Autarquias lideram chumbos do Tribunal de Contas

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 30 Maio 2017

Dos 2.881 atos e contratos remetidos ao Tribunal de Contas para fiscalização prévia, o visto só foi recusado a 41. A maior parte diz respeito a autarquias ou associações de municípios.

No ano passado, o Tribunal de Contas (TdC) recebeu 2.881 atos e contratos para fiscalização prévia que representavam 4.598 milhões de euros. Destes, só recusou visto a 41 processos, no valor de 156 milhões de euros — a grande maioria dizia respeito a autarquias ou associações de municípios.

Neste caso, os principais problemas prendem-se com a “não demonstração das finalidades” ou da melhoria de encargos, havendo ainda situações em que os planos de saneamento financeiro foram cumpridos e casos de violação de regras quanto ao regime de recuperação financeira municipal.

Os 41 chumbos a processos representam “um valor ínfimo“, disse o presidente do TdC aos jornalistas esta terça-feira. Em 2015, era pouco mais elevado: 60. Para Vítor Caldeira, o valor reduzido resulta de um trabalho “de pedagogia” do Tribunal, que dialoga com as entidades para superar eventuais deficiências.

Já no caso da fiscalização sucessiva, foram concluídas 71 auditorias e verificações externas de contas, onde também consta, por exemplo, a área de endividamento municipal.

Recomendações acolhidas geram melhorias de 1.500 milhões de euros

Cerca de 70% das recomendações feitas pelo TdC nos últimos dois anos foram acolhidas, disse ainda o Presidente da entidade. Em causa está um impacto de 3.706 milhões de euros, “dos quais 1.500 milhões diretamente relacionados com o facto de as recomendações feitas pelo Tribunal terem sido acolhidas“, frisou. No fundo, “traduz-se, em princípio, numa poupança para a conta do Estado ou numa receita que foi corrigida”, disse ainda Vítor Caldeira.

Para o presidente do TdC, o indicador das recomendações acolhidas é positivo mas pode ser melhorado.

Pagar multas com erário público é crime mas já aconteceu

Em 2016, foram ainda julgados 29 processos, dos quais 14 resultaram em condenação efetiva. Dos 29 processos, só quatro não dizem respeito a autarquias ou associações de municípios, de acordo com os dados divulgados. As multas aplicadas ascenderam a 217 mil euros e foram ordenadas reposições de aproximadamente 294 mil euros.

O conselheiro vice-presidente, Ernesto Cunha, explicou que já foram detetados casos em autarquias em que foram pagas multas pelo “erário público municipal” mas isso “é claramente ilegal” e “constitui crime”. “A partir de determinada altura, começámos, nas sentenças, a ser muito claros e a dizer que a obrigação de pagar a multa ou a obrigação de reposição recai pessoalmente sobre quem é condenado”, afirmou. E se for utilizado dinheiro público, “isso constitui crime e constitui fator de responsabilidade financeira reintegratória”. Esta advertência tem feito reduzir esses casos, disse ainda.

Para Ernesto Cunha, a responsabilidade financeira reintegratória tem “pontos fracos, nomeadamente no que diz respeito à execução, que compete aos tribunais fiscais e não ao Tribunal de Contas. E deu o exemplo de uma condenação de 98 mil euros que ainda no foi executada, embora os factos remontem a 1993.

Quando se trata de funcionários públicos, o processo passa por penhora de salários, “mas quem a faz não somos nós”, sublinhou o vice-presidente. E defendeu: “É um problema que pode eventualmente ser ponderado em sede de revisão da lei do Tribunal, saber se o Tribunal deve ou não ter competência para executar as suas próprias decisões”.

TdC defende mudanças no regime de responsabilidade financeira dos autarcas

O presidente do Tribunal de Contas pondera sugerir alterações a regime de responsabilidade financeira dos autarcas. Em causa está uma mudança prevista no Orçamento do Estado que equipara os titulares de cargos executivos das autarquias a membros do Governo. Vítor Caldeira entende que é preciso refletir sobre o assunto e por isso o TdC vai organizar conferências nesse sentido.

“Temos de tratar o que é semelhante da mesma forma, tratar de forma diferente o que é diferente”, disse o presidente, acrescentando que, depois dessa reflexão, o TdC poderá “eventualmente sugerir” alterações ao regime.

“Quando se diz que os senhores titulares dos órgãos executivos das autarquias são responsáveis da mesma maneira que os senhores membros do Governo, esquecemo-nos que o membro do Governo não decide sobre o pagamento em concreto a não ser em situações muto excecionais previstas na lei; mas um titular do órgão executivo de uma autarquia decide”, afirmou. Para Vítor Caldeira, importa envolver nesta reflexão toda a jurisdição financeira.

Questionado em particular sobre as questões da banca, Vítor Caldeira defendeu que o acompanhamento do TdC tem sido próximo, não descartando que possa ser mais intenso. “Penso que hoje há uma área nova, sobretudo a área da regulação” em que “o Tribunal pode considerar também a sua intervenção”, adiantou ainda.

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CTT disparam. Ações vivem melhor sessão do mês

Ações dos correios postais estão em destaque na bolsa portuguesa. Aceleram 4% e atiram cotações para valor mais elevado em duas semanas. Lisboa avança num dia de perdas na Europa.

Os CTT estão a brilhar na bolsa nacional, apresentando-se com forte pressão compradora da parte dos investidores esta manhã. As ações estiveram a acelerar mais de 4%, sendo o melhor desempenho intradiário desde o início do mês.

Neste momento, os títulos dos correios postais sobem 3,8% para 5,581 euros. É a cotação mais elevada desde 16 de maio, dia em que começou a negociar sem direito ao dividendo de 47 cêntimos referentes ao exercício do ano passado. E isto numa sessão em que os títulos registam forte apetite do mercado: já foram trocados quase um milhão de papéis dos CTT, superando a média diária de negociação dos últimos 12 meses.

A cotada liderada por Francisco Lacerda anunciou esta segunda-feira à noite que o Norges Bank reduziu a sua participação dos 3,15% para 2,73% nos CTT, informação prestada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No fim de semana, a líder do Bloco de Esquerda anunciou que vai apresentar um projeto de resolução para “recuperar o controlo público dos CTT” por “incumprimento contratual”. Para os analistas do Haitong, é improvável que a proposta venha a ter o apoio do PS e, por isso, “a probabilidade de os CTT voltarem à esfera do Estado parece extremamente baixa neste momento”..

CTT aceleram

O desempenho dos CTT ajudava o índice de referência nacional a manter-se em zona de ganhos. O PSI-20 avança 0,37% para 5.246,06 pontos, num dia em que os seus pares negoceiam maioritariamente no vermelho. Davam força a Lisboa os pesos pesados, casos da Galp (1,56%) e Jerónimo Martins (0,87%).

“O PSI-20 é das poucas praças que mostra um sinal positivo, sendo o índice que mais valoriza no dia, até ao momento”, refere João Tenente, gestor da corretora XTB. “O setor energético segue positivo, essencialmente devido aos títulos da Galp. O petróleo tem vindo a recuperar e a puxar este setor para o verde”, acrescentou.

Lá por fora, o pior desempenho pertence ao pariense CAC-40, que desce 0,6%. Também as bolsas de Frankfurt e Londres estão em baixa — no caso da praça londrina, a queda surge depois de um fim de semana prolongado com o feriado desta segunda-feira. Em terreno positivo está o madrileno Ibex-35, que ganha 0,12%.

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Moscovici: Portugal merece olhar mais positivo das agências de rating

  • Lusa
  • 30 Maio 2017

O comissário europeu dos Assuntos Económicos aconselha agências de rating a olhar para Portugal com outros olhos, porque o desempenho económico merece uma avaliação mais positiva.

O comissário europeu dos Assuntos Económicos considerou esta terça-feira que o desempenho económico de Portugal, que já resultou na saída do Procedimento por Défice Excessivo (PDE), merece também uma avaliação mais positiva por parte das agências de notação financeira.

Quando o desempenho macroeconómico melhora, e é esse o caso, e quando as finanças públicas estão mais em ordem, mesmo que subsistam problemas de dívida que não podem ser subestimados, então não será ilógico que aqueles que avaliam a economia portuguesa se deem conta de que os riscos não podem ser olhados hoje com os óculos de ontem, e que há boas razões de confiar mais em Portugal hoje, o que não era o caso no passado”, declarou Pierre Moscovici, perante a comissão de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu, em Bruxelas.

Ressalvando que “não cabe à Comissão Europeia falar diretamente com as agências de notação”, Moscovici, que respondia a uma questão do eurodeputado socialista Pedro Silva Pereira, sobre se Portugal poderia esperar uma subida do rating após ter saído do PDE, disse que aproveitava a questão para passar a sua mensagem de que “o que se passa em Portugal merece ser olhado de forma positiva e os desenvolvimentos devem reforçar a confiança em Portugal”.

O comissário francês reforçou que a saída de Portugal do PDE, decidida na semana passada pelo executivo comunitário, “recompensa os esforços importantes feitos por Portugal”, e observou que, embora não tenham alterado a nota à dívida de longo prazo do país (que permanece em ‘não investimento’, ou ‘lixo’), as agências de rating constataram “uma orientação positiva”.

Estes desenvolvimentos levaram o primeiro-ministro, António Costa a afirmar esta terça-feira que está “confiante que as agências de rating subam as avaliações do país em breve”.

Já no domingo, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, disse esperar que as agências de notação financeira melhorem o rating de Portugal “ainda neste ou no próximo ano”, lembrando que os números positivos da economia, do emprego e do défice “justificam, naquilo que é a análise normal dos ratings [avaliação], uma revisão”.

Para o ministro, que disse ter já tido reuniões com várias agências de rating este ano, estes dados justificam uma revisão, a começar pela perspetiva de evolução, já no segundo semestre, e depois numa revisão em alta, no princípio de 2018.

“Não estamos a pedir nem defender que nos façam um favor, mas só uma análise justa e hoje Portugal está em melhor situação, com números muito mais positivos”, disse o ministro, vincando que “os números são mais positivos e justificam uma revisão do rating.

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Armatis contrata 400 pessoas para Guimarães

Multinacional francesa já iniciou o processo de recrutamento. Novo centro deverá estar em funcionamento no final de junho ou início de julho.

O grupo francês Armatis, que atua na áreas dos contact centers, expande-se em Portugal com a abertura de um novo centro em Guimarães criando 400 novos postos de trabalho. O novo centro deverá estar a funcionar em finais de junho, início de julho.

Em comunicado, a multinacional que já tem presença no Porto, em Lisboa e Caldas da Rainha justifica a escolha da cidade de Guimarães com a proximidade com o aeroporto Francisco Sá Carneiro e com a qualidade do emprego.

“A proximidade com a cidade do Porto, a presença dum aeroporto internacional perto, a qualidade da bacia de emprego, o apoio do BICMINHO, e o grande dinamismo das instituições locais, acabaram por convencer a multinacional francesa a instalar o seu novo centro no coração duma das cidades históricas mais importantes do nosso país” pode ler-se no documento.

Presente em Portugal desde 2012, o grupo francês detém neste momento duas empresas em território nacional e cinco centros de produção, repartidos por Lisboa, Caldas da Rainha e Porto (2).

"A decisão de desenvolver a nossa capacidade de produção em Portugal foi tomada naturalmente. Dispomos de
colaboradores qualificados, motivados e envolvidos com a empresa. Os nossos clientes apreciam a qualidade e o nível de serviço dos nossos centros portugueses”

Denis Akriche

Presidente e director-geral da Armatis-lc

Com a abertura a nova plataforma, com uma área de 2.700 metros quadrados, o grupo passa a empregar um total de 2.500 colaboradores em Portugal.

Os interessados em fazer parte da Armatis podem enviar as candidaturas para [email protected]

“O Grupo tem feito sempre a escolha estratégica de desenvolver os seus centros, o que se tem sempre traduzido em apostas vencedoras” explica o Presidente e Diretor-Geral da armatis-lc, Denis Akriche.

“A decisão de desenvolver a nossa capacidade de produção em Portugal foi tomada naturalmente. Dispomos de colaboradores qualificados, motivados e envolvidos com a empresa. Os nossos clientes apreciam a qualidade e o nível de serviço dos nossos centros portugueses” conclui.

O grupo francês detém um total de 22 centros repartidos por França, Portugal, Tunísia e Polónia e emprega um total de 10 mil colaboradores.

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Dijsselboem despede-se do seu partido… e do Eurogrupo

  • ECO
  • 30 Maio 2017

O atual presidente do Eurogrupo incompatibilizou-se com o partido do qual é ministro das Finanças na Holanda. Terá por isso que abandonar também a presidência do Eurogrupo.

O presidente do Eurogrupo, Dijsselboem, está de saída do seu partido na Holanda… O que significa que também terá de abdicar da presidência do Eurogrupo. Mário Centeno aparece como um possível substituto.

O Partido Trabalhista holandês, de orientação liberal, está a negociar uma coligação com os partidos de direita. Dijsselboem discorda e portanto não tem dúvidas da direção que quer tomar: diretamente para fora do partido. As intenções foram reveladas em declarações ao jornal “Financieele Dagblad”, referido pelo Expresso. Esta decisão tem como consequência a necessidade de abdicar da liderança do Eurogrupo.

Dijsselboem ocupava a posição de Ministro das Finanças na Holanda, funções que são denominador comum na escolha dos presidentes do Eurogrupo. Este é um critério que Mário Centeno já preenche. O Ministro das Finanças português já terá sido sondado neste sentido. E afirmou que “não fecha a porta”.

Dijsselboem tornou-se polémico com as recentes declarações acerca dos países do sul da Europa, que acusou de grandes despesas com “copos e mulheres”. Ocupava o cargo desde que o atual presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, o abandonou para exercer as atuais funções.

As intenções de Dijsselboem são reveladas na véspera da divulgação de documentos importantes. Esta quarta-feira, 31 de maio, é publicado um “documento de reflexão” com notas sobre o orçamento comum dos países da moeda única e sobre a possível mutualização da dívida pública de cada Estado-membro.

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Português eleito para a administração da CEOC

  • ECO
  • 30 Maio 2017

O presidente do ISQ, Pedro Matias, foi eleito para ingressar a administração da Confederação Internacional das Entidades de Certificação e Inspeções.

Pedro Matias, presidente do ISQ desde março, entra agora na administração da CEOC.D.R.

O português Pedro Matias, presidente do ISQ, foi eleito esta terça-feira para o conselho de administração da Confederação Internacional das Entidades de Certificação e Inspeções (CEOC). A eleição aconteceu em Lyon, França.

A CEOC é o organismo que junta as principais empresas e entidades europeias cuja atividade é a certificação e inspeção, fazendo ligação destas entidades com outras, tais como a Comissão Europeia, as associações empresariais, as associações de consumidores e por aí em diante.

Pedro Matias conta no currículo com passagens pelo IAPMEI, tendo sido vice-presidente do instituto. Foi também administrador da Associação Portuguesa de Certificação e conselheiro do comissário europeu para a investigação.

Preside o ISQ desde março, um grupo com mais de 1.400 colaboradores em todo o mundo, 800 deles em Portugal. A empresa define-se como “a maior infraestrutura tecnológica privada em Portugal”, com participação “em mais de 400 projetos internacionais de investigação e desenvolvimento”.

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Desemprego fica nos 9,8% em abril

Em fevereiro, a taxa de desemprego fixou-se, pela primeira vez desde 2009, abaixo dos 10%. Em março e abril, voltou a cair, para 9,8%.

A taxa de desemprego fixou-se nos 9,8% em março, o valor mais baixo desde fevereiro de 2009, confirmou, esta terça-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE). Para abril, as estimativas provisórias apontam para que a taxa se mantenha inalterada neste valor.

O INE confirma assim os dados provisórios que tinha divulgado há um mês. Ao todo, havia 503,6 mil pessoas desempregadas em março, o que representa uma diminuição de 0,9% face ao mês anterior. Já a população empregada fixou-se em 4.649.500 pessoas, um aumento de 0,4% face a fevereiro.

Em abril, a taxa de de desemprego deverá ter ficado inalterada nos 9,8%, apontam as estimativas provisórias do INE. Contudo, a população desempregada deverá aumentar ligeiramente, para 503,7 mil pessoas. Ao mesmo tempo, a população empregada também deverá recuar, para um total de 4.646.200 pessoas.

Portugal mantém, assim, a tendência de redução do desemprego que mantém desde fevereiro deste ano, quando conseguiu, pela primeira vez desde 2009, uma taxa de desemprego mensal inferior a 10%. O Governo já fez saber que espera que a taxa de desemprego se mantenha abaixo dos 10% este ano, graças a uma evolução “muito positiva” que irá verificar-se ao longo de todo o ano, com uma “forte criação de emprego”.

Feitas as contas, a taxa de emprego deverá ser de 59,6% tanto em março como em abril. Em fevereiro, tinha sido de 59,4%.

Entre os jovens, o desemprego recuou em março, mas deverá voltar a aumentar novamente em abril. Em março, a taxa de desemprego dos jovens situou-se nos 22,9%, uma quebra face aos 24,3% registados em fevereiro. Contudo, para abril, o INE prevê que a taxa de desemprego entre os jovens seja de 23,7%.

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Confiança dos portugueses em máximo. Recua na Zona Euro

  • Rita Atalaia
  • 30 Maio 2017

Os consumidores portugueses nunca estiveram tão confiantes. O indicador tocou um máximo desde 1997. Esta tendência contraria o sentimento na Zona Euro, que recuou pela primeira vez este ano.

Nunca os consumidores portugueses estiveram tão confiantes. O indicador atingiu o valor mais elevado desde 1997, quando os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) começaram a ser compilados. Esta tendência contraria o que está a acontecer na Zona Euro, onde a confiança diminuiu pela primeira vez este ano.

“O indicador de confiança dos consumidores aumentou em maio, prolongando a trajetória positiva observada desde o início de 2013 e atingindo o valor máximo da série iniciada em novembro de 1997″, de acordo com o INE.

"O indicador de confiança dos consumidores aumentou em maio, prolongando a trajetória positiva observada desde o início de 2013 e atingindo o valor máximo da série iniciada em novembro de 1997.”

Instituto Nacional de Estatística

Uma melhoria que resultou do maior otimismo dos portugueses em relação à economia do país. “A evolução do indicador resultou do contributo positivo de todas as componentes, de forma mais expressiva nos casos das expectativas relativas à evolução do desemprego e da situação económica do país“, nota o INE.

Mas este resultado não reflete o que está a acontecer na Zona Euro. Segundo a Bloomberg, a confiança dos consumidores do euro diminuiu pela primeira vez este ano, devido às “leituras mais fracas nos setores dos serviços e retalho“. Apesar de ter recuado, esta leitura mantém o indicador próximo do nível mais elevado numa década. Caiu para 109,2 pontos em maio em comparação com 109,6 pontos em abril. Os analistas consultados pela Bloomberg estimavam um aumento para 110 pontos.

Este relatório vai ser analisado quando os responsáveis do Banco Central Europeu se reunirem na próxima semana para discutirem a saúde da economia dos 19 Estados-membros. Isto numa altura em que Mario Draghi não vê ainda razões para alterar o rumo da política monetária na região. O presidente do BCE reiterou na semana passada o compromisso de terminar o programa de estímulos antes de começar a subir as taxas de juro diretoras.

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Empresas vão ter de comunicar ataques informáticos

  • ECO
  • 30 Maio 2017

A nova regra consta de uma legislação comunitária que está a ser transposta para Portugal, depois de várias empresas nacionais terem sido alvo de um ataque informático à escala mundial.

As empresas privadas vão passar a ser obrigadas a informar o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) sempre que forem alvo de ataques informáticos. A notícia é avançada, esta terça-feira, pelo Jornal de Notícias (acesso pago), que cita o coordenador do CNCS, Pedro Veiga.

Segundo o mesmo jornal, a nova regra consta de uma legislação comunitária que está a ser transposta para Portugal, depois de várias empresas nacionais, incluindo a PT e o BCP, terem sido alvo de um ataque informático à escala mundial.

Pedro Veiga justifica esta nova obrigatoriedade com o peso da tecnologia sobre domínios essenciais da vida dos cidadãos, como o fluxo de água.

Ainda que a norma se estenda às empresas privadas, a principal preocupação do CNCS são os ministérios ligados à soberania. “O Ministério da Administração Interna tem capacidade de defesa própria e a Defesa dispõe de um centro de ciberdefesa, mas colaboramos muito com estes organismos, assim como com a Saúde e as Finanças”, refere Pedro Veiga ao Jornal de Notícias.

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Portugal e Espanha unidos pela fronteira e pelas empresas

  • Lusa
  • 30 Maio 2017

António Costa realçou o papel "essencial" das empresas na relação com Espanha. Uma união que quer dar força à imagem na Europa e apostar em partes menos desenvolvidas do território ibérico.

Na cimeira em que se celebram as relações económicas entre Portugal e Espanha foi destacado o papel “absolutamente essencial” das empresas. Quer-se uma união que beneficie ambos os países no mercado europeu enquanto se atua ao nível de regiões menos desenvolvidas como Vila Real, onde o evento teve lugar.

O primeiro-ministro, António Costa, sublinhou as relações “muito fortes e integradas” entre Portugal e Espanha. “O objetivo é fazer da fronteira, que era uma linha de separação, um ponto de união entre os nossos países, povos e economias. Para esta união o papel das empresas é absolutamente essencial“, defendeu António Costa que falava em Vila Real no segundo de dois dias de cimeira ibérica entre Portugal e Espanha.

“Para termos uma noção, a Espanha exporta para Portugal mais do que exporta para toda a América Latina. E Portugal exporta só para Espanha mais do que exporta para a Alemanha e França no seu conjunto”, declarou António Costa. O chefe do executivo português disse ser necessário “transformar esta força” de proximidade “numa capacidade crescente” de ambos os países serem “mais fortes em conjunto no mercado europeu e global“.

Depois, António Costa lembrou que a cimeira entre os dois executivos decorre em Vila Real, no interior do país, e centra-se na cooperação transfronteiriça, numa “nova visão” sobre o território de ambos os países. “Se queremos ter maior coesão territorial e queremos desenvolver o que está por desenvolver, é nestas regiões que temos de priorizar o esforço de desenvolvimento”, realçou.

A 29.ª cimeira bilateral entre Portugal e Espanha arrancou na segunda-feira e termina hoje. Serão assinados no final do encontro vários acordos entre os dois países, no que pretende ser um reforço da cooperação transfronteiriça em áreas como energia, infraestruturas e ambiente.

As cimeiras ibéricas são reuniões anuais bilaterais lideradas pelo chefe do Governo de Espanha e pelo primeiro-ministro de Portugal e nas quais se discutem questões de interesse para ambos os executivos e projetos de cooperação entre os dois países.

Esta é a primeira reunião do género com António Costa como chefe do Governo de Portugal, já que em 2016 não decorreu a cimeira devido à conjuntura política de Espanha, na altura com um executivo de gestão.

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Finanças não preveem alterar prazo de entrega do IRS

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 30 Maio 2017

Contribuintes têm até quarta-feira para preencher a declaração. E as Finanças não antecipam neste momento qualquer alteração do prazo.

Se ainda não entregou a declaração de IRS, apresse-se. O prazo termina no dia 31 de maio, quarta-feira. E não está prevista qualquer alteração na data, avisa já o Ministério das Finanças.

Este ano, pela primeira vez, o prazo de entrega da declaração de IRS é o mesmo para todo o tipo de rendimentos: de 1 de abril a 31 e maio. Com o prazo a chegar ao fim, o ECO quis saber se o Ministério das Finanças equacionava alterar o prazo de entrega definido. “Relativamente ao prazo de entrega não está prevista qualquer alteração”, foi a resposta.

Além do novo prazo de entrega, o ano de 2017 é marcado por outras novidades. Entre elas consta o IRS Automático, uma declaração pré-preenchida que, de acordo com dados do Executivo, deverá abranger 1,8 milhões de contribuintes.

Estas pessoas não precisam sequer de confirmar a sua declaração já que esta é considerada entregue mesmo que não haja ação do contribuinte. Mas é preciso estar atento a erros que surjam no documento pré-preenchido, que podem dar origem a contraordenações. Porém, tal como o Ministério de Mário Centeno já explicou ao ECO, a coima pode não ser aplicada “se estiver regularizada a falta cometida e a mesma revelar um diminuto grau de culpa, o que se presume quando as inexatidões se refiram ao montante de rendimentos comunicados por substituto tributário”, que é o que acontece, por exemplo, no caso dos salários, em que é a entidade patronal que faz a retenção na fonte sobre os salários e comunica essa informação.

Para evitar erros, os contribuintes abrangidos pelo IRS Automático podem avançar com uma declaração de substituição nos 30 dias seguintes à liquidação, sem penalizações.

De acordo com dados do Governo divulgados no início do mês, das três milhões de declarações recebidas até 2 de maio, 20% (599.485) correspondem a confirmações de IRS automático.

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Revista de Imprensa Internacional

  • ECO
  • 30 Maio 2017

Os mercados estão receosos: desde possíveis bolhas nos EUA, incerteza na compra do Popular até às dúvidas no pagamento da dívida grega, a volta ao mundo que gira à volta da moeda.

A moeda: cai na Europa, porque a Grécia não quer devolver; os fundos de cobertura não querem investir na bitcoin; os bancos americanos receiam que os empréstimos automóveis não lhes tragam dinheiro, mas sim uma bolha e os possíveis compradores do Popular não têm a certeza quantas moedas valem os negócios que o banco tem em parceria. No Brasil, a corrupção continua a dar que falar mas Temer planeia arrastar a sua presença por quatro meses mesmo se for apanhado.

The Guardian

Euro cai à medida que os receios sobre a dívida grega crescem

O ministro das finanças Euclid Tsakalotos avisou que a recuperação da economia grega está comprometida caso a zona euro. E ameaçou não reembolsar a dívida que atinge a maturidade em julho caso não seja alcançado um acordo para perdoar parte da ajuda do país. O risco de não ser atingido um acordo relativamente ao resgate está desta forma na origem das preocupações que têm abalado o euro. A moeda única está a cair cerca de 0,2% para os 1,11 dólares. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre/ conteúdo em inglês)

CNBC

Bitcoin está a superar grandes ativos, mas os fundos de cobertura ainda se mantêm afastados da moeda digital

O preço das bitcoins já disparou cerca de 180% este ano, superando o desempenho de índices como o S&P 500 e o Nasdaq. Contudo ainda não conseguiu conquistar a confiança de todos investidores como é o caso dos hedge funds, ou fundos de cobertura. Louis Gargour, da LNG Capital, esclarece à CNBC que os grandes receios se prendem com a volatilidade, segurança e perceção da moeda, que ainda não é totalmente compreendida. Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre/ conteúdo em inglês)

Financial Times

Bancos dos EUA afastam-se do mercado de 1,2 biliões de dólares de empréstimos automóveis

O receio de uma bolha equivalente à do setor imobiliário que ditou a crise de 2008 adensa-se. Os bancos americanos duvidam da capacidade dos consumidores de pagarem as dívidas que detêm nos empréstimos automóveis. Este tipo de empréstimos atingiu os 1,17 biliões de dólares no final do primeiro trimestre de 2017, um aumento de 70% relativamente a 2010. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado/ conteúdo em inglês)

O Globo

Temer planeia ficar no cargo por pelo menos quatro meses mesmo se for apanhado pelo Tribunal Superior Eleitoral

Michel Temer tem uma estratégia para permanecer mais 120 dias na presidência brasileira. Torquato Jardim foi o jurista escolhido por Temer para o Ministério da Justiça, o que permite ao presidente ganhar tempo com recursos e conseguirá adiar as eleições indiretas. Torquato já foi advogado de vários partidos em questões eleitorais. Leia a notícia no O Globo (acesso gratuito/ conteúdo em português do Brasil)

Expansión

Popular: os numerosos negócios partilhados dificultam a sua compra

A compra do banco Popular enfrenta novas dificuldades. Agora, os vários negócios em que tem participação estão a dificultar os cálculos dos compradores, pois há que considerar os custos de negócios que atualmente funcionam em parceria mas que seria interessante recuperar na totalidade. Esta incerteza vem juntar-se às dúvidas relativas aos ativos imobiliários e aos possíveis litígios. Leia a notícia no Expansión (acesso gratuito/ conteúdo em espanhol)

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