CTT entram no mercado de arrendamento. Vão lançar portal para senhorios gerirem imóveis
Operador dos correios prepara-se para lançar uma plataforma online para senhorios cobrarem as rendas de imóveis aos seus inquilinos. E já deu nome ao novo serviço: "Renda+". Diversifica negócio.
Os CTT estão a preparar o lançamento de um novo serviço online direcionado para o mercado de arrendamento, sabe o ECO. Em vista está a criação de um portal na internet onde os senhorios possam fazer a gestão dos seus imóveis, em mais um esforço da administração de Francisco Lacerda para diversificar o negócio da empresa.
Oficialmente, a empresa não comenta. “Os CTT estão permanentemente a desenvolver de forma inovadora e dinâmica novos produtos e serviços, tendo em conta as necessidades do mercado e dos clientes. Quando temos novidades para o mercado, divulgamos”, disse fonte oficial do operador dos correios postais.
Ainda assim, a empresa já procedeu ao registo da marca “Renda+” no Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI) com as seguintes classificações Nice, que definem o tipo de serviço em causa: 36 – Serviços financeiros, serviços de transações financeiras eletrónicas, serviços de processamento de pagamentos, aceitação de pagamento de faturas de rendas de imóveis, serviços online de pagamento de faturas, cobrança de rendas de imóveis; 42 – Fornecimento de acesso temporário a software em linha, não descarregável, para processamento de pagamentos eletrónicos, nomeadamente de rendas de imóveis.
E também o domínio www.rendamais.pt já foi adquirido pelos CTT CTT 0,00% , embora o site ainda esteja offline.
Ou seja, tudo indícios que sugerem que este projeto poderá ser divulgado em breve pelo operador postal e que se apresentará ao mercado numa altura de forte dinamismo do setor imobiliário nacional.
Por outro lado, pelo registo deste serviço no INPI percebe-se que a plataforma online que está a ser desenvolvida pelos CTT também vai permitir que os inquilinos possam utilizar o portal para efetuarem o pagamento das rendas.
Por conhecer estão os moldes do modelo de negócio a operacionalizar pelos CTT, nomeadamente como é que poderão extrair receitas deste novo serviço de cobrança e pagamento de rendas. Recorde-se que através da sua rede Payshop, integrada agora no Banco CTT, a empresa já disponibiliza um serviço de pagamento de faturas de telecomunicações e eletricidade.
Ao entrar no mercado de arrendamento com este novo serviço, abre-se a porta para que os CTT possam explorar eventuais sinergias entre os seus serviços financeiros e os novos seguros de rendas previstos na Nova Geração de Políticas de Habitação para proteção de senhorios (em caso de incumprimento do inquilino), de inquilinos (em caso de perda súbita de rendimento) e dos imóveis (em caso de dano inesperado).
Lacerda tem procurado acelerar a diversificação do negócio dos CTT, atualmente muito dependente de dois segmentos que se encontram em quebra há vários meses — a distribuição de cartas e a venda de produtos do Estado. No primeiro trimestre, os CTT registaram uma queda de 50% do lucro para os 5,4 milhões de euros.
Ainda há duas semanas, os CTT anunciaram uma joint-venture com a Sonae para a criação de uma plataforma de comércio eletrónico, num projeto que vai ter um investimento inicial entre 10 a 15 milhões de euros.
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