UNITA sobre eleições: “Temos contagens diferentes”

  • Lusa
  • 24 Agosto 2017

O principal partido da oposição afirmou esta quinta-feira que existem diferenças nas contagens dos votos. A UNITA abriu a possibilidade de uma coligação pós-eleitoral.

O mandatário da UNITA para as eleições angolanas disse esta quinta-feira que vai demonstrar, através das atas de voto, que o seu partido e o MPLA estão a disputar “de forma renhida” a vitória, abrindo a possibilidade de coligações pós-eleitorais. José Pedro Cachiungo falava aos jornalistas no Centro de Imprensa das eleições gerais angolanas, pouco depois de a porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral, Júlia Ferreira, ter anunciado os primeiros resultados provisórios da votação.

De acordo com a CNE, quando estavam escrutinados quase seis milhões (5.938.853 eleitores) do total de 9.317.294 eleitores, o MPLA (partido no poder há 42 anos) obtinha 64,57% dos votos, abaixo da maioria qualificada, enquanto a UNITA alcançava os 24,04%, acima da votação de 2012.

“Temos contagens diferentes, muito diferentes”, disse José Pedro Cachiungo, acrescentando que “a lógica baseia-se nas [atas-síntese das assembleias de voto] que refletem aquilo que, de facto, aconteceu nas urnas”. “A lógica da CNE tem como base algo que só a CNE sabe explicar. Nós não sabemos de onde é que esses resultados estão a vir”, realçou.

Para o mandatário da UNITA, “há diferenças nos números em todas as províncias“. “Não é possível, hoje em dia em Angola, o MPLA ganhar em todas as províncias, como a senhora Ferreira está a dizer”, afirmou. Os números que estão a ser compilados pela UNITA baseiam-se nas atas-síntese das assembleias de voto, obrigatoriamente assinadas pelos delegados de lista presentes no momento da contagem e posteriormente afixadas no local da votação.

Com base nesses números, o partido liderado por Isaías Samakuva diz que apenas o MPLA e a UNITA podem ganhar, mas por diferenças mínimas que abrem caminho às coligações contra o partido no poder, admitidas pelos principais partidos da oposição.

“Há uma diferença muito renhida. Primeiro, nenhum partido vai conseguir ganhar com uma maioria muito expressiva. Segundo, os partidos com possibilidades de ganhar estas eleições são a UNITA e o MPLA”, disse José Pedro Cachiungo. Quer ganhe um ou outro, salientou o mandatário, “a diferença vai ser mínima”.

“Daqui adviriam soluções parlamentares sobre as quais agora os analistas se vão debruçar”, disse José Pedro Cachiungo, numa referência a um acordo pós eleitoral com a CASA-CE de Abel Chivukuvuku.

A coligação CASA-CE – que também contesta a veracidade dos números provisórios apresentados hoje pela CNE – também admitiu a possibilidade de se coligar com a UNITA para “deslocar o MPLA” do poder. Questionado sobre se a UNITA pretende contestar os resultados das eleições, José Pedro Cachiundo respondeu negativamente.

“Estamos abertos a trabalhar com a CNE para ver onde estão as nossas diferenças e o país ainda está calmo. Vamos convidar a CNE a que ambos conciliemos as nossas visões e cada um argumentará com robustez a razão dos números que produz”, disse.

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João Lourenço: Virar uma página da mesma história?

  • Marta Santos Silva
  • 24 Agosto 2017

É o antigo general que agora veste as cores do partido, que evoluiu ao lado de José Eduardo dos Santos e que é agora o seu sucessor. Uns veem em Lourenço sinais de uma mudança, outros de continuidade.

As notícias sobre a má saúde de José Eduardo dos Santos, 38 anos à frente dos destinos de Angola, começavam a enfraquecer o regime quando o Presidente decidiu não voltar a candidatar-se e dar lugar a eleições, e a escolha para o substituir à frente do partido que governa o país desde a independência foi João Lourenço. O ministro da Defesa foi uma escolha consensual no seio do MPLA, mas falta saber se, após as eleições — o MPLA venceu com 64% dos votos, de acordo com os dados provisórios –, vai haver viragem ou continuidade nas províncias angolanas.

Do exército à política

O percurso de João Lourenço, que nasceu no Lobito, em Angola, em 1954, começa com estudos no Instituto Industrial de Luanda, e uma entrada para o exército depois do 25 de abril de 1974 para participar na fase final da independência de Angola, escreve a AFP. Permanecem ainda hoje os seus laços próximos ao exército, ou não fosse esse o seu pelouro nos últimos três anos. Entre 1978 e 1982 foi formado militarmente na União Soviética, tal como José Eduardo dos Santos.

O candidato tem como alcunha, nas ruas e nalguns jornais, JLo.MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

O portal informativo Jeune Afrique escreve que o exército é um dos pilares da candidatura e da persona de João Lourenço. “Entre 1990 e 1992, dirigiu o departamento político das forças armadas angolanas”, acrescenta o jornal. Desde 2014 que é ministro da Defesa, trocando “o uniforme por um fato e gravata”, escreve a AFP. O especialista Soren Kirk Jensen, do think tank Chatham House, disse à AFP que João Lourenço surgiu como “o homem do momento” quando José Eduardo dos Santos assumiu que se iria retirar da cena política e muitos no MPLA exigiam um “moderado”.

Para o rapper e ativista Luaty Beirão, que foi detido pelo regime por participar em atividades consideradas dissidentes, João Lourenço permanece esse homem do exército. “É um militar, com mentalidade hierárquica. Dá ordens e os outros obedecem”, disse à AFP. “A única mudança é que a população se vai aperceber de que ninguém dura para sempre”.

Uma verdadeira mudança, ou mais do mesmo?

É um “homem do aparelho”, segundo Didier Péclard, diretor do mestrado de Estudos Africanos na Universidade de Genebra. “João Lourenço foi escolhido porque é consensual. Trabalhou e está dentro do partido e manteve-se fiel a ele”, afirmou ao jornal francês La Croix, acrescentando: “Após 38 anos de uma mesma pessoa, o regime está dividido em clãs sobre os quais o futuro presidente terá de afirmar o seu poder”.

Tal como José Eduardo dos Santos é conhecido como Zédu, também João Lourenço tem a sua alcunha popular, JLo. O centro da sua campanha, por sua vez, é a luta contra a corrupção. De acordo com a Quartz, quando foi governador da província de Benguela no final dos anos 1980 Lourenço estabeleceu uma reputação de ser um político justo ao permitir a prisão de vários membros do seu partido por corrupção.

Apesar da proximidade aparente entre José Eduardo dos Santos e João Lourenço, os discursos recentes do segundo têm sido numa busca de distanciamento do legado do seu antecessor. Para mostrar, por exemplo, que possui uma legitimidade partidária que vai além da bênção do líder do MPLA, fez questão de sublinhar num discurso em Luanda, citado pelo Jeune Afrique, que a sua nomeação “é apenas a confirmação de qualquer coisa que, internamente e ao nível da direção do partido, era já sabida”.

O The Guardian sublinha que mesmo críticos do regime como o ex-primeiro-ministro Marcolino Moco mostram algum otimismo em relação à viragem que João Lourenço pode fazer. “O MPLA já cometeu tantos erros, já há tanta corrupção. Seria impossível que ele cometesse mais erros”, disse.

Muitos ativistas, porém, não estão convencidos. Luaty Beirão, numa entrevista ao Expresso, dissera já que a vitória de Lourenço não seria justa, mas sim “cozinhada” de forma ilícita. E o jornalista e ativista Rafael Marques, citado pelo Jeune Afrique, afirmou que Lourenço permanece “um duro general do MPLA”. É apenas “uma mudança de rosto” à frente do partido.

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Casinos dão sorte à Estoril-Sol. Lucro sobe 283%

  • Lusa
  • 24 Agosto 2017

Segundo a empresa, o resultado positivo teve contributos dos três casinos que detém.

A Estoril-Sol registou um resultado líquido de 9,79 milhões de euros entre janeiro e junho, uma subida de 283% face ao período homólogo de 2016, informou esta quinta-feira a dona dos casinos do Estoril, Lisboa e Póvoa do Varzim.

A receita de jogo cresceu 11% para 100,7 milhões de euros e a receita líquida de imposto aumentou 15,9% para 49,9 milhões de euros, de acordo com os dados disponíveis no portal da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Já o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) avançou mais de 36% para 20,1 milhões de euros.

“Todos os casinos do Grupo Estoril-Sol melhoram as suas performances no primeiro semestre de 2017 em comparação com o primeiro semestre do ano anterior”, salientou a companhia.

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Eleições angolanas: “livres, justas e transparentes” dizem os observadores internacionais

  • Lusa
  • 24 Agosto 2017

Os ex-Presidentes de Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste foram os observadores internacionais que consideraram as eleições desta quarta-feira "livres, justas e transparentes".

O MPLA é o partido que sai vencedor nos resultados provisórios para as eleições desta quarta-feira, perpetuando a presença de 38 anos de José Eduardo dos Santos com um novo líder, João Lourenço. Os ex-Presidentes de Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, na qualidade de observadores internacionais, consideraram hoje “pacíficas, livres, justas e transparentes” as eleições gerais em Angola, realizadas quarta-feira.

Numa declaração conjunta, Joaquim Chissano, Pedro Pires, Manuel Pinto da Costa e José Ramos Horta, exortaram os angolanos a aguardarem “com calma e serenidade pelos resultados finais das eleições”. A declaração, lida por Pedro Pires, felicita o povo angolano pela sua participação “ativa, ordeira e pacífica” no escrutínio, salientando que, “o eleitorado demonstrou civismo e determinação de ir às urnas para exercer o direito democrático de eleger os seus dirigentes políticos”.

Os quatro ex-chefes de Estado convidados pelo Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, a observar as eleições, testemunharam em diferentes locais de Luanda, a abertura das urnas, o processo de votação, o fecho das urnas, a contagem dos votos e o apuramento dos resultados em algumas assembleias de voto”.

Na declaração realçam que o mesmo ato foi igualmente cumprido por observadores internacionais da Comunidade de Desenvolvimento de Países da África Austral (SADC), da União Africana (UA), da Comunidade Económica da África Central, da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL) entre outros, bem como por observadores nacionais. Acrescentam que durante a observação constataram que as eleições gerais em Angola decorreram “de forma ordeira e pacífica, aparentemente sem incidentes ou irregularidades relevantes”.

Para os quatro antigos Presidentes destes Estados-membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o comportamento “com elevação” dos eleitores, tendo votado de forma ordeira e pacífica, demonstrou a “maturidade do eleitorado angolano. “Constatamos com satisfação uma taxa de participação acima da média e a existência de muito poucos votos nulos e a em branco, certamente, fruto de uma campanha de educação cívica bem-sucedida”, referem.

Relativamente ao trabalho da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), manifestaram a sua “satisfação na condução competente do processo eleitoral”. “Ficamos impressionados com a fluidez da votação, sem grandes demoras desde a identificação do eleitor ao ato de voto. Observamos que a votação e a contagem de votos foram conduzidas com competência e numa atmosfera pacífica“, sublinham.

Angola realizou quarta-feira as suas quartas eleições, às quais concorrem o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).

A Comissão Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda, estando 9.317.294 eleitores em condições de votar. A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).

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Benfica joga com United, FC Porto defronta Mónaco na Champions

Sortes diferentes para os três clubes portugueses. Benfica reencontra José Mourinho e o Manchester United, o FC Porto defronta o Mónaco e o Sporting tem tarefa complicada com Juventus e Barcelona.

José Mourinho e o Manchester United no caminho do Benfica. Leonardo Jardim e o Mónaco são adversários do FC Porto. E o Sporting surge com a tarefa mais complicada: encontra-se com a Juventus e com o Barcelona. Se os resultados do sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões ditaram sortes diferentes para os três clubes portugueses, um português saiu com razões para sorrir: Cristiano Ronaldo foi distinguido com os prémios de melhor avançado da Champions e de melhor jogador do ano da UEFA.

Dois grupos equilibrados para encarnados e portistas. Os tetracampeões nacionais jogam o Grupo A com os ingleses do Manchester United, os suíços do Basileia e os russos do CSKA Moscovo. No grupo G, o FC Porto terá pela frente os campeões franceses do Mónaco, os turcos do Besiktas e a sensação alemã Leipzig.

Pelo facto de ter estado no pote 4, ao Sporting tocou o pior grupo entre os clubes portugueses: joga o grupo D com a campeã de Itália Juventus, com o Barcelona de Messi e com os gregos do Olympiakos.

Para lá da presença portuguesa novamente protagonizada com três emblemas, um grupo surge destacado como o “grupo da morte”. É o grupo H, que junta os bicampeões europeus Real Madrid, os alemães do Borussia Dortmund, os ingleses do Tottenham e os cipriotas do Appoel.

Além do sorteio, a UEFA distribuiu ainda os prémios relativos aos melhores jogadores da última época. Buffon (Juventus) foi distinguido com o prémio de melhor guarda-redes. Do Real Madrid, Sergio Ramos e Modric foram eleitos os melhores defesa e médio. E Cristiano Ronaldo foi duplamente distinguido com o prémio de melhor avançado e de melhor jogador do ano.

(Notícia atualizada às 18h17)

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Lone Star vai vender IKB, o “Novo Banco” alemão

  • Rita Atalaia
  • 24 Agosto 2017

O fundo vai vender o banco alemão que 'resgatou' à Alemanha há cerca de nove anos, antes de comprar o Novo Banco. O Lone Star já tinha tentado vender o IKB, mas nunca conseguiu atrair investidores.

O fundo norte-americano Lone Star prepara-se para vender o o IKB, o “Novo Banco” alemão, antes de comprar o banco que resultou da resolução do Banco Espírito Santo. A instituição financeira foi comprada em 2008 à Alemanha, depois de ter recebido ajuda estatal. O IKB tem sido utilizado pelo fundo como um dos exemplos para mostrar que não pretende retalhar o Novo Banco, mas sim mantê-lo durante algum tempo no portefólio até que recupere a sua rentabilidade.

Há vários interessados. Um deles é o banco ABN Amro. A instituição financeira é um dos potenciais compradores do IKB, numa altura em que o banco controlado pelo Governo alemão tenta expandir a sua atividade junto de clientes empresariais na Europa, de acordo com fontes próximas do assunto citadas pela Bloomberg. O ABN Amro sinalizou o seu interesse na semana passada e está agora a realizar a due diligence antes de os interessados na instituição terem de entregar ofertas vinculativas, avançam fontes. Responsáveis do ABN Amro, Lone Star e IKB recusaram fazer comentários.

Segundo a Bloomberg, alguns banqueiros dizem que o IKB não é uma venda fácil, considerando a estrutura de financiamento complexa do banco, que inclui títulos equivalentes a capital que implicam custos elevados. Um acordo pode avaliar o banco entre 300 a 400 milhões de euros, ou seja, cerca de duas vezes mais do que pagou há nove anos.

O Lone Star, que tem na sua carteira outras participações no setor financeiro a nível internacional, comprou em 2008 uma participação de 90,8% no banco alemão que tinha sido resgatado pelo Estado — posição que mantém e até aumentou. Mas custou-lhe apenas 137 milhões de euros, um valor que ficou muito abaixo dos 800 milhões pedidos pela Alemanha. Depois de várias tentativas, parece que é desta que o fundo norte-americano vai conseguir vender o IKB, antes de comprar o Novo Banco — a data limite indicada por Mourinho Félix é 4 de novembro.

Comprado e vendido… quase por inteiro

O Lone Star já existe há mais de duas décadas. O fundo sediado em Dallas, no Texas, EUA, foi fundado por John Grayken em 1995, com atenções viradas para o setor imobiliário. Em Portugal, o fundo tem o empreendimento de Vilamoura e centros comerciais. E é por se dedicar sobretudo a este setor, com a compra de ativos a preços reduzidos, a reestruturá-los e, depois, vender, com ganhos elevados, que tem sido apelidado por muitos de fundo ‘abutre’.

Fonte próxima do processo disse que o “termo abutre é totalmente errado”, porque os abutres alimentam-se de seres mortos. O termo mais correto? “Fundo ‘Lázaro'”, adiantou a mesma fonte. Ou seja, um fundo que ressuscita e dá vida, numa referência à personagem bíblica de Lázaro de Betânia, descrito como um amigo que Jesus teria ressuscitado.

Depois de ter ajudado o Merrill Lynch na crise financeira dos EUA — ao comprar 6,2 mil milhões de dólares em instrumentos de dívida — o fundo norte-americano foi em socorro desta outra vítima da crise do subprime: o banco alemão IKB. Missão? Reduzir o balanço, restruturando as suas operações com a venda de ativos mais arriscados para colocá-lo novamente a dar lucro. E, agora, depois de o ter comprado ‘inteiro’ há nove anos, vai vendê-lo praticamente nas mesmas condições: chegou a acordo para alienar o negócio de leasing.

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Resultados provisórios das eleições em Angola dão vitória ao MPLA

Os resultados provisórios oficiais, divulgados esta tarde pela CNE de Angola, dão a vitória ao MPLA. A confirmarem-se os resultados, João Lourenço será o próximo Presidente da República.

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola já divulgou os resultados provisórios das eleições gerais para a Presidência da República. Os primeiros números oficiais apontam para a vitória do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA). O sucessor de José Eduardo dos Santos será, assim, João Lourenço.

Com 63% dos eleitores já escrutinados, anunciou Júlia Ferreira, porta-voz da CNE angolana, o MPLA é o partido mais votado, com 64,57% dos votos. Segue-se a UNITA, com 24,4% dos votos, e a CASA-CE, com 8,56%. A abstenção, informa ainda a CNE, terá sido de 23,17%.

Antes desta divulgação, o MPLA já tinha reclamado vitória e João Lourenço dizia aguardar os resultados com confiança e tranquilidade. “Confiança na escolha do povo pelas nossas propostas e visão de país. Tranquilidade por saber que somos capazes de levar Angola a patamares cada vez mais altos de desenvolvimento”, escreveu o candidato na sua conta de Twitter. Os ex-Presidentes de Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, na qualidade de observadores internacionais, já também reagiram a estes resultados provisórios, considerando as eleições “pacíficas, livres, justas e transparentes”.

Há ainda 15 assembleias de voto, de três províncias angolanas, que só vão votar no sábado. Por “situações de força maior”, como o mau tempo, não foi possível fazer a entrega de material logístico nestas assembleias de voto, afetando 1310 eleitores, que não puderam votar.

Os resultados definitivos só serão conhecidos a 6 de setembro e a tomada de posse do novo Presidente da República de Angola decorrerá a 21 de setembro.

Notícia atualizada às 17h27 com mais informação.

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CGTP: revisão das pensões antecipadas “podia e devia ser mais completa”

  • Lusa
  • 24 Agosto 2017

O secretário-geral da CGTP defende que a reforma das pensões devia abranger “todas as situações e modalidades” e aponta algumas situações que ficam por colmatar.

A CGTP defendeu hoje que a revisão do regime de pensões antecipadas “podia e devia ser mais completa” e abranger “todas as situações e modalidades”, num comentário à aprovação governamental hoje das novas regras para carreiras muito longas.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira novas regras para a reforma antecipada de carreiras muito longas, uma medida que implica uma despesa adicional próxima dos 50 milhões de euros, segundo o ministro do Trabalho. Em comunicado, a central sindical argumentou que a revisão “podia e devia ser mais completa e abranger, desde logo, todas situações e modalidades”, uma vez que o “faseamento cria desigualdades e frustra as expectativas de muitos trabalhadores com longas carreiras contributivas”.

A CGTP criticou o facto de terem ficado de fora nomeadamente os desempregados de longa duração e quem contabiliza pelo menos 40 anos de contribuições, apesar de reconhecerem terem sido “consagradas algumas soluções” reivindicadas. Na lista de reivindicações já satisfeitas estão, por exemplo, a “inclusão das pensões atribuídas no âmbito do regime de proteção social da administração pública”, a “eliminação da aplicação do fator de sustentabilidade na convolação das pensões de invalidez em pensões de velhice”.

Para a CGTP, por cumprir, fica a eliminação do fator de sustentabilidade para todas as pensões, a despenalização absoluta das pensões antecipadas atribuídas na sequência de desemprego de longa duração e o acesso à pensão antecipada para todos os trabalhadores com pelo menos 40 anos de carreira contributiva. Esta posição é bastante semelhante à apresentada pela líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.

O ministro Vieira da Silva adiantou esperar que, entre os pensionistas que venham a requerer a pensão no final de 2017 e em 2018, “sejam pouco mais de 15 mil” a aderir a este regime. Mas o governante explicou, na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, que a geração que pode beneficiar deste regime é particularmente marcada por longas carreiras contributivas.

O novo regime hoje aprovado vai permitir, a partir de 01 de outubro, antecipar a pensão de velhice sem penalização para quem, aos 60 anos, tenha 48 anos de descontos, ou quem tenha uma carreira de 46 anos, desde que tenha começado a trabalhar aos 14 anos, tanto na Segurança Social como na Caixa Geral de Aposentações (CGA).

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Ryanair quer comprar Air Berlin e Alitalia

  • Lusa e ECO
  • 24 Agosto 2017

A Air Berlin e a Alitalia declararam insolvência. A Ryanair quer que voltem a descolar -- lado a lado, embora para já só a Alitalia abra as portas.

O presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, confirmou esta quinta-feira o seu interesse na Air Berlin em paralelo com a intenção de fazer uma oferta pela Alitalia em outubro próximo. Para já, a Air Berlin não está oficialmente à venda, mas a Ryanair pretende competir com a easyjet na aquisição da Alitalia com uma oferta que fará em Outubro.

As duas companhias estão em colapso, mas enquanto o processo da Alitalia está a decorrer com transparência e aberto a todos, no caso da Air Berlin só há contactos com a Lufthansa, criticou O’Leary em conferência de imprensa.

Segundo o líder da ‘low cost’ (companhia de baixo custo) irlandesa, em outubro haverá quatro ou cinco “ofertas sérias” pela companhia italiana, incluindo a da Ryanair, enquanto o processo da transportadora alemã é diferente já que o que se sabe nesta altura “é que não está à venda” e que a Lufthansa é proprietária de 50 aviões da Air Berlin, que estão alugados.

De acordo com O’Leary, neste momento os únicos envolvidos no processo da Air Berlin são as duas companhias alemãs e o Governo de Berlim. A companhia aérea Air Berlin anunciou a 15 de agosto ter solicitado a abertura de um processo de insolvência depois da decisão do seu acionista maioritário Etihad Airways de não continuar a prestar apoio financeiro.

O’Leary viu no calendário de divulgação desta informação, dois meses antes das eleições alemãs, a mão da Lufthansa com o objetivo de pressionar o Governo, já que estas informações nunca surgem em agosto, o mês de maior liquidez das companhias, apontou, citado pela agência Efe. O’Leary advertiu que uma fusão com a Air Berlin criaria um monopólio, ao permitir à Lufthansa controlar 95% das rotas nacionais na Alemanha face aos 17% atuais.

A companhia aérea low cost easyJet também já tinha demonstrado interesse em comprar a Alitalia. A Ryanair é uma concorrente direta da easyJet e está à frente no mercado italiano, detendo a maior quota de mercado em 2015. Já é a segunda vez numa década que a Alitalia declara insolvência, pelo que o Governo já anunciou que não vai resgatar a companhia.

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BCP recupera e dá boleia ao PSI-20. Impresa desce 5%

  • Rita Atalaia
  • 24 Agosto 2017

A praça lisboeta encerrou no verde, beneficiando da recuperação do BCP. Já a Impresa continuou em queda, reagindo à notícia de que o grupo quer vender ou fechar várias publicações.

A praça lisboeta encerrou no verde, acompanhando o tom positivo nas restantes bolsas europeias. Por cá, o bom desempenho acontece depois de o BCP ter interrompido um ciclo de sete sessões consecutivas de perdas, subindo mais de 1%. Do lado das perdas, destaque para a Imprensa, que recuou quase 5%, em reação à notícia de que o grupo quer vender ou fechar a esmagadora maioria dos negócios na área de publishing.

O índice de referência nacional, o PSI-20, encerrou em alta de 0,5% para 5.198,85 pontos, apesar de nove cotadas terem contrariado esta tendência. Um regresso aos ganhos que contou com a recuperação do banco liderado por Nuno Amado. O BCP acelerou 1,64% para 23 cêntimos, depois de ter registado o período mais longo de quedas desde junho de 2016.

PSI-20 de regresso aos ganhos

A energia também contribuiu para os ganhos. A EDP avançou 1,37% para 3,25 euros, ao passo que a subsidiária EDP Renováveis subiu 0,44% para 6,85 euros. Ainda no setor, a Galp Energia perdeu 0,36%, num dia de perdas para os preços do petróleo nos mercados internacionais.

Num tom mais negativo, destaque para a Impresa. As ações da empresa caíram 4,95%, reagindo à notícia de que o grupo quer vender ou fechar a esmagadora maioria dos negócios na área de publishing, incluindo a revista Visão. Os títulos chegaram a afundar mais de 10%. A informação chegou esta quarta-feira, já depois do fecho dos mercados.

A dona da SIC e do Expresso quer reduzir a sua “exposição ao setor das revistas” e “procederá a um reposicionamento estratégico” com “enfoque primordial nas componentes do audiovisual e do digital”.

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BE: Acordo nas pensões podia “ter ido mais longe”

Apesar de Catarina Martins se afirmar satisfeita com o acordo, salienta que deixa de parte as pessoas em situação de desemprego de muito longa duração e o baixo valor do geral das reformas.

Esta quinta-feira foram aprovadas as novas regras para reformas antecipadas, beneficiando os trabalhadores que descontam para o Estado há pelo menos 46 anos. A líder bloquista afirma que o seu partido está “satisfeito” com o acordo mas realça que há exceções que ainda carecem de resposta, apontando o caso dos contribuintes de desemprego de muita longa duração.

“Toda a gente, independentemente do regime, se tiver começado a trabalhar antes dos 14 [apesar de só ter começado a descontar com esta idade] vai poder reformar-se sem qualquer penalização aos 60 anos” resume Catarina Martins. “É um avanço, um passo importante” que o Bloco de Esquerda queria concluir antes da apresentação do Orçamento do Estado 2018, meta que foi conseguida. Esta aprovação atempada deixa Catarina Martins “satisfeita” mas não na totalidade.

"Faz justiça a muitas pessoas, temos de fazer justiça a outras tantas que ainda ficaram de fora”

Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda

“Faz justiça a muitas pessoas, temos de fazer justiça a outras tantas que ainda ficaram de fora”, compromete-se Catarina Martins em representação da esquerda bloquista. “Devíamos ir um pouco mais longe”, insiste. As situações que quer ver resolvidas são as seguintes:

  • Cidadãos que pediram a reforma antecipada ao abrigo da lei anterior, que apesar das carreiras contributivas muito longas recebem “reformas de absoluta miséria”;
  • As pensões baixas que “é preciso valorizar”;
  • Pessoas em situação de desemprego de muito longa duração e apesar de não possuírem carreiras contributivas tão longas.

“Ainda bem que finalmente existe um regime para aquela geração sacrificada”

Em relação ao OE2018, Catarina Martins acredita que as melhorias económicas que se têm registado devem refletir-se em melhores condições de vida para a população. “Se a economia está melhor o OE tem de fazer o crescimento económico reverter a favor das pessoas”.

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PT sobre o SIRESP: “Não é claro que cabos enterrados resolvam o problema”

A PT rejeita as críticas do primeiro-ministro e garante que cumpriu "inequivocamente" os níveis de serviço contratados com o Siresp. Empresa diz ter tido sempre "prontidão na ação".

Dois meses depois da tragédia de Pedrógão Grande, a PT decidiu pronunciar-se sobre o ocorrido nessa operação, mas também nas restantes zonas que estão a ser afetadas pelos incêndios deste verão. Alexandre Fonseca, administrador com o pelouro tecnológico da Altice/PT, disse ter consciência de que é o operador “mais visado”, dada a extensão da rede, mas defendeu-se das críticas, até do primeiro-ministro. Quanto a soluções para o SIRESP, o gestor duvida da eficácia do enterramento dos cabos.

A PT tem cumprido e superado inequivocamente com todos os níveis de serviço contratados pela SIRESP“, garantiu Alexandre Fonseca, em declarações transmitidas pela RTP3. O quadro da PT argumentou que a empresa tem sido “parte da melhoria da eficácia desta rede em Portugal”, tendo a Altice entregue uma proposta técnica de criação de redundâncias para o serviço.

Uma das possibilidades que já foi defendida pelo Governo é a instalação de cabos enterrados, em alternativa aos cabos aéreos que foram destruídos pelo fogo. Alexandre Fonseca admitiu que arderam mais de mil quilómetros de cabos aéreos, mas avançou que a PT tem dúvidas de que o enterramento de cabos seja eficaz. “É preciso colocar em perspetiva”, afirmou, referindo que as infraestruturas subterrâneas só representam cerca de 4 a 6% do total — “o primeiro obstáculo é a falta de infraestrutura física na esmagadora maioria de espaço rural no nosso país”.

“Não é claro que o simples enterramento dos cabos vá por si só resolver o problema” do SIRESP, argumentou Alexandre Fonseca, referindo que essa solução ainda está a ser estudada. O administrador da PT assinalou que o traçado aéreo da PT tem 70 mil quilómetros espalhados pelo país, mas o canal técnico rodoviário só tem capacidade para 300 quilómetros. “A infraestrutura existente não está ainda preparada para a capilaridade da nossa rede e também tem algumas vulnerabilidades de integridade, detetadas perante cenários de fogo e de altas temperaturas”, explicou na mesma conferência de imprensa.

Em julho, o primeiro-ministro tinha-se referido aos cabos aéreos como uma das “fragilidades inadmissíveis” da rede da PT. “É de senso comum que numa zona de grande densidade florestal, onde há elevado risco de incêndio, o sistema de comunicações de uma determinada companhia, que não vou dizer o nome para não me criticarem, assentar em cabos aéreos, e nessa rede circular não só a comunicação normal como as comunicações de emergência, expõe a rede a uma fragilidade inadmissível”, disse António Costa nessa altura.

“Temos de obrigar quem explora essa rede de emergência a cumprir as suas obrigações em pleno”, disse ainda, referindo-se às falhas identificadas na rede SIRESP. Mais recentemente, o primeiro-ministro deu uma entrevista ao Expresso onde responsabiliza diretamente a PT pelo “colapso do SIRESP”. “É inadmissível que as redes de comunicações junto as estradas nacionais que já têm calhas técnicas não estejam enterradas e continuem com os cabos aéreos”, acrescentou Costa.

PT diz ter tido “imediata prontidão de ação”

A Altice PT defendeu-se esta quinta-feira das acusações feitas ao desempenho da empresa nos locais afetados pelo incêndio. A empresa diz que mobilizou 1.500 pessoas para reporem os 12 mil postes ardidos neste verão. Além disso, a operadora garantiu que tratou todas as populações de forma igual: “O princípio da igualdade é um princípio nosso do qual não abdicámos”, disse o administrador da PT.

No caso específico da Operação Pedrógão Grande, Alexandre Fonseca assinalou que foram ardidos 500 quilómetros de cabos, foram mobilizadas 200 pessoas e 100 viaturas para o terreno. A PT referiu ainda que conseguiu repor 98% dos serviços de comunicações destruídos “em quatro dias e meio”. “Não tivemos qualquer hesitação em mobilizar para o terreno”, garantiu.

O grupo Altice PT desde cedo diagnosticou e ativou os seus planos de ação mais eficazes para fazer face ao clima instalado“, acrescentou referindo que para “situações excecionais” têm de existir “medidas excecionais”. Alexandre Fonseca garantiu que do lado da empresa “em nenhum momento” se equacionou “outra postura que não a de servir, a de cooperar e a de repor”. “Tentam alguns passar a ideia de que por a PT já não ser do domínio público tenha passado a existir um sentimento diferente em relação ao país e ao povo português”, disse, rematando que esse ideia é errada.

(Atualizado pela última vez às 16h55)

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