Endividamento da economia aumenta no arranque do ano. Foram mais 3,2 mil milhões
Aumento da dívida pública foi o principal responsável pelo agravamento do endividamento total da economia portuguesa, que totalizou os 721 mil milhões de euros em janeiro.
O endividamento da economia aumentou no arranque do ano. O total da dívida do setor não financeiro cresceu 3,2 mil milhões de euros em janeiro, fruto sobretudo de um maior endividamento do setor público, contrariando a tendência de queda que se observou no final do ano passado.
De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, o endividamento do setor não financeiro — inclui o setor público não financeiro, as empresas privadas e ainda as famílias portuguesas — totalizou os 721,3 mil milhões de euros em janeiro de 2018. Isto representa um aumento de 3,2 mil milhões face ao mês anterior.
“Relativamente a dezembro de 2017, o endividamento do setor não financeiro aumentou 3,2 mil milhões de euros, fruto de um acréscimo de três mil milhões de euros no endividamento do setor público e de 0,3 mil milhões no endividamento do setor privado”, contextualiza o banco central português.
Economia aumentou o seu endividamento em janeiro
Fonte: Banco de Portugal
A evolução registada em janeiro contraria assim a trajetória de quatro meses de queda do endividamento da economia portuguesa.
A explicar a subida do endividamento do setor público esteve o “incremento do financiamento concedido pelo setor financeiro, pelas administrações públicas e pelas empresas”. “Este incremento foi parcialmente compensado pelo decréscimo do financiamento externo”, diz o Banco de Portugal — em janeiro, o Governo procedeu a um novo reembolso antecipado do empréstimo do Fundo Monetário Internacional no montante de 800 milhões de euros, mas obteve um financiamento de 4.000 milhões de euros através de um sindicato bancário.
Em relação ao setor privado, “observou-se o aumento do endividamento das empresas privadas em 500 milhões de euros”. “Este aumento traduziu-se, sobretudo, no acréscimo do endividamento externo. Relativamente aos particulares destaca-se a redução do financiamento obtido junto do setor financeiro”, explica a instituição.
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