Acionistas chineses da TAP ponderam vender participação de 25% na cadeia hoteleira Hilton
Os acionistas chineses da TAP continuam com as vendas para aliviar as pressões financeiras que têm atravessado. Desta vez estão a planear vender a participação de 25% na cadeia hoteleira Hilton.
Uma atrás da outra. As vendas por parte dos acionistas chineses da TAP não param, numa tentativa de reduzir a crise financeira que têm vindo a atravessar. Com uma dívida de cerca de 80 mil milhões de euros, de acordo com o El País, o HNA Group põe agora em cima da mesa a hipótese de vender a sua participação de 25% na cadeia hoteleira Hilton, o maior acionista do grupo Blackstone.
A empresa chinesa é acionista do grupo Hilton Worldwide Holdings desde o final de 2016, altura em que adquiriu uma participação de 25% por um total de 6,5 mil milhões de dólares (5,3 mil milhões de euros). No entanto, tendo em conta a crise financeira que o HNA Group está a passar, está a pensar vender essa mesma participação na cadeia hoteleira, avaliada em 1.200 milhões de dólares (974 mil milhões de euros), adiantou a agência espanhola EFE.
De acordo com fontes oficiais, a intenção da empresa chinesa é lucrar 570 milhões de dólares (463 milhões de euros), um valor inferior ao acordado na altura da compra, mas que servirá como uma ajuda para aliviar as dívidas que tem. A venda poderá ser anunciada oficialmente esta semana, segundo as mesmas fontes, o que não invalida a hipótese de o HNA Group mudar de ideias a qualquer momento. Ainda de acordo com a EFE, o objetivo desta venda passa, também, por capitalizar os investimentos que mais evoluíram, para os vender e conseguir novas aquisições.
Nos últimos anos, o HNA Group aumentou de forma exponencial o seu endividamento, fruto de várias aquisições realizadas a nível internacional, chegando a gastos de cerca de 50 mil milhões de dólares. Juntamente com outros conglomerados, como a Fosun ou a Dalian Wandan, a empresa entrou no radar das autoridades da China devido às suas políticas de expansão internacional bastante agressivas. Nessa altura, o Governo chinês anunciou medidas mais restritas em relação aos empréstimos, reforçando as suas políticas para desalavancar o sistema financeiro do país.
Assim, para aliviar toda essa pressão financeira por que tem vindo a passar, o grupo chinês, que mantém uma participação indireta no capital da TAP, pretende livrar-se de vários ativos, num total de quase 5.000 milhões de euros, de acordo com a imprensa chinesa, para conseguir dar a volta a toda essa situação. Na lista de vendas estão já vários escritórios: em Manhattan por 246 milhões de euros, em Sydney por 130 milhões de euros e dois lotes residenciais em Hong Kong por 1,6 mil milhões de euros. Atualmente tem para venda um arranha-céus em Chicago.
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