Crédito ao consumo em alta. Atinge novo máximo de quase seis anos
O stock do crédito ao consumo atingiu os 14.145 milhões de euros. Trata-se da fasquia mais elevada desde abril de 2012.
Os portugueses continuam a recorrer em força ao crédito ao consumo. Em fevereiro, o bolo total deste tipo de empréstimos atingiu um novo máximo de quase seis anos, mostram dados divulgados pelo Banco Central Europeu.
Crédito ao consumo em alta
Fonte: BCE
De acordo com a entidade liderada por Mario Draghi, em fevereiro, o stock do crédito ao consumo fixou-se em 14.145 milhões de euros. Trata-se de mais de 89 milhões de euros face a janeiro. É um novo máximo desde abril de 2012.
O crescimento do crédito ao consumo segue em sintonia com a recuperação da economia e a melhoria das perspetivas das famílias que se sentem motivadas a assumir compromissos financeiros. Só no ano passado, os bancos e as instituições de crédito disponibilizaram às famílias perto de sete mil milhões de euros neste tipo de crédito, um recorde histórico.
Esta finalidade de empréstimos foi a que mais contribuiu para o aumento do crédito nas mãos dos portugueses registado em fevereiro. O stock do crédito aos particulares ascendeu a 115.505 milhões de euros, em fevereiro, 32 milhões de euros acima do verificado no primeiro mês do ano. Este rumo também beneficiou do aumento dos empréstimos às famílias com outros fins. O total do crédito com esta finalidade engordou em 40 milhões, para 7.625 milhões de euros, no segundo mês deste ano.
Enquanto o crédito ao consumo e outros fins aumenta, regista-se uma redução no stock de crédito à habitação. Apesar do forte crescimento da nova concessão de empréstimos para a compra de casa, este não está a ser suficiente para repor o crédito com este fim que entretanto vai vencendo — em resultado dos juros historicamente baixos. Em fevereiro, o bolo do crédito à habitação caiu em 97 milhões de euros, para os 93.735 milhões. Trata-se de um mínimo de fevereiro de 2007. Ou seja, de 11 anos.
Crédito às empresas também cai
No que respeita às empresas foi dada continuidade à tendência de quebra do crédito. Em fevereiro, o stock de empréstimos com esse fim encolheu em 545 milhões de euros, para 74.583 milhões de euros. Ou seja, está cada vez mais próximo do mínimo histórico de 74.074 milhões registado em dezembro.
Em termos globais, a banca continua a enfrentar resistência na injeção de liquidez na economia — tal como pretende o Banco Central Europeu para fomentar o crescimento da economia da região do euro. Em fevereiro, o crédito total nas mãos das famílias e das empresas ascendia a 190.088 milhões de euros, menos 513 milhões face a janeiro.
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