Exclusivo Administração dos CTT quer lojas fechadas até final de março
Os CTT querem encerrar 22 lojas de norte a sul do país ainda no primeiro trimestre deste ano, disse ao ECO António Pedro Silva, administrador executivo da empresa.
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Os CTT CTT 2,00% tencionam fechar as 22 lojas ainda “dentro do primeiro trimestre”, afirmou ao ECO o administrador executivo António Pedro Silva. Como o ECO revelou em primeira mão, os Correios pretendem fechar mais de duas dezenas de balcões em todo o país e a intenção já foi comunicada à Comissão de Trabalhadores da empresa.
Em reação à notícia, questionado pelo ECO sobre qual o prazo para encerramento destas 22 lojas, António Pedro Silva afirmou: “Não temos um prazo definido. Obviamente será durante 2018 e procuraremos que seja dentro do primeiro trimestre, sem impor aqui uma data específica.” E acrescentou: “O que importa aqui fazer é encontrar as soluções e cumprir um conjunto de necessidades operacionais que têm de ser levadas a cabo.”
Não temos um prazo definido [para encerrar as 22 lojas]. Obviamente será durante 2018 e procuraremos que seja dentro do primeiro trimestre, sem impor aqui uma data específica.
Segundo o administrador executivo dos Correios, ao contacto com os representantes dos trabalhadores segue-se “um conjunto de contactos” com as entidades locais com vista a trabalhar “aquilo que são as soluções no terreno, dentro daquilo que é possível”. Questionado sobre quanto planeiam os CTT poupar com esta medida, o gestor preferiu garantir apenas que a decisão vai reforçar a oferta e a qualidade dos Correios noutros pontos.
Aliás, os CTT têm vindo a reiterar que esta medida não implica despedimento de trabalhadores, uma vez que um dos critérios para o fecho destas lojas é, precisamente, a proximidade com outras que registam maior afluência. “Os critérios que estão subjacentes a isto têm a ver com o que é, primeiro, a proximidade com outros pontos nossos, depois estes pontos terem, dentro deste universo, menor procura do que os outros e, finalmente, e este é o grande objetivo, conseguir reforçar aquilo que é a oferta num conjunto de pontos que têm maior afluência”, disse o gestor.
“Esse racional, em termos de custos, não é uma preocupação neste conjunto de lojas. Sim, reforçar aquilo que é a nossa oferta em termos de qualidade nuns pontos onde existe maior afluência de clientes do que aquela que temos neste momento”, frisou António Pedro Silva.
O gestor preferiu não comentar o sentimento dos mercados em relação às ações dos CTT, que encerraram a primeira sessão do ano a valorizar 3,68% para 3,636 euros. Mas disse: “Nós fizemos a apresentação daquilo que é o plano [de reestruturação]. O plano tem um conjunto de iniciativas incorporadas e os investidores fizeram a sua leitura quando foi anunciado. E devem manter-se dentro daquilo que é o alinhamento do plano que foi anunciado e não com este tema das 22 lojas.”
“Aquilo que é uma das qualidades principais dos CTT, que é a proximidade às populações, está garantida e, também, aquilo que é o serviço público, que garantidamente está assegurado e nada disto abalará aquilo que deve ser a confiança das populações nos CTT”, acrescentou. Quanto ao “programa de trabalho” do Governo para reavaliar a concessão do serviço postal universal à empresa de Francisco de Lacerda, o administrador demonstrou apenas o empenho dos Correios “em participar”. “Iremos trabalhar em conjunto”, concluiu.
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