BCP “está focado” em reforçar presença no mercado chinês
O vice-presidente do BCP afirma que o banco “está focado” em estabelecer relações fortes entre a China, Portugal e países de língua portuguesa. E quer estar “cada vez mais presente no mercado chinês".
O BCP “está focado” em estabelecer relações fortes entre a China, Portugal e os países de língua portuguesa e quer estar “cada vez mais presente no mercado chinês através de Macau”, disse o vice-presidente do banco, João Nuno Palma.
“Entendemos que existem benefícios, tanto para a economia portuguesa, como para as economias de Angola e Moçambique no estreitamento destas relações com a China, que é um grande cliente, é um grande mercado”, afirmou à Lusa João Nuno Palma, à margem de um encontro de empresários que decorre em Lisboa.
O BCP assinou esta quinta-feira um protocolo com o Bank of China Macau que faz parte da estratégia para reforçar a presença no mercado chinês através de Macau, região que é vista como uma “plataforma de canalização de investimento chinês” para os países de língua portuguesa.
"Entendemos que existem benefícios, tanto para a economia portuguesa, como para as economias de Angola e Moçambique no estreitamento destas relações com a China, que é um grande cliente, é um grande mercado.”
O objetivo do protocolo é suportar os negócios entre Macau e as regiões de Língua Portuguesa, adiantou o responsável do banco, acrescentando que Portugal tem grande capacidade técnica em áreas como construção, energia e telecomunicações e que este apoio pode alavancar projetos em Angola e Moçambique em parceria com empresas chinesas. “Damos muita importância às relações entre estes países e a China numa perspetiva de negócio ‘cross border’”, destacou João Nuno Palma.
O vice-presidente do BCP considerou também que o acordo de dupla tributação entre Portugal e Macau, hoje assinado no Encontro do Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, em Lisboa, “é muito importante para as empresas portuguesas que queiram estabelecer-se [na região] e que queiram ter parcerias com empresas chinesas para investir em países de língua oficial portuguesa”.
A principal acionista do BCP é a chinesa Fosun, que detém 27% do capital.
BCP quer expandir na China. Fosun nos mercados de língua portuguesa
Se, por um lado, o BCP quer reforçar a presença na China, por outro, a Fosun quer expandir nos mercados de língua portuguesa. Em declarações à Lusa, à margem de um encontro de empresários em Lisboa, o responsável da Fosun em Portugal e vice-presidente do grupo, Li Haifeng, assinalou que o grupo chinês encontrou “um ambiente de investimento muito favorável em Portugal” e que mantém a intenção de “encontrar parceiros para expandir os negócios” no país, em várias áreas.
Atualmente, os interesses da Fosun em Portugal repartem-se entre os setores da saúde e financeiro. O grupo é dono da seguradora Fidelidade, da Luz Saúde e detém 27% do BCP, o maior banco privado português.
Li Haifeng adiantou ainda que a intenção da Fosun é também poder usar Portugal como plataforma para aceder a outros mercados de língua portuguesa, tendo em conta a ligação entre Portugal e estes países.
A Fosun é uma das 70 empresas chinesas integradas na comitiva que participa no Encontro de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, que decorre hoje em Lisboa. Este grupo internacional tem uma estrutura de ‘partners’ globais em todo o mundo, que inclui, entre os seus membros, o presidente da Fidelidade, Jorge Magalhães Correia.
(Notícia atualizada às 16h00 com declarações da Fosun)
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