Lisboa prevê gastar cinco milhões de euros com a Eurovisão
A Câmara de Lisboa prevê gastar mais de dois milhões de euros com a utilização da Altice Arena para a Eurovisão, aos quais acrescem 160 mil euros para o Pavilhão de Portugal.
A Câmara de Lisboa prevê gastar mais de dois milhões de euros com a utilização da Altice Arena para a Eurovisão, aos quais acrescem 160 mil euros para o Pavilhão de Portugal, segundo uma proposta a apreciar esta quinta-feira.
A Câmara Municipal prevê, no total, uma verba de cinco milhões de euros para a organização da Eurovisão — “que representa cerca de 1/3 dos custos da organização” –, dos quais 2,8 milhões serão transferidos para a RTP, segundo o protocolo a celebrar entre o município, a estação pública de televisão e a Associação de Turismo de Lisboa (ATL).
Este protocolo, ao qual a agência Lusa teve acesso, é anexo à proposta que será apreciada pelo executivo em reunião privada.
Do valor adjudicado à RTP, consta a “contratação da cedência do espaço principal para realização do Evento (Altice Arena), com um valor estimado de 2.042.000,00 euros (dois milhões e quarenta e dois mil euros), acrescidos de IVA”.
No mesmo orçamento está prevista também a “contratação da cedência de outros espaços acessórios, para apoio à produção e eventos laterais, entre os quais o Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, num valor estimado de 160.000,00 euros (cento e sessenta mil euros), acrescidos de IVA”.
Estão previstos ainda “outros serviços adicionais, designadamente o suporte, na totalidade ou em parte, de obras de adaptação dos referidos espaços inerentes às infraestruturas físicas que a execução dos projetos determinar, nos termos do Host Broadcaster Agreement (HBA), celebrado entre a RTP e a EBU”, União Europeia de Radiodifusão (na sigla em inglês, EBU).
O protocolo prevê também a transferência de 150 mil euros para a ATL, “com vista a suportar os encargos com o apoio na organização dos programas sociais destinados às delegações, à imprensa internacional e fãs devidamente acreditados”.
O município irá afetar ainda 2,050 milhões de euros para a “comunicação e promoção do evento”, e a organização dos eventos associados (como a Cerimónia de Passagem de Testemunho em Lisboa, o Eurovision Village e a Cerimónia de Abertura – Red Carpet e Wellcome Reception).
O valor destina-se ainda à “emissão de quaisquer licenças e/ou autorizações, de âmbito municipal, necessárias à organização e produção de todos os eventos referidos”, e o “apoio nas componentes de segurança e de trânsito, no âmbito da organização dos eventos”.
“A RTP e a ATL obrigam-se a apresentar ao município de Lisboa os comprovativos das despesas efetuadas no âmbito do presente protocolo, cujas verbas sejam suportadas pelo Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa”, acrescenta o texto.
O protocolo refere também ser “prática nas várias edições do Festival Eurovisão da Canção haver um forte envolvimento da autarquia e das organizações de turismo da cidade que o acolhe, razão pela qual a colaboração do município de Lisboa e da ATL, na preparação e realização do evento, constitui um fator essencial para o seu sucesso e permite a projetar a capital portuguesa como o destino turístico de excelência que é, promovendo Lisboa e Portugal, através da televisão, numa oportunidade única”.
A proposta, assinada pelo vereador das Finanças, João Paulo Saraiva, salienta que, “para a edição de 2018, são estimados perto de 30.000 visitantes, dos quais 27.000 provenientes do estrangeiro, e um impacto económico de cerca de 25,6 milhões de euros”.
A final da Eurovisão decorre a 12 de maio, na Altice Arena, e as semifinais realizam-se nos dias anteriores, 08 e 10 de maio. Portugal será representado por Cláudia Pascoal, que ganhou o Festival da Canção com o tema “O Jardim”.
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