Madeira: 101 voos cancelados e 14.700 passageiros afetados

  • Lusa
  • 7 Agosto 2017

O secretário regional da Economia, Turismo e Cultura da Madeira, Eduardo Jesus, disse hoje que, dos cerca de 15 mil passageiros afetados pela situação, “apenas 300 pernoitaram” no aeroporto.

O vento forte que condicionou o movimento no Aeroporto da Madeira desde sexta-feira provocou o cancelamento de 101 voos e afetou 14.700 passageiros, informou hoje a ANA – Aeroportos de Portugal.

Numa nota enviada à agência Lusa, a ANA adianta que se registou o cancelamento de duas ligações na passada sexta-feira, 29 no sábado e 70 no domingo, entre chegadas a partidas. “Já hoje, verificou-se uma situação de acalmia nas condições de vento, aproximadamente entre as 10:00 e as 12:00, facto que possibilitou 11 movimentos de aterragem, cujas respetivas partidas já se iniciaram”, acrescenta.

Ainda salienta que a proteção dos passageiros “cabe às respetivas companhias”, tendo a direção do Aeroporto da Madeira – Cristiano Ronaldo, “com o intuito de mitigar os incómodos e desconfortos que se previam para os passageiros”, reunido com as várias estruturas e concessionários de restauração na aerogare. O objetivo foi “obter a colaboração destes últimos no alargamento do horário de funcionamento e reforço dos stocks, tendo este pedido obtido total colaboração”.

A nota conclui que, “ainda com o mesmo objetivo, adquiriu colchões e mantas – em quantidade limitada pelos stocks do comércio da ilha – que disponibilizou, preferencialmente, a idosos e crianças”.

O secretário regional da Economia, Turismo e Cultura da Madeira, Eduardo Jesus, disse hoje que, dos cerca de 15 mil passageiros afetados pela situação, “apenas 300 pernoitaram” no aeroporto nas noites de sábado e domingo.

O governante realçou que os hotéis também colaboraram recebendo os seus hóspedes de volta e que a ligação marítima do Lobo Marinho permitiu escoar muitas centenas de pessoas de aviões que divergiram para a ilha do Porto Santo.

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Nasceram quase 25 mil empresas até julho

  • Lusa
  • 7 Agosto 2017

O número de empresas criadas nos primeiros sete meses do ano aumentou 7,6% face ao mesmo período de 2016. Já o número de insolvências reduziu-se 2,6%.

Portugal registou a constituição de 24.847 empresas e outras organizações nos primeiros sete meses deste ano, mais 7,6% do que no mesmo período de 2016, segundo um estudo de uma consultora luso-espanhola dedicada à informação empresarial.

O “Barómetro Informa D&B”, divulgado esta segunda-feira e organizado pela multinacional descendente da Dun & Bradstreet, adianta ainda que houve uma redução das insolvências de 2,6% até julho de 2017, verificando-se 7.761 encerramentos, além do início de 1.638 processos de insolvência.

“A percentagem de empresas que cumprem os prazos de pagamento acordados (17,9%) mantém-se em valores ainda reduzidos e semelhantes ao último mês, verificando-se, no entanto, uma ligeira melhoria, iniciada desde outubro de 2016”, lê-se no comunicado.

Segundo esta análise, o crescimento das constituições não é homogéneo nos vários setores de atividade, assentando maioritariamente nos serviços, atividade imobiliária, construção, agricultura, pecuária, pesca e caça, alojamento e restauração.

Já os setores do comércio a retalho, indústria transformadora e comércio grossista, “apresentaram descidas significativas nas constituições até julho”.

“À semelhança de 2016, o distrito de Lisboa mantém o crescimento das constituições de empresas e outras organizações (13,5%)” e “os distritos de Faro e Setúbal tiveram também um crescimento acentuado nos primeiros sete meses de 2017”, enquanto “o distrito do Porto, segundo maior distrito em empresas, reverte a tendência de descida de 2016, subindo ligeiramente (2,0%)”.

No capítulo das extinções, “o distrito de Lisboa (129 encerramentos) mantém-se em contraciclo com a quase totalidade dos distritos que desce ou mantém o número”.

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Comércio mundial no caminho da recuperação no 3.º trimestre

  • Lusa
  • 7 Agosto 2017

A Organização Mundial do Comércio considerou que a recuperação das trocas deverá continuar, de forma ainda moderada mas sustentada, no trimestre que agora começa.

O comércio mundial vai continuar a registar uma recuperação moderada ao longo do terceiro trimestre, de forma sustentada, segundo o último indicador da Organização Mundial do Comércio (OMC) hoje publicado.

A OMC tinha mencionado, em 12 de abril, o regresso ao crescimento moderado do comércio mundial em 2017, depois de um crescimento lento no ano passado, indicou em comunicado. A organização revela também que os resultados do atual indicador são “ligeiramente melhores” dos que os verificados no mês de abril.

Assim, o índice da OMC para as previsões do comércio mundial, hoje divulgado, fixou-se em 102,6 pontos em junho, contra 102,2 pontos em maio, o que corresponde ao nível mais alto observado desde abril de 2011 e sugere que o aumento do volume do comércio externo “continuará acima da tendência” no terceiro trimestre deste ano. Tudo isso “sugere um impulso sustentado do crescimento do comércio”, esclarece no comunicado a instituição.

O crescimento das exportações, o transporte de carga aérea e de contentores deram um contributo maior para o índice, coincidindo com a melhoria da atividade económica a nível mundial.

Já os resultados relacionados com as matérias-primas e agrícolas, bem como as componentes eletrónicas apresentaram a contribuição mais baixa, apesar de os dois indicadores terem tido uma melhoria recentemente, salientou a OMC.

O fraco crescimento da produção e das vendas de automóveis representam uma preocupação para os especialistas da OMC, porque pode indiciar uma perda de confiança dos consumidores.

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Estoril Sol entra no campo das apostas desportivas

O grupo Estoril Sol, que detém os Casinos de Lisboa, Estoril e Póvoa, vai agora lançar-se nas apostas desportivas online.

Há mais uma equipa no campeonato das apostas desportivas: o grupo Estoril Sol, que já estava presente nos jogos de sorte ou azar online, acrescenta agora este tipo de apostas ao portefólio.

As apostas desportivas do grupo de casinos estarão disponíveis no mesmo site onde já disponibilizavam a restante oferta de jogos online. A licença é válida por três anos e a oitava a ser atribuída pelo Serviço de Regulação e Inspecção de Jogos.

O grupo Estoril Sol, que detém os Casinos de Lisboa, Estoril e Póvoa de Varzim, junta-se à Bet ao disponibilizar, em simultâneo, jogos de fortuna e azar e apostas desportivas, revela a empresa em comunicado enviado à CMVM.

Estas apostas vão ser exploradas pela sociedade A Estoril Sol Digital, Online Gaming Products and Services, da qual a Estoril Sol — Turismo, Animação e Jogo é acionista maioritária.

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Companhias aéreas não são obrigadas a compensar passageiros em caso de mau tempo, diz APAVT

  • Lusa
  • 7 Agosto 2017

Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo defende que "estas situações estão previstas na lei como casos de força maior". DECO diz que os passageiros têm direito a assistência.

As companhias aéreas e as agências de viagens não são obrigadas a compensar os turistas afetados pelo mau tempo, disse esta segunda-feira fonte da APAVT, enquanto a DECO salienta terem os passageiros direito a assistência, como alojamento ou comida.

O porta-voz da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Paulo Brehm, explicou à Lusa que “estas situações [mau tempo] estão previstas na lei como casos de força maior, incontroláveis e sem solução enquanto não houver condições de segurança” para as companhias aéreas efetuarem os voos.

Por isso, “a lei não prevê a obrigatoriedade de agências de viagens e companhias aéreas restituírem” o dinheiro dos bilhetes, tanto aos turistas que têm de permanecer na Madeira como àqueles com viagem marcada para a ilha, referiu.

“Não se pode imputar responsabilidade a companhias aéreas, agências de viagens ou hotéis”, realçou Paulo Brehm.

A jurista Carolina Gomes, da associação de defesa do consumidor, DECO, salienta que os passageiros “têm sempre direito a assistência, como alojamento, comida, bebida ou chamadas telefónicas e é a companhia aérea que tem de responsabilizar-se”.

Mais de uma dezena de voos foram hoje cancelados no aeroporto da Madeira devido ao vento forte — seis chegadas e seis partidas –, segundo informação da ANA – Aeroportos de Portugal.

Devido ao vento forte foram cancelados no domingo dezenas de voos no aeroporto da Madeira, que afetaram mais de cinco mil passageiros.

A Deco aconselha os passageiros a dirigirem-se à companhia aérea em que viajaram e à Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) para apresentar a reclamação, ou à agência de viagens, se fizeram uma viagem organizada, e recorda que devem guardar todas as faturas das despesas realizadas.

Paulo Brehm realçou que, apesar de não ser obrigatório o reembolso dos bilhetes das viagens aéreas, “as boas práticas historicamente adotadas” pela TAP são de reembolsar o consumidor ou tentar encontrar uma viagem alternativa para outro destino ou para o mesmo, em outra altura que seja possível.

Quanto às agências de viagens, acrescentou, seguindo as mesmas “boas práticas, podem reembolsar os valores que consigam reaver dos fornecedores”, ou seja, das companhias aéreas ou da hotelaria.

O porta-voz da APAVT disse que a associação ainda não contabilizou o número de clientes das agências de viagens e dos operadores turísticos afetados pelo mau tempo na Madeira, mas aquelas empresas estão a acompanhar a situação e a “tentar procurar soluções alternativas, quando existem”.

Na quinta-feira, a ANA alertou para condições meteorológicas adversas entre sábado e terça-feira, propícias a constrangimentos nas operações no aeroporto madeirense.

A costa sul da ilha da Madeira está sob ‘aviso amarelo’ até ao final do dia de terça-feira devido ao vento forte com rajadas da ordem dos 80 quilómetros por hora no extremo leste, de acordo com o Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA).

O ‘aviso amarelo’, o terceiro mais grave, significa situação de risco para determinadas atividades dependentes das condições meteorológicas.

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Lesados do Banif reúnem-se com CMVM no dia 16

  • ECO
  • 7 Agosto 2017

Os lesados querem pressionar a CMVM para que esta exija ao Banif e ao Santander a entrega de documentação sem a qual não pode concluir se houve, ou não, venda fraudulenta de produtos financeiros.

A Associação dos Lesados do Banif (Alboa) vai ser recebida pelos responsáveis da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no dia 16 deste mês. A informação é avançada pelo Expresso e foi confirmada pelo ECO. As duas partes vão discutir as reclamações entregues à CMVM pelos lesados, que se queixam de venda fraudulenta.

A reunião é marcada depois de, na semana passada, António Vieira Monteiro, presidente executivo do Santander Totta, ter dito que o banco que ficou com os ativos do Banif não tem obrigação de ressarcir os lesados. “Porque é que seremos nós a ter de pagar aquilo que não fizemos?”, questionou o banqueiro, lembrando que foi por “decisão pública” que os obrigacionistas subordinados fossem retirados da proposta apresentada pelo Santander Totta.

Recorde-se que o Santander comprou um conjunto de ativos do Banif (incluindo depósitos, contratos de crédito, títulos e agências) por 150 milhões de euros, no final de 2015. Na sequência desta medida de resolução, os obrigacionistas subordinados do Banif avançaram com reclamações, junto da CMVM, acusando o Banif de ilegalidades na comercialização de instrumentos financeiros. Em junho deste ano, a CMVM já tinha recebido quase mil reclamações envolvendo o Banif.

Contudo, o regulador do mercado exige ter acesso a uma série de documentos para poder analisar estas queixas. Cabe agora ao Santander entregar estes documentos ao Banif S.A., para que este possa reencaminhá-los para a CMVM, mas o banco liderado por Vieira Monteiro ainda não o fez.

É sobre estas reclamações que a reunião entre a Alboa e a CMVM irá debruçar-se. Segundo o Expresso, os lesados pretendem pressionar o regulador para que este exija aos bancos a documentação em falta, sem a qual a CMVM não poderá concluir se houve, ou não, venda fraudulenta.

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Tribunal de Contas avisa: contas da execução orçamental e do Tesouro não batem certo

  • Margarida Peixoto
  • 7 Agosto 2017

O Tribunal de Contas não consegue controlar de forma completa a execução orçamental. Os juízes avisam que continua a haver discrepâncias entre o registo orçamental e os fluxos registados no Tesouro.

Desde 2010 que o Tribunal de Contas tem recomendado que a conta de fluxos do Tesouro registe todas as entradas e saídas de dinheiro do orçamento.

O Tribunal de Contas diz-se limitado na sua capacidade de controlar a execução orçamental da administração central. Os registos orçamentais, garantem os juízes, não correspondem ao dinheiro reportado como tendo entrado e saído da conta do Tesouro. Há entidades com dinheiro a mais, outras com dinheiro a menos. A dificuldade não é nova, mas motiva a “particular preocupação” do Tribunal “pelo reiterado incumprimento da lei,” lê-se no relatório de acompanhamento da execução orçamental da administração central do primeiro trimestre de 2017, publicado esta segunda-feira.

Como explicam os juízes, quando comparam a contabilidade orçamental, reportada pela Direção-geral do Orçamento (DGO), com a conta de fluxos registada pelo Tesouro, os números não correspondem. Houve entidades que registaram na contabilidade orçamental receitas superiores aos que fundos que entraram na tesouraria do Estado, outras em que aconteceu precisamente o inverso. O Tribunal destaca alguns exemplos:

Entidades que registaram mais do que o que mostram ter

  • Fundo de Garantia de Depósitos (faltam 283 milhões de euros na conta do tesouro)
  • Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (diferença de 70 milhões)
  • Fundo de Contragarantia Mútuo (diferença de 63 milhões de euros)
  • Caixa Geral de Aposentações (diferença de 622 milhões)
  • Agência para o Desenvolvimento e Coesão (diferença de 586 milhões)
  • Fundo de Resolução (diferença de 231 milhões)
  • Infraestruturas de Portugal (diferença de 201 milhões)

Deste conjunto de entidades, algumas não têm conta no Tesouro, o que explica que o registo não esteja a acontecer na tesouraria pública. É o caso do Fundo de Garantia de Depósitos, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e do Fundo de Contragarantia Mútuo. As restantes têm conta no tesouro, mas não terão apenas conta ali, terão também noutras instituições financeiras.

Mas também há exemplos do oposto:

Entidades que registaram menos fundos do que os que aparecem no tesouro público

  • Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (mais 1.020 milhões de euros)
  • ADSE (mais 537 milhões)
  • Fundo de Regularização da Dívida Pública (mais 409 milhões).

No exercício do contraditório, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) explica que nem todas as operações com dinheiro do Orçamento são feitas através das contas que as entidades têm no Tesouro. Logo, os registos do Tesouro estão incompletos quando comparados com a totalidade de fluxos entrados e saídos.

Contudo, o Tribunal tem pouca complacência para com a justificação do IGCP, sublinhando que a chamada de atenção tem vindo a ser feita desde 2010 e que o não registo dos fluxos feitos fora das contas do Tesouro compromete a capacidade de controlar a execução orçamental. “O Tribunal reitera o juízo crítico que lhe suscita esse procedimento, irregular e inadequado,” lê-se no relatório.

“Sublinha-se, de novo, que tais deficiências limitam, objetivamente, o controlo da execução orçamental reportada nas sínteses de execução orçamental e, por fim, na Conta Geral do Estado visto que nem a contabilidade orçamental nem a da tesouraria registam a totalidade dos fluxos financeiros dos organismos da administração central,” acrescentam ainda os juízes.

Tribunal quer saber o que estima a DGO

Os juízes do Tribunal de Contas frisaram que, uma vez mais, o reporte da Direção-geral do Orçamento não está completo, na medida em que 15 entidades não deram informação e cinco entidades dos serviços e fundos autónomos foram erradamente dispensados de reportar dados porque foram classificadas como empresas públicas reclassificadas.

Nestes casos, como é habitual, a DGO estima os valores para as entidades em falta. Mas para o Tribunal de Contas isso não chega. Se os valores apresentados na síntese de execução orçamental resultam, por um lado, de dados verificados, mas por outro também de estimativas, o controlo fica comprometido. Por isso, os juízes recomendam que a DGO passe a identificar que parte da receita, e que parte da despesa, resultam da sua própria estimativa.

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Quatro em cada dez novas contas “low cost” são conversões

Do total de de 5.121 contas de serviços mínimos bancários abertas nos primeiros seis meses do ano, 2.189 dizem respeito a conversões de contas tradicionais.

O número de contas de serviços mínimos bancários (SMB) — popularmente conhecidas como contas “low cost” — voltou a crescer na primeira metade do ano. No total foram abertas mais de 5.000 contas com essas características, 27% acima do registado no mesmo período de 2016. Mais de 40% desse número total, tratou-se de conversões de contas, revela o Banco de Portugal.

Segundo os dados do regulador, na primeira metade do ano foram abertas 5.121 contas de SMB. Desse total, 2.989 dizem respeito a novas contas bancárias, sendo que as restantes 2.189 contas correspondem a conversões de contas bancárias tradicionais. Ou seja, por cada dez novas contas “low cost” abertas, quatro tiveram como origem a alteração de uma conta tradicional, com os clientes bancários a procurarem tirar partido das poupanças permitidas pelo regime de SMB.

Número de contas “low cost” em alta

Fonte: Banco de Portugal

O número de novas contas ou de conversões para este regime, eleva para 39.146 o total de contas “low cost” existentes. Ou seja, o número mais elevado desde que esse regime foi lançado no ano de 2007. Este tipo de contas foram desenhadas com o objetivo de permitir a bancarização de todos os portugueses, ao estipular o acesso a um custo baixo a um conjunto de serviços bancários considerados básicos.

O custo anual deste tipo de contas não pode ultrapassar 1% do valor do salário mínimo salarial. Ou seja, não pode ultrapassar 5,57 euros por ano. Este valor compara com custos que na maioria dos bancos, para uma conta tradicional, podem facilmente exceder os 50/60 euros anuais.

Depois de nos primeiros anos este regime ter apresentado uma adesão fraca, foi flexibilizado para abranger mais pessoas e também foi fomentada a sua publicitação nos balcões.

Recentemente, o Bloco de Esquerda entregou um projeto-lei na Assembleia da República com o objetivo de tornar automática a atribuição dos SMB por parte dos bancos. Ou seja, sempre que o cliente reúna as condições necessárias para usufruir desse regime, seja a própria instituição financeira a tomar a iniciativa de abrir uma conta “low cost” ou converter uma conta tradicional já existente para esse modelo.

Mariana Mortágua, vice-presidente da bancada parlamentar do BE, a quem coube apresentar a proposta a 25 de julho, lembrou que um das limitações dos SMB é o facto de as pessoas não saberem que podem aceder aos SMB, e muitas vezes tendo os requisitos para aceder, não o fazem por desconhecimento. O projeto-lei do Bloco de esquerda é uma iniciativa que visa proteger os clientes dos bancos da subida das comissões bancárias.

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Bitcoin bate novo recorde. Já vale mais de 3 mil dólares

A moeda virtual dispara perto de 16%, tendo marcado um novo máximo de sempre nos 3.292,41 dólares.

A Bitcoin não para de se superar a si própria. A moeda virtual superou pela primeira vez a barreira dos três mil dólares, marcando um novo máximo histórico. Nem a separação da negociação em duas plataformas na semana passada parece ter abalado a confiança no valor da moeda virtual.

A moeda digital dispara neste arranque de semana perto de 16%, tendo já estabelecido um novo máximo de sempre ao tocar nos 3.292,41 dólares. Este novo recorde histórico acontece apesar de no dia 1 de agosto a negociação da Bitcoin ter sido separada em duas plataformas: a tradicional, feita com um megabyte de negociação e numa segunda forma, com oito megabytes.

A ideai de criar uma nova forma de negociação desta moeda virtual surgiu depois de, perante o aumento da sua popularidade, a velocidade das transações ter diminuído em resultado do limite de quantidade de dados que podem ser processados, procurando assim dar resposta a esse constrangimento.

Bitcoin supera os 3.000 dólares

Fonte: Bloomberg (valores em dólares)

Aquando da criação dessa nova plataforma, houve receio que não fosse bem aceite pelos investidores, e em consequência tivesse um impacto negativo sobre o seu valor. Receios que acabaram por não se comprovar, tal como atesta o mais recente recorde da moeda digital.

A euforia em torno da Bitcoin continua assim ao rubro. A moeda que arrancou este ano a fazer história ao superar pela primeira vez a barreira dos mil dólares, em pouco mais de seis meses triplicou de valor.

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Londres: 40 mil milhões para sair da UE são “especulação”

  • ECO e Lusa
  • 7 Agosto 2017

O Reino Unido descarta notícias de que poderá pagar 40 mil milhões de euros para sair da União Europeia. O gabinete de Theresa May fala em especulação.

O gabinete da primeira-ministra britânica Theresa May rejeita as notícias divulgadas este domingo por jornais como o The Telegraph de que o país se prepara para pagar até 40 mil milhões para sair da União Europeia. Trata-se de especulação, disse à Bloomberg um responsável que preferiu manter-se anónimo visto que as negociações ainda estão a decorrer.

A informação veiculada pelo The Telegraph, com base em três testemunhos anónimos, era de que os negociadores britânicos estariam dispostos a pagar a soma significativa para facilitar conversações acerca de uma entrada num acordo comercial. A notícia gerou confusão no Reino Unido, onde os apoiantes do Brexit se revoltaram contra este pagamento, qualquer o montante. “Não existe necessidade legal ou política de lhes oferecer nada, ponto final”, disse um deputado conservador, John Redwood, à rádio LBC, citado pela Bloomberg.

O ministro encarregue do Brexit no Governo de Theresa May, David Davis, disse ironicamente ao Sunday Times que a soma de 40 mil milhões em cima da mesa era “novidade” para si. Do lado da Comissão Europeia, chegou a resposta de que não haveria comentários sobre “rumores”.

O diálogo oficial sobre as condições da saída do Reino Unido começou em junho, mas Bruxelas insiste que a futura relação bilateral só começará a ser abordada depois de estarem clarificadas questões como a dos direitos dos cidadãos e a da fronteira na Irlanda do Norte, além da fatura da saída.

A UE espera concluir as negociações no outono de 2018 para que todas as partes possam assinar e ratificar o acordo antes da data limite de 29 de março de 2019.

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Um quarto dos jovens que emigram tem ensino superior

Ao todo, há mais de 1,7 milhões de portugueses emigrados pela Europa. São mais jovens, mais escolarizados e com maior taxa de emprego do que os portugueses que vivem no país.

Há uma mudança de paradigma da emigração de portuguesa. Se, entre os emigrantes mais velhos, o nível de escolaridade não passa, regra geral, do ensino básico, mais de um quarto dos emigrantes portugueses mais jovens tem o ensino superior completo.

Os dados são revelados, esta segunda-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), num estudo sobre a situação dos emigrantes portugueses no mercado de trabalho europeu. O estudo foi realizado em 2014, a nível europeu, mas não contou com a participação da Alemanha, Irlanda, Dinamarca e Países Baixos. Assim, ressalva o INE, o documento peca pela “impossibilidade de definir um retrato completo do fenómeno emigratório português, pela ausência de informação de importantes destinos europeus da emigração portuguesa, como a Alemanha, bem como de informação do resto do mundo”.

Ainda assim, é possível retirar algumas conclusões sobre a população portuguesa emigrada na Europa: ao todo, em 2014, havia pouco mais de 1,7 milhões de emigrantes portugueses em países europeus, incluindo emigrantes de primeira e segunda geração, isto é, nascidos em Portugal ou nascidos noutro país mas com pai ou mãe portugueses. Desses, cerca de 907 mil são emigrantes de primeira geração e outros 812 mil são de segunda geração. A grande maioria (mais de 62%) vive em França, Suíça (14%), Espanha (9%), Reino Unido (7,6%) e Luxemburgo (3%).

Fazendo um retrato resumido desta população emigrada, pode dizer-se que são mais jovens, mais qualificados e têm maior taxa de emprego do que os residentes em Portugal.

Fuga de jovens qualificados

A fuga de cérebros foi uma das grandes consequências da crise. Entre 2001 e 2011, mostram dados divulgados pela Comissão Europeia no final do ano passado, houve um aumento de 87,5% na percentagem de portugueses com ensino superior completo que emigraram. O pico deu-se entre 2012 e 2014, os anos da troika em Portugal. Os dados agora divulgados pelo INE não mostram em que anos emigrou mais população com diploma universitário, mas confirma a evolução nos níveis de escolaridade.

“Observa-se uma notória clivagem etária: confrontando duas gerações de emigrantes de primeira geração, dos 25 aos 39 anos e dos 55 aos 64 anos, observa-se que a proporção de emigrantes mais jovens com ensino superior é cerca de 10 vezes a dos emigrantes mais velhos“, escreve o INE. Entre os mais velhos, a percentagem dos que têm ensino superior é de 2,7%; já entre os mais jovens, é de 26,3%.

“Contrariamente, 76,7% dos emigrantes mais velhos têm, no máximo, o 3º ciclo do ensino básico, o que compara com 41,9% dos emigrantes mais jovens“, acrescenta o INE. “Os resultados apontam no sentido de uma mobilidade escolar ascendente de segunda geração de emigrantes face aos seus pais: independentemente do nível de escolaridade dos pais, os filhos têm maioritariamente um nível de escolaridade secundário/pós-secundário ou superior”, aponta ainda.

Mais jovens, mais qualificados, mais empregados

Numa comparação com a população residente em Portugal, o INE conclui que os emigrantes portugueses, contando com os de primeira e segunda geração, são mais jovens, mais qualificados e beneficiam de uma maior taxa de emprego.

A taxa de emprego entre a população emigrada era de 68,5% e a de desemprego era de 10%, no final de 2014. Nesse ano, a taxa de desemprego em Portugal era de quase 14%. Considerando apenas os emigrantes dos 25 aos 54 anos — “de modo a eliminar os efeitos da baixa participação no mercado de trabalho dos mais jovens, devido à frequência da escola, e dos mais velhos, devido a situações de reforma ou pré-reforma” –, a taxa de emprego era de 84,6%. Nesse ano, a taxa de emprego para o mesmo grupo etário era de 77,6% em Portugal e de 76,4% para a média dos países analisados neste estudo.

Ao mesmo tempo, destaca ainda o INE, os emigrantes de segunda geração estão cada vez mais qualificados. “Mais de dois quintos (44%) dos emigrantes de segunda geração empregados enquadravam-se no grupo profissional mais qualificado, valor superior aos 37,9% de Portugal e aos 41,4% a nível europeu, sendo quase o dobro do observado para emigrantes de primeira geração (23,4%)”. Além disso, quase a totalidade (96,6%) dos emigrantes de segunda geração com ensino superior completo estava empregada.

Notícia atualizada às 12h08 com mais informação.

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Quanto gasta o Estado em lazer, cultura e religião? Pouco

  • Margarida Peixoto
  • 7 Agosto 2017

As administrações públicas portuguesas são das que menos despesa fazem por habitante em lazer, cultura e religião. Também são das que afetam uma menor parte dos gastos total. Ou menos face ao PIB.

Portugal está entre os países da União Europeia que gasta menos dinheiro público em lazer, cultura e religião. E não importa se a comparação é feita tendo em conta a dimensão da economia, o tamanho da despesa pública total, ou dos gastos por habitante. Independentemente das voltas que se deem aos números, os gastos públicos de Portugal para este tipo de fins são sempre pequenos, mostram dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat, referentes a 2015.

Em percentagem do PIB, no conjunto dos 28 países da União Europeia, a Hungria destaca-se como o país que afeta mais despesa pública a atividades de lazer, cultura e religião: 2,1% do seu PIB. Aqui está incluída despesa com desporto, serviços culturais, serviços públicos de televisão, religiosos e cultura.

Olhando apenas para os países da zona euro, a dianteira cabe à Estónia, com uma despesa de 2% do PIB. Portugal está no final da tabela, com 0,8%, um valor abaixo da média, que é de 1%. Se a análise for feita tendo em conta o peso deste tipo de despesa no total da despesa pública dos vários países, Portugal aparece novamente nos últimos lugares, com 1,6% da despesa total.

Quem gasta mais em lazer, cultura e religião?

Fonte: Eurostat

E olhando para a despesa pública por habitante? Os países reorganizam-se todos, mas Portugal não consegue sair do grupo dos que menos gastam.

Quais são os que menos gastam?

Fonte: Eurostat

E quais são os que mais gastam?

Fonte: Eurostat

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