Caixa indemniza ex-gestores de Domingues em 1,7 milhões
Tiago Ravara Marques e Pedro Durão Leitão fizeram parte da equipa de António Domingues e foram despedidos sem justa causa por Paulo Macedo. Foram indemnizados em 1,7 milhões de euros.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) pagou indemnizações de 1,7 milhões de euros a dois membros da equipa de António Domingues pelo fim antecipado do mandato com a entrada em funções da nova administração liderada por Paulo Macedo.
António Domingues demitiu-se no final de 2016 na sequência da polémica em torno da entrega das declarações de património e rendimentos no Tribunal Constitucional. Alguns dos gestores acompanharam Domingues na decisão e também abandonaram a gestão do banco público a seguir. Mas outros ficaram, como Tiago Ravara Marques e Pedro Durão Leitão.
Estes dois administradores acabaram, no entanto, destituídos dos seus cargos quando Paulo Macedo entrou em funções, em fevereiro de 2017. Por causa desses afastamentos, eles tiveram direito a uma indemnização: Tiago Ravara Marques foi compensado com 746,4 mil euros; Pedro Durão Leitão recebeu 950,8 mil euros. Os números vêm no relatório e contas de 2017 da CGD.
“Em 2017 foram registadas indemnizações, devido ao facto de a destituição dos administradores não se fundar em justa causa (…) nos montantes de 746.416,83 euros, referente a Tiago Ravara Belo Oliveira Marques e de 950.833,27 euros referente a Pedro Humberto Monteiro Durão Leitão”, diz o banco no relatório publicado na CMVM.
No mesmo documento, a CGD dá conta das remunerações auferidas pelos administradores no ano passado. No total, o conselho de administração do banco público recebeu 2,427 milhões de euros. À cabeça, o presidente executivo Paulo Macedo teve uma remuneração de 387,7 mil euros, ele que iniciou-se à frente da instituição apenas em fevereiro.
Não houve direito à distribuição de prémios de desempenho em 2017. Porém, está em cima da mesa a possibilidade de ser introduzida novamente uma componente de remuneração variável este ano.
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