritos no estabelecimento. No entanto, o número de alunos efetivamente inscritos ultrapassou as previsões e o acerto ainda não foi feito.

No passado mês de novembro, o Parlamento aprovou o alargamento da gratuitidade dos manuais escolares ao segundo ciclo do Ensino Básico, numa proposta apresentada pelo PCP e pelo Bloco de Esquerda.

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P-51, o relógio feito com peças de Mustangs dos anos 60

  • ECO + BONS RAPAZES
  • 22 Dezembro 2017

A fabricante de relógios dinamarquesa RECWatches volta a surpreender-nos com uma linha de relógios clássicos criada a partir de um clássico dos carros: o Ford Mustang.

Automóveis e relógios, um amor inseparável, não é verdade? A fabricante de relógios dinamarquesa REC Watches volta a surpreender-nos com uma linha de relógios clássicos criada a partir de um clássico dos carros: o Ford Mustang. Já o tinham feito com o Porsche 911, para quem não está recordado. Mas este P-51, feito de componentes de vários Mustang da década de 60, não lhe fica nada atrás!

Cada relógio desta nova linha tem a sua própria história. Aliás, ao comprarmos um exemplar, temos também acesso a um cartão “scaneável” que nos leva até um vídeo detalhado com a história do exato Mustang a partir do qual o relógio nasceu. De acordo com Mygh, cofundador da REC Watches, os componentes de um só Mustang podem dar origem a um total de 250 relógios.

A maioria das pessoas vê apenas um monte de metal, um fantasma de um Mustang. Nós vemos algo completamente diferente – a alma de um carro e uma história que precisa de ser contada. Não estou a destruir Mustangs. Estou a trazer Mustangs impossíveis de reparar de volta à vida como um relógio.

Mygh,co-fundador da REC Watches

Agora reparem num pormenor delicioso do R-51. O indicador do nível de pilha do relógio é uma réplica do indicador do nível de combustível – com o “E” de empty num extremo, e o “F” de full no outro. Mais, os ponteiros e os números do mostrador fazem lembrar um velocímetro. Depois, todos os exemplares vêm com uma pequena placa onde está gravado o número de identificação do carro correspondente. O preço começa nos 1.495 dólares, cerca de 1.264 euros.

Mais info aqui.

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Na dança de auditoras, EY conquista as maiores contas. Agora tem o Novo Banco

  • ECO
  • 22 Dezembro 2017

Depois da CGD, Altri, Cofina, F. Ramada, Corticeira Amorim e Jerónimo Martins, a EY vai auditar o Novo Banco, conquistando as maiores contas.

A empresa liderada por João Alves é a que tem ganho mais com a “dança de cadeiras” nos contratos de auditoria entre as grandes empresas. Além dos setores da distribuição e industrial, destaca-se no setor financeiro, onde já tinha conquistado a conta da Caixa Geral de Depósitos (CGD). E agora junta o Novo Banco. O banco liderado por António Ramalho anunciou na quinta-feira que decidiu substituir a PwC, isto no mesmo dia em que recebeu o último cheque do Lone Star.

Foi “deliberado nomear para o cargo de Revisor Oficial de Contas com mandato a iniciar em 2018 a sociedade Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A representada por António Filipe Dias da Fonseca Brás e como Suplente, João Carlos Miguel Alves”, lê-se no comunicado enviado pelo Novo Banco, seguindo os mesmos passos da CGD.

"Foi deliberado nomear para o cargo de Revisor Oficial de Contas com mandato a iniciar em 2018 a sociedade Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A representada por António Filipe Dias da Fonseca Brás e como Suplente, João Carlos Miguel Alves.”

Novo Banco

Foi em maio que o banco liderado por Paulo Macedo decidiu mudar de auditora por força das novas regras de supervisão de auditoria e, como avançou o ECO, a escolha do Governo recaiu na EY. Até então, a Deloitte era a responsável pela auditoria das contas do banco público.

A EY foi também a auditora escolhida pelo Governo para fazer uma auditoria independente à CGD no período entre 2000 e 2015. O anúncio foi feito pelo ministro Mário Centeno em abril, na comissão de Economia e Finanças, no Parlamento, e a escolha foi justificada pelo facto de a EY não ter sido auditora do banco público no período em análise.

Além da CGD e do Novo Banco, a empresa liderada por João Alves tinha já conquistado empresas como a Altri, Cofina, F. Ramada, Corticeira Amorim, bem como a Jerónimo Martins.

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Revista de Imprensa Internacional

O mundo assiste à despedida de Eric Schmidt do cargo de chairman da Alphabet, a Embraer e a Boeing confirmam negociações e a Apple admite que está a "travar" os iPhone antigos.

A Alphabet, a empresa-mãe da Google, vê o chairman dizer adeus. A Embraer e a Boeing pensam juntar-se, enquanto a Apple afasta os clientes com o anúncio de que tem limitado propositadamente o desempenho dos iPhone. Tudo isto quando em Espanha, os investidores vão ter de continuar à espera para terem uma justificação sobre a liquidação do Popular por parte de Bruxelas.

Financial Times

Empresa mãe da Google fica órfã. Chairman está de saída

Eric Schmidt anunciou na quinta-feira que vai deixar o cargo de presidente da Alphabet, a empresa que detém a Google. Vai contudo continuar na administração e assumir as funções de consultor técnico da empresa. Eric está à frente da Alphabet desde 2001, à qual chegou depois de ter sido CEO da Google.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso livre/ conteúdo em inglês)

The Guardian

Trump diz sim a Jerusalém. ONU diz não a Trump

As Nações Unidas rejeitaram unanimemente a decisão de Donald Trump reconhecer Jerusalém como a capital de Israel. Foram 128 os países-membros da Assembleia-geral da ONU que consideraram o reconhecimento “nulo e sem efeito” na sede em Nova Iorque. Nikki Haley, o embaixador dos EUA na Organização das Nações Unidas, repetiu que Washington se iria recordar das nações que “desrespeitassem” a América com o voto contra.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre/ conteúdo em inglês)

El Mundo

Bruxelas adia justificação da liquidação do Popular

O Conselho Único de Resolução (CUR), o organismo que ordenou a liquidação do banco Popular no passado mês de junho manterá a confidencialidade da justificação pelo menos até meados de janeiro. Há duas semanas, a presidente do CUR, Elke König, assegurou aos deputados que publicaria uma versão do documento onde estão listadas as razões da liquidação. Esta foi solicitada por mais de 150 acionistas que viram as participações no Popular reduzir de três mil milhões de euros para apenas um euro na venda ao Santander.

Leia a notícia completa no El Mundo (acesso livre/ conteúdo em espanhol)

Boeing e Embraer vão voar juntas?

A companhia aérea americana, Boeing, está em conversações com a gigante brasileira Embraer para acordar uma “combinação potencial”, confirmaram ambas as partes. Só falta a luz verde do Governo brasileiro, que possui poder de veto em movimentos estratégicos da Embraer. Um oficial do Governo afirmou que o Estado brasileiro apoia parcerias comerciais mas que bloquearia qualquer tentativa de aquisição.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/ conteúdo em inglês)

Business Insider

iPhones lentos? A Apple admite que é de propósito

A Apple admitiu que limitou a performance dos modelos mais antigos de forma a ficarem mais lentos. A gigante tecnológica justificou a fraca performance com a necessidade de preservar as baterias, de modo a que os aparelhos se mantivessem funcionais.

Leia a notícia completa no Business Insider (acesso livre/ conteúdo em inglês)

 

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O seu antigo iPhone está lento? A Apple abrandou-o de propósito

  • Juliana Nogueira Santos
  • 22 Dezembro 2017

A tecnológica justificou que, para prevenir encerramentos inoportunos e perda de dados, vai reduzindo a velocidade de desempenho dos seus dispositivo à medida que a saúde da bateria se deteriora.

Há muito que os utilizadores de iPhone mantinham entre si uma teoria da conspiração que a Apple abrandava a velocidade dos dispositivos mais antigos à medida que o tempo passa. Esta semana, a Apple veio confirmar que a teoria é real, mas tem uma justificação razoável: a bateria.

O assunto ocupou os tópicos das redes sociais quando, no Reddit, um utilizador afirmou que a forma de acelerar o desempenho de um iPhone mais antigo é substituir a bateria. Aí começou uma discussão à escala global acerca das motivações da marca criada por Steve Jobs, com muitos a revoltarem-se contra este negócio que quer que os clientes renovem o telemóvel a cada edição que passa.

Após linhas e linhas de texto escrito, a Geekbench, uma plataforma de análise tecnológica, confirmou as suspeitas e a Apple não teve qualquer opção senão admitir que era intencional. Em declarações oficiais aos meios de comunicação, a tecnológica justificou que, para prevenir encerramentos inoportunos e perda de dados, vai reduzindo a velocidade de desempenho dos seus dispositivo à medida que a saúde da bateria se deteriora.

“As baterias de lítio ficam menos capazes de fornecer energia em picos de necessidade com condições climatéricas mais frias, com níveis mais baixos de bateria e à medida a que envelhecem o que pode resultar em encerramentos inesperados para proteger as componentes eletrónicas”, afirmou a marca. A ferramenta de abrandamento foi integrada nos dispositivos no ano passado.

A empresa deixa ainda claro que, com isto, não quer obrigar os seus clientes a trocar de dispositivos frequentemente visto que todos os aparelhos têm um tempo médio de uso de três anos. Os especialistas acreditam que, se as baterias forem trocadas, este período pode ser alargado.

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Transportes levam portugueses a fazerem mais de 8.000 queixas

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2017

A maioria das reclamações foram registadas nos setores rodoviário e ferroviário, que totalizaram 88,5% do total. As queixas são, essencialmente, por incumprimento dos horários.

Nos primeiros seis meses de 2017, a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes recebeu 8.158 reclamações, representando uma redução de 20,7% face ao semestre anterior, onde foram registadas 10.289 queixas. A CP e o Metropolitano de Lisboa são alguns dos alvos, de acordo com o “Relatório sobre Reclamações no Mercado da Mobilidade e dos Transportes”, referente ao primeiro semestre deste ano.

Das mais de 8.000 reclamações, 7.519 foram registadas em livros de reclamações e as restantes 639 foram comunicadas diretamente à Autoridade da Mobilidade e dos Transportes. Os utentes queixaram-se, sobretudo, de não haver o serviço programado, por este não cumprir os horários previstos; de percursos ou paragem alterados; de excesso de lotação do veículo e de baixa frequência do transporte. Também a recusa de transporte de animais e bicicletas foi alvo de motivo de reclamação.

Na rubrica Metro, Metro Ligeiro de Superfície e Elétricos, os 10 principais motivos secundários das reclamações prendem-se com problemas com títulos (14,7%), nas infraestruturas auxiliares (10,7%) – como rampas, escadas, elevadores, portas de acesso – e pedidos de reembolso (7,7%).

Apesar de muito contestado e criticado pela Comissão de Utentes dos Transportes de Lisboa, o serviço do Metropolitano de Lisboa consegue neste relatório da AMT ter menos 569 queixas em relação ao semestre anterior.

Os motivos que apresentaram maiores descidas prendem-se com a crítica à conduta de fiscais e colaboradores, com menos 149 reclamações, o incumprimento de horário de transporte, com menos 142, e as questões relativas a títulos de transporte, com menos 53.

Nos transportes rodoviários de passageiros, a Rede Nacional de Expressos é o prestador que apresenta o maior número de reclamações, com 17%, apesar de apresentar um decréscimo relativo ao segundo semestre de 2016. Segue-se a CP, com 14,9 % das queixas, e os Transportes Sul do Tejo, com 7,9%.

O relatório refere ainda que houve um aumento significativo do número de reclamações contra os operadores de transporte em veículos ligeiros, táxis e plataformas eletrónicas de serviços de transporte, com um total de 101 queixas.

Neste subsetor, nem os prestadores em nome individual, nem as empresas têm estabelecimentos onde fazem atendimento ao público, pelo que não têm obrigação de possuir livro de reclamações. Em relação à Uber, registaram-se pela primeira vez, neste semestre, três reclamações.

As cinco empresas com maior número de reclamações

  1. CP – 1.642
  2. Metropolitano de Lisboa – 1.306
  3. Rede Nacional de Expressos – 424
  4. Carris – 371
  5. Transtejo – 368

Alguns operadores de transporte de passageiros passaram a enviar mensalmente à AMT informação sobre as reclamações recebidas fora do livro de reclamações, nomeadamente através de meios eletrónicos, tendo chegado a um total de 20.335 no primeiro semestre de 2017.

Aproximadamente 61% das reclamações dizem respeito a problemas com bilheteiras e máquinas de venda de títulos, enquanto 52% têm a ver com a atuação da empresa. Mais de 70% diz respeito à não emissão de fatura/recibo com número de contribuinte no ato de venda do título.

Já 65% das reclamações sobre qualidade do atendimento dizem respeito à falta de urbanidade ou a incorreção de tratamento por parte de fiscais, motoristas empregados ou outros colaboradores das empresas.

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Vende bebidas, mas agora chama-se Blockchain. Triplicou de valor em bolsa

A empresa mudou de nome e diz que está à procura de parcerias ou interessada em investir em empresas que operam na blockchain.

A euforia em torno da bitcoin e da tecnologia blockchain está ao rubro. E há empresas que operam noutros setores que estão a tentar tirar partido dessa tendência. A Long Island Iced Tea é um dos mais recentes exemplos disso mesmo. Bastou que a empresa de bebidas anunciasse que iria mudar o seu nome para Long Blockchain para que as suas ações triplicassem de valor em bolsa.

As ações da empresa com sede em Nova Iorque dispararam 238% na sessão desta quinta-feira, naquele que é o mais recente exemplo de um novo fenómeno do mercado acionista em que microempresas reorientam o seu foco de modo a aproveitar a euforia despoletada pela valorização de mais de 1.600% da bitcoin neste ano.

A nova Long Blockchain, cujo negócio tem sido a venda de bebidas não alcoólicas, diz que agora está à procura de parcerias ou interessada em investir em empresas que operam na blockchain, tecnologia que está por de trás da bitcoin.

À semelhança de outras empresas que também se decidiram rebatizar com referência à bitcoin — lista que inclui fabricantes de sumos, de roupa desportiva ou sofás — a Long Blockchain ainda tem pouco a apresentar que esteja relacionado com as suas novas aspirações. Não tem nenhuma empresa com empresas de blockchain, e diz ainda que “não há nenhuma garantia de um acordo definitivo com essas, ou quaisquer outras entidades, será celebrado ou, em última análise, consumado”.

A Long Blockchain, entretanto, registou o domínio www.longblockchain.com, mas vai continuar a operar como subsidiária de bebidas prontas a beber.

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