Fabricante automóvel PSA compra participação maioritária em grupo chinês

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2018

Fabricante automóvel comprou participação maioritária no grupo chinês líder na região de Xangai, para maximizar a eficiência do sistema de distribuição logística.

O fabricante automóvel PSA anunciou, esta sexta-feira, a compra de uma participação maioritária no grupo chinês Jian Xin, líder na região de Xangai no fornecimento de peças substituição para as principais marcas.

A PSA explicou em comunicado que esta operação vai permitir-lhe ter “um sistema de distribuição logística competitivo e eficiente” e oferecer ao mercado peças de substituição nos melhores prazos de entrega, bem como “acelerar” o aumento deste tipo de peças para as quais a gama Eurorepar se desenvolveu, especialmente na China.

Esta aquisição constitui um impulso na implantação de sua rede de garagens Euro Repar Car Service, uma vez que os clientes da Jian Xin são em grande oficinas independentes “suscetíveis” de integrar na rede PSA.

Desde 23 de outubro passado já tinha conseguido 23 adesões num evento para recrutamento organizada em Xangai na presença do diretor do negócio de reparações da empresa francesa, Christophe Musy.

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Combustíveis voltam a ficar mais baratos. Gasolina baixa mais

  • ECO
  • 9 Fevereiro 2018

O gasóleo e a gasolina deverão voltar a ficar mais baratos na segunda-feira. O preço médio deverá fixar-se no valor mais baixo em sete semanas.

Os preços dos combustíveis vão voltar a baixar a partir de segunda-feira, depois de uma semana de quedas generalizadas nos mercados internacionais, que afetaram também a cotação do petróleo.

De acordo com a informação obtida pelo ECO junto de fonte do mercado, o preço do gasóleo deverá baixar 1,5 cêntimos no arranque da próxima semana, depois de já ter baixado em cerca de um cêntimo esta semana. Assim, a partir de segunda-feira, o litro do gasóleo simples deverá custar uma média de 1,29 euros em Portugal Continental, o valor mais baixo em sete semanas.

A gasolina deverá registar uma descida um pouco mais acentuada. Depois de também ter caído esta semana, deverá voltar a ficar mais barata na segunda-feira, em dois cêntimos. O preço médio da gasolina 95 deverá, assim, fixar-se em 1,49 euros por litro, o valor mais baixo desde o final de dezembro.

A justificar esta descida está a desvalorização do petróleo, que acompanhou as quedas acentuadas que se registaram nas bolsas internacionais. A matéria-prima regista mesmo a pior semana em quase um ano. O barril de Brent, que serve de referência para o mercado português, negoceia agora abaixo dos 65 dólares.

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Vem aí um novo botão do Facebook

  • ECO
  • 9 Fevereiro 2018

Facebook já está a testar um botão de "reprovação" que notifica a rede social sempre que um comentário pouco cívico ou enganador é publicado. Gigante sublinha que este não é o tão esperado "desgosto".

Depois de ter recusado incluir um botão de ‘desgosto’ na sua plataforma, o Facebook está agora a testar uma nova funcionalidade, que possibilita, do mesmo modo, uma crítica aos conteúdos divulgados: um botão de ‘reprovação’ (downvote).

“Não estamos a testar um botão de desgosto”, fez questão de realçar a gigante de Mark Zuckerberg, num comunicado citado pela Bloomberg. “Estamos a explorar uma funcionalidade para que os utilizadores nos deem feedback relativamente aos comentários colocados em páginas públicas”, esclareceu a companhia. O novo botão aparecerá à direita do clássico “gosto” e notificará a rede social sempre que um comentário pouco cívico ou enganador for divulgado.

Por agora, a novidade está apenas disponível para a uma pequena percentagem dos internautas norte-americanos. O seu alargamento a todos os utilizadores do Facebook seria uma clara tomada de posição contra o comentário feito pela gigante em 2016 de que nenhum tipo de botão de “reprovação” ou “desgosto” seria adotado. Nessa ocasião, a rede social concluira que implementar tais funcionalidades contribuiria para a difusão da negatividade e ódio.

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Exportações de bens atingem maior peso no PIB dos últimos 17 anos

No conjunto de 2017, as exportações aumentaram 10,1% face ao ano passado, mas as importações subiram ainda mais. O défice comercial agravou-se 2,6 mil milhões de euros.

As exportações de bens atingiram os 55 mil milhões de euros em 2017, atingindo o maior peso no PIB pelo menos dos últimos 17 anos: 28,6% do PIB. Os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que as exportações aumentaram 10,1% face a 2016. Mas as importações cresceram ainda mais, 12,5%, e agravaram o défice comercial em 2,6 mil milhões de euros.

Peso das exportações no PIB de 2000 a 2017

Fonte: INE/Pordata.

O ministro da Economia já tinha antecipado que em 2017 ia ser “o ano com maiores exportações de sempre em Portugal”. “Não só com maior volume, mas também com o maior peso das exportações no PIB”, disse Manuel Caldeira Cabral em janeiro. Os dados do INE confirmam a previsão: as exportações de bens aumentaram cinco mil milhões em relação a 2016 e passaram de um peso de 27,01% no PIB para 28,6% em 2017.

2017 foi um ano de aceleração das exportações de bens — subida de 10,1%, o ritmo mais forte desde 2011 — dado que, em 2016, tinham crescido apenas 0,8%. Contudo, as importações registaram uma “acentuada aceleração”, classifica o INE, de 1,5% para 12,5% — o ritmo mais forte desde 2010. Ao todo, em 2017, as importações somaram mais de 7,6 mil milhões de euros. Por causa disso, o défice comercial de bens piorou 2,6 mil milhões de euros e atingiu os 13,8 mil milhões, um máximo desde 2011.

Evolução do volume das exportações, importações e défice comercial

Fonte: Instituto Nacional de Estatística.

Com o agravamento do défice da balança comercial, a taxa de cobertura caiu 1,8 pontos percentuais para os 79,9% em 2017. A taxa de cobertura mede a relação entre o valor exportado e o valor importado de cada bem. Ou seja, é a percentagem do valor da importação de bens que é coberta pelo valor da exportação de bens.

É preciso ressalvar que os dados divulgados esta sexta-feira não estão deflacionados, ou seja, não refletem a variação dos preços. Além disso, estas exportações referem-se apenas a bens (mercadorias), excluindo as exportações de serviços cuja divulgação é feita pelo Banco de Portugal. A balança comercial dos serviços tem sido positiva graças ao contributo do turismo, o que ajuda Portugal a equilibrar as contas.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h09)

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 9 Fevereiro 2018

L'Óreal está preparada para comprar participação da Neslé na empresa. Irlanda pode ficar no mercado único europeu, mesmo depois do Brexit. Toyota investe no Japão e vem aí um novo botão do Facebook.

Depois de ter descartado o botão de ‘desgosto’, na ocasião em que acrescentou outras opções de reação aos conteúdos que andam pela rede social, o Facebook está a testar uma nova funcionalidade: um botão de ‘reprovação’. Pelo continente europeu, a Irlanda pode escapar à saída do mercado único, mesmo após o Brexit ser final, e a francesa L’Óreal está pronta para comprar a participação que a Nestlé tem na empresa. Do outro lado do mundo, a Toyota acaba de investir numa rival japonesa da Uber. Na Sacyr, esta sexta-feira é dia de distribuição de dividendos.

Financial Times

L’Óreal quer comprar participação da Nestlé na gigante da cosmética

A L’Óreal está preparada para comprar os 23% que a Nestlé atualmente detém da gigante da cosmética. O presidente executivo da francesa revelou que já tem fundos suficientes para adquirir a posição detida pela suíça, numa operação que deverá implicar 23 mil milhões de euros. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

The Guardian

Irlanda fica no mercado único europeu depois do Brexit

No próximo ano, o Reino Unido vai dizer ‘adeus’ à União Europeia, mas a Irlanda vai manter a sua participação no mercado único do continente. A notícia chegou aos negociadores britânicos e aparece como uma das propostas do bloco para o acordo do divórcio. Em causa está a continuação desse país na união aduaneira e no mercado único europeus, de modo a evitar conflitos relativamente à fronteira entre as duas Irlandas.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre / conteúdo em inglês).

TechCrunch

Toyota investe no rival japonês da Uber

A Toyota acaba de investir 69 milhões de dólares (cerca de 56,2 milhões de euros) na JapanTaxi, uma rival da Uber que, como o próprio nome indica, tem como base de funcionamento os taxistas japoneses. Esta não é a primeira vez que a gigante automóvel injeta dinheiro nesta companhia. Leia a notícia completa no TechCrunch (acesso livre / conteúdo em inglês).

Bloomberg

Facebook já está a testar botão de “reprovação”

Depois de ter acrescentado ao clássico botão de “gosto” várias outras opções de reação, o Facebook está agora a testar um botão que permite aos utilizadores “reprovar” comentários. A nova funcionalidade, que aparecerá à direita do “gosto” já existente, tem como objetivo notificar a rede social sempre que um comentário pouco cívico ou enganador for divulgado. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

El Economista

Sacyr distribui dividendos pelos seus acionistas

A construtora espanhola Sacyr vai distribuir, esta sexta-feira, os dividendos pelos seus acionistas que escolheram cobrar essa remuneração em função dos resultados de 2017, oferecendo-lhes 0,052 euros brutos por ação. Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre / conteúdo em espanhol).

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Tombo das bolsas custou quase 80 mil milhões de euros aos mais ricos

As fortunas dos 500 mais ricos do mundo encolheram em 93 mil milhões de dólares devido às quedas acentuadas das bolsas na sessão de quinta-feira.

O mercado dá e o mercado tira. Os maiores investidores do mundo que o digam. O novo tombo das bolsas na última quinta-feira “roubou” 93 mil milhões de dólares aos mais ricos. Ou o equivalente a cerca de 79 mil milhões de euros.

Este valor foi quanto encolheram as fortunas dos 500 mais ricos do mundo, sendo que para vinte deles as perdas foram de pelo menos mil milhões de dólares, segundo a Bloomberg.

Investidores que mais dinheiro perderam

Fonte: Bloomberg

Jeff Bezos, a pessoa mais rica do mundo viu a sua fortuna cair em 5,3 mil milhões de dólares, para um total de 113,2 mil milhões, de acordo com o índice de milionários da Bloomberg. Essas perdas resultaram do tombo de 4,7% das ações da Amazon na sessão norte-americana de quinta-feira.

Já a fortuna de Warren Buffett, presidente da Berkshire Hathaway, reduziu-se em 3,5 mil milhões de dólares, enquanto a de Mark Zuckerberg perdeu 3,4 mil milhões de dólares. A fortuna destes três investidores conjuntamente com a de Larry Page e Sergey Brin reduziu-se em 16,3 mil milhões de euros.

De salientar que na quinta-feira o S&P 500 e o Dow Jones tombaram até níveis mínimos de novembro, perante os receios dos investidores relativamente à aceleração do ritmo de subida de juros perante a aceleração da inflação.

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Investimento captado em Vistos gold cai 29% em janeiro para 99,2 milhões

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2018

Em janeiro foram atribuídos 164 vistos dourados, dos quais 154 por via do critério de aquisição de bens imóveis.

O investimento captado através dos Vistos Gold caiu 29% em janeiro, face a igual mês de 2017, para 99,2 milhões de euros, de acordo com dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

No primeiro mês do ano, o investimento resultante da Autorização de Residência para a atividade de Investimento (ARI), como também são conhecidos os Vistos Gold ascendeu a 99.169.840,74 euros, menos 29,9% em termos homólogos (141.250.454,23 euros). Relativamente a dezembro, altura em que o investimento totalizou 30.403.224,21 euros, o investimento mais do que triplicou (226%).

Do total do montante captado no mês passado, a maior parte continua a vir da aquisição de bens imóveis (90.038.633,75 euros), enquanto a transferência de capital atingiu o valor de 9.131.206,99 euros.

Em janeiro foram atribuídos 164 vistos dourados, dos quais 154 por via do critério de aquisição de bens imóveis. Do total destes últimos, 19 foram concedidos através da compra de imóveis para reabilitação urbana.

A transferência de capital foi responsável pela atribuição de nove vistos e o critério da criação de, pelo menos, dez postos de trabalho, concedeu uma ARI. Até final de janeiro tinham sido concedidos 103 Vistos Gold para reabilitação urbana, sendo que o primeiro foi atribuído em julho de 2016.

Em termos acumulados – desde que os vistos ‘dourados’ começaram a ser atribuídos, a 8 de outubro de 2012, até janeiro último -, o investimento total captado com as ARI atingiu os 3.510.435.683,13 euros, dos quais 334.029.367,45 euros por transferência de capital e 3.176.406.315,68 euros pela compra de bens imóveis.

Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento, foram atribuídos 5.717 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017 e 164 em 2018.

Em termos acumulados, desde a sua criação até janeiro, foram concedidos 5.397 vistos pelo requisito da aquisição de bens imóveis, 311 por transferência de capital, e nove pela criação de, pelo menos, dez postos de trabalho.

A China lidera a lista de ARI atribuídas (3.645 até janeiro), seguida do Brasil (493), África do Sul (228), Rússia (200) e Turquia, que acaba entrar na lista em janeiro no lugar do Líbano, com 131.

As novas regras para a obtenção de Vistos Gold, que alargaram os critérios de investimento para cidadãos fora da União Europeia a áreas como reabilitação urbana e ciência, entre outras, entraram em vigor em 03 de setembro de 2015. Desde 2013 foram atribuídas 9.559 autorizações de residência a familiares reagrupados: 576 em 2013, 2.395 em 2014, 1.322 em 2015, 2.344 em 2016, 2.678 em 2017 e 244 em 2018.

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Depósitos em Portugal já só pagam metade do que na zona euro

Os juros dos novos depósitos disponibilizados pela banca nacional pagaram, em média, 0,19% no mês de dezembro, um novo mínimo histórico. A média da zona euro foi o dobro: 0,37%.

O tempo passa e os depósitos a prazo pagam cada vez menos em Portugal. O último mês de 2017 fica marcado por um novo mínimo histórico da remuneração oferecida pelos bancos nacionais nas novas aplicações a prazo, que se afastam cada vez mais da média europeia. Os novos depósitos a prazo já só pagam metade do que a média do conjunto de países da zona euro.

Dados divulgados pelo Banco Central Europeu (BCE) mostram que a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo se fixou, em dezembro, nos 0,19%. Trata-se da remuneração mais baixa do histórico disponibilizado pela entidade liderada por Mario Draghi, cujo início remonta a janeiro do ano 2000.

Taxa de juro cada vez mais longe da média da Europa

Fonte: BCE | Taxa de juro média

Esta taxa corresponde a cerca de metade quando comparada com os 0,37% oferecidos, em média, na zona euro. O rumo dos juros nacionais revela assim um afastamento cada vez maior da realidade dos outros países da região da moeda única.

De acordo com as estatísticas do BCE, entre os 19 países que fazem parte da Zona Euro, apenas dois remuneraram o dinheiro dos depositantes com taxas de juro mais baixas, em dezembro. Foi o que aconteceu com a Irlanda e Espanha. Os bancos irlandeses pagaram, em média, uma taxa de juro de 0,07% pelos novos depósitos constituídos no último mês do ano passado. Já a remuneração média dos novos depósitos realizados em Espanha foi de 0,08%, em média.

Se estes países periféricos da Zona Euro se destacam pela baixa remuneração oferecida, noutros a realidade é bastante distinta. A Holanda é o país da zona euro mais generoso nos depósitos, com a taxa de juro média a situar-se em 1,37%, logo seguida por Chipre com um juro de 1,23% e pela França com uma taxa média de 0,98% oferecida nas novas aplicações em depósitos a prazo.

Juros dos depósitos nacionais entre os mais baixos da zona euro

Fonte: BCE

A realidade nacional no que diz respeito à remuneração dos depósitos a prazo é bastante distinta face aos níveis recorde de 2011. Nessa altura, os bancos nacionais, a braços com a crise no setor, atingiram o pico da generosidade nos seus depósitos. O máximo dos juros dos depósitos a prazo foi atingido em Portugal em outubro de 2011, com a taxa média a situar-se num recorde de 4,53%.

Era com remunerações desse nível que os bancos portugueses procuravam captar recursos dos seus clientes de forma a reequilibrarem os seus rácios face às imposições da regulação da banca. Na Europa, a realidade era bastante distinta, com os juros a ficarem bastante aquém dos nacionais: 2,92% em média.

Indexantes mais baixos e também menos pressão

Atualmente, os bancos já não vivem sobre a sombra dessa ameaça, tendo já conseguido reequilibrar os seus rácios. Tendo em conta este cenário e o nível historicamente baixo, e negativo, das taxas Euribor, os bancos não estão interessados em captar depósitos. A prioridade passa sim por libertar liquidez no mercado através da disponibilização de crédito. Neste contexto, é compreensível que os juros dos depósitos continuem em queda.

É difícil explicar este facto, sobretudo quando se comparam os juros de países como França e Holanda com Portugal. As explicações poderão residir em tradição do mercado e, mais provavelmente, na tendência para a contratação de depósitos a prazos mais longos.

Filipe Garcia

IMF

Filipe Garcia, economista da IMF, realça, contudo, alguma estranheza no que respeita à grande discrepância existente entre os juros pagos nos depósitos nacionais em comparação sobretudo com alguns países da Zona Euro. “Olhando para os dados verifica-se que, historicamente, os juros em Portugal são um pouco mais baixos do que a média europeia, exceção feita ao período da crise 2010-2015″, começa por dizer, acrescentando no entanto que “é difícil explicar” o atual distanciamento, sobretudo quando se comparam os juros de países como França e Holanda com Portugal.

Para o economista razões de natureza específica de cada país é que poderão estar a explica essa evolução. “As explicações poderão residir em tradição do mercado e, mais provavelmente, na tendência para a contratação de depósitos a prazos mais longos“, concretiza.

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Venda do banco Efisa: Prazo para entrega de propostas prolongado

As candidaturas para comprar o banco Efisa devem ser apresentadas até dia 1 de março, e as entidades que sejam consideradas qualificadas têm depois até 26 de março para entregar uma proposta.

O processo de venda do banco Efisa sofreu mais um atraso. O Estado, através da Parparticipadas, publicou esta sexta-feira um anúncio em que prolonga por mais tempo o prazo para a entrega de propostas do concurso público de venda do banco. Os interessados têm agora até dia 1 de março para apresentarem as suas candidaturas e até ao dia 26 do mesmo mês para entregar uma proposta preliminar.

Este adiamento acontece depois de a 23 de janeiro ter sido publicado em Diário da República o lançamento do concurso de venda do Efisa pela holding estatal Parparticipadas, sociedade criada para ficar com ativos do BPN após a nacionalização deste, e que ficou com os ativos que o angolano BIC não adquiriu ao ex-BPN. A mudança de datas é justificada por “alteração ao programa do concurso”.

“Na sequência do anúncio de procedimento nº353/2018, publicado no Diário da República, II Série, nº 16, de 23 de janeiro de 2018, avisam-se os interessados que, em virtude de alteração ao programa de concurso, o prazo para a apresentação de candidaturas foi prorrogado por um período de 17 dias, terminando às 13h00 do 20º dia posterior à publicação deste anúncio no Diário da República”, diz um anúncio publicado nesta sexta-feira na imprensa nacional. A apresentação de candidaturas passa assim a ser possível até 1 de março.

O mesmo anúncio adia em 17 dias também o prazo para a entrega de propostas preliminares e finais. As novas datas passam a ser 26 de março e 10 de abril, respetivamente.

Este concurso surge depois de, em meados de dezembro, num comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Parparticipadas admitir ter por objetivo concluir o concurso, com a adjudicação da proposta vencedora, num prazo de “três a quatro” meses.

O anúncio de venda ocorre depois de ter sido cancelada em abril a venda do Banco Efisa à empresa Pivot, acordada no final de 2015, após ter terminado o prazo para a concretização da operação.

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Autoeuropa. Comissão de Trabalhadores pede mais tempo para chegar a entendimento

  • ECO
  • 9 Fevereiro 2018

Apesar de estar a circular um abaixo-assinado que exige a saída da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, representantes dizem que não saem "por vontade própria" e pedem mais tempo para negociar.

Com a pressão dos protestos dos operários sobre os ombros, a Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa lembra que “todos os processos negociais exigem tempo” e garante que vai continuar à procura de um entendimento. Apesar de estar a circular um abaixo-assinado que exige a destituição do grupo eleito em outubro para negociar com a administração da fábrica de Palmela, o seu coordenador diz que o “ânimo é sempre o mesmo”, cita o Dinheiro Vivo.

“Vamos continuar a negociar. Hoje tivemos uma reunião e amanhã teremos outra. O ânimo é sempre o mesmo”, sublinha Fernando Gonçalves. “Temos de continuar a trabalhar para perseguir os nossos objetivos e não é este tipo de coisas que nos demove”, acrescenta, afastando uma saída por vontade própria.

Ainda assim, depois de recolhidas as quase duas centenas de assinaturas dos trabalhadores que reclamam da ineficácia da CT, terá de ser marcado um plenário e votada a continuidade do grupo liderado por Gonçalves. Se dois terços dos operários (cerca de 3762 pessoas) concordarem com a saída, os representantes terão mesmo de abandonar o lugar.

Na origem dos protestos, está a “ineficácia” da Comissão dos Trabalhadores na discussão com a administração da Autoeuropa sobre o encontro de um ponto de equilíbrio entre as reivindicações dos operários relativamente aos horários de trabalho e aos seu pagamento e a produtividade da fábrica, que tem de garantir as encomendas do novo modelo T-Roc.

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Andar de transportes sem bilhete pode dar penhora de bens

  • ECO
  • 9 Fevereiro 2018

Governo que endurecer regime sancionatório, reforçando o papel do Fisco na cobrança das dívidas dos transportes públicos e tornando mesmo possível a penhora de bens, nestas situações.

Andar de transportes públicos sem comprar bilhete não dá direito apenas a uma multa. Segundo avança, esta sexta-feira, o Jornal de Notícias (acesso pago), cabe ao Fisco fazer a cobrança coerciva dessas coimas, podendo, no limite, ser desencadeado um processo penhora de bens.

Desde 2014 que as Finanças têm a responsabilidade de cobrar estas multas, mas até agora nem um cêntimo tinha sido exigido aos utentes sancionados. Nos últimos quatro anos, ficaram assim por liquidar 60 milhões de euros, dívida que o Governo quer ver agora saldada. Nesse sentido, o Executivo pretende endurecer as regras para que o Fisco passe mesmo a penhorar os bens, nas situações referidas.

Em setembro, o regime sancionatório tinha já sofrido um reforço, mas nos nesses últimos quatro meses nada se alterou: as multas continuaram a acumular-se e o fisco não penhorou nenhuns bens para força a cobrança.

Desta vez, a mudança passa, desta vez, pela centralização de toda a informação no Instituto da Mobilidade e dos Transportes, sendo as coimas não regularizadas enviadas para a Autoridade Tributária. Depois, o serviço de Finanças da área de residência do utente avançará com a cobrança e, no limite, com a penhora de bens.

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Senado dos EUA aprova proposta orçamental para pôr Governo federal a funcionar

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2018

É a segunda vez em três semanas que há uma paralisação parcial das instituições do Estado federal (shutdown). Proposta orçamental já seguiu para a Câmara dos Representantes.

O Senado norte-americano aprovou esta sexta-feira a proposta orçamental necessária para pôr o Governo federal em funcionamento e reencaminhou-a para a Câmara dos Representantes.

A votação deste acordo orçamental fundamental foi feita depois de o encerramento parcial das instituições federais dos Estados Unidos ter entrado em vigor às 00:00 (05:00 de Lisboa), após a suspensão do debate na quinta-feira à noite, no Senado.

Perante a oposição de um senador à proposta de lei, que permite o financiamento do Estado até 2019, a câmara alta do Congresso decidiu suspender a sessão e retomá-la às 00:01 de sexta-feira, para fazer uma nova votação antes de serem horas de os funcionários públicos federais iniciarem o seu dia de trabalho.

É a segunda vez em três semanas que há uma paralisação parcial das instituições do Estado federal (shutdown) que, sem financiamento, não dispõe de dinheiro e tem de pôr “tecnicamente” no desemprego centenas de milhares de funcionários públicos, dos serviços fiscais aos parques nacionais.

A Administração Trump viveu o seu primeiro shutdown a 20 de janeiro deste ano — exatamente um ano após a investidura de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos –, por falta de acordo sobre o orçamento. Durou três dias. Desta vez, depois da aprovação pelo Senado, o texto deverá agora ser votado na Câmara dos Representantes, onde também tem opositores, e terminar na Sala Oval, para promulgação pelo Presidente.

A paralisação poderá, portanto, ser de breve duração, mas é ilustrativa da polarização dos senadores e congressistas, depois de a proposta ter recebido o apoio dos líderes republicanos e democratas das duas câmaras parlamentares.

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