Macedo Vitorino & Associados participa no 3º NPL Iberian Forum

António de Macedo Vitorino será moderador na 3.ª edição do “NPL Iberian Forum” que decorre no próximo dia 11 de outubro, no Pestana Palace Hotel, em Lisboa.

O managing partner da Macedo Vitorino & Associados irá moderar o debate “Vision and expectations of the main advisors in the NPL market”, onde será dada a conhecer a opinião e experiência dos principais consultores do mercado de NPLs e suas melhores práticas, a fim de incentivar e rentabilizar a compra e venda de carteiras de dívida.

Para além da sessão “Vision and expectations of the main advisors in the NPL market” será analisado como a tecnologia e o Big Data podem favorecer o sucesso das operações de compra e venda nas suas diferentes etapas. Serão também dadas a conhecer, em primeira mão, a visão de fornecedores e prestadores de serviços sobre este tema, o que possibilitará conhecer a realidade desse setor, que ainda é muito ativo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Google está mais perto de instalar o Android no seu automóvel

A partir de 2021, a Google vai implementar tecnologia nos computadores de bordo da Alliance da Renault, Nissan e Mitsubishi. Usará o Android e permitirá aos condutores "falarem" com os automóveis.

A Google assinou uma parceria tecnológica no setor automóvel com o grupo Renault, Nissan e Mitsubishi. A partir de 2021, a multinacional vai instalar tecnologia nos automóveis destas fabricantes, permitindo aos condutores terem acesso rápido a ferramentas como o Google Maps e controlo da música e do ar condicionado com a voz, recorrendo a computadores de bordo com o Android instalado.

A Renault-Nissan-Mitsubishi Alliance constitui a maior fabricante de automóveis do mundo. Através desta parceria com a Google, as empresas pretendem que os condutores tenham novas formas de permanecerem ligados à internet mesmo enquanto conduzem, segundo o Financial Times (acesso condicionado).

De acordo com o jornal britânico, os compradores de automóveis dão cada vez mais atenção à tecnologia integrada nos veículos, o que representa uma mudança de foco num mercado que, tradicionalmente, tinha especial atenção ao desempenho das viaturas. Mas a transformação digital mudou os hábitos de consumo, pelo que esta mudança de paradigma é explicada com as crescentes tendências da conectividade e da digitalização, numa altura em que tudo se quer conectado à rede.

Uma das ferramentas com mais potencial para os automóveis, e que vai estar abrangida por esta parceria, é o Google Maps. A Google tem uma vasta experiência na aplicação da inteligência artificial à navegação com GPS, contando com milhares de milhões de dispositivos móveis a recolherem dados para melhorar o serviço. Não só a aplicação é capaz de reconhecer a esmagadora maioria dos destinos, como integra os dados relacionados com o trânsito e faz uma estimativa bastante precisa da duração de cada percurso.

Desta forma, a partir de 2021, os automóveis da Aliança deverão ter o sistema operativo Android instalado nos computadores de bordo. Isso significa que os proprietários vão poder instalar aplicações nos automóveis e executar comandos com recurso à voz, através do assistente virtual da Google, que funciona de forma muito semelhante à Siri do iPhone. Segundo o Financial Times, não é demasiado assumir que os condutores vão poder ajustar o ar condicionado, literalmente, “falando” com o automóvel, ou controlar a música da mesma forma.

Esta parceria insere-se também na estratégia do grupo automóvel para 2022. O aglomerado de empresas tenciona aumentar as vendas de automóveis, de dez milhões para 14 milhões em 2022, como forma de aumentar os lucros.

A Renault, Nissan e Mitsubishi estão longe de serem as únicas fabricantes do setor a apostar na digitalização dos carros. A Ford encontra-se a trabalhar no sentido de instalar a assistente virtual Alexa nos automóveis que produz, ao abrigo de uma parceria com a Amazon. A Volkswagen também já revelou ter intenções de seguir um caminho semelhante.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Crédito malparado de alguns bancos ainda é “elevado”, diz o Presidente do BCE

  • Lusa
  • 18 Setembro 2018

Mario Draghi pediu um esforço "aos bancos, aos supervisores e aos reguladores para reduzir" essa exposição ao crédito malparado "sobretudo nos países onde a proporção continua a ser elevada".

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, considerou esta terça-feira ainda “elevado” o crédito “malparado” de alguns bancos da zona euro, o que limita a capacidade creditícia e se traduz num menor financiamento da atividade económica.

Numa conferência sobre supervisão bancária que decorre hoje em Paris, Draghi considerou que a exposição das entidades europeias à dívida duvidosa é “ainda superior” à da dos Estados Unidos, apesar de ter diminuído “à medida que se produziu um reforço da economia” suportado pela ação do BCE. Neste sentido, pediu um esforço “aos bancos, aos supervisores e aos reguladores para reduzir” essa exposição ao crédito malparado “sobretudo nos países onde a proporção continua a ser elevada”.

Essa condicionante, afirmou Draghi, limita a margem de manobra das entidades afetadas e a capacidade destas para captar capitais e para enfrentar operações com outras entidades. “Os bancos com um nível elevado de dívida malparada emprestam pouco e a sua capacidade para conseguir capital é limitada“, indicou.

O presidente do BCE adiantou que “a debilidade da sua rentabilidade e as incertezas sobre a valorização dos seus ativos bloqueados reduzem as incitações a enfrentar fusões transfronteiras“, insistindo que depois da crise económica houve avanços na regulação bancária, mas apelou aos Estados membros para progredirem na integração para a união bancária para reduzir riscos no futuro.

Draghi mostrou-se “convencido” de que se darão “passos importantes” naquela direção e considerou “essenciais” medidas como a da harmonização bancária e a criação de um mecanismo eficaz de garantia dos depósitos. Apesar dos avanços registados, sublinhou que “são necessários mais esforços se se quiser recolher os frutos de um mercado integrado que permita partilhar os riscos no setor privado e melhorar a estabilidade macroeconómica da união monetária”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Operadoras criticam Anacom: “Perdeu-se uma oportunidade para acompanhar a evolução do setor”

A associação que representa as telecoms portuguesas criticou uma decisão do regulador que impede a cobrança pela emissão de faturas em papel. Queriam puxar o mercado para a fatura digital.

A associação que representa as operadoras de telecomunicações em Portugal criticou uma decisão do regulador que vai impedir as empresas de cobrarem pelas faturas impressas, enviadas aos clientes em suporte físico. A Apritel representa operadoras como a Meo, a Nos e a Vodafone.

“A Apritel não pode deixar de lamentar a circunstância de se ter perdido uma oportunidade para acompanhar a evolução do setor no sentido das melhores práticas ambientais, através da promoção e incentivo à dispensa das faturas em formato impresso”, refere a Apritel, num comunicado divulgado esta terça-feira.

Entre outras medidas em matéria de faturação, a Anacom decidiu na semana passada impedir as operadoras de cobrarem aos clientes pelas faturas impressas. “As empresas têm de assegurar que as faturas são emitidas e enviadas aos assinantes sem quaisquer encargos, independentemente do suporte e meio que utilizem para esse efeito”, escreveu o regulador.

A decisão surgiu depois de se saber que a Meo cobra um euro pela emissão da fatura em suporte físico, como forma de promover a adesão à fatura eletrónica. Na visão da Anacom, devem efetivamente ser criados “incentivos à fatura digital”, mas a entidade também alertou que “os direitos dos grupos populacionais mais vulneráveis não podem ser desprotegidos”.

Na semana passada, o regulador presidido por João Cadete de Matos também definiu uma série de informações que vão ter de fazer parte das faturas simples, isto é, o “nível mínimo de detalhe” presente na fatura que as operadoras têm de fazer chegar aos clientes todos os meses. Entre as indicações, Meo, Nos e Vodafone vão ter de comunicar aos clientes quanto tempo falta até terminar o período de fidelização, assim como o custo de rescisão contratual.

Face a esta decisão da Anacom, a Apritel vai ainda mais longe. Considera que a decisão final do regulador leva a que fique “em definitivo ultrapassada a alegada/eventual falta de transparência dos operadores no âmbito da relação com os seus clientes, nomeadamente no que respeita aos prazos de fidelização e aos montantes a pagar em caso de cessação dos contratos durante o período de fidelização”, lê-se na nota revelada esta terça-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

MLGTS explica venda do Lagoas Park. Foi uma corrida contrarrelógio, dizem advogadas

A Teixeira Duarte vendeu o Lagoas Park a uma subsidiária do fundo europeu de private equity Kildare. A principal dificuldade da operação? “O tempo”, respondem as advogadas da MLGTS.

Uma verdadeira corrida contra o tempo. É assim que Rita Ferreira Vicente e Maria Cortes Martins descrevem o negócio de venda da Lagoas Park. No final de junho, esta sociedade foi vendida a uma subsidiária do fundo europeu de private equity Kildare pela construtora Teixeira Duarte, que foi assessorada por uma da equipa da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS), da qual fizeram parte estas duas advogadas.

“O grande obstáculo da conclusão da transação foi o tempo. Após a seleção do investidor para a venda da Lagoas Park, foi necessário iniciar um processo de negociação dos vários instrumentos contratuais de forma muitíssima célere, também de modo a cumprir as diretivas previstas no acordo com os bancos”, começam por realçar Rita Ferreira Vicente e Maria Cortes Martins.

As juristas explicam, deste modo, que este constrangimento temporal deveu-se sobretudo a duas exigências: por um lado, havia que cumprir as diretivas previstas no acordo que tinha sido feito pela construtora, em abril, com a banca nacional e, por outro, era fundamental que a negociação dos vários instrumentos contratuais com o investidor fosse rápida.

“Os aspetos complexos da transação, bem como toda a documentação relevante tiveram de ser discutidos e completados com o comprador numa janela temporal muito reduzida, obrigando à tomada de decisões e produção de correspondente de trabalho quase no imediato”, sublinham as advogadas.

No final de junho, foi concretizada a alienação da totalidade do capital social da sociedade Lagoas Parque — proprietária do centro de escritórios homónimo localizado em Porto Salvo, Oeiras — a uma subsidiária do fundo europeu de private equity Kildare. A Teixeira Duarte revelou, nessa ocasião, que a venda permitiu o encaixe de 375 milhões de euros e terá um impacto de 25 milhões de euros nos resultados do grupo.

Segundo Rita Vicente e Maria Martins, ainda que tenha decorrido de modo relativamente veloz, esta operação demorou “vários meses”, uma vez que implicou múltiplas etapas e envolveu mais de uma dezena de advogados em dez áreas do Direito. “[A transação] envolveu a realização de uma auditoria legal, montagem da estrutura societária, um processo de avaliação de ofertas com vários interessados e a negociação de um contrato de compra e venda de ações, bem como dos outros contratos associados com o interessado selecionado”, descrevem as juristas.

No total, dizem as representantes da MLGTS, 13 advogados contribuíram para o sucesso desta operação, sendo eles especialistas em áreas muito diversas: societário, imobiliário, urbanismo, financeiro, contencioso, proteção de dados, seguros, fiscal, laboral e propriedade intelectual.

Acordo com banca exige “cuidado adicional”

Em abril deste ano, a Teixeira Duarte fechou um acordo com três grandes bancos nacionais — o Novo Banco, a Caixa Geral de Depósitos e o Banco Comercial Português — que previa “uma redução significativa do passivo bancário” através de um programa de venda de ativos não identificados avaliados em 500 milhões de euros.

Foi nesse contexto que o grupo de construção vendeu agora — além da sua participação de 7,5% na Lusoponte à Vinci e Mota-Engil por 23,3 milhões de euros — a sociedade Lagoas Park à subsidiária do fundo de private equity Kildare.

Tal enquadramento, avançam as advogadas, exigiu “naturalmente um cuidado adicional na reestruturação societária e na montagem da operação” de modo a “garantir que as disposições do acordo eram respeitadas e que os conteúdos dos contratos estavam em consonância com o mesmo”, particularmente em dois pontos: financiamento e pagamentos.

Teixeira Duarte mantém-se na gestão do Lagoas Park

Apesar do parque empresarial já não ser propriedade do grupo Teixeira Duarte, a construtora mantém-se, por opção do comprador europeu, como gestora do Lagoas Park. “Mantém-se desta forma a ligação entre aquela sociedade e o complexo de imóveis”, sublinham Rita Vicente e Maria Martins.

E por falar no Lagoas Park, de acordo com o comunicado enviado pela construtora à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), este empreendimento integra 13 edifícios de escritórios com cerca de 85 mil metros quadrados de espaços verdes, lagos, cascatas e mais de cinco mil lugares de estacionamento, bem como uma dezena de restaurantes, um hotel de quatro estrelas, um centro de congressos, um health club, um colégio, uma galeria comercial com serviços diversos e estacionamento público.

Este ativo imobiliário foi, de resto, um dos principais focos da operação de compra e venda da sociedade em causa, garantem as representantes da MLGTS. “A transação implicou uma análise muito aprofundada dos ativos imobiliários alocados à sociedade vendida, bem como dos seus contingentes, tendo sido necessário refletir todas as preocupações e particularidades com eles relacionadas na documentação contratual, incluindo a negociação de mecanismos de ajustamento de preço e outras cláusulas similares”.

Outra das particularidades desta transação fortemente ligada a este centro de escritórios localizado em Porto Salvo, Oeiras, foi a negociação simultânea do acordo de compra e venda com a própria gestão do Lagoas Park. “De notar que foi negociada a compra e venda pari passu com a gestão do Lagoas Park, o que aumentou substancialmente o volume de documentação contratual, que teve de ser negociada e finalizada num curto espaço de tempo”, adiantam Rita Vicente e Maria Martins.

Cerca de uma centena de empresas já estão instaladas no centro de escritórios que acaba de ser vendido, nomeadamente a BMW Portugal, a BP Portugal, a Cisco, a Dell, a Intel, a Phillips, a Samsung, a Pfizer Portugal, a Brisa, a Canon, a Nike Portugal, a Volvo, entre outras multinacionais e companhias lusitanas.

MLGTS de um lado, Uría Menéndez-PC do outro

Neste negócio de compra e venda, o grupo Teixeira Duarte foi assessorado pela Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados. A equipa desta sociedade envolvida na operação de alienação em causa foi constituída pelos advogados João Soares da Silva, Filipa Arantes Pedroso, Rita Ferreira Vicente e Maria Cortes Martins.

Do outro lado das negociações, esteve uma subsidiária do fundo europeu de private equity Kildare, que foi assessorada pela Uría Menéndez-Proença de Carvalho. Neste caso, a equipa foi constituída pelos advogados Duarte Garin, Francisco Brito e Abreu, Rita Xavier de Brito, José Maria Rodrigues e Alexandre Pedral Sampaio.

Recorde-se que esta transação teve como grande objetivo reduzir as dívidas da construtora Teixeira Duarte à banca nacional. No final de 2017, a dívida líquida do grupo estava nos 854 milhões de euros, menos 279 milhões que no final do ano anterior.

Além disso, é importante notar que a Teixeira Duarte fechou o primeiro trimestre de 2018 com prejuízos de dois mil milhões de euros, que comparam com o resultado negativo de 8.862 milhares de euros registado no mesmo período de 2017.

Destaque, por fim, para o facto de que, nos primeiros três meses do ano, esta empresa ter registado um volume de negócios de 218,5 milhões de euros, o que reflete uma diminuição de 3,8% face ao verificado no período homólogo.

Em Portugal, o “bom desempenho conseguido no mercado privado da construção” garantiu um trimestre “muito positivo” à construtora. O volume de vendas em território lusitano registou um aumento de 34 milhões de euros em comparação com o primeiro trimestre de 2017 (nessa ocasião, tinha-se registado um volume de vendas de 67,8 milhões de euros).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tiago Souza d’Alte participa como perito na nova orientação do Conselho da Europa para a economia colaborativa

Tiago Souza d’Alte, advogado coordenador da área de Transportes e Infraestruturas da JPAB participa como perito na elaboração do Relatório de fixação de policy do Conselho da Europa.

Tiago Souza d’Alte, advogado coordenador da área de Transportes e Infraestruturas da JPAB-José Pedro Aguiar-Branco Advogados, participa como perito na elaboração do Relatório de fixação de policy do Conselho da Europa focado na economia colaborativa ou economia de partilha.

A rápida evolução tecnológica permitiu às empresas desenvolver serviços inovadores, apostar em novos modelos de negócio, o que provocou alterações significativas no mercado global. Neste sentido, de modo a adaptar o mercado a esta nova realidade, irá decorrer na Assembleia da República (sala do Senado) uma sessão da Assembleia Paramentar do Conselho da Europa para apresentar o Relatório e discutir as alterações ao enquadramento jurídico existente, bem como a possibilidade de conceber uma nova legislação para a economia da partilha, com particular impacto nos setores do Transporte (ex: Uber) e Turismo (ex: Airbnb).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cláudia Monge será oradora em painel sobre o RGPD

A sócia da BAS será oradora do painel sobre RGPG e o consentimento no âmbito da investigação científica no simpósio do Infarmed que decorre amanhã.

Cláudia Monge, professora auxiliar da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e sócia da BAS será oradora do painel sobre RGPG e o consentimento no âmbito da investigação científica no simpósio do Infarmed “Da regulação à proteção dos cidadãos: aspetos jurídicos”.

O simpósio que terá lugar já no próximo dia 19 de Setembro é organizado pelo Infarmed no âmbito do seu 25º aniversário.

A sociedade de advogados BAS (www.bas.pt) tem como experiência dos seus profissionais no apoio jurídico nas áreas do Direito da Saúde, Direito Laboral, Função Pública, Direito Administrativo, Contratação Pública, Contencioso Administrativo, Propriedade Intelectual, Direito Societário, Direito Bancário e Financeiro, Contencioso Civil, Proteção de Dados e, recentemente, as áreas do Direito Imobiliário e Direito do Desporto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Um café, um quarto ou um cowork. Ikea quer tudo isto, num carro autónomo

O laboratório de inovação da empresa sueca anunciou que está a estudar como será o futuro com a introdução dos carros autónomos. Uma oportunidade de negócio para o Ikea?

A transformação digital não está a passar ao lado do Ikea. A empresa sueca está a torna-se uma empresa tecnológica, primeiro adquiriu a plataforma Task Rabbit, introduziu aparelhos eletrónicos e inteligentes e lançou aplicativos de realidade aumentada. Agora, está prestes a transformar outra área, a do transporte, avança a Fast Company (acesso livre, conteúdo em inglês).

Ainda na semana passada, o Ikea anunciou uma mudança para uma frota de veículos com emissões zero. Esta semana, o laboratório de inovação do Ikea, o Space10, anunciou que está a estudar como será o futuro com carros autónomos.

Em colaboração com o estúdio de design Foam, o laboratório do Ikea lançou um conjunto de sete carros modelos, destinados a ajudar as pessoas a pensar sobre como os interiores dos carros podem mudam quando estamos a falar de carros autónomos.

Entre eles, há um carro que é uma loja, outro que é um supermercado, um café e um hotel, que as pessoas podem ver em realidade aumentada, através da aplicação da Space10. Quanto ao design, o interior dos veículos é relativamente simples, caracterizado pelo minimalismo sueco, com linhas curvas e limpas.

Na visão da empresa sueca, os carros autónomos vão mudar radicalmente a forma como ainda vemos os carros, tanto por fora como por dentro. No interior, vão oferecer uma gama de serviços como, por exemplo, coworking ou entretenimento no trânsito. “O dia em que veículos totalmente autónomos atingem as nossas ruas é o dia em que carros não são mais carros. Eles podem ser qualquer coisa”, afirmou o cofundador da Space10, Simon Casperson, à publicação americana.

Em breve, “o futuro do interior dos carros será bem mais parecido com o design dos espaços de convivência do que com qualquer coisa específica para o transporte”, disse o gerente de inovação do Ikea, Göran Nilsson, em comunicado. “De repente é uma área em que temos muita experiência”, acrescentou, assumindo que poderá ser uma nova área de negócio no futuro.

Quem não gostaria de um showroom privado sobre rodas?

Os carros modelos do Space10 são mais uma prova de que a empresa está a tentar pôr-se à prova nas futuras tendências, à medida que os hábitos de vida vão mudando. Independentemente das várias possibilidades de interiores que os carros autónomos oferecem, há ainda outra opção.

Em vez de percorrer alguns quilómetros para ir a uma loja, imagine se tivesse um carro cheio de móveis pré-selecionados por si que viaja, de forma autónoma, até ao local onde se encontra. Uma espécie de showroom privado do Ikea na sua rua.

Ikea a par da novas tendências de urbanização

O Ikea tem estado concentrado na rapidez com que a urbanização, aliada à transformação digital, mudará a maneira como vivemos. O catálogo de 2018 da empresa apresentava, por exemplo, um estúdio para uma mãe solteira, onde o quarto da criança era literalmente um armário, e a legenda que acompanhava a foto dizia “Esta geração não acredita em paredes de qualquer maneira”.

Discretamente representada no catálogo anual, o Ikea antecipou também a decoração dos micro apartamentos, aqueles que a maioria dos millennials pode pagar, se quiser viver no centro da cidade.

E, se preferir mudar de planeta, o Ikea até estudou como é que as pessoas podem viver em Marte, para conseguir criar produtos específicos que possa, um dia, levar a empresa para outro patamar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Guerra comercial ameaça abrandar economia mundial, avisa Comissão Europeia

  • Lusa
  • 18 Setembro 2018

O vice-presidente da Comissão Europeia disse que "este tipo de conflitos comerciais são um risco para a economia global" e acredita que terá "impactos negativos".

As taxas alfandegárias anunciadas esta terça-feira por Washington, sobre um total de 171 mil milhões de euros de importações oriundas da China, podem levar ao abrandamento da economia mundial, considerou o vice-presidente da Comissão Europeia (CE), Valdis Dombrovskis.

“Este tipo de conflitos comerciais são um risco para a economia global. Vemos que a disputa se está a desenvolver de forma preocupante, e julgamos que vai ter um impacto negativo“, afirmou Dombrovskis, responsável pela estabilidade financeira da CE. O responsável falava durante uma conferência no Fórum Económico Mundial, considerado o ‘Davos do verão‘, que se realiza na cidade portuária de Tianjin, norte da China.

Dombrovskis defendeu que as disputas comerciais devem ser resolvidas através de mecanismos multilaterais. “É preciso que nos sentemos na mesa de negociações, precisamos preservar o sistema de regras multilaterais e, no caso de disputas, estas devem ser resolvidas nos trâmites da Organização Mundial do Comércio”, afirmou. “Não se deve adotar uma postura unilateral“, disse.

Dombrovskis enalteceu a abertura do sistema financeiro da China ao capital externo, mas defendeu que Pequim deve implementar as medidas anunciadas para atrair mais investidores estrangeiros e diversificar o seu mercado de capitais. “As autoridades chinesas anunciaram reformas que visam a abertura dos seus mercados, incluindo do setor financeiro, mas é importante ver a implementação prática destes anúncios”, notou o responsável. Dombrovskis reuniu na segunda-feira com o ministro chinês das Finanças, Liu Kun, e com o presidente da Comissão Reguladora de Valores, Liu Shiyu.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou hoje taxas alfandegárias sobre um total de 200 mil milhões de dólares (171 mil milhões de euros) de importações oriundas da China, agravando uma guerra comercial entre as duas maiores economias do planeta. Em junho passado, Trump impôs taxas de 25% sobre 50 mil milhões de dólares (43 mil milhões de euros), e Pequim retaliou com impostos sobre o mesmo montante de bens importados dos EUA.

Em causa está a política de Pequim para o setor tecnológico, nomeadamente o plano “Made in China 2025”, que visa transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos. Os Estados Unidos consideram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.

Guerra comercial é “desastrosa” mas gera oportunidade para UE

O comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, considerou esta terça-feira que as disputas comerciais entre Pequim e Washington são “desastrosas”, mas criam uma oportunidade para a Europa “marcar posição” como parceiro “leal” da China.

“Neste momento de guerras comerciais, devemos tentar ocupar espaço em relação àquilo que é a capacidade extraordinária da China na inovação e ciência”, afirmou Carlos Moedas à agência Lusa, em Pequim. “Temos de estar aqui para marcar a nossa posição, porque outros não o estão a fazer. E isso dá-nos uma grande vantagem, também comercial”, acrescentou o comissário, que copreside esta semana, em Tianjin, cidade portuária do norte da China, à “Reunião Anual de Novos Campeões”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa aos empresários em Angola: “O investimento angolano é bem-vindo em Portugal”

O primeiro-ministro diz que é preciso fazer um esforço para manter a relação bilateral equilibrada. Destaca que as exportações já estão a recuperar, e que o investimento é essencial.

O primeiro-ministro António Costa falou esta terça-feira com os empresários em Luanda, sublinhando a importância de fazer um esforço para manter as relações, e destacou que Portugal continua a precisar do investimento angolano.

Costa diz aos empresários que “o investimento angolano é bem-vindo em Portugal”, e que é algo que o país continua a necessitar para o seu desenvolvimento, em declarações durante um fórum empresarial. Pediu que as empresas continuassem a investir, exportar, e criar trabalho.

Depois de relembrar que as exportações para Angola sofreram durante o período da crise, afirma que “a recuperação económica de Portugal tem permitido um aumento” destas já desde 2017, e que a relação entre os dois países está “equilibrada”. O primeiro-ministro mostra-se confiante de que se vão concretizar no dia-a-dia “as oportunidades que a parceria estratégica deve visar”.

António Costa reforçou ainda a ideia de que não é necessário a cooperação cingir-se apenas aos dois países, e que “os governos vão trabalhar do ponto de vista bilateral mas também trilateral, associando a nós outros países e outras empresas”. Estes deverão ajudar a relação, e também “a capacidade que temos juntos de intervir noutros espaços”, tanto europeus como africanos.

Os ministros da Agricultura português e angolano, presentes, irão assinar um acordo, o programa de ação 2019/2021, que vai valorizar aquilo que para Costa é “um enorme potencial”. Acredita que Angola tem, através desta aposta, a “oportunidade de reforçar a autonomia económica”.

Para além deste acordo é também celebrado o Programa Estratégico de Cooperação, que tem como um dos pontos mais importantes a educação, de forma a “reforçar o capital humano como condição para potenciar o desenvolvimento”, explica o primeiro-ministro.

Angola está aberta às empresas, desde que “traga riqueza para ambos”

Ao intervir antes do início de um encontro a sós com o primeiro-ministro português, o Presidente angolano já devolveu o convite de Costa. João Lourenço afirmou esta terça-feira que os investimentos diretos portugueses em todos os setores em Angola são “bem-vindos” e que Portugal pode assumir um papel relevante no desenvolvimento dos dois países.

João Lourenço salientou ainda que os investimentos na indústria transformadora, com base em matérias-primas e em materiais locais, a agricultura e a agroindústria são fundamentais para o mercado interno e para as exportações angolanas.

“Vemos com bons olhos a implantação de pequenas e médias empresas portuguesas no mercado angolano, dentro de uma lógica em que se estabeleçam no nosso país para produzir riqueza que resulte em benefícios importantes para ambos“, destacou João Lourenço.

Nesse sentido, o Presidente angolano, dirigindo-se a António Costa, encorajou-o a sensibilizar os investidores portugueses para aceitarem o desafio, “criando-lhes facilidades por via de linhas de crédito que os ajudariam a realizar negócios em Angola”.

“Do nosso lado, estamos a fazer uma aposta decidida na criação de um ambiente de negócios seguro e atrativo, no âmbito do qual os investidores deixam de se confrontar com obstruções resultantes de procedimentos exageradamente burocráticos para estabelecerem uma empresa ou negócio em Angola”, sublinhou.

Para João Lourenço, porém, há que ter em conta que, para todos esses objetivos, que “prevaleçam sempre o bom senso, pragmatismo e sentido de Estado”, para que as relações entre os dois países saiam “continuamente robustecidas” e possam fazer face, “e vencer” as “visões pessimistas” que, de quando sem quando, se procuram afirmar. “Encorajo, pois, a mantermos uma linha de diálogo permanente entre nós”, recomendou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Automação pode aumentar desemprego nas regiões com taxas mais altas

  • Lusa
  • 18 Setembro 2018

"A automação é necessária para promover o crescimento da produtividade, mas (...) aumenta o espetro de novas perdas de emprego em regiões que já sofrem com o alto índice de desemprego", alerta a OCDE.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) alertou esta terça-feira que o crescimento da automação nas empresas pode pôr em risco postos de trabalho, sobretudo em regiões onde a taxa de desemprego já é elevada.

De acordo com o estudo sobre o risco da automação do trabalho, apresentado hoje no Porto, “por um lado, a automação é necessária para promover o crescimento da produtividade, mas, por outro lado, aumenta o espetro de novas perdas de emprego em regiões que já sofrem com o alto índice de desemprego“.

Entre os 36 países considerados no estudo, e onde se inclui Portugal, a percentagem de empregos que apresentam um risco elevado de automação varia entre 4% e 40%. Eslováquia (com 33,6% dos trabalhadores), Eslovénia (25,7%), Grécia (23,4 %), Espanha (21,7%), Chile (21,6%) e Lituânia (21%) são os países que registam uma maior percentagem de alto risco de automação, aquela em que cada trabalhador tem 70% ou mais de possibilidade de ser substituído por um computador.

Já no que diz respeito ao “risco significativo de mudança” (entre 50% e 70%), o topo da tabela é ocupado pela Turquia, a Lituânia, o Japão, a Alemanha, a Rússia, a Itália, Grécia e França. Espanha também surge na lista, com 30,2% dos trabalhadores em risco significativo de mudança. Diferenças que podem ser ainda mais expressivas entre regiões do mesmo país onde as disparidades são, frequentemente, mais de cinco ou de dez pontos percentuais.

Entre as regiões com melhor e pior desempenho está o Canadá, onde esses valores diferem em apenas um ponto percentual e a Espanha que regista uma diferença de 12 pontos percentuais.

Em Portugal, e segundo a OCDE, não foi possível, por falta de informação, apresentar uma estimativa de empregos em risco de automação, mas apenas traçar um perfil das condições de trabalho no país. O desempenho da economia portuguesa que cresceu 1,3 pontos percentuais entre 2011 e 2016, “mascara grandes diferenças ao nível regional”, já que durante este período “a maioria dos postos de trabalho foi criada na região de Lisboa, representando mais de 60% da criação líquida de postos de trabalho em Portugal. Em contraste, a região Norte registou a maior perda de empregos, representando cerca de 64% de um declínio de empregos líquidos na economia“.

De acordo com a OCDE, estima-se que em 2019 a instalação mundial de 1,4 milhões de ‘robots’ industriais contribuirá muito significativamente para a transformação tecnológica das empresas, o que trará repercussões a médio prazo na economia local. A OCDE sublinha, contudo, que “desde 2011, a maioria das regiões (60%) conseguiu criar mais empregos com menor risco de automação do que os empregos perdidos em setores de alto risco de automação”.

As regiões com uma parcela menor de empregos em risco de automação, acrescenta, “são aquelas que têm trabalhadores altamente qualificados, um forte setor de serviços comercializáveis e que são altamente urbanizadas”. Para aquela organização, “o impacto desigual da automação entre as regiões pode potencialmente ampliar as desigualdades nas condições de emprego“, pelo que cabe aos decisores políticos encontrar soluções de equilíbrio “entre a necessidade de promover a automação para aumentar a produtividade e a necessidade de gerenciar perdas de emprego a curto ou médio prazo provenientes da automação”.

Uma das preocupações espelhadas no estudo prende-se com o trabalho precário, nomeadamente os “falsos recibos verdes”, que “na maioria dos países da OCDE dissimula grandes diferenças regionais dentro dos países”. Consequentemente, defende a OCDE, as políticas que combatem o falso emprego ajudarão a melhorar a qualidade global do trabalho independente, que garantam o acesso a um mercado de trabalho inclusivo e a oportunidades profissionais de boa qualidade para todos independentemente da região onde vivem.

No relatório, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico que escolheu o Porto para acolher a 14ª edição do LEED Fórum sobre as novas tendências do mundo de trabalho, sublinha ainda que “devido aos recentes desenvolvimentos tecnológicos no campo da inteligência artificial, o ritmo da automação deve acelerar“. Enquanto anteriormente eram, sobretudo, as profissões que exigiam baixas ou médias qualificações, que poderiam ser automatizadas, atualmente, e à luz das novas tecnologias, abrem a porta, num futuro próximo, à automatização de funções altamente qualificadas,

O objetivo do LEED Fórum é juntar responsáveis locais, nacionais e internacionais para debater com empresários e inovadores sociais quais as novas exigências do mundo do trabalho e de que forma será possível conseguir uma maior harmonia entre a formação e a preparação dos trabalhadores com as novas oportunidades laborais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo angolano assume já 90 milhões em dívida certificada a empresas portuguesas

  • Lusa
  • 18 Setembro 2018

O Governo angolano já assume 90 milhões em dívida certificada a empresas portuguesas e cerca de 300 milhões em dívida não certificada.

O ministro das Finanças de Angola, Archer Mangueira, estimou esta terça-feira em 90 milhões de euros a dívida já certificada de entidades públicas angolanas a empresas portuguesas e a não certificada na ordem dos 300 milhões de euros.

Archer Mangueira avançou com esta estimativa na abertura do Fórum Empresarial Angola-Portugal, no qual também discursou o primeiro-ministro, António Costa, adiantando que tenciona fechar a parte maioritária do processo de certificação de dívidas a empresas portuguesas até novembro próximo.

A parte portuguesa estima que a dívida não certificada de entidades públicas angolanas a empresas portuguesas, sobretudo firmas de construção civil e obras públicas, ronda “no mínimo” entre os 400 e os 500 milhões de euros.

Na sua intervenção, o ministro das Finanças de Angola referiu que, após uma análise feita às “regularizações atrasadas” a empresas portuguesas, concluiu-se que “o maior volume não fazia parte do Sistema Integrado de Gestão do Estado”. Ou seja, apenas 30 mil milhões de kwanzas, cerca de 90 milhões de euros, são dívidas contraídas em respeito pelos princípios dos orçamentos do Estado de Angola.

Ainda de acordo com o membro do executivo de Luanda, o Governo angolano verificou que cerca de 100 mil milhões de kwanzas, cerca de 300 milhões de euros, foram contraídos fora das regras dos orçamentos do Estado e, por isso, exigem ainda um processo de “certificação”.

Costa elogia “transparência” e calendário de Luanda para regularização de dívidas

O primeiro-ministro elogiou a “transparência” do Governo angolano na forma como aborda a questão das dívidas a empresas portuguesas e o calendário definido, até novembro, para o apuramento do volume global por regularizar.

Dirigindo-se especificamente aos empresários portugueses, António Costa considerou que esta posição do ministro angolano das Finanças, bem como os recentes progressos ao nível legislativo em Angola (leis da concorrência e do investimento privado) “estão a criar um bom ambiente de negócios” e representam “um sinal de confiança”. “Vemos como auspicioso o trabalho desenvolvido ao longo destes meses no novo ciclo político de Angola”, disse, numa alusão ao novo período que se iniciou com a Presidência angolana de João Lourenço.

Depois, António Costa referiu-se diretamente às palavras que tinha acabado de ouvir na intervenção do ministro das Finanças de Angola sobre a questão das dívidas a empresas nacionais. “Temos vindo a trabalhar ao longo do último ano com as autoridades angolanas, tendo em vista resolver problemas de anos anteriores. Quero aqui sublinhar perante muitas das empresas portuguesas, ou luso-angolanas, que apreciei especialmente a forma aberta, franca e transparente como o senhor ministro das Finanças de Angola aqui se referiu ao trabalho que está a ser feito“, observou o primeiro-ministro.

António Costa congratulou-se sobretudo pelo facto de o ministro das Finanças Angolano, no que toca ao problema das dívidas a empresas portuguesas, ter abordado “o problema das condicionantes que há para concretizar”. “Mas também o compromisso muito claro do calendário que está estabelecido no sentido de que, até novembro, o processo de certificação [de pagamentos por regularizar] esteja concluído“, apontou o líder do executivo português.

Já em relação aos angolanos que escutavam o seu discurso, o primeiro-ministro fez ainda questão de frisar que “o investimento angolano é bem-vindo” a Portugal. “Esta minha visita e a do Presidente da República de Angola, João Lourenço, a Portugal serão marcos importantes para a estabilização das relações luso-angolanas e para a consolidação da cooperação estratégica entre os nossos povos“, acrescentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.