TAP espera que constrangimentos em Lisboa sejam ultrapassados em 2019

  • Lusa
  • 27 Novembro 2018

O ‘chairman’ da TAP, Miguel Frasquilho, disse esperar que os constrangimentos no aeroporto de Lisboa sejam ultrapassados “ao longo do próximo ano”.

O ‘chairman’ da TAP, Miguel Frasquilho, disse esta segunda-feira esperar que os constrangimentos no aeroporto de Lisboa sejam ultrapassados “ao longo do próximo ano”.

O responsável, que falou em Toulouse, França, durante a entrega à TAP do primeiro A330neo, nas instalações da Airbus, afirmou que a companhia aérea tem esperança que “esses constrangimentos possam ser resolvidos a breve trecho”.

A TAP queixa-se, frequentemente, de que a situação do aeroporto de Lisboa é um entrave ao seu crescimento.

“Não falo só da extensão para o Montijo, mas dos problemas que já hoje temos no aeroporto Humberto Delgado. Falo de várias questões operacionais”, salientou, garantindo que decorrem várias negociações com os agentes envolvidos no processo, como a Câmara de Lisboa, ANA – Aeroportos de Portugal, Força Aérea e Governo para resolver a questão dos constrangimentos operacionais em Lisboa.

A companhia aérea levou a cabo um estudo para perceber quais são os maiores problemas no aeroporto de Lisboa, cujas conclusões irá apresentar em breve. A TAP tem atualmente cerca de 90 aviões, referiu o presidente executivo da transportadora, Antonoaldo Neves, que voltou a garantir que a pontualidade dos voos está a melhorar.

“Hoje a pontualidade inteira da TAP estava a 91,7%”, assegurou.

O A330neo vai implicar ainda poupanças entre 15% e 20% para a companhia aérea. A companhia aérea é a primeira do mundo a receber o A330neo, da Airbus, em regime de ‘leasing’ operacional, através da sociedade Avolon. Ao Airbus A330neo juntam-se mais 36 novas aeronaves até ao final do próximo ano, quando a companhia espera abrir 14 novos destinos.

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5 coisas que vão marcar o dia

Naquele que é o penúltimo dia de debate e votação na especialidade do OE, há Assembleia Geral dos participantes do fundo da Herdade da Comporta.

Naquele que é o penúltimo dia em que o Orçamento para o próximo ano vai ser debatido e votado na especialidade no Parlamento, os participantes do fundo da Herdade da Comporta reúnem-se em Assembleia Geral para decidir sobre a alienação ao consórcio formado pelo fundo Vanguard Properties e pela Amorim Luxury. Ainda esta terça-feira, o Banco de Portugal publica estatísticas sobre os empréstimos concedidos pelo setor financeiro, ao mesmo tempo que o INE publica os resultados definitivos do Inquérito à Mobilidade no Porto e em Lisboa. No mesmo dia, os estivadores de Setúbal reúnem-se com todos os diretores nacionais do SEAL.

Parlamento continua a debater e a votar na especialidade o OE

É o penúltimo dia em que o Orçamento do Estado para o próximo ano vai estar em cima da mesa. O Parlamento vai continuar a debater as quase 1.000 propostas de alteração ao documento apresentadas pelos partidos, com a votação final global marcada para quinta-feira. Esta segunda-feira, a primeira maioria negativa aconteceu quando foi aprovada a proposta do PSD que rejeita que o reforço do Fundo de Financiamento da Descentralização (que incorpora os valores a transferir para as autarquias) seja conseguido apenas por despacho do Governo. Por outro lado, o Executivo também vai ser obrigado a negociar com o tempo de serviços com os professores.

Assembleia Geral sobre venda da Herdade da Comporta

Acontece esta terça-feira a Assembleia Geral (AG) da Herdade da Comporta que vai decidir sobre a alienação ao consórcio formado pelo fundo Vanguard Properties e pela Amorim Luxury, liderada por Paula Amorim. Conforme o ECO tinha noticiado, além do valor oferecido inicialmente, o contrato de compra e venda prevê ainda uma garantia de cerca de oito milhões de euros, totalizando 158,2 milhões de euros.

Banco de Portugal publica estatísticas sobre empréstimos concedidos pelo setor financeiro

A instituição liderada por Carlos Costa vai publicar os dados sobre os empréstimos concedidos pelo setor financeiro no mês de outubro. Recorde-se que, em setembro, o crédito a empresas somou 71,9 mil milhões de euros, tendo caído face ao mês anterior e também em termos homólogos. Contrariamente, o crédito a particulares totalizou 126,36 mil milhões de euros, tendo aumentado face ao mês anterior e face ao mesmo mês do ano passado.

INE publica resultados do Inquérito à Mobilidade no Porto e em Lisboa

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta terça-feira os resultados definitivos do Inquérito à Mobilidade nas Áreas Metropolitanas do Porto e de Lisboa, relativo ao ano passado. De acordo com os resultados provisórios, publicados em julho, o automóvel foi o principal meio de transporte utilizado nas deslocações realizadas pelos residentes nas duas áreas metropolitanas, de forma mais marcante no Porto (67,6% das deslocações).

Estivadores de Setúbal reúnem-se com diretores nacionais do SEAL

Após vários dias parados, os estivadores do porto de Setúbal vão reunir-se esta terça-feira com todos os diretores nacionais do SEAL, a maior parte dos seus delegados locais e outros representantes. Durante o encontro, que arranca às 9h, vai ser analisada a reunião com o Ministério do Mar, que decorreu esta segunda-feira. Às 11h15 está marcada uma conferência de imprensa conjunta. A paralisação dos estivadores deixou acumulados mais de 5.000 carros da Autoeuropa no porto de Setúbal.

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Contratar em tecnologia: como atrair e reter talento?

Portuguesa landing.jobs organiza, pela segunda vez, uma conferência sobre recrutamento em tecnologia. Um dos convidados é recrutador da Google.

Como atrair e manter talento na tecnologia, nas empresas? É para responder a esta e a outras perguntas que a portuguesa landing.jobs volta a organizar a Tech Hiring Conference, um encontro em que se discutem as melhores maneiras de escolher, contratar e manter talento em tecnologia.

“Falar sobre recrutamento em tecnologia é essencial para quem está envolvido em processos de recrutamento, tanto em recursos humanos como técnicos com responsabilidades nestas funções”, explica Pedro Oliveira, cofundador e CEO da landing.jobs, ao ECO.

Entre os temas em discussão estão dimensões como o employer branding, tecnologias que existem no mercado ou que vão existir e processos de recrutamento tendo em conta o custo-eficiência. Mas, sublinha Pedro Oliveira, tem sobretudo em conta as características dos futuros colaboradores tech. “Hoje, não podes ter processos de três ou quatro meses. O mercado está virado para todo o talento, é o talento que comanda“, esclarece.

Direcionada para managers, diretores executivos e departamentos de recursos humanos, a conferência acontece esta terça-feira à tarde (das 14h às 19h30), no hotel Holiday Inn, em Lisboa. Entre os nomes presentes estão Anna Ott, especialista de recursos humanos há mais de 18 anos, e Dave Hazlehurst, especialista em recrutamento que trabalha com empresas como o LinkedIn ou a Google. O preço dos bilhetes varia entre os 10 euros, para estudantes, e aos 100 euros e as inscrições podem ser feitas aqui.

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Portugal 2020 tem execução mais atrasada que o QREN. Alentejo e Lisboa com o pior desempenho

A execução do atual quadro comunitário de apoio está mais atrasada do que o quadro anterior. Os programas operacionais do Alentejo e de Lisboa estão no fim da tabela.

A execução das verbas do Portugal 2020 está em 28%, revela o boletim trimestral dos fundos comunitários, referente a 30 de setembro, uma evolução de dois pontos percentuais face ao trimestre anterior. Mas fazendo a comparação com o QREN, o atual quadro comunitário Portugal 2020 não sai bem na fotografia. O QREN, a 30 de setembro de 2011, apresentava uma taxa de execução de 34,7%. Ou seja, entre os dois períodos a diferença é de 6,7 pontos percentuais.

Mas, na realidade, a diferença é ainda maior, porque na taxa de execução do QREN não estão incluídos os fundos dedicados à agricultura, nem ao mar. E embora o Programa Operacional do Mar pese negativamente na taxa de execução global do Portugal 2020 (foi de apenas 16%), o Programa Operacional de Desenvolvimento Rural ajuda em muito a taxa de execução global, graças aos 44% de execução até 30 de setembro.

Com base nos dados publicados é possível comparar os diferentes tipos de fundos que integram os quadros. Assim, é possível perceber que o Fundo Social Europeu é o que apresenta uma maior diferença entre os dois quadros (17,8 pontos percentuais), a favor do QREN. E o Fundo de Coesão é o único que tem um melhor desempenho no Portugal 2020 do que o QREN (1,5 pontos percentuais de diferença).

QREN apresenta uma taxa de execução mais elevada

Fonte: Boletim trimestral do Portugal 2020 e Boletim trimestral do QREN

“A execução deste quadro comunitário, na generalidade dos países europeus, reflete a exigência, e também as dificuldades de arranque identificadas igualmente na generalidade dos países, face aos quadros anteriores”, sublinha, ao ECO, o gabinete do Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, quando questionado sobre estas diferenças de execução. Um “reflexo dessas exigências e dificuldades é o facto de a avaliação intermédia ter passado dos N+2 para N+3, o que veio colocar menos pressão nos vários PO na fase de arranque”, acrescenta a mesma fonte oficial.

A execução deste quadro comunitário, na generalidade dos países europeus, reflete a exigência, e também as dificuldades de arranque identificadas igualmente na generalidade dos países, face aos quadros anteriores.

Gabinete do ministro do Planeamento e das Infraestruturas

Ainda assim, “nesse quadro de maior exigência, Portugal tem motivos de satisfação por continuar a ser o país com melhor execução dos países com pacotes financeiros equivalentes (superiores a sete mil milhões de euros)”, sublinhou ainda o gabinete.

O boletim trimestral sublinha ainda que “não obstante o processo de reprogramação em curso e todo o esforço inerente à sua concretização, o ritmo de execução não abrandou”. “A taxa de execução (28%) registou uma evolução de mais de 2 p.p. do que a verificada no trimestre anterior (26%), destacando-se neste indicador os domínios temáticos da competitividade e internacionalização com 30%, do desenvolvimento rural com 25% e o capital humano com 23% dos fundos executados”.

Do lado do QREN, é de sublinhar que a 30 de setembro de 2011, a economia vivia um período de contração que se iniciou no primeiro trimestre desse ano e que se veio a prolongar até ao terceiro trimestre de 2013. Já o Portugal 2020 está a ser executado num ano de crescimento económico, embora tenha havido um abrandamento no terceiro trimestre de 2018.

E quanto ao argumento, muitas vezes utilizado, de que o Portugal 2020 começou atrasado, dada a demora nas negociações com a Comissão Europeia, o mesmo se passou com o QREN.

Alentejo e Lisboa têm os piores desempenhos

Em termos de programas operacionais, os desempenhos mais baixos são do Programa Operacional do Alentejo (13%) e do Programa Operacional de Lisboa (15%) que comparam com os 28% do Portugal 2020.

“A execução é inferior à registada no QREN devido às condicionalidades impostas pelos regulamentos do Acordo de Parceria”, justificou, ao ECO, o gestor do PO Alentejo. Roberto Pereira Grilo foi particularmente duro quanto à obrigação dos municípios fazerem um mapeamento das necessidades de equipamentos públicos que seriam depois financiados por verbas comunitárias. Um trabalho extenso e demorado que atrasou os investimentos municipais, diz o responsável que sucedeu a António Costa Dieb, agora presidente da Agência da Coesão. De sublinhar que a 30 de setembro de 2011, o PO Alentejo tinha uma execução de 18,6%.

O tecido produtivo do Alentejo não tem o mesmo dinamismo. Não temos tantas empresas, mas temos empresas melhores.

Roberto Pereira Grilo

Gestor do Po Alentejo

Roberto Grilo sublinhou ainda o facto de a sua região ter uma dinâmica diferente do Norte ou do Centro, onde o número de empresa é muito mais elevado. “O tecido produtivo do Alentejo não tem o mesmo dinamismo. Não temos tantas empresas, mas temos empresas melhores”, garante o responsável. “O Alentejo 2020 é um corredor de fundo, não está à frente, mas não há nada a recear“, disse ainda Roberto Pereira Grilo, sublinhando que “o fundamental é assegurar que os investimentos estão a ser executados, com critérios de seletividade e rigor“. De frisar que o PO Alentejo tem a segunda taxa de admissibilidade mais baixa mais baixa do PO Alentejo (93%), mais baixo só o PO Açores com 88%.

Tal como Pereira Grilo, também Manuel Pereira Teixeira, gestor do Programa Operacional de Lisboa, que tem uma taxa de execução de 15%, sublinha que o desempenho do seu programa não é muito diferente dos restantes PO, que também apresentam taxas de execução baixas. “São todas baixas”, disse em declarações ao ECO. Mas, “a taxa de compromisso é, por exemplo, mais elevada do que a do Algarve e do Alentejo e quase igual à do Norte“, frisou Pereira Teixeira. Em causa está uma taxa de compromisso de 56% em Lisboa e no Norte, 55% no Algarve e 50% no Alentejo. No global, o Portugal 2020 apresenta uma taxa de compromisso de 72%.

Manuel Pereira Teixeira explica ainda os atrasos com o facto de os beneficiários do PO Lisboa 2020 terem taxas de comparticipação mais baixas do que os restantes programas operacionais. “A contrapartida nacional é muito mais elevada e torna a execução mais difícil para os promotores. Lisboa é uma região rica”, sublinha, lembrando que as taxas de comparticipação em Lisboa rondam os 40% contra os 80% de outras regiões.

A contrapartida nacional é muito mais elevada e torna a execução mais difícil para os promotores. Lisboa é uma região rica.

Manuel Pereira Teixeira

Gestor do PO Lisboa 2020

No QREN, Lisboa apresentava, por esta altura, uma taxa de execução de 25,1%, uma diferença que o gestor não consegue justificar com questões conjunturais. “Não vejo que haja conjuntura que leve a isto, antes pelo contrário, a economia está mais saudável”, sublinhou.

Numa região também tida como rica, o Algarve, apresenta uma taxa de execução um ponto percentual acima da de Lisboa. Francisco Serra sublinha que “o Algarve tem taxas de execução em linha com as dos restantes PO regionais“. Em declarações ao ECO, o gestor do Programa Operacional do Algarve recorda ainda que “o valor médio da execução e do compromisso [do Portugal 2020] é influenciado pelas taxas de execução dos PO temáticos e dos PO das regiões autónomas cujas características são distintas dos PO regionais”. Além disso, acrescenta, “é necessário ter em conta as condições específicas dos PO regionais. Alentejo, Centro e Norte têm situações diferentes de Lisboa e Algarve”.

O valor médio da execução e do compromisso [do Portugal 2020] é influenciado pelas taxas de execução dos PO temáticos e dos PO das regiões autónomas cujas características são distintas dos PO regionais.

Francisco Serra

Gestor do PO Algarve 2020

Já na comparação face ao QREN — o PO Algarve tinha uma taxa de execução de 18,1% — o também presidente da CCDR Algarve justifica que “o Algarve só geria Feder naquele período, enquanto agora gere Feder e FSE, cujas características são bastante diferentes”.

Com a mesma taxa de execução do Algarve (16%) surgem dois programas operacionais temáticos — o do Mar e o da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), embora com situações muito díspares. O Mar “só arrancou a 30 de novembro de 2015, cerca de um ano depois dos restantes programas operacionais”, lembra Teresa Almeida. A gestora do PO Mar 2020 realça que o seu desempenho “já está a par dos mais atrasados que começaram um ano antes”. Apesar disso, frisa que no final “as metas são iguais” e “é necessário executar”.

A gestora, em declarações ao ECO, sublinhou que o seu grande objetivo é que não sejam devolvidas quaisquer verbas a Bruxelas, à semelhança do que aconteceu no quadro anterior. “Portugal teve de devolver cerca de 20 milhões de euros na primeira etapa”, lamentou.

Teresa Almeida lembra ainda que ao contrário do desenvolvimento rural, em que Bruxelas permitiu que as candidaturas do anterior quadro transitassem para o novo, o que deu um avanço muito significativo a este programa operacional (44% de taxa de execução), o Mar teve de começar do início. “Gostaria de ter podido transitar candidaturas do quadro anterior”, lamentou. Mas Teresa Almeida garante que não está preocupada e garante que tem condições para cumprir. “Uma taxa de compromisso de 63% é razoável, não é preocupante e dá-nos algum conforto”, concluiu.

Gostaria de ter podido transitar candidaturas do quadro anterior. Mas não estou preocupada.

Teresa Almeida

Gestora do PO Mar 2020

Igualmente confiante está o POSEUR. Fonte oficial do programa sublinhou a disparidade de execução entre os vários eixos do programa. Por exemplo, o Eixo 1, — “transição para uma economia de baixas emissões de carbono” — tem uma taxa de execução de 4,8%, enquanto o Eixo 2 — “adaptação às alterações climáticas e prevenção e gestão de riscos” — tem uma taxa 28,5%. Já o terceiro eixo, “proteger o ambiente e promover a eficiência dos recursos”, tem uma execução de 19,4% e o último, o da “assistência técnica”, tem uma taxa de 24,1%.

“A implementação do Eixo 1 foi condicionada por se tratar de um domínio novo, bem como pela necessidade de cumprimento de condicionalidade ex-ante (aprovação da legislação nacional sobre eficiência energética nos edifícios) que determinaram a apresentação da reprogramação do POSEUR neste domínio, a qual aguarda decisão da Comissão Europeia em breve”, justifica a mesma fonte. “Só com a aprovação desta reprogramação pela Comissão Europeia se estará em condições de implementar plenamente uma parte significativa da dotação do Eixo 1 do POSEUR, o que ocorrerá, a partir do próximo mês de dezembro“, acrescentou.

A grande maioria dos projetos aprovados pelo POSEUR só obteve aprovação no final de 2016 e durante o ano de 2017, sendo que na sua generalidade são projetos de investimento infraestrutural com um calendário de execução plurianual.

Fonte oficial do POSEUR

Por outro lado, a autoridade de gestão justifica os 16% de execução com o facto de “a grande maioria dos projetos aprovados pelo POSEUR” só ter obtido aprovação no final de 2016 e durante o ano de 2017, sendo que “na sua generalidade são projetos de investimento infraestrutural com um calendário de execução plurianual (com um período médio de execução entre dois a três anos) pelo que, a fase mais intensa da sua realização física e financeira (fase de obras e entrega de equipamentos) vai ocorrer no terceiro trimestre de 2018 e no ano de 2019, uma vez que a fase inicial de execução das operações consiste na elaboração de estudos e projetos e outras tarefas preparatórias, cujos montantes de investimento são pouco expressivos em termos de montante”.

De sublinhar que, apesar destes baixos níveis de execução, todos os programas operacionais cumpriram as exigências comunitárias da regra da guilhotina, ou seja, nenhum programa vai ter de devolver este ano qualquer verba a Bruxelas.

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O que é que a Suíça tem e Portugal não tem? Muitos comboios e chegam a horas

  • Guilherme Monteiro
  • 27 Novembro 2018

A ferrovia portuguesa está entre as piores da Europa. Na Suíça, a oferta é diferente e lidera o ranking entre 140 países.

Os sucessivos relatórios não deixam muita margem para dúvidas. Quando se trata da rede ferroviária, Portugal não sai propriamente bem na fotografia. De acordo com o ranking da competitividade do Fórum Económico Mundial, e considerando a “eficiência dos serviços ferroviários”, Portugal está na 23.º posição entre 140 países sendo, a Suíça, a primeira da lista. Numa escala de 1 a 7 neste indicador, Portugal obtém 4,6 pontos. Já a Suíça alcança a medalha de ouro, com 6,7 pontos.

“Normalmente chegam a horas. Se há problemas, tentam sempre ter um plano B através do transportes de autocarros”, explica Joana Vicente, emigrante portuguesa na Suíça, ao ECO. Utilizadora frequente dos comboios como transporte público, tanto na Suíça como em Portugal, Joana considera que o nosso país “tem cada vez menos oferta a nível de horários e número de comboios”.

A enfermeira, que viaja regularmente de comboio na linha do norte, entre Coimbra e o Porto, para depois apanhar o avião no aeroporto Francisco Sá Carneiro, aponta as diferenças ao longo dos anos e sublinha que, do ano passado para este, se sente a diminuição de oferta. “Muitas vezes apanho o metro e tenho que esperar uma hora pelo comboio”, afirma.

Se olharmos para os números da consultora Boston Consulting, que todos os anos mede o desempenho dos sistemas ferroviários europeus, confirma-se a discrepância entre Portugal e a Suíça.

Fonte: Boston Consulting Group.

Os números da Boston Consulting Group mostram que, em relação à “qualidade do serviço”, Portugal até supera a média europeia. Obtém 1,5 pontos, acima da média de 1,3 dos 25 países analisados. Já quando o indicador é a “segurança” ou “intensidade de utilização” da infraestrutura, a pontuação do país cai a pique. A falta de material circulante na CP e a escassez de recursos humanos podem ajudar a explicar a posição de Portugal neste ranking.

O jornal Público desta segunda-feira revelava que, nas últimas semanas, 60% do parque de automotoras chegou a estar imobilizado em oficinas, sublinhando a falta de recursos humanos na EMEF para as recuperar. A mesma notícia sublinhava que 40% da frota de carruagem dos intercidades esteve também sem ser usada. Todos os dias há comboios suprimidos no Algarve e, só na passada quarta-feira, foram nove contabilizados. Já no Oeste, quatro comboios não fizeram a viagem.

Num relatório da Infraestruturas de Portugal ‘O Estado da Infraestrutura de 2016’, divulgado em março deste ano pelo jornal Público, o organismo dá conta de que mais de metade das linhas de comboio estão em mau estado. Perto de 60% têm mesmo um índice de desempenho “medíocre” ou “mau”. O organismo destaca o troço da linha do norte entre Ovar e Gaia, numa extensão de 35 Km, como o mais preocupante. Para esta análise teve em conta o número de comboios que por dia passam nos mais diversos troços em mau estado, e também se os que passam são ou não de pesados de mercadorias.

Ainda assim, de acordo com os dados do Eurobarómetro, publicado em setembro, Portugal esteve entre os países europeus mais satisfeitos com o serviço ferroviário, em janeiro e fevereiro deste ano. Estes resultados surgem num contexto de forte contestação à CP e à supressão de horários que começou em janeiro e de greves agendadas para o início do ano. O índice de satisfação calculado com base em cerca de mil entrevistas telefónicas em cada um dos Estados-membros (exceto Chipre e Malta onde não foi feita a sondagem) revela que os austríacos são os mais satisfeitos (13,8 pontos), seguidos dos irlandeses (13,5) e dos portugueses e finlandeses, ambos com 13 pontos.

Governo promete maior investimento do último século para 2019

Os problemas nos comboios da CP arrastam-se há meses. No verão deste ano, as condições climáticas e do equipamento fez com que, durante a onda de calor, a empresa tenha sido obrigada a cancelar a venda de bilhetes devido a problemas no ar condicionado: um Alfa Pendular que fazia a ligação entre Lisboa e Braga chegou a registar, dentro das carruagens, 38ºC, temperaturas que levaram vários passageiros a apresentarem reclamações à DECO e a denunciarem a situação nas redes sociais.

Mas o problema não é o único: a supressão de comboios é outro. Em agosto a CP reformulou horários, o que passou pela redução da oferta, com menos comboios em praticamente todas as linhas e serviços. Só na linha de Sintra, uma das principais de acesso a Lisboa, foram suprimidos mais de 130 comboios.

Num documento enviado ao parlamento, o presidente da CP, Carlos Gomes Nogueira, admitiu os problemas na empresa, dando conta de que a falta de recursos humanos e de material na EMEF estão a causar diversas perturbações na circulação até ao final do ano no serviço regional com automotoras a gasóleo. O serviço regional das linhas do Oeste, Algarve e Alentejo é o que deverá ter maiores problemas, visto que deveria funcionar com 19 automotoras, mas quatro delas estarão em “imobilização prolongada” até ao final deste mês de novembro.

Todos os dias são suprimidos comboios na linha do Algarve devido a problemas de manutenção. E podiam ser mais, já que a CP reduziu o número de viagens na linha do Oeste no início de agosto. Para quem viaja de Intercidades, o problema também vai ser sentido: Lisboa, Porto, Braga, Évora e Faro vão ter 21 carruagens paradas num total de 102 do parque ativo da CP.

No estudo da BCG, a consultora apela aos países que estão na cauda do ranking a fazerem mais investimentos em infraestruturas. O Governo prometeu dar resposta ao desafio já no próximo ano. Durante o segundo dia de debate do Orçamento de Estado para 2019, o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, prometeu “o maior investimento em obras de construção de ferrovia dos últimos 100 anos”, focado “no plano ferrovia 2020, e na aquisição, já autorizada, de material circulante”.

No total, o Governo diz que vai canalizar mais de dois mil milhões de euros para a construção de novas linhas ferroviárias, numa extensão de 214 km, mas também para a modernização de 900 km de linha já existente. Para Pedro Marques, 2019 vai ser a entrada “numa fase de investimento crescente, robusto, abrangente e sustentável” e que vai ser visível nas “intervenções nos principais eixos ferroviários, desde a linha do Minho, a Linha do Douro, a Linha do Norte, Linha da Beira Baixa, início no Corredor Internacional Norte e Corredor Internacional Sul (Sines – Caia). Paralelamente, estarão em curso projetos para a modernização e eletrificação da Linha do Oeste e Linha do Algarve”.

O que eles têm e nós não?

Portugal podia ser um país mais competitivo? Podia. Como? Se imitasse os melhores. Seríamos os primeiros se tivéssemos a percentagem de utilizadores de Internet da Islândia, um serviço de saúde igual a Espanha, uma oferta de comboios idêntica à da Suíça, o sistema judicial da Finlândia ou uma tolerância ao risco das startups semelhante a Israel. E há mais, muito mais.

Para assinalar os dois anos do ECO, olhamos para Portugal no futuro. Estamos a publicar uma série de artigos, durante três semanas, em que procuramos saber o que o país pode fazer, nas mais diversas áreas, para igualar os melhores do mundo.

Segundo o World Economic Forum, Portugal está em 34.º no ranking da competitividade de 2018. Vamos “visitar” os mais competitivos do mundo, nas mais diversas áreas, e tentar perceber “O que eles têm e nós não?”. Clique aqui para ver todos os artigos da série.

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Fim do corte de 14,5% também abrangerá pensionistas do Estado

O Parlamento aprovou, esta sexta-feira, o fim do fator de sustentabilidade para quem se reforme aos 60 anos com, pelo menos, 40 de descontos. Pensionistas do Estado também serão abrangidos.

O fim da dupla penalização das longas carreiras contributivas vai mesmo avançar em 2019. O novo regime de flexibilização de idade de acesso à pensão foi aprovado, esta segunda-feira, no Parlamento, com os votos a favor do PS, PCP e BE. Também recebeu ‘luz verde’ a proposta do PS que prevê que, até ao final do primeiro semestre do próximo ano, o Governo proceda ao alargamento destas mudanças ao regime convergente, isto é, aos pensionistas do Estado.

De acordo com o regime aprovado esta noite, a eliminação do corte de 14,5% será feita em duas fases. A partir de janeiro, para quem se reforme com 63 anos de idade e, pelo menos, 43 anos de descontos beneficiará do fim do fator de sustentabilidade. Em outubro, ficarão também abrangidos por este novo regime quem se reforme aos 60 anos com, pelo menos, 40 anos de descontos. Votaram a favor desta medida o PS, o Bloco de Esquerda e o PCP.

Além de abranger os beneficiários da Segurança Social, esta medida deverá também chegar aos pensionistas do Estado, ainda no primeiro semestre do próximo ano. O alargamento foi proposto pelo PS e concretiza uma das reivindicações que têm recebido maior apoio da esquerda.

“Até ao final do primeiro semestre de 2019, o Governo apresenta os projetos legislativos, procedendo às devidas adaptações, necessárias ao alargamento do novo regime de flexibilização de acesso à pensão designadamente ao regime convergente“, lê-se na proposta aprovada, esta sexta-feira. A proposta do Bloco acrescenta ainda, por sua vez, que será avaliada a “compatibilização com regimes específicos de acesso às pensões”.

Recorde-se que o ministro do Trabalho e da Segurança Social já tinha considerado “natural” o alargamento destas alterações ao regime em causa, mas não adiantara quando tal seria feito.

Quanto a outra das matérias que mais atenções tem conquistado nesta discussão do Orçamento do Estado para o próximo ano, o eventual travão às reformas antecipadas, os deputados aprovaram, esta noite, a proposta do PS que assegura que se manterão as condições de acesso previstas no regime atualmente em vigor, isto é, poderão continuar a reformar-se antecipadamente quem tenha 60 anos e 40 anos de descontos, não sendo obrigatória a coincidência temporal da concretização destes critérios.

Dois dias depois da proposta de Orçamento do Estado ter cruzado as portas de São Bento, Vieira da Silva colocou em cima da mesa um travão às reformas antecipadas para todos aqueles que não cumpram os requisitos de acesso previstos no novo regime. A medida caiu mal junto de todas as bancadas parlamentares, levando o Governo a esclarecer que tal mudança seria discutida no “futuro” e que, no próximo ano, se manteriam as mesmas condições em vigor (o que fica em linha com a proposta do PS agora aprovada).

De notar por fim que, nas votações desta sexta-feira, pelo caminho ficou a proposta comunista para que os trabalhadores que já acederam à reforma passem a ficar isentos do fator de sustentabilidade.

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Compras na Cyber Monday batem recorde. Wall Street encerra em alta

Os principais índices de Wall Street encerraram com ganhos, animados pelas compras compulsivas nesta Cyber Monday.

As bolsas norte-americanas encerraram em terreno positivo, ajudadas pelo sucesso das vendas na Cyber Monday. Os descontos oferecidos neste dia cativaram os compradores que contribuíram para aumentar as expectativas dos retalhistas quanto à época de festas do final do ano. As subidas nos preços do petróleo, após uma Black Friday em que caíram, também animaram Wall Street.

O índice de referência S&P 500 somou 1,55% para 2.673,47 pontos, assim como o industrial Dow Jones que valorizou 1,46% para 24.640,31 pontos. O tecnológico Nasdaq subiu 2,06% para 7.081,85 pontos, impulsionado pelas subidas das gigantes tecnológicas, que também beneficiaram desta Cyber Monday. A Amazon valorizou 5,27% para 1.581,33 dólares enquanto o eBay cresceu 1,27% para 28,8 dólares.

O frenesim à volta da Cyber Monday teve início quando os retalhistas online começaram a atrair clientes com uma avalanche de descontos com portes gratuitos. De acordo com a Adobe Analytics, citada pela Reuters, os gastos nesta segunda-feira ascenderam a um recorde de 7,8 mil milhões de dólares.

“Os mercados recuperaram depois das quedas de sexta-feira e também devido a fatores sazonais”, diz Bucky Hellwig, vice-presidente da BB&T Wealth Management, citado pela agência de notícias. “Parece que, até agora, as vendas no retalho têm sido fortes, tanto nas lojas físicas como nas online, o que é sempre algo positivo”.

Também a animar Wall Street estiveram as subidas do preço do petróleo, depois das quedas acentuadas na Black Friday. O barril de Brent encerrou a cotar nos 60,62 dólares e o WTI nos 51,69 dólares.

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Marcelo só decide sobre professores depois de analisar OE

  • ECO
  • 26 Novembro 2018

Costa disse esta segunda-feira que a recuperação do tempo de serviço dos professores vai voltar a ser analisada pelo Conselho de Ministros, mas Marcelo só a vai analisar depois de analisar o OE.

O diploma que limita a cerca de três anos o tempo de serviço a recuperar dos professores foi aprovado no início de outubro pelo Governo, mas ainda não seguiu para promulgação. António Costa disse esta segunda-feira, em Braga, que o documento vai ser novamente analisado pelo Conselho de Ministros. Contudo, Marcelo Rebelo de Sousa garantiu ao Público (acesso condicionado) que “não se pronunciará sobre qualquer diploma que chegue antes de se pronunciar sobre o Orçamento do Estado” (OE) para o próximo ano.

Estas declarações do Presidente da República são ditas no dia em que foi decidido por todos os partidos, à exceção do PS, incluir no próximo Orçamento do Estado (OE) a mesma norma que já estava no documento para este ano. Isto vai obrigar o Governo a avançar com novas negociações com os sindicatos dos professores.

“A expressão remuneratória do tempo de serviço nas carreiras, cargos ou categorias integradas em corpos especiais, em que a progressão e mudança de posição remuneratória dependam do decurso de determinado período de prestação de serviço legalmente estabelecido para o efeito, é considerada em processo negocial com vista a definir o prazo e o modo para a sua concretização, tendo em conta a sustentabilidade e compatibilização com os recursos disponíveis”, lê-se na proposta social-democrata.

Para Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), citado pelo Público, a votação desta segunda-feira constitui “uma derrota para o Governo e para o PS” e o reconhecimento, por parte do Parlamento, “que não só não houve verdadeiras negociações este ano, como a decisão encontrada pelo Governo não constitui uma solução”.

“Por uma maioria bem qualificada ficou clarinho que a Assembleia da República não reconhece o decreto-lei aprovado a 4 de outubro pelo Governo como sendo um decreto-lei que corresponde ao que o Governo estava obrigado na sequência do artigo 19 do Orçamento do Estado para 2018 (OE2018)”, disse à Lusa Mário Nogueira. O líder da Fenprof, que tem assumido o papel de porta-voz dos sindicatos que negoceiam a recuperação do tempo de serviço congelado com o Executivo, reiterou que estão “disponíveis para negociar e encontrar uma solução sustentável no tempo”.

“Se a proposta na primeira reunião for aplicar aquilo que se passou na Madeira essa será a primeira e única reunião, porque daremos o nosso acordo. Se a proposta do Governo for de manter o confronto vamos ter o caldo entornado no resto do ano letivo. Admito que o Governo possa ter aprendido alguma coisa com o passado e possa mudar a sua posição”, concluiu.

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Governo propõe ao Porto de Setúbal que indique número de trabalhadores necessários

  • Lusa
  • 26 Novembro 2018

Propostas constam de um memorando para a resolução do conflito no Porto de Setúbal, onde os trabalhadores eventuais, que representam a maioria dos funcionários em greve desde 5 de novembro.

O Governo propôs esta segunda-feira à Administração do Porto de Setúbal a emissão, em três semanas, de uma recomendação “inequívoca” do número de trabalhadores necessários aos quadros permanentes e apelou aos trabalhadores temporários para que suspendam a paralisação.

Estas propostas constam de um memorando, a que os jornalistas tiveram acesso, para a resolução do conflito no Porto de Setúbal, onde os trabalhadores eventuais, que representam a maioria dos funcionários, estão em greve desde o dia 5 de novembro. A proposta em causa vai ser esta segunda-feira debatida numa reunião, convocada pelo Ministério do Mar, que vai juntar a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, e 13 entidades, como sindicatos, empresas e agentes de navegação.

No documento, que engloba cinco propostas para a resolução do conflito, é pedido que as empresas de trabalho portuário iniciem “de imediato” o processo de eliminação da precariedade, mantendo o recurso ao trabalho temporário dentro do quadro previsto no regime jurídico. Depois da recomendação da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS), “compete ao IMT (Instituto da Mobilidade e Transportes), entidade responsável pelo licenciamento das Empresas de Trabalho Portuário, auditar e garantir o cumprimento destas indicações”.

Adicionalmente, na reunião desta segunda-feira será proposto que, durante o período de análise, os trabalhadores temporários suspendam a paralisação, devendo ainda “abster-se de qualquer ação que bloqueie o bom funcionamento do Porto”. Por último, a líder do ministério do Mar vai solicitar ao Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL), de modo a tomar parte de futuras negociações, que suspenda, “de imediato”, a greve dos estivadores às horas extraordinárias, em vigor até 1 de janeiro de 2019, “garantindo assim o bom funcionamento” do porto.

“Estes pontos garantem as condições necessárias para uma negociação de boa-fé. Devem por isso as partes interessadas manifestar o seu assentimento às mesmas com vista à resolução de uma situação que prejudica dezenas de milhares de trabalhadores em toda a região”, lê-se no documento. Cerca de 90 trabalhadores contratados ao turno pela empresa de trabalho portuário Operestiva, alguns há mais de dez e outros há mais de 20 anos, têm efetuado protestos contra a situação de precariedade.

Estes trabalhadores eventuais, que não comparecem ao trabalho desde 5 de novembro, exigem um contrato coletivo de trabalho, a par da garantia de que aqueles que não forem contratados terão prioridade quando for necessário colmatar os referidos picos de atividade no Porto de Setúbal.

Sindicato e operadores demonstram vontade para resolver conflito no porto de Setúbal

A ministra do Mar garantiu esta segunda-feira, em Lisboa, haver abertura do sindicato, dos operadores e da administração dos portos para resolver o problema da precariedade em Setúbal, embora se mantenha um diferendo quanto aos moldes da negociação. “Neste momento temos uma vontade e uma abertura para resolver o problema dos precários (…), embora exista uma discrepância entre sindicatos e empresas. Uma parte propõe que sejam 48 novos contratos, da outra parte 30. Julgo que será possível chegar a acordo”, disse Ana Paula Vitorino aos jornalistas, antes do final da reunião que juntou à mesa o Governo e 13 entidades para discutir a situação laboral dos estivadores eventuais de Setúbal, que não comparecem ao trabalho desde dia 5.

De acordo com a governante, a maior discordância verifica-se nos moldes da negociação, uma vez que o Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL) defende que a mesma deve prosseguir com a paragem total do porto, enquanto os operadores desejam que os estivadores regressem ao trabalho, uma vez que apenas está em vigor um pré-aviso de greve às horas extraordinárias e não à totalidade da carga horária.

“O regime do trabalho portuário admite que existam pessoas que sejam efetivas (…) e que exista [um conjunto] de pessoas temporárias para fazer face aos picos de trabalho. No entanto, o nível que se atingiu no porto de Setúbal ultrapassa as boas regras daquilo que deve existir. Esse é o principal objetivo que temos com esta negociação, retirar a precariedade no porto de Setúbal”, vincou.

De acordo com Ana Paula Vitorino, o porto de Setúbal representa apenas 7% da movimentação nacional, mas serve empresas exportadoras e importadoras, sendo igualmente importante ao nível da criação de emprego. Para o encontro de hoje, o Governo levou um memorando com cinco propostas, que engloba “cedências” de todas as partes.

Segundo o documento, a que os jornalistas tiveram acesso, é proposto, entre outros pontos, à Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) a emissão, no prazo de três semanas, de uma recomendação “inequívoca” do número de trabalhadores necessários aos quadros permanentes e aos trabalhadores temporários a suspensão da paralisação.

Conforme foi anunciado pela ministra do Mar, apesar de a reunião estar a ser “produtiva”, as negociações vão continuar entre quinta e sexta-feira, no Ministério do Mar, até que o conflito esteja resolvido.

(Notícia atualizada às 22h09 com declarações da ministra do Mar)

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Navigator vai aumentar os preços do papel em janeiro

  • Lusa
  • 26 Novembro 2018

Os aumentos serão aplicados a todos os produtos e mercados da Europa e entrarão em vigor em 18 de janeiro de 2019. A empresa justifica a medida com o aumento dos custos de produção.

A produtora de papel Navigator Company anunciou esta segunda-feira que vai aumentar em janeiro os preços do papel na Europa, entre os 4% e os 6%.

De acordo com um comunicado da empresa, os aumentos serão aplicados a todos os produtos e mercados da Europa e entrarão em vigor em 18 de janeiro de 2019. A empresa justifica a medida com o aumento dos custos de produção.

A Navigator Company começou também esta segunda-feira a informar os seus clientes do Médio Oriente, África e Turquia sobre os novos preços do papel que começarão a ser praticados a 2 de janeiro, passando a tonelada a custar 100 euros (115 dólares) para aquelas regiões.

A Navigator Company, antiga Portucel, vende os seus produtos em 130 países dos cinco continentes, com as suas marcas Navigator, Pioneer, Inacopia, Discovery, Soporset e Inaset.

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Theresa May anuncia voto no Parlamento ao acordo do Brexit no dia 11 de dezembro

  • Lusa
  • 26 Novembro 2018

Segundo adiantou a BBC, serão reservados cinco dias para debate: os três primeiros, de 4 a 6 de dezembro, e os restantes dois nos dias 10 a 11 de dezembro, tendo lugar o voto no fim do 5.º dia.

O voto ao acordo de saída do Reino Unido da União Europeia vai realizar-se no Parlamento britânico no dia 11 de dezembro, anunciou a primeira-ministra britânica, Theresa May.

Segundo adiantou a BBC, serão reservados cinco dias para debate: os três primeiros, de 4 a 6 de dezembro, e os restantes dois nos dias 10 a 11 de dezembro, tendo lugar o voto no fim do quinto dia de debate. O “voto significativo”, como ficou descrito na Lei de Saída da UE, é necessário para o documento poder ser ratificado em seguida pelo Parlamento Europeu e entrar em vigor a tempo do Brexit, a 29 de março de 2019.

Porém, existe um risco sério de o governo ser derrotado devido a muitos deputados do próprio partido Conservador estarem dispostos a acompanhar a oposição no voto contra o acordo, embora por razões diferentes. A Câmara dos Comuns, câmara baixa do parlamento britânico, tem 650 assentos, mas nem o presidente [speaker] nem os três adjuntos votam, e os sete deputados do Sinn Féin também não contam porque não assumiram o lugar, restando 639 deputados, pelo que a maioria é atualmente de 320.

O partido Conservador possui 315 deputados mas, de acordo com a imprensa britânica, mais de 80 já assumiram publicamente não aprovam o acordo, o que poderá resultar num voto contra ou em abstenção. O partido Trabalhista e os restantes partidos da oposição (Liberais Democratas, Partido Nacionalista Escocês, nacionalistas galeses Plaid Cymru e Partido Verde), que somam 309 deputados, também manifestaram a intenção de chumbar o acordo.

O Partido Democrata Unionista, da Irlanda do Norte, também já declarou que os seus 10 deputados que até agora garantiam a maioria do governo, também desaprovaram o acordo. Restam sete deputados independentes, eleitos por partidos, mas que se afastaram ou foram excluídos do respetivo grupo parlamentar e que não estão sujeitos à disciplina de voto.

Se o acordo for derrotado, o Governo é obrigado a fazer uma declaração no período de 21 dias, dizendo o que pretende fazer, mas é pouco claro sobre o que pode acontecer depois. O Governo pode pedir uma segunda votação parlamentar, na esperança de que um período de pânico nos mercados com a perspetiva de uma saída desordeira mude a posição dos deputados.

Tanto líderes europeus como a primeira-ministra argumentaram no domingo que uma renegociação é impossível, mas alguns deputados têm alegado que a UE pode ser persuadida Theresa May não rejeitou demitir-se se perder o voto, desencadeando uma eleição interna no partido Conservador, ou o partido Trabalhista pode apresentar uma moção de censura para tentar provocar eleições legislativas antecipadas.

Um número crescente de deputados representativos de todos os partidos tem pedido um novo referendo para desbloquear o impasse e dar aos eleitores a escolha entre sair e permanecer no bloco, mas tal teria de ser aprovado no parlamento e poderia não ser possível realizar-se antes da data marcada para a partida do Reino Unido.

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