Altice garante compromisso reforçado para comprar a Media Capital. E tem o dinheiro disponível

  • ECO
  • 3 Março 2018

A Altice quer comprar a TVI e a dia 13 de abril como data-limite para a conclusão do negócio não é vinculativa. E garante que o compromisso de compra está hoje "reforçado".

A Altice, liderada por Alexandre Fonseca em Portugal, garante que mantém “o seu compromisso de aquisição do grupo Media Capital” e acrescenta que o negócio integra a sua estratégia empresarial “de forma reforçada”. Na sequência das notícias sobre uma ‘long stop date’ relativamente ao acordo de aquisição da Media Capital à Prisa em julho de 2017, fixada no dia 13 de abril deste ano, a operadora garante o interesse, e a disponibilidade imediata de dinheiro, para fechar a operação que está neste momento em análise aprofundada na Autoridade da Concorrência.

Em comunicado enviado em resposta às perguntas do ECO, a Altice esclarece que “a data de 13 de abril não tem implicações definitivas na conclusão do negócio”. De acordo com a mesma fonte oficial, a referida data é “uma cláusula contratual sempre existente em qualquer negócio relevante que muito respeitamos, mas ao qual não somos intransigentes”.

De acordo com o Jornal de Negócios desta sexta-feira e do Expresso deste sábado, o acordo de julho de 2017 está sujeito a uma long stop date — uma data limite para a conclusão de um negócio previamente acordado, a partir da qual uma das partes o pode denunciar, ficando sem efeito — para verificação das condições suspensivas, incluindo uma decisão de não oposição da concorrência ao fim de nove meses. E citam uma excerto da carta enviada a Concorrência: “É imperativa a emissão de uma decisão por parte da AdC, até 13 de abril de 2018, sob pena de a realização do negócio ser injustificadamente impedida, limitando-se o funcionamento regular do mercado, por razões meramente processuais e não de substância”, indica a primeira página das observações feitas pela Uría Menéndez – Proença de Carvalho à decisão do regulador.

Apesar disso, o compromisso da Altice mantém-se e, segundo este comunicado, está agora até reforçado. “A Altice tem assegurado, desde o dia da assinatura do compromisso de aquisição da Média Capital, o financiamento necessário à realização desta operação, estando esse financiamento completamente garantido e disponível a ser utilizado no momento da conclusão da mesma, o que é, obviamente, do conhecimento das partes e entidades competentes no âmbito deste processo”.

A Altice, que comprou há três anos a PT Portugal por cerca de sete mil milhões de euros, anunciou em julho do ano passado que chegou a acordo com a espanhola Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI, entre outros meios, por 440 milhões de euros.

Além disso, a companhia liderada por Alexandre Fonseca garante nesta resposta ao ECO que “tem trabalhado em estreita colaboração com a entidade competente, assegurando pontual e atempadamente as respostas a todas as questões que lhe são colocadas. No atual momento, está a ser completamente assegurada com a ADC a resposta e esclarecimento ponto a ponto a todas as questões ou preocupações colocadas por esta Autoridade”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ferro Rodrigues defende reforço dos poderes das assembleias municipais

  • Lusa
  • 3 Março 2018

O presidente da Assembleia da República defendeu este sábado o reforço dos poderes das assembleias municipais de forma a cumprirem a sua ação fiscalizadora dos executivos e câmaras municipais.

O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, defendeu hoje o reforço dos poderes das assembleias municipais de forma a cumprirem a sua ação fiscalizadora dos executivos e câmaras municipais.

“Fiquei hoje mais consciente do papel das assembleias municipais em relação às câmaras e da necessidade, para se cumprir verdadeiramente a Constituição [da República], de as assembleias municipais terem meios próprios suficientes para uma ação de fiscalização importante sobre os executivos e sobre câmaras municipais”, disse Eduardo Ferro Rodrigues à agência Lusa, à margem do segundo encontro nacional dos presidentes de Assembleia Municipal, que decorre em Lisboa.

De acordo com o presidente da Assembleia da República, que foi um dos oradores no encontro, no quadro da descentralização “que todo o país neste momento apoia e se prepara para ser desenvolvido ao nível de contactos políticos entre todos os partidos, é necessário rever o papel relativo das assembleias municipais reforçando os seus poderes”.

Ferro Rodrigues (PS) acredita que o facto de estarem à frente do Partido Socialista e do Partido Social Democrata dois antigos presidentes de câmara, António Costa e Rui Rio, de “dois dos concelhos mais importantes de Portugal [Lisboa e Porto] dá a este processo um élan que à partida, em outras circunstâncias, seria mais difícil de ter”.

Durante o seu discurso perante os presidentes das assembleias municipais de todo o país, Ferro Rodrigues lembrou os incêndios de 2017 para frisar a “importância de dotar os territórios de novos instrumentos de gestão”.

“Pensar a descentralização implica, pois, pensar também o interior e o seu desenvolvimento humano e ambiental”, afirmou.

“A descentralização voltou a estar na ordem do dia. Nem podia ser de outra maneira. Há evidentes bloqueios ao desenvolvimento que só podem ser superados com o reforço de competências dos municípios e das juntas de freguesia”, salientou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PS não trabalha com PSD em “áreas de risco” para a solução governativa

  • ECO
  • 3 Março 2018

Segurança Social é um dos exemplos utilizados por Carlos César em entrevista à Antena1. O presidente do PS salienta que há visões diferentes neste âmbito.

O presidente do PS garante que não está a trabalhar com o PSD “em áreas de risco para a unidade dos partidos que apoiam o Governo”. Apontando para o caso da Segurança Social diz: “certamente que isso abalaria muito a nossa relação à esquerda mas abalaria muito também o próprio Partido Socialista”.

Em entrevista à Antena1, Carlos César indicou ainda que o PSD atravessa uma “fase conturbada” com a nova liderança. “Para já, a grande prioridade com certeza do Dr. Rui Rio não é a de atentar contra a solução política atual do Governo, mas a de acautelar a sua solução política no próprio interior do PSD”, vincou o líder do grupo parlamentar do PS.

Já sobre a lei de financiamento dos partidos, Carlos César mostrou-se confiante na promulgação do diploma, sem comentar a posição do Bloco de Esquerda, que chumbou a proposta dos socialistas numa junção de forças com a direita.

O presidente do PS entende ainda aque existe um problema de “interlocução social” em Portugal. “Quando nós ouvimos uma organização representativa do empresariado, nós não ficamos com a certeza de que essa organização esteja a representar de facto a opinião dos empresários”, afirma. Comparando a opinião de confederações sobre a economia ou o desempenho do Governo com as declarações individuais de empresários representativos do investimento, “uma coisa não se conjuga com a outra”, remata Carlos César.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Álvaro Sobrinho suspeito de desviar milhões de dólares do BESA

  • ECO
  • 3 Março 2018

Notícia é do Expresso e tem por base fuga de informação obtida pela Der Spiegel e partilhada com o EIC, um consórcio internacional de de jornalismo de investigação.

O empresário Álvaro Sobrinho, antigo CEO do Banco Espírito Santo Angola (BESA), terá sido o beneficiário efetivo de três companhias angolanas que receberam, de forma injustificada, nas suas contas daquele banco um total de 433 milhões de dólares, escreve este sábado o Expresso. Acrescem ainda 182 milhões de dólares que terão sido recebidos em nome próprio e através de duas offshores — Grunberg e Pineview –, o que coloca em 615 milhões de dólares o montante que terá sido concedido originalmente pelo BESA como empréstimos a outras entidades, adianta o semanário [acesso pago].

Ocean Private, Anjog e Marina Baía serão as três companhias angolanas que receberam os 433 milhões de dólares sem justificação e foram identificadas como suspeitas por Rui guerra, escolhido pelo Grupo Espírito Santo para substituir Álvaro Sobrinho em 2013, continua o jornal.

A notícia do Expresso tem por base documentos obtidos pela Der Spiegel e partilhada com o consórcio European Investigative Collaborations (EIC), de que o semanário faz parte. A fuga de informação mostra nomeadamente o modo como sobrinho terá feito depósitos de 277 milhões de dólares em dinheiro vivo numa das contas de que era beneficiário, adianta ainda.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Altice ameaça desistir da TVI por culpa da Autoridade da Concorrência

  • ECO
  • 3 Março 2018

Advogados da Meo respondem à Autoridade da Concorrência. Ou há resposta até 13 de abril ou o negócio é travado por questões processuais, noticia o Expresso.

A Altice ameaça desistir da compra da TVI. Na resposta enviada ao regulador, em reação à investigação aprofundada à compra da Media Capital, os advogados da Meo fazem uma espécie de ultimato, escreve o Expresso este sábado [acesso pago]. Ou há decisão até 13 de abril ou o negócio pode cair.

“É imperativa a emissão de uma decisão por parte da AdC, até 13 de abril de 2018, sob pena de a realização do negócio ser injustificadamente impedida, limitando-se o funcionamento regular do mercado, por razões meramente processuais e não de substância”, indica a primeira página das observações feitas pela Uría Menéndez – Proença de Carvalho à decisão do regulador, citada pelo semanário.

O Expresso frisa que os advogados são claros nas observações enviadas, ao indicar que o acordo de julho de 2017 está sujeito a uma long stop date — uma data limite para a conclusão de um negócio previamente acordado, a partir da qual uma das partes o pode denunciar, ficando sem efeito — para verificação das condições suspensivas, incluindo uma decisão de não oposição da concorrência ao fim de nove meses. Porém, isto não impede que o prazo para concluir o negócio seja prolongado em caso de acordo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

90 dias, nove tweets. O arranque de Centeno no Eurogrupo no Twitter

Um mês e meio como Presidente do Eurogrupo em 280 caracteres. @mariofcenteno: de que fala o Presidente do Eurogrupo no Twitter?

Esta é uma história que começa a 5 de dezembro. Um dia depois de ter sido eleito para o Eurogrupo, a equipa de Mário Centeno criou uma conta de Twitter para a função. A rede social da ave azul já era a casa de Jeroen Dijsselbloem, ex-presidente do Eurogrupo, e da maior parte dos líderes europeus, incluindo ministros das Finanças. Em três meses de utilização, e praticamente dois meses oficialmente à frente do grupo informal que junta os países da Zona Euro, o que disse o utilizador @mariofcenteno?

Nestes três meses, Mário Centeno já acumulou na sua agenda mais de 20 encontros. A maior parte deles foram em Lisboa, mas houve um momento alto chamado Davos onde se encontrou com Christine Lagarde, presidente do Fundo Monetário Internacional, e Steven Mnuchin, secretário do Tesouro norte-americano. A par das reuniões, Centeno dividiu-se entre várias conferências, debates ou entrevistas a órgãos internacionais — tudo momentos assinalados no Twitter.

Mas esta não é uma conta para consumo interno. A maior parte dos tweets são em inglês. Contam-se pelos dedos da mão as publicações em português ou diretamente sobre Portugal. Contudo, o seu alcance ainda é curto: Centeno tem apenas pouco mais de três mil seguidores. Jeroen Dijsselbloem tem, neste momento, mais de 100 mil seguidores. Quando começou no cargo em 2013 já contava com mais de 16 mil seguidores.

Ainda antes de ter tomado posse oficialmente, Centeno encontrava-se com vários intervenientes europeus e dava entrevistas como futuro presidente do Eurogrupo. Na lista estão Klaus Regling, presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade, Pierre Moscovici, comissário europeu para os Assuntos Económicos, Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia para o euro, e o ministro das Finanças holandês, Wopke Hoesktra. Foi em Lisboa que os recebeu, tal como tinha prometido, fazendo da capital portuguesa uma sucursal do Eurogrupo.

Apesar de ter menor notoriedade a nível europeu, Mário Centeno tem utilizado o Twitter como um instrumento de política: elogia a Grécia, apoia as reformas do euro, dá o exemplo de sucesso de Portugal e publicita os encontros que tem. Mais de 140 tweets depois, o que marca a presença do novo presidente do Eurogrupo na rede social utilizada por vários políticos a nível mundial para marcar a atualidade?

A Zona Euro pelo olhar de Centeno

A conta do ministro das Finanças português tem sido principalmente usada para explicar a visão que o novo presidente do Eurogrupo tem sobre a Zona Euro: o seu passado, presente e futuro. Nos tweets, o passado mistura-se com o futuro com o objetivo de evitar a repetição de erros. Para o líder do Eurogrupo, “o euro sobreviveu ao teste da crise” e “o apoio dos cidadãos à moeda única tem crescido e está agora muito forte”. “Não devemos desiludi-los”, escreve, avisando que “a história não será simpática para nós [políticos europeus] se não usarmos a janela de oportunidade para reforçar a Zona Euro”.

Sobre o presente, o seu novo papel exige que se una às vozes europeias na transmissão de uma mensagem positiva. “O desempenho do crescimento económico na Zona Euro tem sido sólida e ampla”, argumenta, destacando que as economias europeias estão a tornar-se “cada vez mais resilientes”. “Talvez mais do que o crédito que lhe dão”, desabafa. Mais tarde, insistiu: “Boas notícias são ‘não-notícias'”.

O próprio admite que “o ciclo económico é extremamente favorável” e que o recente ciclo de eleições resultou numa “onda de Governos pró-europeus”, mas que isso não vai “durar para sempre”. Numa mistura de “ambição” e “pragmatismo”, o presidente do Eurogrupo tem uma missão muito clara: tornar a Zona Euro mais “resiliente” e “robusta” perante crises. “Quero focar-me em resultados concretos que possam melhorar a confiança e o investimento”, garantiu Mário Centeno na sua sessão de tomada de posse, a 12 de janeiro.

Os encontros em França e Alemanha foram os mais importantes. Em ambos, Centeno vincou o compromisso das duas potências europeias para reformar a Zona Euro. O português esteve à mesa com Emmanuel Macron, um dos maiores defensores públicos de uma maior integração económica entre os países da moeda única. “França está com um forte impulso para reformas ambiciosas. A minha expectativa é que esta energia se encontre com o novo Governo alemão“, escreveu o ministro das Finanças português.

A medida do sucesso de Mário Centeno serão os consensos atingidos e o calendário alcançado. Para já a data na cabeça do Eurogrupo é a cimeira do euro em junho para a qual já deve estar preparado um plano abrangente de reformas e um roteiro dos próximos passos a dar.

A questão será saber que reformas é que avançam. Centeno tem falado e escrito sobre o assunto, mas de forma vaga para não se comprometer com nenhuma posição. A prioridade é a União Bancária e a União Económica e Monetária, mas o próprio diz num tweet que a capacidade orçamental (ou seja, um orçamento comum para a Zona Euro) ou a melhoria das regras orçamentais também podem vir a estar em cima da mesa.

Sendo presidente do Eurogrupo numa altura que a União Europeia negoceia com o Reino Unido o pós-Brexit, Mário Centeno também já marcou a sua posição. “Estamos sempre preocupados com políticas protecionistas. Mas estamos prontos e preparados para do nosso lado responder com níveis altos de competitividade”, lê-se num tweet recente.

Portugal como exemplo de sucesso

É uma linha que cose as várias intervenções públicas de Centeno: dar Portugal — um caso que conhece de perto — como exemplo de sucesso dentro da Zona Euro: “Estamos a colher hoje os benefícios do crescimento económico por causa das reformas que fizemos, tanto a nível nacional como europeu”.

Portugal é um caso de sucesso na Europa com o crescimento forte e o desemprego em queda“, escreveu num tweet, dando por várias vezes Portugal como um exemplo de fenómenos que estão a acontecer na Europa. “A fragmentação financeira está a diminuir na Europa. Deixem-me usar Portugal como exemplo: as PME têm o menor spread de financiamento desde o começo do século”, escreveu.

Ainda assim, foram poucas as vezes que falou diretamente sobre Portugal. Um desses casos foi a melhoria em dois níveis do rating pela Fitch: “As condições de financiamento da República vão beneficiar desta decisão, assim como as famílias portuguesas e as empresas”. Já enquanto presidente do Eurogrupo, Centeno esteve lado a lado com Lagarde e anunciou mais um pagamento antecipado ao FMI, argumentando que a decisão “envia fortes sinais aos mercados e melhora a sustentabilidade da dívida”.

“Em Portugal nós combinámos políticas de convergência económica com a consolidação orçamental. [Esta estratégia] resultou num excedente do saldo primário, uma redução do rácio da dívida no PIB, um crescimento [económico] forte e uma queda no desemprego”, escreveu o ministro das Finanças português no Twitter, em defesa da estratégia portuguesa. Mas não é o único país que defende.

Os elogios à Grécia

Mário Centeno também já aplicou o sucesso de Portugal ao caso grego: defendeu que as autoridades gregas é que devem decidir o futuro do país, referindo que foi algo que aprendeu com a sua própria experiência enquanto ministro das Finanças português. Apesar de admitir que o programa de ajustamento grego foi “difícil”, Centeno disse estar “convencido” de que será bem-sucedido e que terá “bons resultados” que se traduzam na vida das pessoas.

A Grécia é vista como o último patinho feio da Zona Euro que continua a ser discutido frequentemente pelos ministros das Finanças europeus, ainda que de forma muito menos atribulada. Ultrapassado grande parte do ajustamento grego, Mário Centeno preside o Eurogrupo numa altura em que a mensagem para Atenas é positiva e de encorajamento. “Quanto à Grécia, temos algumas boas notícias“, escreveu no primeiro encontro do Eurogrupo que liderou.

Centeno foi o mensageiro do “acordo político” para a terceira revisão do programa, no montante de 6,7 mil milhões de euros da próxima tranche, do sucesso da aplicação das medidas, entre outros. “O Eurogrupo está a estudar como é que pode facilitar o regresso da Grécia aos mercados financeiros de forma sustentável”, escreveu, assinalando que a estratégia de longo prazo do Governo helénico será “crucial”.

O futuro do orçamento comunitário

Para além das reformas da Zona Euro, o Eurogrupo de Mário Centeno ficará também marcado pela discussão das novas fontes de receita para o orçamento comunitário. Neste ponto, o ministro tem ido mais além: “O próximo quadro de financiamento da UE tem de ser mais simples, mais equitativo, mais transparente e focado em gastar melhor” para acrescentar maior valor europeu. Além disso, quer que o orçamento tenha instrumentos para lidar com choques económicos.

Quanto aos novos impostos europeus ou outra forma de aumentar os recursos próprios da UE, Centeno disse ser “favorável” à utilização de parte dos lucros do Banco Central Europeu. Mais tarde, clarificou que a medida está em cima da mesa e que só é a favor que se faça o debate sobre o assunto. Seja como for, num tweet já tinha argumentado que “o orçamento da UE tem de ser coberto por fontes de receita ligados às competências partilhadas”, onde se inclui o BCE.

“Como economista, faz sentido que uma união monetária tenha capacidade orçamental que ajude o investimento e seja um instrumento de estabilização”, escreveu Centeno. Mas este é um daqueles assuntos em que existe pressa em fazer a discussão, mas que levará tempo até haver o consenso entre os Estados-membros. Entre os vários tweets de política europeia, Mário Centeno até deixou um conselho aos seus pares: “Temos de gerir as expectativas e dar uma boa dose de paciência aos agentes económicos, o que às vezes está em falta no debate político“.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Feira de turismo abriu ao público. Há férias com descontos até 50%

  • ECO
  • 3 Março 2018

De estadias em hotéis a pacotes de viagens, há descontos até 50% na maior feira de turismo do país, que decorre até domingo, dia 4 de março.

A Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) arrancou esta quarta-feira, mas dedicou os últimos dias aos profissionais. Esta sexta-feira, a partir das 18h00, a maior de turismo do país vai abrir as portas ao público geral e tem muito para oferecer: de estadias em hotéis a pacotes de viagens, há descontos até 50%. Selecionámos dez ofertas.

NAU Hotels

Pavilhão 2, stand B65

O grupo NAU terá uma campanha exclusiva da BTL, com descontos entre os 15% para as unidades Palácio do Governador (em Lisboa) e Lago Montargil & Villas (no Algarve) e os 20% para o Salema Beach Village, Moragedo Golf & Country Club, Salgados Palace, Salgados Palm Village, Salgados Dunas Suites, Salgados Vila das Lagoas, São Rafael Atlântico e São Rafael Suites. As reservas podem ser feitas na feita, mas também através da central de reservas do grupo no seu site.

3HB Hotels

Pavilhão 2, stand A60

O grupo 3HB oferece um desconto de 30% sobre os preços apresentados no site, para reservas feitas para o mês de março. O grupo tem quatro hotéis no Algarve: Clube Humbria, Golden Beach, Falésia Garden e Falésia Mar.

Vila Galé

Pavilhão 2, stand D61

O grupo Vila Galé vai ter descontos de até 50% nas reservas feitas na BTL. Os descontos aplicam-se a reservas para qualquer altura do ano e para qualquer dos 28 hotéis do grupo. Aplicam-se ainda às unidades que a Vila Galé vai inaugurar nos próximos meses: Sintra, em abril; Braga, em maio; e Rio Grande do Norte (Brasil), em setembro.

A unidade Vila Galé em Lagos, no Algarve.Vila Galé

Turim Hotels

Pavilhão 2, stand B75

O grupo Turim vai promover um passatempo para oferecer uma estadia de duas noites numa das unidades da cadeia hoteleira. Os visitantes serão convidados a tirar uma fotografia na cama presente no stand e a publicá-la na página de Facebook do Turim Hotels. Os três participantes cujas fotografias obtenham o maior número de votos recebem a oferta de duas noites para duas pessoas em qualquer um dos hotéis Turim.

Aldeias do Xisto

Pavilhão 2, stand B06

A Aldeias do Xisto oferece 30% de desconto em alojamento, experiências e restauração. Incluem-se experiências como passeios, workshops e viagens de BTT, e restaurantes como o Ponte Velha, Museu da Chanfana e O Buke, com menus de degustação. As reservas devem ser feitas diretamente no BookinXisto e para períodos até 21 de junho.

Rota do Romântico

Pavilhão 1, stand A01

A Rota do Romântico vai estar representada no espaço da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, integrado no stand do Turismo do Porto e Norte de Portugal. Está a oferecer 50 cadernos de vouchers, com descontos em 57 unidades de alojamento e de restauração da Rota do Romântico.

A Rota do Romântico tem 50 cadernos de vouchers para oferecer.Rota do Romântico

Soltrópico

Pavilhão 3, stand B61

A agência de viagens promove a sua tradicional campanha de reservas antecipadas, a Escaldão. Há pacotes desde os 460 euros, por três noites, e os destinos vão desde Marrocos ao Brasil, passando por Tunísia, São Tomé, Cabo Verde e Madeira.

Sonhando

Pavilhão 3, stand B61

A Sonhando vai oferecer descontos entre 10% e 15% para pacotes de viagens a Cuba, Monastir, Porto Santo, Agadir, Djerba ou São Tomé, entre outros. As reservas podem ser feitas nos stands da Abreu, GEA e ByTravel. O operador turístico vai ainda apresentar um novo pacote turístico: dez dias para o Irão, com voos na Turkish Airlines a partir de Lisboa e do Porto, a partir dos 2.335 euros por pessoa em quarto duplo, incluindo voos, taxas e transferes.

Viajar Tours

Pavilhão 3, stand B61

O operador turístico está a promover a programação de Páscoa e Verão e traz duas novidades: Riviera do Mar Jónico e Sardenha. Entre as propostas incluem-se também Dubrovnik e Split, na Croácia, Djerba, na Tunísia, Agadir, em Marrocos, ou Creta, na Grécia.

Sardenha, em Itália.Delaere / Flickr

Top Atlântico

Pavilhão 3, stand A61

A Top Atlântico promete “preços incríveis” na campanha de antecipação para as férias de Páscoa e de Verão que vai promover na BTL. Entre destinos nacionais e internacionais, os preços começam na casa dos 40 euros por noite, no caso das escapadinhas de fim de semana.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bolsas recuperam, mas medo da guerra comercial mantém-se

O presidente norte-americano decidiu taxar a importação de aço e alumínio, uma medida que está a assustar investidores e analistas. Europa já avisou que vai retaliar.

As bolsas norte-americanas conseguiram recuperar do arranque abrupto desta sexta-feira, sessão em que abriram com perdas de 1%. Ainda assim, no acumulado da semana, Wall Street regista perdas em torno dos 3%, à exceção do Nasdaq, depois de Donald Trump ter anunciado que vai avançar com taxas sobre a importação de produtos, uma medida que está a assustar investidores e analistas.

O índice de referência S&P 500 encerrou a subir 0,51%, para os pontos 2.691,25 pontos. Já o industrial Dow Jones foi o mais penalizado pela medida anunciada por Trump, ao recuar 0,29%, para os 24.538,06, para os pontos. O tecnológico Nasdaq, por seu lado, recuperou significativamente e fechou a subir 1,08%, para os 7.257,87 pontos.

A sessão ficou ainda marcada pela queda da McDonald’s, que afundou mais de 5%, o maior recuou de sempre da cotada, depois de a RBC Capital Markets, que cortou o preço alvo da cadeia de fast-food.

A preocupar os investidores está o impacto que a guerra comercial lançada pelo presidente norte-americano poderá ter sobre as empresas. Donald Trump justifica a decisão com o objetivo de apoiar os produtores norte-americanos, mas, na verdade, a imposição de taxas de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre o alumínio importado poderá ter efeitos nefastos para as empresas do país. Na prática, produtos tão simples como latas de refrigerantes ficarão mais caros.

Por outro lado, há o risco de retaliações por parte de grandes parceiros comerciais, como a China ou a Europa. A Comissão Europeia já respondeu: “As medidas que estamos prontos para implementar vão provar que, com base nas nossas regras, não hesitaremos em proteger a nossa indústria”. A Reuters avança ainda que as autoridades da União Europeia estarão a considerar impor taxas de 25% sobre importações no valor de 3,5 mil milhões de dólares aos Estados Unidos.

Já os analistas estão em alerta quanto ao impacto sobre a economia. Robert Carnell, analista da consultora ING, comenta, citado pela Reuters, que “é assim que começam recessões“.

Trump, por seu lado, mantém-se confiante. Esta manhã, escreveu na sua conta oficial de Twitter que “guerras comerciais são boas e fáceis de vencer”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Puigdemont tenciona governar a Catalunha à distância

O antigo líder catalão, Carles Puigdemont, que se encontra asilado na Bélgica depois das tensões independentistas na Catalunha, vai criar um "Conselho da República" para liderar o movimento.

Apesar de ter anunciado esta quinta-feira a renúncia “provisória” à presidência do governo autónomo da Catalunha, Carles Puigdemont tenciona liderar o Governo catalão a partir da Bélgica, avançou esta sexta-feira o The Guardian. A ideia de Puigemont passa por manter acesa a chama do independentismo, mas à distância, num “espaço livre e sem ameaças ou receios”, disse o antigo presidente catalão ao jornal britânico.

“É como um Governo em exílio. Não está nas sombras. Preferimos trabalhar num espaço livre e sem ameaças ou receios. Deve poder agir sem os problemas levantados pela Justiça espanhola ou pela polícia. É um executivo ou Governo que deve representar a nossa realidade política, afirmou Carles Puigdemont, citado pelo The Guardian, um dia depois de ter sinalizado o seu número dois para a liderança da Generalitat.

Na quinta-feira, Carles Puigdemont disse que deu indicações ao presidente do Parlamento da Catalunha para que inicie contactos com Jordi Sànchez, número dois da lista “Juntos pela Catalunha”, no sentido de proceder à investidura. Mas, segundo informações apuradas pelo jornal El Español, a possibilidade poderá estar distante. Jordi Sànchez encontra-se preso há quatro meses em Soto del Real e o Supremo Tribunal não lhe deverá dar autorização para assistir à sessão, impedindo que seja investido como novo presidente catalão.

Ainda assim, no sentido de manter acesa a chama da independência da Catalunha, Carles Puigdemont vai criar um “Conselho da República” para coordenar a causa que defende e tem vindo a liderar. “Vai representar a diversidade [catalã]. Vou convidar outros partidos para fazerem parte. O conselho deverá ter representação das comunidades locais e da sociedade civil. Vamos passar de um sistema antigo de Governo para as pessoas para um novo sistema em que é [o Governo] com as pessoas”, explicou Puigdemont, que será o presidente desta nova entidade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nova lei do financiamento partidário já passa em Belém?

Na próxima semana o novo decreto com as alterações à lei do financiamento partidário deverá chegar ao Palácio de Belém. A eliminação da isenção total do IVA será suficiente para uma promulgação?

O decreto que muda as leis de financiamento dos partidos e respetiva fiscalização vai voltar para Belém na próxima semana. Após a polémica no final do ano passado, o Presidente da República vetou o decreto pedindo essencialmente mais discussão, mas sugerindo que era contra a mudança no IVA. Esta sexta-feira os partidos apresentaram propostas, mas no final pouco mudou: avançam todas as alterações, exceto a isenção total do IVA para os partidos. Chegará para uma promulgação?

O novo decreto é totalmente igual àquele que foi enviado para Belém, exceto na questão do IVA. Avança, por exemplo, a alteração que permite aos partidos angariar fundos sem limite. O próprio Presidente da República tinha chamado a atenção para estes dois pontos na sua carta enviada a Parlamento “por dizerem respeito ao modo de financiamento e por representarem, no seu todo, uma mudança significativa no regime em vigor”. “Tudo numa linha de abertura à subida das receitas, e, portanto, das despesas dos partidos“, lia-se no mesmo documento.

A única proposta de alteração aprovada esta sexta-feira muda apenas o regime de isenção do IVA. O decreto anterior eliminava a delimitação da isenção do IVA, passando a isenção a aplicar-se à “totalidade de aquisições de bens e serviços para a sua [dos partidos] atividade”. O novo decreto retira essa alteração e substitui com a antiga redação: a isenção do IVA incide sobre a “aquisição e transmissão de bens e serviços que visem difundir a sua mensagem política ou identidade própria, através de quaisquer suportes, impressos, audiovisuais ou multimédia, incluindo os usados como material de propaganda e meios de comunicação e transporte”.

Na carta que acompanhava o veto, o Presidente da República indiciava que era contra estas alterações polémicas: IVA e angariação de fundos. “Independentemente da minha posição pessoal, diversa da consagrada, como Presidente da República não posso promulgar soluções legislativas, consabidamente essenciais, sem mínimo conhecimento da respetiva fundamentação”, lia-se na carta. Apesar da discordância, não era esta a principal razão do seu veto. A exigência de Marcelo era “publicidade e transparência”.

A discussão pública foi suficiente? Marcelo diz que sim

Em reação ao que tinha acontecido no Parlamento, ao início da tarde, o Presidente da República clarificou que “a razão única pela qual eu tinha vetado o diploma era a falta de justificação mínima das alterações”. “Espero que num debate que é alargado, com mais tempo, que haja a oportunidade de se justificar as alterações. Verei se isso aconteceu ou não. Isto é, se há uma explicação ou não aos portugueses — porque era essa a razão do veto — do porquê dessas alterações”, explicou.

No entanto, a meio da tarde, Marcelo Rebelo de Sousa já tinha uma conclusão a dar: houve “boas notícias” para os portugueses dado que “a sociedade portuguesa queria uma explicação e houve essa explicação”. O Presidente da República parece, assim, indicar que deverá promulgar o novo decreto. De facto, o texto do veto referia-se apenas à “ausência de fundamentação publicamente escrutinável”. A carta enviada à Assembleia da República é que ia mais longe.

Quanto à discussão pública, esta tinha sido uma das críticas apontadas logo desde o início, dada a inexistência de atas pormenorizadas e de o assunto não ter sido discutido abertamente. Depois do veto, além do debate na esfera pública e várias conferências de imprensa ou comunicados dos vários partidos, houve dois debates no plenário da Assembleia da República: um logo após o veto e outro esta sexta-feira.

Já as audições pedidas pelo PAN na comissão de Assuntos Constitucionais foram chumbadas pelos partidos, exceto o CDS. Ao ECO, a politóloga Paula Espírito Santo considera que não houve uma maior discussão. “Não foi feita uma discussão amplificada quanto desejável“, classifica, assinalando que não foram ouvidas mais entidades externas. Já o politólogo António Costa considera que, pelo menos, o processo “já não foi feito com a luz apagada”.

Para o investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Marcelo tem agora as “condições políticas” para tomar uma atitude “mais conciliadora”. “As alterações dos partidos não foram ao encontro de todos os pontos do Presidente da República, mas representam uma concessão parcial“, considera Costa Pinto, assinalando que esta é uma oportunidade para Marcelo colocar um ponto final ao “conflito” com os partidos.

Coloca-se ainda outra questão: que exposição de motivos vai acompanhar este novo decreto? Esse tinha sido outro dos problemas apontados pelo Presidente da República: “Ao contrário do sucedido com a outra parte do diploma [sobre o Tribunal Constitucional e a Entidade das Contas], quanto às disposições mencionadas [IVA e angariação] não existe uma palavra justificativa na exposição de motivos. Mais ainda: não existiu uma palavra de explicação ou defesa no debate parlamentar em plenário, o único, no caso vertente, passível de acesso documental pelos portugueses”, lia-se na carta que enviou aos deputados.

Esta sexta-feira Marcelo Rebelo de Sousa foi direto: os partidos cumpriram esse pedido. “A minha recomendação era muito simples: têm de discutir e explicar aos portugueses aquilo que querem aprovar. Fizeram isso“, considerou. Contudo, a exposição de motivos não deve mudar porque o decreto aprovado — ainda que com uma alteração — tem o mesmo texto na exposição de motivos, apurou o ECO junto de várias fontes parlamentares.

O Presidente da República poderá, assim, valorizar mais o debate parlamentar em plenário, do qual há registo, na sua ponderação. O novo decreto deverá chegar às mãos do Presidente da República durante a próxima semana. Da última vez, Marcelo Rebelo de Sousa demorou cerca de uma semana a tomar uma decisão. O decreto foi vetado no dia 2 de janeiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Afinal, Facebook já não vai separar posts em dois feeds

O Facebook pôs de lado a ideia de separar em dois feeds distintos as publicações de amigos e as publicações feitas por páginas. A rede social concluiu que as pessoas testadas não gostaram da ideia.

O Facebook FB 0,00% abandonou a ideia de separar em dois feeds distintos as publicações de amigos dos conteúdos publicados por páginas. A rede social testou este método de funcionamento num conjunto restrito de seis países durante alguns meses, mas acabou por concluir que a medida não é bem vista pelos utilizadores. Não só a ideia foi posta de lado como o Facebook vai pôr fim ao feed “Explorar”.

A informação foi confirmada pelo Facebook. Adam Mosseri, responsável pelo feed de notícias do Facebook, escreve que “as pessoas não querem dois feeds separados”: “Nas sondagens, [os utilizadores] disseram-nos que estavam menos satisfeitos com as publicações que viam e terem dois feeds separados também não os ajudou a conectarem-se a mais amigos e familiares.”

Adam Mosseri também reconhece que a experiência podia ter sido mais bem comunicada aos utilizadores, de acordo com o site Recode. “Recebemos feedback de que tornámos difícil para as pessoas nos países em teste acederem a informação importante, e que não comunicámos o teste com clareza. Vamos agir de acordo com este feedback, atualizando a forma como avaliamos onde testar novos produtos e sobre como comunicar sobre eles.”

A experiência do Facebook consistiu na passagem de todas as publicações de páginas para o novo feed “Explorar”, enquanto todas as publicações mais sociais, de amigos e família, continuaram a aparecer no feed principal. A experiência não abrangeu Portugal, embora os utilizadores portugueses pudessem ver esse novo feed, que juntava publicações de páginas e perfis que lhes poderiam interessar.

Contudo, nos seis países onde o Facebook testou esta funcionalidade, a experiência teve um impacto significativo nas receitas dos jornais. Foram reportadas quedas expressivas no tráfego dos sites de informação, com algumas queixas a apontarem para quedas de dois terços no número de pessoas alcançadas das publicações na rede social. O conjunto dos países abrangidos pelo programa de testes incluía o Sri Lanka, a Bolívia, a Eslováquia, a Sérvia, Guatemala e Camboja.

Cotação das ações do Facebook no Nasdaq

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A tarde num minuto

  • Rita Frade
  • 2 Março 2018

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

A última fase da reorganização das marcas da Altice Portugal vai ser concluída este mês. A empresa vai manter as marcas Meo, Moche e PT Empresas. A Fundação PT passa a Fundação Altice. Os contribuintes também já têm disponível uma aplicação móvel que facilita o pagamento de impostos.

É neste mês de março que a Altice vai pôr em marcha a última fase do plano de reorganização de nomes e marcas no mercado português. No entanto, ao contrário do que estava previsto, a marca Meo não vai desaparecer, nem as iniciais “PT” vão passar completamente à história.

Os contribuintes que queiram pagar IRS, IRC, IMI ou IUC por débito direto já o podem fazer. Também os planos de pagamento em prestações podem ser feitos por esta via.

As contas de Serviços Mínimos Bancários (SMB) já existem há 18 anos, mas não têm ainda muita adesão. Apenas 44 mil portugueses já dispõem deste tipo de contas caracterizadas pelos baixos custos de acesso, sendo que o PS quer agora torná-las mais atrativas. O partido liderado por António Costa vai apresentar propostas para flexibilizar o acesso e a utilização das contas de SMB e vai também validar duas propostas do PCP.

Se o clássico de mais logo à noite for decisivo para as contas do campeonato, então as casas de apostas colocam o FC Porto na rota do título nacional. É que os dragões lideram a liga com mais cinco pontos do que o Sporting e terão logo à noite uma oportunidade soberana para se afastar ainda mais dos rivais com o maior favoritismo dos apostadores a recair para o lado dos azuis e brancos.

Os preços dos combustíveis vão manter-se na próxima semana. Tanto o litro de gasolina como do litro de gasóleo vão ficar inalterados, isto após várias semanas de alívio nos respetivos preços.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.