ESI: Machado da Cruz arrependido de dar “o corpo às balas”

  • Lusa
  • 10 Maio 2017

O antigo contabilista da Espírito Santo International (ESI) disse em tribunal que não deveria ter assumido como "erro" seu a omissão de 1,3 mil milhões de euros de dívida do GES.

O antigo contabilista da Espírito Santo International (ESI) admitiu em tribunal que não devia ter assumido a omissão de 1,3 mil milhões de euros de dívida como um “erro” seu para evitar a queda do Grupo Espírito Santo (GES).

“Dei o corpo às balas, por uma questão de lealdade” disse ao tribunal Francisco Machado da Cruz, reiterando que em 2013 assumiu como “um erro” seu a omissão de 1,3 mil milhões de euros de dívida da Espírito Santo International (ESI) para evitar a queda do grupo. “Hoje penso que não o deveria ter feito”, acrescentou, considerando que deveria “ter dito à Inês Viegas [auditora da empresa KPMG] que falasse com quem de direito”, ou seja, Ricardo Salgado.

"Dei o corpo às balas, por uma questão de lealdade.”

Francisco Machado da Cruz

Ex-contabilista da ESI

Francisco Machado da Cruz, que supervisionou as contas da ESI e das ‘holdings’ não financeiras do GES a partir de 2003, depôs hoje, pela terceira sessão consecutiva, enquanto testemunha no processo em que o Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém, julga os pedidos de impugnação às contraordenações aplicadas pelo Banco de Portugal ao ex-presidente do BES, Ricardo Salgado (4 milhões de euros), e ao ex-administrador Amílcar Morais Pires (600.000 euros,) por, apesar de conhecerem a situação líquida negativa da ESI, terem permitido que fossem comercializados títulos de dívida desta instituição junto de clientes do banco.

Questionado pelo advogado de Ricardo Salgado durante mais de seis horas, o antigo contabilista reiterou ter “assumido a responsabilidade” pelo alegado “erro” nas contas, perante os auditores da KPMG, para evitar a queda do Grupo pelo qual “vestia a camisola”, mas reafirmou ao tribunal ter recebido “instruções” de Ricardo Salgado nesse sentido.

O antigo commissaire aux comptes que hoje foi submetido pelo advogado de Salgado a um questionário detalhado sobre as contas, as datas de reuniões e correspondência entre os responsáveis pela administração e pela contabilidade do grupo, vai continuar a ser ouvido pelo tribunal na quinta-feira de manhã, numa sessão que tem agendada para o período da tarde a audição de João Eduardo Moura Freixa, testemunha arrolada por Amílcar Pires.

A antecipação da inquirição do antigo administrador do grupo, que deveria ser ouvido apenas no dia 15, foi, no final da audiência, foi contestada pela advogada de Amílcar Pires, que alegou não ter tempo para preparar a inquirição o que, considerou, “prejudica gravemente a defesa”.

O julgamento dos pedidos de impugnação apresentados por Ricardo Salgado e Amílcar Pires iniciou-se em 06 de março e tem audiências agendadas de segunda a quinta-feira até 28 de junho.

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Governo quer “grandes dossiês bem avançados” até ao verão

  • Lusa
  • 10 Maio 2017

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares confirmou que ter os "grandes dossiês bem avançados" até ao verão é um “objetivo partilhado, um objetivo comum”.

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares assumiu hoje, em Bruxelas, que é objetivo do Governo que “os principais dossiês” do Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) estejam “bem avançados” até final de junho.

“Sim, esse objetivo já é mais ou menos público, agora passa a ser público. Nós queremos que os principais dossiês estejam bem avançados no final do primeiro semestre deste ano. Esse era um objetivo que nós já tínhamos desde o início do ano e esperamos concretizá-lo”, disse Pedro Nuno Santos, à margem de um debate em Bruxelas sobre a solução governativa em Portugal, a designada “geringonça”.

"Sim, esse objetivo já é mais ou menos público, agora passa a ser público. Nós queremos que os principais dossiês estejam bem avançados no final do primeiro semestre deste ano. Esse era um objetivo que nós já tínhamos desde o início do ano e esperamos concretizá-lo.”

Pedro Nuno Santos

Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares

Depois de a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, ter defendido na terça-feira que “as traves-mestras” do OE2018 devem ser fechadas “bem antes” das eleições autárquicas de 01 de outubro, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares confirmou hoje que esse é um “objetivo partilhado, um objetivo comum”.

“Desde o início deste ano que há essa indicação, aliás por parte do primeiro-ministro, que queria que os principais dossiês estivessem avançados no final do primeiro semestre. Portanto, esse é um objetivo partilhado, um objetivo comum”, sustentou. O secretário de Estado disse ainda que o objetivo de “antecipar um processo negocial” com os partidos de esquerda que apoiam o Governo visa apenas “facilitar o trabalho de todos”.

“Há muito trabalho ainda por fazer, matéria muito complexa, que exige muito trabalho. E portanto, quanto mais depressa melhor”, disse.

Na sua intervenção no debate sobre se “a solução governativa de Portugal pode ser uma inspiração para a esquerda europeia”, coorganizado pela Fundação Europeia para os Estudos Progressistas (FEPS) e Fundação Res Publica, Pedro Nuno Santos garantiu que a solução portuguesa “funciona” e está a funcionar” e “vai até ao fim” da legislatura.

Vamos até ao fim, isso é certo. Já ninguém duvida da capacidade dos partidos envolvidos para trabalhar em conjunto e garantir estabilidade politica em Portugal”, afirmou.

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20 estações de metro ou IMI zero? Propostas “ambiciosas” da direita

  • Margarida Peixoto
  • 10 Maio 2017

Teresa Leal Coelho já tinha proposto reduzir a taxa de IMI em Lisboa a zero. Esta quarta-feira foi a vez de Assunção Cristas sugerir a construção de 20 novas estações de metro na capital.

É uma proposta com “rasgo e ambição”, defendeu esta quarta-feira a líder do CDS, Assunção Cristas. No debate quinzenal, a deputada — e também candidata à presidência da Câmara de Lisboa nas próximas eleições — propôs ao Governo alargar a linha do Metro da capital com 20 novas estações. Leu bem: 20.

Assunção Cristas levou um mapa com as linhas do metropolitano de Lisboa, impresso num cartaz de dimensão suficiente para se ver na sala do plenário. Além das linhas existentes, o mapa trazia assinaladas as novas estações, de acordo com a proposta da deputada. “Não são apenas duas, que não mudam nada”, frisou, destacando algumas como Belém ou Sacavém e defendendo que seria possível construí-las aproveitando os fundos comunitários.

O primeiro-ministro não perdeu a oportunidade para deixar uma ferroada: “Não achei muito leal ter aproveitado a ausência da deputada Teresa Leal Coelho para esse momento de campanha”. Tal como Cristas, também a deputada social-democrata, do partido parceiro do CDS nas últimas legislativas, é agora candidata à Câmara de Lisboa.

Sobre a proposta, o primeiro-ministro garantiu que não anunciará novas estações para as quais não tenha ainda financiamento aprovado porque, caso contrário, “não passam de um bonito boneco apresentado na Assembleia”, criticou. Foi então que Cristas respondeu que é preciso “ambição” para que os planos avancem e clarificou a sua ideia: “20 novas estações.”

Pouco depois de terminado o debate quinzenal, reforçou a proposta no Twitter:

IMI zero em Lisboa

Mas as propostas ambiciosas não são um exclusivo de Assunção Cristas. Teresa Leal Coelho, que concorre pelo PSD, avançou em entrevista ao Observador que se for eleita o IMI cobrado pela capital pode descer para 0%.

“Embora nós tenhamos um IMI baixo, esse IMI pode passar mesmo para o nível 0%”, afirmou a candidata do PSD. Na mesma entrevista, criticou o valor patrimonial sobre o qual incide o IMI e responsabilizou a atual maioria por isso.

Teresa Leal Coelho prometeu também baixar a fatura da água: “Seguramente que irei revogar a taxa de proteção civil que é paga no âmbito da fatura da água”, por ser “inconstitucional” e “injusta”, argumentou.

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Portugal exportou 14 mil milhões. O quê e para onde?

Espanha, EUA, França, Alemanha e Angola foram os países com as maiores subidas homólogas das exportações. Aumento de 17,1% no primeiro trimestre significou mais 2 mil milhões de euros para Portugal.

Portugal já exportou 13.991 milhões de euros em 2017, o que compara com os 11.950 milhões de euros no primeiro trimestre do ano passado. No total as exportações aumentaram 17,1%, o que se traduz em mais 2.041 milhões de euros de bens exportados. Mas quais são os países que estão a contribuir para esta subida? Os Estados Unidos e Angola são as surpresas.

A maior parte das exportações continua a ter como destino os países da moeda única, mas existem surpresa fora da União Europeia: o mercado externo cresceu 28,4% nos primeiros três meses deste ano, face ao período homólogo, o que se traduziu em maios 889 milhões de euros.

Já o aumento das exportações para os Estados-membros da Zona Euro subiu 12,8%, o que se traduziu em mais 994 milhões de euros. Os dados constam do destaque do Comércio Internacional de Bens de março divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística.

Entre os principais parceiros económicos de Portugal não há surpresas: Espanha, França, Alemanha e Reino Unido consolidaram sua posição com subidas ligeiras em termos percentuais, mas significativas em termos absolutos.

EUA, Angola e Marrocos são os destinos que mais crescem

Fonte: INE

O melhor exemplo são as exportações portugueses com destino ao país vizinho que aumentaram 14,7% nos primeiros três meses do ano, mas como o volume é elevado, essa evolução traduziu-se em mais 466 milhões de euros em exportações face ao mesmo período do ano passado. França e Alemanha adquiriram mais 158 milhões e 155 milhões, respetivamente, de bens portugueses.

Mapa Mundo.Pixabay

Angola e Estados Unidos surpreendem

Depois de uma fase negra nas exportações para Angola, os números começam a recuperar. Nos primeiros três meses de 2016, Portugal exportou mais 48,3% de bens para os angolanos, em comparação homóloga. Os dados têm de ser olhados com cautela uma vez que, nos últimos dois anos, as exportações com destino a Angola caíram a pique.

Contudo, ao mesmo tempo, o crescimento de quase 50% não deve ser menosprezado uma vez que significaram mais 146 milhões de euros em exportações no primeiro trimestre do ano face ao mesmo período de 2016.

Já os norte-americanos têm um novo presidente que, em campanha, defendeu o protecionismo, mas no primeiro trimestre do seu mandato os EUA importaram mais produtos portugueses. Segundo os dados do INE, registou-se um crescimento de 51,6%, o que se traduziu em mais 262 milhões de euros.

O setor têxtil e do vestuário foi um dos que conseguiu exportar mais bens para os Estados Unidos no primeiro trimestre: a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal revelou, em comunicado, que o setor registou um aumento de 10 milhões de euros, cerca de 16%, para o outro lado do Atlântico.

A fechar o top 10 dos principais clientes de Portugal está Marrocos. Os valores absolutos são mais pequenos, mas com uma subida de 17,6%, as exportações portuguesas para os marroquinos já atingiram os 164 milhões de euros em três meses.

Máquinas, aparelhos e combustíveis são o que mais voa para fora da UE

Também há vida para lá do mercado interno da União Europeia: as exportações Extra-UE de Portugal representam quase um terço do total. Os Estados Unidos, Angola e Marrocos são os principais destinos, mas resta uma pergunta: quais são os bens mais transacionados?

O maior montante provém das máquinas e aparelhos que o país exporta para os mercados externos, um grupo de bens que atingiu os 572 milhões de euros nos primeiros três meses. Este número representa uma subida de 29,2%.

A seguir bem de perto estão os combustíveis minerais, categoria que representou um montante de exportações de 491,2 milhões de euros. Esta foi a categoria de bens que mais aumentou, em termos percentuais, face ao primeiro trimestre do ano passado: Portugal exportou mais 81,3% de combustíveis minerais para o mercado Extra-UE nos primeiros três meses deste ano.

Também relevantes mas com menos peso estão bens como os agrícolas, os metais comuns, os veículos (e outro material de transportes) e os químicos. Tudo bens que Portugal exporta significativamente para os países que estão fora do mercado único da União Europeia. No total estas exportações representaram 3.570 milhões de euros no primeiro trimestre de 2017, um aumento face a 2.681 milhões de euros no primeiro trimestre de 2016.

Gelpeixe nota crescimento em França, Espanha e Angola

O fundador da Gelpeixe, empresa do setor alimentar, confessa ao ECO que tem notado um crescimento nas exportações para França, Espanha e Angola. Contudo, Manuel Tarré explica que não existe um trabalho diferenciado para esses mercados. Ou seja, tem existido um trabalho consistente e persistente em todos os mercados, mas estes três mercados têm respondido melhor a esses estímulos.

“Todos os mercados são importantes para nós”, assegura Tarré, referindo que “não se pode dizer que há uma linha constante de crescimento, mas a tendência é de facto de crescimento“. Mas há um mercado especial onde existe uma tendência clara: o de Angola. Os angolanos precisam de bens essenciais, argumenta, referindo que a empresa, apesar das dificuldades, tem tentado “criar sinergias com os clientes” de modo a mantê-los.

Além de França, Espanha e Angola, a Gelpeixe tem como um dos mercados principais o da Polónia. Em 2016, a empresa familiar atingiu os oito milhões de euros em vendas ao exterior. A expectativa para este ano é aumentar para os 10 milhões de euros, um crescimento de 25%.

Riopele também cresce em Espanha

José Alexandre Oliveira, presidente da Riopele, empresa portuguesa de referência no setor têxtil e uma das grandes exportadoras nacionais, adianta ao ECO que “as exportações para Espanha têm vindo a aumentar”. Para além do trabalho normal desenvolvido nos mercados de exportação, o presidente da Riopele, imputa este crescimento das vendas para o país vizinho “com o crescimento da própria economia espanhola”.

A crise na Europa levou-nos a procurar outras regiões e hoje podemos dizer que o crescimento dessa zona económica mais que compensa o declínio da Europa.

Fortunato Frederico

Presidente do grupo Kyaia

A Riopele cujas exportações, em 2016, atingiram os 74 milhões de euros, tem como principais mercados, Espanha, França, Estados Unidos a que se junta ainda a Alemanha. José Alexandre Oliveira adianta que “para além de Espanha, o crescimento nos restantes mercados está estabilizado”.

Kyaia apostou nos Estados Unidos para compensar crise na Europa

É com a marca Fly London que o grupo Kyaia marca presença no mercado norte-americano. É lá que tem uma loja, em Nova Iorque, e onde vai marcando presença em várias feiras do setor, privilegiando as parcerias. O proprietário da empresa, Fortunato Frederico, refere que pode fazer dez feiras num ano. Mas a aposta não é inocente: aquela zona económica já vale cerca de 25 a 30% nas contas da Fly London.

Além dos Estados Unidos, a aposta de Fortunato Frederico aposta num espaço comercial com “grande potencial de crescimento”, onde se inclui o Canadá, a Nova Zelândia e a Austrália. “A crise na Europa levou-nos a procurar outras regiões e hoje podemos dizer que o crescimento dessa zona económica mais que compensa o declínio da Europa”, justifica o proprietário.

Também presente nos mercados de França e Espanha. Fortunato Frederico refere que “o país vizinho está também a crescer a bom ritmo“, o que resulta do trabalho que a empresa tem feito e da própria conjuntura espanhola.

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BCP: Acionistas aprovam novos administradores da Fosun

  • Rita Atalaia
  • 10 Maio 2017

Os acionistas do BCP aprovaram as contas do banco, mas também a nomeação de dois novos administradores indicados pela Fosun. Isto numa assembleia-geral que contou com uma representação de 54,1%.

Os acionistas do BCP aprovaram em assembleia-geral a nomeação de dois novos administradores que foram indicados pela Fosun. Para além disso, deram luz verde às contas do banco e à política de remuneração. Isto num encontro que contou com uma representação de 54,14% dos acionistas da instituição financeira liderada por Nuno Amado.

“Foi aprovada a designação de dois novos administradores: Lingiang Xu como vogal não executivo do conselho de administração do BCP e João Nuno de Oliveira Palma [antigo administrador financeiro da Caixa Geral de Depósitos, na equipa de José de Matos] como vogal executivo do conselho de administração do BCP“, lê-se no comunicado que o banco enviou à CMVM. Estes dois novos administradores foram indicados pela Fosun.

Estas nomeações acontecem depois de os chineses terem reforçado a sua posição no aumento de capital do BCP. A Fosun passou a controlar 23,9% da instituição liderada por Nuno Amado, ficando com autorização para chegar ao patamar dos 30%.

Para além de darem luz verde à entrada dos novos administradores, foi ainda aprovada a política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização. Mas também o relatório de gestão, o balanço e as contas individuais e consolidadas, relativos ao exercício de 2016. No ano passado, o banco conseguiu resultados líquidos positivos. O banco liderado por Nuno Amado fechou 2016 com lucros de 23,9 milhões de euros.

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Like & Dislike: O último a sair que feche a porta

O ritmo do salário mínimo não é sustentável. Mas sobe-se à mesma. A Segurança Social já não aguenta. Mas dá-se aumentos extraordinários antes de eleições e despenaliza-se reformas antecipadas.

Faz o que eu digo, mas não faças o que eu faço. É o novo lema de vida de Vieira da Silva.

O Governo colocou no seu programa um aumento do salário mínimo nacional de 20 a 27 euros, todos os anos, até ao final da legislatura. Este aumento anual de cerca de 5% é sustentável?

Não. Quem o diz é o próprio Vieira da Silva. Em fevereiro, o ministro do Trabalho e da Segurança Social foi ao Parlamento dizer o seguinte: “Naturalmente nós não defendemos, nem ninguém defende, penso eu, que este ritmo de crescimento do salário mínimo seja um ritmo sustentável no longo prazo”.

O ritmo não é sustentável, mas mesmo assim o Governo mantém esse ritmo? Sim, o último a sair que feche a porta.

Na temática da Segurança Social estamos a assistir a um fenómeno semelhante. Na semana passada, em entrevista à RTP3, o ministro do Trabalho veio dizer o seguinte: “simulações que têm sido feitas apontam que, mais próximo da década de 30, possa existir uma situação de maior dificuldade da segurança social”.

Então se daqui a pouco mais de uma década o sistema — que nos últimos cinco anos precisou de transferências extraordinárias de mais de 5 mil milhões de euros — vai estar deficitário, contém-se a despesa, certo?

Errado. Vieira da Silva não só descongelou o mecanismo de atualização das pensões, como ainda vai dar um bónus de 10 euros em agosto a mais de 2 milhões de pensionistas. Em agosto porquê? Porque é véspera de eleições autárquicas.

Como se isso não bastasse, o Governo vai suavizar os cortes das pensões antecipadas — dificultando o acesso, mas reduzindo a penalização –, espetando mais um prego de mais 300 milhões de euros no financiamento do sistema de previdência. Um sistema que nas últimas duas décadas assumiu responsabilidades adicionais com milhares de novos trabalhadores em troca de receitas à cabeça para tapar o buraco do défice.

O que fazer então com o buraco que se abre nas contas do sistema? “Diversifica-se as fontes de financiamento da Segurança Social”. É esta a nova cura para todos os males das contas públicas.

O Governo já inventou um novo imposto — o Adicional do IMI — para disfarçar a falta de dinheiro para as pensões. E os economistas que desenharam o programa do PS chegaram ainda a aventar a hipótese de se criar o imposto sucessório para heranças e ainda consignar quatro pontos da receita de IRC à Segurança Social.

Mais à esquerda, Bloco e PCP regozijam-se com novas taxas contributivas sobre os lucros, ou com o aumento da TSU para as empresas que contratem a termo, tudo em nome desse nobre objetivo de “diversificar as fontes de financiamento da Segurança Social”.

Diversificação de receitas da Segurança Social não é de hoje. O IVA Social é bem o exemplo disso. E numa altura em que a tecnologia substitui indústrias de mão obra intensiva, emagrecendo as contribuições, vale a pena discutir o assunto.

Mas não na lógica que estamos a discutir, a de tapar buracos. A famigerada “diversificação das fontes de financiamento da Segurança Social” propalada pela esquerda não é uma reforma estrutural. São remendos, taxas e taxinhas para tapar buracos de medidas populistas e eleitoralistas à custa do regime de previdência.

Claro que quando o sistema entrar em rutura, já não estarão a governar aqueles que hoje defendem aumentos para os quais não tem dinheiro. O último a sair que feche a porta.

O Like & Dislike é um espaço de opinião.

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Mais impostos roubam lucros à Semapa

A Semapa, holding que controla a Navigator e a Secil, anunciou que os lucros caíram 18,7% nos primeiros três meses do ano. A culpa foi dos impostos.

A Semapa fechou os primeiros três meses do ano com um resultado líquido de 14,3 milhões de euros, menos 18,7% do que me igual período do ano anterior.

Em comunicado enviado esta quarta-feira à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa imputa esta quebra nos resultados “à evolução desfavorável dos impostos sobre os lucros”.

A Semapa pagou 12,9 milhões de euros em impostos sobre lucros, quando nos primeiros três meses de 2016 tinha pago 8,2 milhões de euros.

O volume de negócios, por seu turno, cresceu 5% para os 521,5 milhões de euros, com as exportações e vendas ao exterior a ascenderem a 401,4 milhões de euros, cerca de 77% do volume de negócios.

O EBITDA do primeiro trimestre cresceu 0,6%, atingindo os 111,2 milhões de euros. Já a margem consolidada situou-se 0,9 pontos percentuais abaixo da registada em igual período do ano anterior, nos 21,3%.

Em termos de contribuição por segmento de negócio, a Pasta e Papel — com 392,7 milhões de euros — continuou a ser a principal fonte de receita do grupo. A Pasta e Papel cresceu 2,1% face a igual período do ano anterior. Em segundo lugar aparecem os Cimentos que terão crescido 14% para os 121,4 milhões, seguido pelo Ambiente cujo crescimento se cifrou nos 34,6% para os 7,5 milhões de euros.

Já a dívida líquida consolidada da Semapa era no final do primeiro trimestre do ano de 1.758,5 milhões de euros, o que significa uma descida de 21,2 milhões de euros face ao valor apurado no final de 2016.

Os resultados financeiros referentes ao período em análise foram negativos em 17,5 milhões de euros, uma melhoria de 8,8% face ao período homólogo. A Semapa diz que esta variação “resultou principalmente do efeito positivo decorrente de reembolso de dívida e refinanciamento de dívida em condições mais vantajosas”.

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Um bom dia na dívida, não tão bom na bolsa

Portugal saiu-se bem no mercado das obrigações, mas o dia não correu tão bem na bolsa. Obteve 1.250 milhões de euros com juros favoráveis, mas o PSI-20 contrariou o sentimento positivo na Europa.

O país saiu-se bem no mercado da dívida, colocando 1.250 milhões de euros em dívida a cinco e a dez anos com juros favoráveis — e com a procura a duplicar a oferta. Depois desta emissão, o Tesouro tem já metade do financiamento que necessita obter em 2017.

Mas o dia já não correu tão bem no mercado de ações. A bolsa nacional contrariou a generalidade das praças europeias e fechou no vermelho, com perdas de 0,07%. BCP, Jerónimo Martins e Mota Engil pressionaram o índice, enquanto a EDP e a Galp travaram perdas ainda maiores. A subida do petróleo ajudou.

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Avaria mantém aviões em terra em Lisboa. ANA pede compreensão aos passageiros

  • Lusa
  • 10 Maio 2017

Um problema no sistema de bombagem de combustível está a impossibilitar o abastecimento dos aviões no aeroporto de Lisboa. Aeroporto prevê resolução até às 21 horas.

Uma avaria ocorrida no início da tarde no sistema de bombagem de combustível do Aeroporto de Lisboa está a impossibilitar o abastecimento de aeronaves e a causar vários atrasos. A Aeroportos de Portugal prevê que os problemas no abastecimento das aeronaves no Aeroporto de Lisboa, que já obrigaram ao cancelamento de 27 voos, estejam resolvidos até às 21:00, estando o abastecimento a ser feito por autotanques.

Em conferência de imprensa, o diretor do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, João Nunes, afirmou que os problemas com o abastecimento começaram hoje pelas 12:00, tendo entretanto sido cancelados 27 voos e seis outros divergiram para outros aeroportos.

Realçando tratar-se de “uma situação que aconteceu pela primeira vez”, o responsável explicou que neste momento já estão a ser abastecidas aeronaves, com recurso a autotanques, o que tem permitido a partida de alguns voos, mas que não garante normal funcionamento da operação.

“Se não fosse o abastecimento por autotanque estaríamos em muitos maus lençóis neste momento”, declarou, admitindo que mais voos possam vir a ser cancelados ao longo do dia de hoje.

Entretanto, a ANA está a pedir “compreensão aos passageiros” afetados pelos atrasos em vários voos devido à avaria “inédita” que há mais de duas horas está a impossibilitar o abastecimento de aeronaves no Aeroporto de Lisboa.

Segundo disse à agência Lusa fonte oficial da gestora aeroportuária, o sistema de abastecimento de combustível ao Aeroporto de Lisboa “é da responsabilidade do GOC [Grupo Operacional de Combustíveis, liderado pela Petrogal e que reúne as principais petrolíferas]”, que “diz que está a tentar resolver” o problema. A Aeroportos de Portugal avançou entretanto que prevê que os problemas no abastecimento das aeronaves estejam resolvidos até às 21:00.

De acordo com a ANA, trata-se de um problema no sistema de bombagem de combustível do aeroporto Humberto Delgado, que está a impossibilitar o abastecimento de aeronaves e, consequentemente, a impedir a descolagem das aeronaves que não estão abastecidas.

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Depósitos do Montepio caíram para mínimo da década

A tensão em torno situação financeira do banco levou muitos aforradores a resgatarem as suas poupanças. Foi retirado, num trimestre, o valor mais elevado num ano, atirando o saldo para mínimo de 2010.

O Montepio esteve na ribalta no arranque deste ano. E não foi pelos melhores motivos, razão pela qual se assistiu a uma quebra acentuada dos recursos dos clientes no banco. Houve um trambolhão no valor aplicado pelos aforradores, atirando o montante em depósitos para o nível mais baixo da década.

Os depósitos dos clientes encolheram em 876 milhões de euros no espaço de apenas três meses, disse o banco na apresentação dos lucros de 11,1 milhões no primeiro trimestre de 2017. Tendo em conta apenas os dias úteis deste período, foram retirados do banco 70 milhões de euros por dia, reflexo, em parte, dos receios dos investidores em torno da solvabilidade da instituição liderada por Félix Morgado fruto dos problemas do seu único acionista, a Associação Mutualista Montepio Geral.

“Apesar da ligeira diminuição nos depósitos, assistimos a uma dinâmica favorável das quotas de mercado tanto no segmento de particulares, mas também no segmento de empresas”, diz o banco. A quebra ligeira foi de 7%. Enquanto a quebra em termos absolutos foi a mais expressiva desde o primeiro trimestre de 2016, em termos percentuais foi a mais expressiva desde meados de 2015. E o saldo afundou para mínimos de vários anos, apesar de os depósitos estarem protegidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos até um valor de 100 mil euros por depósito e depositante.

O valor total apresentado pelo Montepio como depósitos de clientes foi de 11.592 milhões de euros, o que representa o montante mais baixo desde o ano de 2010, de acordo com a recolha realizada pelo ECO. Nessa altura, o saldo estava ligeiramente acima dos 10 mil milhões, tendo subido desde então, chegando a um máximo de 14.287 milhões em março de 2015.

Desde essa altura, contudo, a tendência tem sido de descida. Em oito trimestres, desde meados de 2015, o Montepio apresentou uma quebra no saldo dos depósitos em seis — só em dezembro de 2015 e junho de 2016, meses em que são pagos subsídios de Natal e férias, os valores aumentaram em 416 e 618 milhões, respetivamente.

Com a quebra dos depósitos, o rácio de transformação, ou seja, a cobertura dos créditos pelos depósitos deteriorou-se. Houve uma “manutenção do equilíbrio do balanço comercial com o rácio de transformação, considerando o crédito e os recursos de clientes de balanço, a fixar-se em 102,8%”, diz o banco, mas no final do ano era de 96,3%. Uma evolução numa altura em que o crédito a clientes caiu em 3,2%.

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Investimento captado através dos vistos gold cai 5%. China domina

  • Lusa
  • 10 Maio 2017

Em abril, o investimento resultante da Autorização de Residência para a atividade de Investimento totalizou 78 milhões de euros. A maior parte do dinheiro continua a vir de investidores chineses.

O investimento captado através dos vistos gold recuou 5% em abril em termos homólogos, para 78 milhões de euros, de acordo com os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Em abril, o investimento resultante da Autorização de Residência para a atividade de Investimento (ARI), mais conhecido por vistos gold, totalizou 78.069.068 euros, uma descida de 5% face ao mesmo mês de 2016 (82.413.310,20 euros) e de 59% relativamente a março, altura em que o montante arrecadado atingiu 192.493.840,26 euros.

Do total do investimento angariado no mês passado, a maioria continua a ser proveniente da aquisição de bens imóveis (70.729.563 euros), com a transferência de capital a totalizar 7.339.505 euros.

Em abril, foram atribuídos 122 “vistos dourados”, dos quais 115 por via do requisito da aquisição de bens imóveis e sete por via da transferência de capital.

Dos 115 atribuídos mediante a compra de bens imóveis, foram concedidos em abril mais três ARI para reabilitação urbana, no âmbito das novas regras de concessão, em vigor há mais de um ano e meio (desde setembro de 2015).

Até final de abril tinham sido atribuídos 24 vistos gold para reabilitação urbana, sendo que o primeiro do género foi concedido há quase um ano (julho de 2016).

Nos primeiros quatro meses do ano, o investimento captado foi de 511,33 milhões de euros, mais 62,8% do que no período homólogo do ano passado (313,95 milhões de euros).

Em termos acumulados – desde que os “vistos dourados” começaram a ser atribuídos, em 8 de outubro de 2012, até abril último -, o investimento total captado com ARI atingiu 3.078 milhões de euros. Deste total, 2.772 milhões de euros foram captados por via da compra de bens imóveis e 305,69 milhões euros através da transferência de capital.

Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento, foram atribuídos 5.003 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016 e 801 este ano.

Em termos acumulados, até abril foram concedidos 4.712 vistos pelo requisito da aquisição de bens imóveis, 284 por transferência de capital, e sete pela criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho.

A China lidera a lista de ARI atribuídas (3.376 até abril, seguida do Brasil (403), África do Sul (180), Rússia (173) e Líbano (99).

As novas regras para a obtenção de vistos gold, que alargaram os critérios de investimento para cidadãos fora da União Europeia a áreas como reabilitação urbana e ciência, entre outras, entraram em vigor em 3 de setembro de 2015.

Desde 2013 foram atribuídas 8.130 autorizações de residência a familiares reagrupados: 576 em 2013, 2.395 em 2014, 1.322 em 2015, 2.344 em 2016 e 1.493 em 2017.

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Bolsa nacional derrapa, petróleo trava perdas

A bolsa nacional contrariou a generalidade das praças europeias ao fechar em queda com os maus desempenhos na banca, na construção e no retalho. Valorização do petróleo travou perdas.

Tempo nublado na bolsa nacional, com o PSI-20 a não conseguir manter os ganhos registados nos primeiros instantes da sessão e a cair para terreno negativo, corrigindo de máximos de mais de um ano. A par com Espanha, o índice português foi dos que contrariou a tendência da generalidade das praças europeias.

O PSI-20 encerrou a cair 0,07%, pressionado por maus desempenhos do BCP, Mota-Engil e Jerónimo Martins. O banco desvalorizou 0,22% para 0,23 cêntimos cada ação, enquanto a construtora caiu 0,58% e a retalhista derrapou 0,38%. A travar perdas ainda maiores estiveram a Galp e a EDP, com ganhos de, respetivamente 1,22% e 0,03%. Os títulos da petrolífera fecharam nos 14,15 euros e os da energética nos 3,25%, à boleia da subida dos preços do petróleo.

Foi um dia de forte valorização para a matéria-prima, face aos sinais de maior consumo no mercado norte-americano. Em Londres, o contrato de Brent, referência para as importações nacionais, estava a negociar nos 50,15 dólares o barril, um avanço de 2,9% em relação à sessão anterior. Em Nova Iorque, o crude avançava 3,2% para 47,34 dólares por barril.

Este foi também um dia em que Portugal foi ao mercado obter 1.250 milhões de euros em títulos com maturidade de cinco e de dez anos. No leilão de dívida a dez anos, Portugal pagou um juro mais alto para levantar no mercado 632 milhões de euros. No a cinco anos foram obtidos 618 milhões de euros com um juro de 1,828%, inferior ao do último leilão. Em ambos os casos, a procura duplicou a oferta do IGCP. À hora de fecho da sessão, as yields da dívida portuguesa a cinco e a dez anos caíam, respetivamente, dois e quatro pontos base. As últimas fixam-se nos 3,396%.

Olhando para as praças europeias, o Stoxx 600 avançou 0,13% para 396,33 pontos. O índice espanhol caiu 0,24%, enquanto os restantes registaram ganhos entre 0,05% (França e Alemanha) e 0,63% (Londres). Itália avançou 0,18%,

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