Marques Mendes sobre caso Huawei: “Não há almoços grátis”

No seu habitual comentário de domingo, na Sic, Marques Mendes falou do caso das viagens pagas por um parceiro da Huawei, da falta de ambição face ao défice e da rentrée política nacional.

Marques Mendes diz que falta ao Governo e aos partidos uma maior ambição para o défice e a dívida, sublinhando que gostaria de ver mais do que um “vamos cumprir” o que está previsto.

Cumprir a meta do défice e a redução da dívida não é uma tarefa muito transcendente. Estava previsto no Orçamento que a economia deveria crescer 1,8%. Se a economia cresce mais, a receita nos cofres do Estado é maior. É bom. Com mais crescimento temos mais receita e menos despesa. O défice devia descer mais. Devia ficar abaixo de 1,5%. Gostaria de ver maior ambição nos partidos e no Governo. Devíamos aproveitar este momento de um bom crescimento para fazer um esforço maior no défice e na dívida, para uma maior margem de segurança. Há pouca ambição. Devíamos fazer um esforço maior”, disse o comentador na sua habitual análise de domingo, no Jornal da Noite da Sic.

Além do défice, o comentário de Marques Mendes debruçou-se sobre outros temas que marcaram a semana. Um deles foi a rentrée política que, segundo o comentador, não traz muito de novo. “Antes, as rentrées geravam alguma expectativa, agora não há grandes novidades. Em relação ao BE, não há novidades nas declarações de Catarina Martins. (…) O PCP está focado no aumento das pensões. Já António Costa fez um discurso bem estruturado, vendeu o seu peixe, puxou pelos galões da governação mas [também] não tem novidade. O que me pareceu novo é uma contradição evidente: por um lado pede consensos ao PSD e, ao mesmo tempo, critica duramente o líder Pedro Passos Coelho. Quem quer um consenso tem normalmente uma linguagem mais apaziguadora. Quem não quer é mais crítico. António Costa sabe verdadeiramente que não vai haver consenso”, assinala.

Luís Marques Mendes falou ainda do caso das viagens à China pagas por uma empresa parceira da Huawei. “Quanto aos funcionários dos Ministérios, têm funções executivas. E devem conhecer a realidade. O que já não é normal é ir visitar com viagens pagas por essas empresas. Não é normal porque não há almoços grátis. Se hoje ou amanhã há um contrato com essa empresa, há sempre suspeitas”, assinalou.

Quanto ao vice-presidente da bancada do PSD, também envolvido no caso, Marques Mendes considera que o deputado “fez muito mal em ir à China com custas pagas pela empresa porque, como deputado, não tem de tratar de matérias de compras. Ou foi fazer turismo ou, mais grave, foi pago por uma empresa que pensa que, em contrapartida, pode ter mais-valias.”

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Catarina Martins quer discutir escolhas e não restrições para “fazer o que falta”

  • Lusa
  • 27 Agosto 2017

Catarina Martins avisou que a discussão do OE para 2018 é sobre escolhas e não restrições, sublinhando que os bloquistas recusam "gerir o que já foi feito" porque querem "fazer o que falta".

A coordenadora do BE avisou hoje que a discussão do Orçamento do Estado para 2018 é sobre escolhas e não restrições, sublinhando que os bloquistas recusam “gerir o que já foi feito” porque querem “fazer o que falta”.

“Nós não vamos gerir o que já foi feito, vamos fazer o que falta fazer e o que nos comprometemos a fazer quando fizemos os acordos em novembro de 2015”, afirmou Catarina Martins, hoje à tarde, no discurso de mais de meia hora do encerramento do Fórum Socialismo 2017, a rentrée política do BE.

A líder bloquista foi perentória e deixou um aviso ao Governo: “no próximo Orçamento do Estado nós vamos estar a discutir escolhas, muito mais do que restrição”.

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Passos Coelho diz que nem a tragédia de Pedrógão deu sentido de Estado ao primeiro-ministro

  • Lusa
  • 27 Agosto 2017

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou que nem uma tragédia como a de Pedrógão Grande deu sentido de Estado e seriedade política ao primeiro-ministro.

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou este domingo que nem uma tragédia como a de Pedrógão Grande deu sentido de Estado e seriedade política ao primeiro-ministro.

Em declarações aos jornalistas em Ribeira de Pena, Passos Coelho reagiu ao discurso com que o primeiro-ministro assinalou a rentrée socialista, em Faro, no qual acusou os líderes do PSD e do CDS-PP de nada terem feito pela floresta quando estavam no Governo e de ter sido preciso chegar a tragédia para que “acordassem e viessem ao debate”.

“Nem uma tragédia como a de Pedrógão deu sentido de Estado e seriedade política ao primeiro-ministro”, afirmou o líder do PSD.

O presidente social-democrata considerou que o discurso de António Costa “é mais ou menos um clássico”. “O primeiro-ministro procura esconder o fracasso da sua governação atacando aqueles que denunciam esse fracasso”, sustentou.

Passos Coelho disse que, em 40 anos de democracia, nunca se assistiu a “um espetáculo” como o que está a acontecer atualmente, em que o “país arde e a Proteção Civil mostra-se impotente para resolver a situação”.

“A Proteção Civil (…) depende do Governo. Ao cabo de praticamente dois anos de governação (…) o primeiro-ministro acha que a culpa é da oposição”, salientou o responsável.

O presidente social-democrata disse que “ninguém pode levar isto a sério”.

“Sempre que alguma coisa corre mal, a culpa é da oposição ou do passado, quando as coisas correm bem toda a gente deve favores e elogios ao primeiro-ministro e ao Governo. É uma maneira de estar na política, não é a minha seguramente”, sublinhou.

Passos Coelho falava antes da apresentação da candidatura do PSD a Ribeira de Pena, no distrito de Vila Real, que é encabeçada pelo antigo autarca Agostinho Pinto.

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CASA-CE anuncia que vai impugnar resultados divulgados pela CNE

  • Lusa
  • 27 Agosto 2017

Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) anunciou que vai impugnar judicialmente os resultados eleitorais que dão vitória ao MPLA, com 61% dos votos.

A Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) anunciou este domingo que vai impugnar judicialmente os resultados eleitorais divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), que dão vitória ao MPLA, com 61% dos votos, invocando a sua nulidade.

A posição foi expressa em conferência de imprensa pelo vice-presidente da CASA-CE, André Mendes de Carvalho “Miau”, coligação que, segundo os dados provisórios da CNE, terá ficado em terceiro lugar nas eleições gerais de 23 de agosto, com 9,5% dos votos.

O dirigente da CASA-CE referiu que, além das denúncias feitas até agora, sobre a forma “ilegal” como decorreu o escrutínio para o apuramento dos resultados provisórios, aquela formação política vai “intentar uma ação contra a CNE junto das instâncias judiciais sobre o modo como esse processo provisório foi conduzido”.

“Neste momento, nós estamos vigilantes (…) sobre o modo como está a decorrer o apuramento provincial”, disse.

A UNITA, segundo maior partido em Angola, anunciou no sábado que não reconhece validade aos resultados provisórios anunciados pela CNE e, tal como a CASA-CE, está a realizar uma contagem paralela, com recurso às atas síntese das assembleias de voto.

Segundo André Mendes de Carvalho “Miau”, que concorria pela CASA-CE para vice-Presidente da República, nestas eleições, o apuramento provincial, nos termos da lei, deve iniciar imediatamente quando os primeiros resultados das assembleias chegam às províncias, e deve decorrer de maneira ininterrupta até o termo dos trabalhos.

André Mendes de Carvalho “Miau” disse que a informação em posse da coligação é que, até às 09:00 de hoje, as províncias do Cuando Cubango, Cunene, Luanda, Lunda Norte, Lunda Sul, Malanje e Moxico não iniciaram ainda o escrutínio provincial.

Já nas províncias de Benguela e Cabinda o escrutínio está suspenso pelos órgãos eleitorais locais, de acordo ainda com o vice-presidente da CASA-CE, “pelo facto de, em Benguela, se pretender escrutinar apenas os votos brancos e nulos e em Cabinda se pretender um escrutínio com base em atas síntese, em violação flagrante da lei em ambos os casos”.

Relativamente ao restante do país, a informação é de que as províncias do Huambo e Huíla estão em fase embrionária de escrutínio, observando-se, entretanto, “a existência de muitas urnas violadas”, enquanto no Bengo, Bié, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Namibe, Uíge e Zaire o escrutínio decorre “com normalidade e de acordo com o padrão legal”.

“A CASA-CE não vai aceitar que o processo decorra sem lisura, exigindo assim que, a todos os níveis, as instituições encarregadas do escrutínio e apuramento exerçam a sua função no estrito cumprimento da lei e com a máxima responsabilidade”, refere.

A coligação liderada por Abel Chivukuvuku desqualificou também as posições assumidas por alguns observadores internacionais que, de forma “turística”, visitaram esparsas mesas de voto, alegadamente não se preocupando com o ambiente político geral, bem como com a natureza global do processo eleitoral.

“Fizeram tábua rasa às violações dos procedimentos legais que enformam o escrutínio provisório, consagrando precipitadamente uma força vitoriosa no esteio da posição musculada do partido da situação e evitaram, sintomaticamente, acompanhar o escrutínio definitivo, único que tem efetiva força mandatória”, salientou.

Aos angolanos, a coligação exortou com “veemência” a manterem a serenidade, vigilância e firmeza, bem como a confiança no trabalho da CASA-CE, para que “a verdade eleitoral seja defendida até ao fim”.

A terceira maior força política de Angola deplorou “o clima de manipulação e intimidação que pretende instalar o medo no espírito dos cidadãos, através de boatos sobre supostos atos de desordem protagonizados pelos membros dos partidos da oposição”.

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Passos: PS “só pensa em dar dinheiro” e na popularidade

Líder do PSD critica o primeiro-ministro e pede ao Governo que faça reformas em áreas como a Segurança Social, Educação, Saúde e Defesa.

O líder do PSD Pedro Passos Coelho considera que o Governo só pensa em “dar dinheiro e na popularidade” e afirma que seria importante para o Executivo de António Costa “fixar objetivos de médio e longo prazo“. Em declarações citadas pela agência Lusa, Passos sublinhou ainda a disponibilidade para gerar consensos.

“É preciso saber o que se quer, não ter medo de ir contra a corrente, em vez de estar sempre a dizer “amém” ao Bloco de Esquerda e ao Partido Comunista Português, a pensar em dar dinheiro, a distribuir benesses, a pensar na popularidade, era importante fixar objetivos de médio e longo prazo e, apesar de estar na oposição, não me importava nada de estar a contribuir para que se gerasse no país um clima que sustentasse um crescimento maior para futuro”, afirmou Pedro Passos Coelho, em Terras de Bouro, distrito de Braga.

O discurso de Passos foi feito na apresentação dos candidatos às autárquicas daquele concelho. O ex-primeiro-ministro apontou ainda o dedo ao Executivo de António Costa, a quem acusa de “nada fazer” a pensar no longo prazo, afirmando que “é extraordinário” que se deem aumentos a um mês das eleições autárquicas, mas, avisou o líder do PSD, isso não vai enganar a população na hora do voto.

“Não vemos nada que o Governo esteja a fazer a pensar no longo prazo, o nosso Governo, infelizmente, só tem vindo a trabalhar com a preocupação do curto prazo. Então agora, com as eleições autárquicas, tem sido extraordinário, até aumentos extraordinários tivemos a um mês das eleições autárquicas, eles acham que as pessoas só reagem com a carteira, mas estão equivocados, as pessoas sabem bem o que se passa”, disse.

Ninguém deita fora aumentos extraordinários que lhes possam dar, mas as pessoas sabem bem que esses aumentos extraordinários acontecem porque há eleições.

Pedro Passos Coelho

Líder do PSD

Passos Coelho disse ainda que gostava era de ver o Governo “preparado para falar em reformas importantes”, como as da Segurança Social, Educação, Saúde, Defesa, “que é como quem diz, da Economia, às políticas sociais e ao Estado”, mas, em vez disso, criticou, António Costa pede consensos para as grandes obras públicas.

“Nem fazemos ideia do que estão a pensar, estávamos à espera de ouvir o Governo falar de grandes consensos quanto às reformas que hão de sustentar a criação do emprego, o crescimento da Economia no médio e longo prazo”, apontou.

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Está a chegar o voo mais longo do mundo

  • Bloomberg
  • 27 Agosto 2017

Há anos que a Qantas Airways tenta prolongar o tempo de voo para evitar escalas em longo curso. Agora, o objetivo está perto de ser verdade.

Praticamente toda a gente prefere voar sem escalas — principalmente quem viaja a negócios. E é muito provável que estes possam pagar a diferença. Atualmente, porém, nem com todo o dinheiro do mundo podemos ir de Sidney à Big Apple ou ao Reino Unido sem uma escala, porque os aviões comerciais não têm autonomia suficiente de voo.

Mas isso pode mudar em breve. Durante muitos anos, executivos da companhia aérea australiana Qantas Airways procuraram oferecer um voo direto de Sidney e Melbourne a Londres. Agora, com os avanços da tecnologia, finalmente veem o potencial de realizar esse sonho. Dois novos modelos planeados pela Airbus e pela Boeing pretendem fazer a viagem sem escalas até Londres — 20 horas e 20 minutos — saindo de Sidney. Onovo modelo também atravessaria o Oceano Pacífico e chegaria a Nova Iorque em cerca de 18 horas.

Esta sexta-feira, o presidente-executivo da Qantas, Alan Joyce, lançou um “desafio” público às empresas para que ampliem o alcance do novo 777X da Boeing, com lançamento programado para 2020, e da versão de “alcance ultralongo” planeada para o Airbus A350, que será lançado em 2018. A Qantas espera receber um avião desse tipo e começar o serviço de Sidney a Londres em 2022, afirmou a empresa como parte de seus resultados de receita no ano cheio.

A Qantas afirmou que os dois aviões “podem chegar perto” dos requisitos necessários para os voos a Londres e Nova Iorque. O objetivo do estímulo público é levar uma das fabricantes, ou ambas, a reverem os esquemas técnicos para ampliarem ainda mais a distância coberta.

Um voo direto de Sidney a Londres reduziria quase quatro horas dos tempos das viagens atuais, que têm uma escala; para Nova Iorque, os passageiros poderiam economizar quase três horas. A Airbus, numa declaração enviada por email, afirmou estar à altura do desafio.

“O A350-900 ULR estará em operação no ano que vem para voos ultralongos de até 20 horas”, afirmou a empresa. “Esperamos ansiosamente trabalhar com a Qantas para ver como podemos atender aos requisitos para voos sem escalas entre Sidney e Londres.”

A Boeing não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários enviados por email.

Os voos de longo alcance tornaram-se muito mais comuns nos últimos anos, à medida que as aeronaves de composição mais leve, combinadas com a tecnologia de turbinas a jato mais duráveis e com um uso mais eficiente de combustível, abriram uma série de rotas novas com modelos de longa distância da Airbus e da Boeing. “Sabe-se, com base no que eles fizeram com outras aeronaves, que as rotas Sidney-Londres e Melbourne-Londres têm possibilidades reais”, disse Joyce ao jornal The Sydney Morning Herald em abril.

No início deste ano, a Qantas afirmou que passaria a oferecer voos diretos de Perth a Londres em março de 2018, usando um Boeing 787-9.

A Qantas lançou seu primeiro voo da chamada “Rota do Canguru”, de Sidney a Londres, em dezembro de 1947, com um avião Lockheed Constellation. A viagem demorou quatro dias. Dentro de alguns anos, a operadora cujo logótipo tem um canguru espera fazer esse trajeto em pouco mais de 20 horas.

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Millennials entram no mercado imobiliário e compram… casas de luxo

  • Bloomberg
  • 27 Agosto 2017

Os millennials dos EUA estavam a demorar tanto a comprar a primeira casa própria que parecia que iam alugar para sempre. Agora, eles tornaram-se uma força no mercado de casas novas e de luxo.

A Toll Brothers, maior construtora de casas de luxo dos EUA, informou na passada terça-feira que 23% das suas vendas deste ano foram para clientes com pelo menos um comprador de até 35 anos. O anúncio foi uma surpresa, pois o preço médio do contrato da empresa no período de três meses até julho foi de 837.300 dólares.

Os clientes de 20 a 40 anos tinham bons motivos para esperar pela hora perfeita para comprar. Casam-se e têm filhos mais tarde, e enfrentam um mercado apertado de residências, onde os vendedores geralmente recebem várias ofertas. Mas a demora permitiu, ao mesmo tempo, que alguns deles conseguissem poupar para pagar a entrada.

“Foi uma surpresa agradável”, disse Fred Cooper, vice-presidente sénior de relações com investidores da Toll, com sede em Horsham, Pensilvânia, por email. “Essas pessoas, que talvez tenham trabalhado cerca de 10 anos, têm dinheiro para comprar uma casa mais luxuosa do que a que se imagina como uma típica primeira casa.”

A proporção de millennials com casa própria ainda é baixa segundo os padrões históricos. Os compradores de 18 a 34 anos possuem 11% das casas dos EUA ocupadas por proprietários, de acordo com uma análise dos dados do Censos dos EUA, realizada pelo site imobiliário Trulia. Quando os baby boomers tinham a mesma idade, esse número era quase duas vezes maior.

Sem espera

A Toll apresentou recentemente sua marca T Select, mais barata, voltada a compradores mais jovens. Mas os millennials têm comprado principalmente os outros imóveis da empresa, disse o CEO Douglas Yearley numa teleconferência com analistas na terça-feira.

“Estamos empenhados em vender casas para o setor de maior poder de compra dos millennials, porque não vamos esperar até eles comprarem uma segunda ou terceira casa mais cara, coisa que eles obviamente farão daqui a uma década”, disse Yearley.

As ações da Toll caíram 2,6% na terça-feira, para 37,27 dólares, após a publicação dos resultados do terceiro trimestre fiscal. Embora a construtora tenha informado um salto de 24% nos contratos em relação ao ano anterior, ela reduziu o topo de sua projeção da margem bruta para o ano fiscal completo. Os resultados serão prejudicados por 150 fechamentos que serão empurrados para o próximo ano devido a um recall de vigas de piso, informou a empresa.

Megan McGrath, analista da MKM Holdings em Stamford, Connecticut, disse que atualmente a Toll só está vendo millennials mais velhos entre seus compradores. Muitos outros virão, disse ela.

“Parte disso é geracional — os millennials não sentiram necessidade de comprar uma casa inicial, talvez nem pudessem comprá-la, e esperaram até os 30 anos”, disse ela. “Talvez agora eles estejam simplesmente pulando a casa inicial e comprando uma alternativa mais cara.”

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El Corte Inglés diminui lucro anual mas bate recorde de vendas em Portugal

  • Lusa
  • 27 Agosto 2017

O El Corte Inglés reduziu o lucro em Portugal em 2016, passando de 19,2 milhões para 18 milhões de euros, embora tenha registado o maior volume de negócios em 15 anos de operação, foi hoje anunciado.

No dia em que as contas, encerradas em fevereiro, foram apresentadas em assembleia geral do grupo espanhol, em Madrid, foi comunicado o maior volume de negócios em Portugal, numa subida de 5,4% face ao ano anterior, chegando quase aos 453 milhões de euros.

Porém, os resultados líquidos atingiram os 18 milhões de euros, “ligeiramente abaixo dos 19,2 milhões do ano anterior”, justificados sobretudo pela “menor rentabilidade dos produtos financeiros e o aumento das amortizações”.

O resultado bruto de exploração (EBITDA) cresceu 2,9%, fixando-se nos 41,8 milhões de euros, enquanto as despesas de exploração e os custos atingiram os 411 milhões de euros, numa subida de 4,9%.

A nível dos novos desafios, a empresa afirma-se “empenhada na execução de um conjunto de novos projetos, já iniciados em 2016, que irão alterar substancialmente muitos dos seus departamentos e serviços, com a introdução de novos conceitos, marcas e produtos”.

A reforma irá decorrer nos departamentos de moda, alimentação e decoração, tendo as alterações já acabado nos departamentos de cultura e lazer.

Em termos globais, o lucro do grupo aumentou 2,4% para 162 milhões de euros, com o volume de negócios a mostrar uma subida de 2% nas vendas para 15.504,57 milhões de euros.

O EBITDA situou-se nos 981 milhões de euros, num crescimento de 7,5% na comparação com o ano anterior.

Por atividade, os grandes armazéns continuam a liderar, com uma faturação de 9.716,72 milhões de euros (mais 2,8%).

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Número de vítimas dos ataques nas Ramblas sobe para 16

Mulher alemã de 51 anos não resistiu aos ferimentos decorrentes do atropelamento nas Ramblas, em Barcelona.

Morreu a 16ª pessoa, vítima dos ataques nas Ramblas, em Barcelona, a 17 de agosto. A mulher, uma alemã de 51 anos, não resistiu aos ferimentos decorrentes do atropelamento naquela zona turística da cidade catalã, escreve esta manhã de domingo o El País.

O anúncio da morte da 16ª vítima do atentado terrorista foi feito pelo Departamento da Saúde da Catalunha. Segundo os dados oficiais, 24 pessoas continuam internadas na sequência dos atentados da Catalunha, 20 das quais feridas em Barcelona e outras quatro em Cambrils. Dessas 24, quatro continuam em estado considerado grave.

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Passos espera que BE se retrate de acusações à Altice sobre despedimentos

  • Lusa
  • 27 Agosto 2017

O presidente do PSD disse este sábado esperar que o Bloco de Esquerda se retrate das acusações que fez à Altice sobre alegados despedimentos "encapotados".

O presidente do PSD disse este sábado esperar que o Bloco de Esquerda se retrate das acusações que fez à Altice sobre alegados despedimentos “encapotados”, depois de a Autoridade para as Condições de Trabalho não ter confirmado a situação.

“Esperar-se-ia que, quem fez as acusações, pudesse de alguma maneira retratar-se, mas aquilo a que assistimos é ao contrário. O Bloco de Esquerda já veio dizer que agora era importante que houvesse sequência desse relatório, ignorando que a principal acusação que fez se revelou absolutamente infundada”, declarou Pedro Passos Coelho.

Falando aos jornalistas, em Penafiel, onde hoje visitou a Agrival – Feira Agrícola do Vale do Sousa, o líder social-democrata insistiu ter havido “uma infundada acusação que não encontrou respaldo naquilo que foi o trabalho realizado pela ACT”.

Aludindo ao relatório da ACT, do qual disse ter tido conhecimento apenas pela comunicação social, o antigo primeiro-ministro sublinhou que “aquilo que hoje veio a público está a anos-luz de distância das acusações que foram na altura feitas no parlamento e que motivou aquela reação tão descabelada do primeiro-ministro contra a empresa”.

“Afinal, aquilo que era a acusação principal, que era a de que a empresa estaria a utilizar mecanismos na lei para, de forma encapotada, promover despedimentos na empresa, o relatório da ACT vem dizer que analisou, caso a caso, todas as situações e que não detetou nenhuma que merecesse qualquer reparo público”, afirmou.

Passos Coelho criticou, por outro lado, que o primeiro-ministro se tenha atirado publicamente a essa empresa, em resposta a uma questão colocada pelo BE na Assembleia da República.

“O Governo tem mecanismos próprios, nomeadamente o trabalho que a ACT pode realizar e era importante que isso fosse feito, em vez de andarmos a fazer discursos políticos, ainda para mais com origem no Governo, sobre as empresas”, defendeu.

Para o líder do PSD, os instrumentos que o Estado tem ao seu dispor é que devem, “de forma independente e isenta, saber se há alguma violação da lei ou não há, se há alguma coisa que precise de ser corrigida”.

“É assim que as sociedades maduras devem funcionar”, reforçou.

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) instaurou 124 autos de notícia nas inspeções feitas à PT/Meo, tendo recolhido, designadamente, “evidências da existência de situações de assédio” aos trabalhadores, segundo dados conhecidos na sexta-feira.

Segundo os resultados das ações inspetivas levadas a cabo pela ACT na PT/Meo, entre janeiro e julho deste ano, a que a Lusa teve acesso, “o valor mínimo total da moldura da coima associado às infrações objeto de auto de notícia é de 1.574.861,75 euros” e o valor máximo é de 4.844.974,25 euros.

No decorrer das inspeções, foi “sinalizada a existência de comportamentos repetidos, indesejados e humilhantes com potencial para causar danos na integridade moral da pessoa visada” e foram recolhidas “evidências da existência de situações de assédio”, tendo sido instaurados processos de contraordenação.

A ACT afirma também ter constatado “factualidade que deu origem a processos de contraordenação relativamente a violação de disposições constantes de Instrumentos de Regulamentação Coletiva de Trabalho; falta de pagamento pontual de retribuições; reintegração de trabalhador após despedimento ilícito; vigilância da saúde no trabalho; mobilidade funcional; compensação e descontos na retribuição; registo de pessoal; mapa de horário de trabalho”.

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Pugilista Mayweather bate lutador Conor McGregor no regresso aos ringues

  • Lusa
  • 27 Agosto 2017

Pugilista norte-americano regressou aos ringues de boxe com uma vitória por “knockout” técnico contra o lutador irlandês, num dos combates mais aguardados dos últimos tempos.

O pugilista norte-americano Floyd Mayweather regressou hoje aos ringues de boxe com uma vitória por “knockout” técnico contra o lutador irlandês de artes marciais mistas Conor McGregor, num dos combates mais aguardados dos últimos tempos.

O combate foi disputado segundo as regras do boxe inglês, em Los Angeles (EUA), e terminou com a vitória de Mayweather ao décimo assalto.

Mayweather tinha anunciado o abandono dos ringues em setembro de 2015, depois de vencer os 49 combates que disputou na carreira, somando hoje o 50.º triunfo.

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Angola cresce 2% este ano e 4,1% em 2018

  • Lusa
  • 27 Agosto 2017

A consultora BMI Research estima que a economia de Angola cresça 2% este ano e 4,1% em 2018, com a inflação muito elevada e o fraco ambiente empresarial a impedirem uma recuperação mais rápida.

A consultora BMI Research estima que a economia de Angola cresça 2% este ano e 4,1% em 2018, com a inflação muito elevada e o fraco ambiente empresarial a impedirem uma recuperação mais rápida.

“Angola vai ver uma recuperação modesta no crescimento económico durante os próximos dois anos devido a uma melhoria na perspetiva de evolução do setor petrolífero; a inflação muito elevada e um fraco ambiente empresarial vão pesar na produção noutros setores da economia, negando uma recuperação mais abrangente”, escreve esta consultora do Grupo Fitch.

No relatório sobre a economia angolana no terceiro trimestre deste ano, marcado pelas eleições presidenciais deste mês, a BMI Research diz que o país vai acelerar neste e no próximo ano face aos 0,3% de crescimento registado no ano passado, “o que fica bastante abaixo da média anual de 6,8% registada entre 2006 e 2016”.

O petróleo, dizem, continua a dominar a economia, valendo 95,2% das exportações totais e 70,2% das receitas fiscais em 2016, o que significa que os movimentos no mercado internacional do petróleo vão continuar a ditar a evolução da economia angolana”.

No relatório, a que a Lusa teve acesso, os analistas afirmam que, “apesar dos ventos favoráveis oferecidos pelo setor petrolífero, a alta inflação, um fraco ambiente empresarial e a incerteza sobre o futuro do regime da taxa de câmbio pelo banco central vão garantir que o investimento continue abaixo do potencial e, em última análise, qualquer recuperação económica será curta”.

É por isso que, a seguir a um crescimento de 4,1% no próximo ano, as estimativas apontam para um abrandamento para os 2,4% em 2019 e 2020, o que é insuficiente para um país em desenvolvimento, como é o caso de Angola, o maior produtor de petróleo africano, a par da Nigéria.

Entre as vantagens do país, a BMI Research aponta os “abundantes recursos naturais, com diamantes e hidrocarbonetos”, e as estreitas ligações com a China, apresentada como “uma fonte confiável de empréstimos públicos a taxas relativamente baratas”.

Em sentido inverso, os analistas destacam a “enorme dependência estrutural do petróleo”, que vale mais de 90% do total das exportações e cerca de 70% da receita fiscal, a par da “elevada corrupção e um inóspito ambiente empresarial, que é um obstáculo aos investidores estrangeiros e nacionais”.

A nível financeiro, a análise aponta como ameaças os custos de servir a dívida externa, com taxas de juro a rondar os 10%, o que leva os analistas a preverem que “Angola se arrisca a entrar em incumprimento financeiro [‘default’, no original em inglês] se os empréstimos continuarem a este nível ou se a instabilidade política prejudicar as receitas fiscais”.

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