Todos contra tarifas de Trump. UE alerta para “risco de turbulências severas no mercado global”

De Macron a Trudeau, passando por Merkel e Juncker. Muitas são as vozes críticas às tarifas impostas pelos EUA às importações de bens europeus e canadianos. UE e Canadá prometem resposta à altura.

Não foi à China, mas aos vizinhos mexicanos e canadianos, bem como aos parceiros europeus de longa data que os Estados Unidos decidiram impor tarifas aduaneiras. O primeiro-ministro canadiano não se deixou ficar e já prometeu retaliar. Deste lado do oceano, a Comissária do Comércio alertou, por sua vez, para o “o risco de turbulências severas no mercado global” e garantiu que à uma resposta “proporcional” a caminho.

Esta quinta-feira, o Presidente norte-americano anunciou a imposição de tarifas aduaneiras sobre as importações de aço (25%) e de alumínio (10%) com origem no México, no Canadá e na União Europeia. Além destas taxas, a Administração Trump vai também criar quotas que serão aplicadas aos bens com origem na Coreia do Sul, Argentina, Austrália e Brasil. Da China, não há sinais neste documento, apesar de terem sido os sínicos a ocupar, durante muito tempo, o lugar de alvo preferencial da guerra comercial despoletada pelos Estados Unidos.

Em reação às medidas divulgadas por Donald Trump, Jean-Claude Jucker (citado pela CNBC) adiantou que a União Europeia iria responder na mesma moeda e defendeu que as tarifas em questão são “injustificadas”. Entretanto, Cecilia Malmstrom, Comissária do Comércio, referiu mesmo que: “Não vamos entrar em nenhuma negociação”, citada pelo Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês). “Oferecemos-lhe diálogo e negociações futuras sob a condição de os Estados Unidos retirarem essa ameaça. Eles não o fizerem e aqui estamos nós”, continuou, dizendo que o Executivo comunitário vai mesmo denunciar o caso à Organização Mundial de Comércio (OMC) e avançou que está a ser preparada uma resposta “proporcional”.

Recorde-se que, em março, quando Donald Trump ameaçou, pela primeira vez, a União Europeia com as medidas protecionistas que acabou por efetivar, estava em cima da mesa um plano de retaliação que passava pela imposição de tarifas a uma longa lista de bens norte-americanos, do whisky à manteiga de amendoim. “Iremos focar-nos em produtos emblemáticos, de interesse comercial para os EUA”, disse na altura Bruxelas. Resta saber se — agora que os Estados Unidos escolheram prosseguir com o ataque às importações europeias — o plano europeu se mantém ou sobe de tom.

Macron juntou-se às vozes críticas, apesar das boas relações com Donald Trump.

Todos contra Trump

“Profundo desapontamento”. Foi esse o sentimento exprimido pelo porta-voz do Governo britânico, face às medidas anunciadas por Donald Trump. Do outro lado do Canal da Mancha, Emmanuel Macron também se juntou à crítica, considerando as tarifas em questão “erradas” e “ilegais”, avança a Time. Angela Merkel, por sua vez, avisou que estas medidas têm o perigo de desencadearem “espirais” que podem afetar todos os envolvidos.

Além de prometer uma resposta “proporcional”, Cecilia Malmström alertou para a intensificação do “risco de turbulências severas no mercado global”. A comissária defendeu que a decisão dos Estados Unidos é “infeliz, porque as motivações de segurança que os Estados Unidos evocam não são relevantes”. “É infeliz, porque [os Estados Unidos] estão a enfraquecer ainda mais as relações transatlânticas”, acrescentou ainda.

O México também já confirmou que está a preparar a aplicação de tarifas semelhantes aos bens norte-americanos e o Canadá anunciou a imposição de taxas similares sobre o aço, o alumínio e outros produtos. No Twitter, Justin Trudeau declarou as medidas de Trump “inaceitáveis”, “ilegais” e “contraprodutivas”.

O Canadá planeia, assim, impor tarifas de 16,93 mil milhões de dólares (cerca de 14,2 mil milhões de euros) sobre os bens norte-americanos até que as taxas em causa sejam levantadas, confirma a ministra dos Negócios Estrangeiros desse país.

China apela ao multilateralismo em reação à decisão de Trump.World Economic Forum / Benedikt von Loebell

China escapa à guerra comercial?

Fora da lista de alvos das tarifas aduaneiras de Donald Trump, ficou a China, que diz agora querer trabalhar em prol do multilateralismo. “Acreditamos que todos os países, sobretudo as economias desenvolvidas, devem aderir ao multilateralismo, face a ações indiscriminadas e que não são construtivas”, declarou o ministro do Negócios Estrangeiros chinês.

O responsável pediu a todos os países que se oponham às medidas dos EUA e que adotem o sistema internacional de comércio “aberto e transparente”, que tem como centro a Organização Mundial do Comércio.

Segundo a Casa Branca, a China registou, no ano passado, um excedente de 375,2 mil milhões de dólares (320 mil milhões de euros) no comércio com os EUA. Diminuir este défice comercial norte-americano tem sido um dos objetivos de Donald Trump, que exigiu a redução de pelo menos” 200.000 milhões de dólares (170.000 milhões de euros) até 2020. Para isso, Pequim comprometeu-se a “aumentar significativamente” as compras de produtos agrícolas e recursos energéticos norte-americanos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Apple recusa ser ouvida por Bruxelas. Diz que não fala até caso irlandês estar resolvido

O comité da Evasão Fiscal queria ouvir a Apple, mas a multinacional recusou ir a Bruxelas. A empresa justificou a decisão com o recurso da decisão da Comissão relativa aos impostos devidos à Irlanda.

A gigante liderada por Tim Cook acaba de rejeitar ser ouvida pelo legislador europeu. O comité especial dos Crimes Financeiros e Evasão Fiscal solicitou uma audição com a Apple, mas a multinacional recusou o pedido, alegando que não quer correr o risco de que o processo relativo aos benefícios fiscais alegadamente concedidos pela Irlanda à empresa possa de alguma forma ser prejudicado por um comentário público.

“Agradecemos o convite, mas a Apple está atualmente a contestar a decisão da Comissão Europeia sobre a alegada Ajuda de Estado concedida pela Irlanda e é importante assegurar que nenhum comentário público prejudique o processo”, lê-se na carta assinada pela diretora dos Assuntos Governamentais Europeus da Apple e partilhada pelo eurodeputado Sven Giegold.

No documento, a gigante tecnológica reconhece as “vantagens” que os impostos podem trazer à sociedade e garante que não só segue a lei, como paga “cada cêntimo” que lhe é exigido, neste âmbito, em todos os países onde está presente. “Acreditamos que a Apple é a empresa que mais paga impostos em todo o mundo”, acrescenta a companhia da maçã.

Em agosto de 2016, a Comissão Europeia concluiu que a multinacional liderada por Tim Cook estava a beneficiar de Ajudas de Estado, na Irlanda, ilegais à luz das regras comunitárias e injustas face à carga fiscal imposta às demais empresas. Nessa ocasião, os responsáveis exigiram que a Apple pagasse 13 mil milhões ao Estado irlandês (relativos a esses impostos acrescidos de juros).

Tanto a Apple como a Irlanda contestaram a decisão da Comissão Europeia, esperando-se agora o parecer do Tribunal General para fechar esta questão. Entretanto, em abril, a multinacional e a Irlanda disseram ter chegado a um acordo sobre o pagamento do montante em questão: a primeira prestação foi paga no mês passado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

À procura de um investidor? Encontre o seu fundo de sonho no #LIS

  • Juliana Nogueira Santos
  • 1 Junho 2018

Com Lisboa a tornar-se a cidade com mais investidores por metro quadrado, o ECO ajuda-o a encontrar o seu parceiro de sonho no Lisbon Investment Summit.

Lisboa vai estar cheia de investidores, mas nós ajudamos a escolher o seu fundo de sonho.Fotomontagem: Lídia Leão

O financiamento é o grande elefante na sala que é a vida dos empreendedores. Quando não existe, é preciso arranjá-lo. Quando é pouco, é preciso maximizá-lo. Quando é suficiente, não se pode desperdiçar. É nesta arte do equilibrismo que vivem as startups diariamente, mas há quem consiga tornar este cenário um pouco menos circense.

Nos dias 6 e 7 de junho, Lisboa volta a ser a cidade com mais investidores por metro quadrado, isto porque vão estar mais de 200 no Lisbon Investment Summit, um evento organizado pela portuguesa Beta-i. “Somos a conferência europeia de startups informal e ligeiramente inesperada”, descrevem os organizadores.

Assim, empreendedores e investidores vão estar reunidos num ambiente que segue o mote #nobullshit, para que o circo dos primeiros se torne num sonho de ambos. No entanto, por entre tanto capital e tantas ideias é preciso que se façam as combinações perfeitas.

Para dar uma mãozinha, o ECO analisou a lista dos investidores que vão passar pelo evento e dividiu-os por área de investimento e principais interesses. Porque há fundos e investidores para todos os sonhos.

Os que apostam no que é nacional

Há investidores que seguem um padrão de investimento que se caracteriza pelas apostas nos negócios portugueses, quer sejam estes de fundos nacionais ou internacionais. É o caso de Francisco Pinto, diretor executivo do Busy Angels, cujo portefólio inclui empresas como a Faberventures, a Zaask ou a Sakproject.

Os que têm a cabeça nos dados

A gestão de dados tem sido um dos assuntos mais badalados dos últimos tempos, com as informações dos utilizadores a serem cada vez mais um bem precioso que pode ser mal utilizado se cair nas mãos erradas. Assim, muitos dos investidores presentes no LIS estão interessados em financiar projetos que tenham os dados no seu núcleo. É o caso de Gil Dibner do Angular Ventures, que já investiu em cerca de 20 investimentos da área, e de Ton van’t Noordende do 01 Ventures.

Os que querem manter a internet segura

A acompanhar as necessidades do ecossistema estão também os fundos que estão a canalizar o seu capital para os projetos de cibersegurança, como a portuguesa Sonae IM. Com uma mão cheia de empresas da área no seu portefólio, o responsável pelo setor de investimento da empresa, Alexandre Santos vai passar pelo evento.

Os que facilitam a vida na cidade

Já não conseguíamos viver numa cidade sem as aplicações que trazemos todos os dias nos nossos bolsos. Quer seja para nos movimentarmos, para saber onde ir, onde comer e até para saber com quem podemos estar, as aplicações utilitárias vieram para ficar. Se o seu projeto se encaixa numa destas categorias, o investidor a ter em vista é Richard Muirhead, fundador do Fabric Ventures, e que tem na sua lista de participadas a Transferwise e a Citymapper

Os que colecionam investimentos

Para lá dos interesses, há investidores que são simplesmente mãos largas, que gostam de colecionar investimentos, mas sempre de qualidade. Não custa nada fazer o pitch do seu negócio a Phillipp Moehring, o investidor do Angellist que se autointitula de “venture hacker” e conta já com quase 50 investimentos em nome próprio. Entre estes destacam-se a portuguesa Codacy e a Finimize.

Os que repensam a mobilidade

A mobilidade urbana é também um tópico quente no ecossistema empreendedor e ninguém melhor para repensar este tema como alguém que já investiu num projeto deste tipo. Laura Roguet, do Korelya Capital, vai chegar a Portugal depois do fundo que representa ter investido na espanhola Taxify. Já sabemos, com certeza, como é que ela vai andar pela cidade.

Os que tratam os outros através da tecnologia

Com o dinheiro apontado para os projetos de tecnologia que querem transformar o setor da saúde e a forma como se tratam os outros está Ashley Carroll da Social Capital. Esta investidora conta já com seis investimentos em nome próprio em projetos relacionados com a saúde e pode ser a curandeira para os males financeiros de muitos empreendedores.

Os que juntam o empreendedorismo às causas sociais

A tecnologia permite também maximizar a solidariedade para com os outros. É nisto que se fundam alguns investidores, que fixaram as iniciativas sociais como o foco do seu negócio. É o exemplo de Stephanie Hospital do OneRagtime, que tem no seu portefólio a Make.org, e de António Miguel, do português Maze Impact.

Os que acreditam que o futuro das viagens não está nos aviões

Para Valentina Milanova, do Founder Factory, o futuro das viagens já não passa pelos aviões, ou sequer pelo movimento. Está tudo na inteligência artificial. Este fundo está interessado em projetos que unam a paixão de tantos às novas técnicas de realidade aumentada, realidade virtual, entre outras.

Os que sabem vender às grandes tecnológicas

E se acha que a sua ideia de negócio ficava mesmo bem em Palo Alto, Cupertino ou São Francisco, a pessoa a não perder de vista é Andrew J Scott. Para além de contar já com cerca de 50 investimentos — também é fã de coleções –, o fundador do 7percent Ventures já conseguiu fazer com que as suas participadas fossem vendidas às gigantes tecnológicas americanas. Este investiu na Oculus VR antes de ser vendida ao Facebook, na Source DNA antes da entrada da Apple e na Magic Pony Technologies que passou depois a ser do Twitter.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rui Patrício temeu pela vida e rescindiu com o Sporting por não ter “condições mínimas”

  • Lusa
  • 1 Junho 2018

Numa carta de rescisão de 34 páginas, assinada pelo próprio Rui Patrício, o internacional português enumera e revela vários episódios e mensagens escritas por Bruno de Carvalho desde janeiro.

O guarda-redes Rui Patrício rescindiu contrato com o Sporting porque o clube pôs em causa a sua “integridade física”, não lhe dando as “condições mínimas” para exercer a sua profissão. Patrício admite que temeu pela própria vida.

Numa carta de rescisão de 34 páginas que a agência Lusa teve acesso, e que é assinada pelo próprio Rui Patrício, o internacional português enumera e revela vários episódios e mensagens escritas pelo presidente Bruno de Carvalho, a partir de janeiro deste ano, e acrescenta que poderá avançar para um pedido de indemnização por “danos de natureza não patrimonial”, que alegadamente sofreu.

Leia a carta de rescisão de Rui Patrício

“Fui alvo de violência de psicológica e de violência física. Isto não pode deixar de constituir justa casa, para que eu, preservando a minha dignidade pessoal e profissional, me liberte do contrato que me liga ao Sporting”, lê-se na carta.

Rui Patrício, de 30 anos, fez toda a sua formação e carreira profissional no Sporting e tinha contrato com o clube até junho de 2022.

O guarda-redes está atualmente em estágio com a seleção portuguesa, que prepara a participação na fase final do Mundial2018, na Rússia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Menos 36 cêntimos por litro de combustível? É só passar a fronteira para Espanha

Os preços dos combustíveis estão a subir, cá e lá fora. Mas em Portugal, são dos mais caros da Europa. E são muito diferentes dos praticados em Espanha. Há diferenças expressivas logo na fronteira.

O preço dos combustíveis não para de aumentar. Tanto a gasolina como o gasóleo estão a atingir máximos, levando cada vez mais portugueses a olharem para o lado, para o país vizinho. É a comparação natural. E causa sempre grande perplexidade já que o diferencial é elevado. Há postos mesmo na fronteira, mas já do lado de lá, em que um litro chega a custar menos 36 cêntimos.

Há várias estradas que ligam Portugal a Espanha, mas são quatro as principais portas de entrada neste pequeno país à beira mar plantado. Ou melhor, quatro saídas, para quem procura as gasolineras. Vila Real de Santo António, Elvas, Vilar Formoso e Valença, de baixo para cima, são cidades que ficam a escassos quilómetros dos postos espanhóis, mas ficam a milhas de distância no que toca aos valores praticados cá e lá.

Se em Valença a diferença entre os preços nos postos de referência deste lado e do outro chega perto dos 28 cêntimos por litro no caso da gasolina simples de 95 octanas, alcança os 30 cêntimos em Vilar Formoso (comparando com os postos em Fuentes de Oñoro) e Vila Real de Santo António (face a Ayamonte). Mas em Elvas a diferença de valores é ainda mais expressiva.

De acordo com dados do precoscombustiveis.dgeg.pt e os do regulador do setor em Espanha, na Galp Energia de cá este combustível custa 1,689 euros, mas o preço afixado no posto da mesma marca do lado de lá é de apenas 1,329 euros. São 36 cêntimos… com poucos quilómetros pelo meio. É um desconto de mais de 20%, que nenhum cartão ou talão consegue compensar.

Portugal é o 5.º país com a gasolina mais cara na UE

No gasóleo, o combustível mais utilizado pelos portugueses, a diferença pode não ser tão significativa, mas quanto se fala de combustíveis todos os cêntimos contam. Passa de 1,484 euros por litro na Galp Energia de Elvas para 1,229 euros na mesma marca, em Espanha. Neste caso, a diferença é de 26 cêntimos, enquanto nas outras cidades varia entre 15 e 18 cêntimos.

Mas porquê estas diferenças tão expressivas? A explicação está, essencialmente, na fiscalidade que recai sobre os produtos petrolíferos de um lado e do outro da fronteira. Os preços dos combustíveis antes de qualquer imposto são praticamente idênticos em Portugal e Espanha, de acordo com os dados da Comissão Europeia.

Os valores antes de impostos são dos mais elevados entre os países da União Europeia a 28, facto que se explica com a localização geográfica mais periférica dos dois países. Mas quando se olha para os valores já incluindo os impostos, os dois países vão em sentidos opostos. Enquanto Espanha afunda no ranking, Portugal mantém-se no topo.

Portugal é o 10.º país com o gasóleo mais caro na UE

Fonte: Comissão Europeia

Segundo dados da Comissão Europeia, na semana de 21 de maio, o litro do gasóleo custava 1,36 euros em Portugal – o 10.º mais caro entre os 28 países da União Europeia –, quando o valor, antes de impostos e taxas, era de 0,61 euros. Já a gasolina 95 custava em média 1,58 euros por litro, quando antes do IVA, do Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos ISP, da contribuição sobre o setor rodoviário e do adicional por taxa de carbono era de 0,57 euros.

O ISP leva a maior “fatia” do valor pago por litro. Corresponde a 34,3 cêntimos no gasóleo e de 55 cêntimos no caso da gasolina, sendo uma importante fonte de receita para os cofres do Estado. Até abril, segundo a Direção Geral do Orçamento, este imposto rendeu 1.091 milhões de euros, mais 3,4% que no ano passado. No ano deverá totalizar 3.553,8 milhões, sendo que há ainda que contar com o encaixe obtido através do IVA.

Compensa para os particulares, é uma “mina” para as empresas

Considerando os valores de venda atuais nos postos de abastecimento nacionais, um depósito de 55 litros de gasóleo custa, atualmente, 82,50 euros, sendo que o Estado arrecada 45 euros (ou 53%). No caso da gasolina de 95 octanas, o mesmo depósito custa 92,5 euros, com o Estado a arrecadar 56 euros.

Abastecendo nos postos espanhóis, ainda que muito perto da fronteira, há poupanças substanciais em cada depósito. Num pequeno utilitário a diesel, o combustível mais utilizado pelos portugueses, consegue-se uma poupança de 16,50 euros num depósito de 55 litros. Mas os euros poupados disparam se se pensar num depósito de maiores dimensões, como os dos camiões.

Conseguem-se poupanças de centenas de euros em cada visita ao posto de abastecimento, o que multiplicado por uma frota inteira se traduz em milhares. Nem o gasóleo profissional, um combustível criado para os agentes de transportes e que tem uma carga fiscal mais baixa, é uma solução tão atrativa como ir às bombas perto da fronteira para estas empresas.

Este desconto no valor do combustível, criado pelo Governo atual no ano passado, permite uma poupança de cerca de 13 cêntimos em relação ao valor de venda ao público do diesel. Mas, contas feitas, com as diferenças de base nos valores entre os dois países, continua a compensar abastecer em Espanha, situação que lesa o Estado em milhões de euros já que são impostos que são pagos lá, não cá.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa diz que exploração de Petróleo só com estudo prévio

  • Lusa
  • 1 Junho 2018

O primeiro-ministro afirma que, no caso de haver petróleo na costa algarvia, e se se decidir avançar com a exploração de hidrocarbonetos terá de ser feito um estudo de impacto ambiental.

O primeiro-ministro disse hoje, no Algarve, que no caso de haver petróleo na costa algarvia e se se decidir avançar com a exploração de hidrocarbonetos terá de ser feito previamente um estudo de impacto ambiental.

“[A recente dispensa de estudo] vai permitir, em primeiro lugar, que se faça já a prospeção, para ver se temos [petróleo] ou não temos. O país tem que saber quais são os recursos com que conta para poder decidir o que é que faz com os seus recursos, mas a decisão foi muito clara: se vier a haver exploração, tem de haver estudo de impacto ambiental”, declarou.

António Costa, que falava aos jornalistas em Loulé, durante um evento de comemoração do Dia da Criança, alertou para o facto de apesar de o mundo caminhar cada vez mais rumo à descarbonização da economia e às energias renováveis, ainda estaremos “durante muitos e muitos anos” dependentes do petróleo.

A 16 de maio, no último dia do prazo previsto, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) dispensou de estudo de impacto ambiental a prospeção de petróleo ao largo de Aljezur pelo consórcio Eni/Galp.

O presidente da APA, Nuno Lacasta, justificou a decisão referindo que “não foram identificados impactos negativos significativos” na realização do furo de prospeção petrolífera.

“Há uma coisa que nós temos que ter noção: mesmo quando tivermos alcançado, em 2050, se tudo correr muito bem, uma fase de neutralidade carbónica, ainda assim, nós teremos que importar entre dez a 15 milhões de barris por ano para continuar a satisfazer os abastecimentos”, exemplificou hoje o primeiro-ministro.

Segundo António Costa, embora o Governo tenha vindo a tomar medidas para que cada vez seja menos necessário o recurso ao petróleo, não se pode “ignorar que durante muitos e muitos anos o mundo vai continuar ainda a consumir petróleo” e que Portugal paga “uma fatura imensa ao estrangeiro” por importar petróleo.

“O mínimo que podemos fazer é saber se temos ou não temos recursos, depois, pode decidir-se o que fazer”, concluiu.

Antes da atividade de perfuração daquele que será o primeiro furo de pesquisa de hidrocarbonetos em Portugal, haverá um período de preparação com a duração aproximada de três meses.

O furo deverá avançar entre setembro e outubro, na área offshore denominada bacia do Alentejo, a 46 quilómetros de Aljezur.

A fase de preparação decorrerá numa base logística, em Sines, situada a aproximadamente 88 quilómetros do local da sondagem.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street avança com desemprego em mínimos de 18 anos

Guerra comercial condiciona Wall Street, mas início de sessão é positivo do outro lado do Atlântico. Isto depois de o Governo anunciar queda do desemprego para mínimos desde 2000.

Enquanto os investidores continuam a avaliar o eventual impacto da guerra comercial iniciada esta quinta-feira pelos EUA, sinais positivos do mercado de trabalho norte-americano dão algum conforto a Wall Street no arranque da última sessão da semana.

Duas bombas castigaram ontem os mercados: primeiro, de Espanha vieram as notícias de que os nacionalistas bascos iriam aprovar a moção de censura contra o Governo de Mariano Rajoy, votação que foi confirmada nesta manhã; logo a seguir, a Casa Branca anunciava o fim da isenção de tarifas sobre a importação de aço e alumínio da União Europeia, Canadá e México.

Do lado canadiano e mexicano, a retaliação às tarifas americanas envolvem um conjunto de produtos que vão desde o sumo de laranja à carne de porco, enquanto a União Europeia pondera avançar com taxas sobre a importação de uísque bourbon e motas Harley Davidson.

Entretanto, depois de uma sessão no vermelho, o S&P 500 inicia-se agora em recuperação: soma 0,60% para 2.721,44 pontos. Também o industrial Dow Jones e o tecnológico Nasdaq ganham 0,75% e 0,64%, respetivamente. Deste lado do Atlântico, a sessão também está a ser marcada por ganhos, com o IBEX-35 em alta de 2% após o Parlamento ter confirmado a queda do Executivo de Rajoy, abrindo alas para Pedro Sánchez (PSOE) formar um novo Governo.

Isto acontece num contexto de algum apaziguamento nas tensões políticas em Itália. Na quinta-feira, e depois de acesas negociações, o Presidente Mattarella indigitou novamente Giuseppe Conte para o cargo de primeiro-ministro. Giuseppe Conte terá como vice-primeiros-ministros, Matteo Salvini e Luigi di Maio, os lideres da Liga Norte e do Movimento 5 Estrelas.

Por outro lado, o Departamento do Comércio norte-americano revelou esta sexta-feira que a economia criou mais empregos do que o esperado em maio, levando a taxa de desemprego a cair para mínimos de 18 anos nos 3,8%. Em concreto, foram adicionados 223 mil postos de trabalho no mês passado na maior economia do mundo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Alemanha volta a pedir extradição de Puigdemont

As autoridades alemãs solicitaram novamente a extradição do ex-presidente da Catalunha, pedindo ainda a sua prisão, alegando que há risco de fuga.

O Ministério Público da Alemanha voltou a pedir a extradição de Carles Puigdemont, justificada por rebelião e desvio de fundos públicos. Ainda que as provas não sejam conclusivas, são o suficiente para provar que houve incitação à violência, de acordo com o El Confidencial (conteúdo em espanhol).

Esta sexta-feira, para além de solicitar a extradição do ex-presidente da Catalunha, o tribunal regional do estado de Schleswig-Holstein avançou ainda com um pedido de prisão por risco de fuga, mesmo sem ser conhecida a decisão do primeiro pedido.

De acordo com o jornal espanhol, estas medidas acontecem na sequência do anúncio preliminar da semana passada, em que o mesmo tribunal avançou com a decisão de cumprir a ordem emitida pelo Supremo Tribunal espanhol. A palavra final sobre a extradição de Carles Puigdemont será do tribunal regional de Schleswig-Holstein.

Conforme defende o Ministério Público, de acordo com a lei do país, os atos cometidos pelo ex-presidente correspondem a “crimes de alta traição”. Neste sentido, o tribunal regional disse ter em conta todas essas razões apresentadas pela Procuradoria e afirmou que vai tomar uma decisão ainda este mês.

O Ministério Público alemão considera que o uso de fundos públicos para organizar o referendo foi provado e, por isso, não há nenhum entrave à extradição de Puigdemont.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal tem corte de 15% nas verbas para o desenvolvimento rural

Na proposta da Comissão Europeia, Portugal não tem cortes nos pagamentos direitos aos agricultores, mas no segundo pilar da PAC, o desenvolvimento rural, tem um corte de 15%.

A Comissão Europeia apresentou esta sexta-feira a sua proposta de Orçamento para a Política Agrícola Comum. São 365 mil milhões de euros para o período de 2021 a 2027. Este valor representa um corte de 5% nas verbas face ao pacote atual. Na divisão das verbas pelos diferentes Estados membros, Portugal terá 8,83 mi milhões de euros, o que se traduz numa manutenção da verba ao nível dos pagamentos diretos aos agricultores, tal como o comissário Phil Hogan já tinha sinalizado, mas em termos de desenvolvimento rural, o segundo pilar da PAC, Portugal terá um corte de 15% nas verbas, um valor que é transversal a todos os Estados membros.

Portugal não vai ter quaisquer cortes no pagamentos diretos”, reiterou o comissário, uma decisão que tem em conta “a convergência externa”. “Esta é uma situação que é muito benéfica face a outros Estados membros”, disse. “No segundo pilar há um corte de 15%, que é igual para todos os Estados membros. Todos são tratados de igual forma em relação a este corte”, garantiu o responsável. “Não tínhamos hipótese devido à situação financeira”, justificou.

Em causa estão 4,21 mil milhões de euros em pagamento diretos, 3,45 mil milhões para o desenvolvimento rural e ainda 1,16 mil milhões para medidas de apoio aos mercados, valores que foram avançados em primeira mão pelo Público (acesso condicionado). Este bolo de 8,83 mil milhões a preços correntes, compara com os 8,16 mil milhões do período anterior.

Recorde-se que no início do mês o comissário revelou que, em termos gerais, o corte no primeiro pilar seria em média de 3,9%, mas que Portugal estaria entre o conjunto de Estados que escaparia a esse corte. Por outro lado, o Ministério da Agricultura tinha garantido no Parlamento, em resposta por escrito aos deputados, que Portugal até iria ter um aumento nos pagamentos diretos aos agricultores.

“Mas há muitas formas de remover este corte”, explica o comissário. “Um deles é se os Estados membros decidirem colocar mais dinheiro no Orçamento comunitário e, ao longo do ano, vão poder discutir isto e estabelecer quais são as suas prioridades políticas.”

“Se sentirem que a agricultura é a sua grande prioridade, tal como disseram ontem em Madrid, ficarei muito contente por ver mais dinheiro na agricultura e poderemos eliminar alguns dos cortes que fizemos ao nível do desenvolvimento rural”, ironizou o comissário. No momento da apresentação da proposta de Orçamento, o presidente da Comissão Europeia justificou as opções com o gap de 12 mil milhões de euros que a saída do Reino Unido da União Europeia deixa no Orçamento comunitário. A opção de propor um aumento das contribuições dos Estados membros de apenas 1,114% prende-se com o facto de muitos Estado membros não aceitarem pagar mais.

Outra das formas sugeridas por Phil Hogan para reduzir o nível dos cortes é serem os Estados membros “a porem eles próprios mais dinheiro no desenvolvimento rural”. “É possível fazê-lo no primeiro pilar, mas também no segundo”, acrescentou. No caso português, fonte oficial do Ministério da Agricultura explicitou ao ECO que “a posição do Governo é de manutenção das atuais taxas de cofinanciamento: 0% no primeiro pilar e 18% no segundo”.

Na proposta da Comissão é ainda introduzida uma outra novidade: “A possibilidade de transferir 15% das verbas do primeiro pilar para o segundo” que consiste numa “outra forma de eliminar este hiato, e que demonstrará o nível de prioridade política” que as autoridades nacionais dão ao segundo pilar, do desenvolvimento rural.

Os agricultores de toda a Europa podem ainda concorrer em pé de igualdade pelos dez mil milhões de euros que têm à sua disposição no Horizonte Europe, o programa sucessor do Horizonte 2020, mas estas verbas vão estar limitadas a projetos de inovação agrícola. “Não podemos progredir se não modernizarmos a nossa política”, disse Phil Hogan justificando assim o aumento de 300% do financiamento deste envelope.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

Trump avança com tarifas e Canadá já promete retaliar. Impasse governativo em Itália perto do fim. Norges Bank vai às compras em Itália. Temer usa multas para fazer baixar preços dos combustíveis.

Não foi à China, mas aos seus vizinhos mexicanos e canadianos, bem como aos parceiros europeus de longa data que os Estados Unidos decidiram impor tarifas aduaneiras. Justin Trudeau não se deixou ficar e já prometeu que o Canadá vai retaliar. Do outro lado do mundo, há finalmente um Governo italiano no horizonte. Mais ao lado, o fundo soberano da Noruega foi às compras em Espanha. De volta às Américas, o Governo de Temer está a usar multas e ameaças para fazer baixar os preços dos combustíveis. E o Goldman Sachs vê-se a braços com uma alegada maçã pobre.

Bloomberg

Liga e 5 Estrelas coligam-se. Novo Governo toma posse esta tarde

Numa reviravolta política em Itália, o Movimento 5 Estrelas e a Liga preparam-se para formar Governo. O primeiro-ministro escolhido por esta coligação deverá tomar posse ainda esta tarde. Trata-se de Giuseppe Conte, um professor de Direito de 53 anos sem qualquer histórico político. O impasse governativo italiano parece estar assim a chegar ao fim, depois do Presidente da República ter vetado a primeira escolha destes partidos para a liderança do Executivo e de estas forças políticas se terem oposto fortemente ao nome escolhido por Mattarella. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso pago / conteúdo em inglês).

The New York Times

Vice-presidente do Goldman Sachs detido por uso abusivo de informação privilegiada

O vice-presidente do Goldman Sachs acaba de ser detido por alegadamente ter usado de forma abusiva informação privilegiada. De acordo com a acusação, Woojae Jung terá conseguido ilicitamente 130 mil dólares (cerca de 111 mil euros), nos últimos três anos. Entretanto, o banco já reagiu: “Conhecemos a situação de Jung e estamos a cooperar com as autoridades, nesta matéria”. Leia a notícia completa no The New York Times (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

Valor Económico

Governo brasileiro ameaça multar gasolineiras que não queiram baixar preços

Caso os postos de gasolina brasileiros não desçam as tarifas dos combustíveis, o Governo de Temer está pronto para reagir. O Executivo tem prevista a aplicação de multas de até 9,4 milhões de reais (cerca de 2,3 milhões de euros) e a suspensão ou interdição da atividade das gasolineiras “desobedientes”. Os responsáveis esperam, assim, garantir que até sexta-feira os preços dos combustíveis baixem. Leia a notícia completa no Valor Económico (acesso livre).

Cinco Dias

Fundo soberano norueguês vai às compras em Espanha

O fundo soberano da Noruega aproveitou a instabilidade política dos últimos tempos para ir às compras em Espanha. O Norges Bank comprou ações do Bankia e do Sabadell, subindo a sua participação para cerca de 3% em cada uma dessas instituições. Também o fundo norte-americano Artesian aproveitou a onda, tendo dilatado a sua participação no Bankia para 3,07%. Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre / conteúdo em espanhol).

CNN Money

Trump impõe tarifas. Canadá promete retaliar

Donald Trump decidiu impor tarifas aduaneiras ao México, à União Europeia e ao Canadá. Justin Trudeau não se deixou ficar e já prometeu retaliar. O primeiro-ministro canadiano considerou a decisão da Casa Branca uma “afronta” e adiantou que vai aplicar tarifas aos bens norte-americanos no valor de 16,6 mil milhões de dólares (14,2 mil milhões de euros). Pela Europa, Angela Merkel também criticou a medida de Trump. A chanceler diz que as tarifas são ilegais e ameaçam desencadear uma “espiral que pode afetar todos os envolvidos”. Leia a notícia completa na CNN Money (acesso livre / conteúdo em inglês).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

E vão dois. Depois de Patrício, Sporting comunica à CMVM que Podence invocou justa causa para rescindir

A SAD do Sporting, em comunicado enviado à CMVM, diz que Rui Patrício e Podence invocaram "justa causa” para rescindir o contrato que os liga ao clube.

A notícia já tinha sido avançada pelo jornal Record e foi esta sexta-feira confirmada pela SAD num comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Nesse documento, a SAD do Sporting diz que “recebeu, na manhã de hoje, por fax e email, documento subscrito pelo jogador Rui Pedro dos Santos Patrício, nos termos do qual este comunica a resolução do seu contrato de trabalho desportivo, com invocação de justa causa“.

Ao início da noite, a SAD emitiu novo comunicado ao regulador de mercado onde dá conta de uma situação semelhante, agora a envolver o avançado português Daniel Podence. Diz a SAD que “recebeu, na tarde de hoje, por fax e email, documento subscrito pelo jogador Daniel Castelo Podence, nos termos do qual este comunica a resolução do seu contrato de trabalho desportivo, com invocação de justa causa“.

Em maio, os advogados contactados pelo ECO já admitiam a possibilidade de os jogadores do Sporting poderem invocar a justa causa para rescindirem contratos, depois dos incidentes violentos que aconteceram na Academia de Alcochete. Os advogados admitiam esse cenário com base no artigo 23º do “Regime jurídico do contrato de trabalho do praticante desportivo”, mas não só: também o artigo 394º do Código de Trabalho, que define as condições para a “justa causa da resolução”.

De acordo com o Record, o guarda-redes leonino Rui Patrício terá tentado assinar um contrato com o Wolverhampton, mas Bruno de Carvalho terá, à última hora, impedido a assinatura final. Daí que Rui Patrício tenha decidido rescindir o contrato unilateralmente, alegando justa causa.

O presidente da SAD veio esta manhã reagir ao anúncio da rescisão (na altura só se conhecia a de Rui Patrício), tendo dito que “não vê motivos para rescisões”, acrescentado que espera que “os jogadores respirem fundo” antes de tomarem uma decisão. “Espero que ninguém lhe siga o exemplo, espero que o Rui pense bem”, afirmou o presidente da SAD esta sexta-feira, durante uma conferência de imprensa, transmitida pela SIC Notícias.

Bruno de Carvalho referiu mesmo tratar-se de uma “chantagem”: “Tenho pena que Rui Patrício não tenha tido capacidade para falar connosco e perceber porque, se calhar, estava tudo resolvido. Porque isto é uma chantagem e nunca iremos ceder a isso“. “Não podemos andar aqui em jogos destes. Tenho pena porque tenho a certeza absoluta que o Rui não sabe de nada disto. Isto é uma máquina em movimento que está a atropelar toda a gente”, continuou.

Isto é uma máquina em movimento que está a atropelar toda a gente e tenho medo que os primeiros a serem atropelados sejam o Rui e os sportinguistas.

Bruno de Carvalho

Presidente do Sporting

Questionado sobre a possibilidade de o guarda-redes manter a sua decisão nos próximos sete dias, prazo dito legal pelo presidente, Bruno de Carvalho respondeu: “O Sporting vai acionar tudo o que tem ao seu dispor de meios legais. Já disse várias vezes antes disto acontecer que não há causa nenhuma para justa causa. Portanto, o clube vai serenamente aguardar, não queríamos entrar por aí, não é bom para ninguém”.

(Notícia atualizada às 19h21 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Juncker espera que Sánchez continue a contribuir para uma UE “mais unida e mais justa”

O presidente da Comissão Europeia destaca o papel fundamental que o Governo espanhol tem tido no projeto europeu.

A Comissão Europeia já felicitou Pedro Sánchez pela vitória desta sexta-feira, com Jean-Claude Juncker a afirmar que espera que o novo primeiro-ministro espanhol continue a contribuir para uma União Europeia “mais unida e mais justa“, de acordo com o El País (conteúdo em espanhol).

O presidente da Comissão Europeia “felicitou o novo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, através de uma carta, mostrando-se confiante que o Governo de Espanha vá continuar a contribuir de forma construtiva para uma União Europeia mais unida e mais justa“, disse Mina Andreeva, porta-voz do executivo comunitário, citada pelo jornal espanhol.

Minutos mais tarde, Jean-Claude Juncker publicou na sua conta oficial do Twitter as declarações citadas pela porta-voz, demonstrando “total confiança no compromisso do primeiro-ministro e do novo Governo para com o projeto europeu, no qual Espanha desempenhou e continuará a desempenhar um papel muito importante”.

Esta sexta-feira, o Parlamento espanhol aprovou a moção de censura apresentada pelo PSOE a Mariano Rajoy, com 180 votos a favor, 169 contra e uma abstenção, avançou o El País (conteúdo em espanhol). Depois de seis anos à frente do destino do país, o líder do Partido Popular vai agora deixar o lugar de presidente do Governo. O socialista Pedro Sánchez torna-se, assim, o novo primeiro-ministro espanhol, sendo que deverá assumir funções já nos próximos dias.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.