Tesla na falência? Musk prega partida do dia das mentiras no Twitter
Depois de um mês de más notícias, o anúncio de falência parecia óbvio. Mas Musk enganou milhões através do Twitter. No dia das mentiras vale tudo.
O alerta foi lançado entre suspense. “Notícias importantes daqui a umas horas…”, escreveu Elon Musk no seu Twitter. Depois de um mês de más notícias para a sua marca de automóveis elétricos, o anúncio parecia muito óbvio.
Tweet from @elonmusk
Horas depois, chega um texto em formato de comunicado. “Tesla abre falência – Palo Alto, Califórnia, 1 de abril”, lê-se noutro tweet do fundador da Tesla e da Space X. “Apesar dos esforços intensos por angariar financiamento, incluindo um lançamento massivo de uma venda de Easter Eggs, é com tristeza que anunciamos que a Tesla entrou completamente e totalmente em falência. Está tão falida que nem dá para acreditar.”
Tweet from @elonmusk
Na impossibilidade de escrever todo o comunicado numa publicação, visto que cada tweet só comporta 240 carateres, seguiu-se uma sequência ainda mais surpreendente. “Há vários capítulos de falência a apresentar e, tal como os críticos destacaram corretamente, a Tesla apresentou-os todos, incluindo o capítulo 14 e meio (o pior)”, continuou Musk, referindo-se a um documento que não existe.
Depois do texto, a fotografia da desgraça. Acompanhado por uma fotografia que mostra o empresário sentado no chão, de olhos fechados, encostado a um dos seus carros, envergando um cartaz a dizer “Bankwupt!”, aparecia o texto: “Elon foi encontrado desmaiado contra um Tesla Model 3, rodeado de garrafas de “Tesquilla”, com sinais de lágrimas secas ainda visíveis nas suas bochechas“.
Despedindo-se com um “feliz mês novo”, Musk denunciou a sua partida do dia das mentiras, celebrado por todo o mundo no dia 1 de abril. Serviu-se do Twitter, a sua rede social favorita, na qual também já tinha anunciado — mas de verdade — o encerramento das páginas de Facebook das suas empresas.
No mês passado, as ações da Tesla caíram mais de 22%, a maior queda mensal desde dezembro de 2010, altura em que a empresa entrou em bolsa. Os receios de as metas de produção não serem alcançadas a tempo e o último acidente com um carro autónomo, que causou um morto, tem levado muitos a criticar o plano de negócio de Musk e a duvidar da sustentabilidade das suas empresas.
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