Acionistas aprovam propostas com 99,9% dos votos. BCP mais perto de dar dividendos

Acionistas do BCP já deram luz verde às propostas da administração que abrem a porta aos dividendos e aos bónus para os trabalhadores.

A maioria dos acionistas já deu luz verde às duas propostas que foram à Assembleia Geral extraordinária do BCP e que abrem a porta aos dividendos e aos bónus para os trabalhadores.

Estiveram presentes na reunião magna extraordinária desta segunda-feira acionistas representando 62% do capital do banco. Entre os principais acionistas do BCP estão os chineses da Fosun e os angolanos da Sonangol, detendo 27,06% e 19,49% do capital do banco português, respetivamente.

O primeiro ponto da ordem de trabalhos foi aprovado por 99,9% dos acionistas que estiveram na assembleia. Diz respeito a uma alteração de um artigo do estatutos para clarificar que é a Assembleia Geral o órgão responsável pela aprovação dos dividendos.

O segundo ponto também obteve a aprovação de 99,85% dos acionistas presentes. Isto significa que a administração do banco está autorizada a reduzir o capital social em quase 900 milhões de euros, o que vai permitir que a situação líquida do banco (os capitais próprios) exceda em 20% o seu capital social, possibilitando a existência de fundos para distribuir pelos acionistas e trabalhadores. Para que esta operação se concretize faltará ainda o aval do Banco Central Europeu (BCE).

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Com este resultado, Miguel Maya fica mais perto de cumprir o seu desejo de voltar a distribuir pelos acionistas no próximo ano (o que não acontece desde 2010) e pagar bónus aos trabalhadores (em compensação pelos cortes salariais que vigoraram entre 2014 e 2017), mas nada está ainda definitivamente decidido. Não só porque BCE tem a palavra final sobre a redução do capital social, mas também porque os dividendos e bónus terão de ser decididos noutra assembleia geral.

No plano financeiro, depois de ter apresentado lucros de 150 milhões de euros no primeiro semestre, o BCP volta a reportar contas trimestrais já na quinta-feira. Os analistas do do BPI estimam um resultado líquido positivo de 243,6 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.

Esta segunda-feira, o banco do BCP na Polónia anunciou a aquisição do Euro Bank ao Société Générale por 428 milhões de euros, numa investimento que poderá aumentar os lucros do BCP em 5%, segundo as estimativas do BPI.

(Notícia atualizada às 16h08)

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Greve do metro de Lisboa marcada para esta semana foi desconvocada

  • ECO e Lusa
  • 5 Novembro 2018

A greve do metro de Lisboa, que ameaçava o transporte dos participantes para o Web Summit em dois dias desta semana, foi desconvocada pela Fectrans.

A greve do metropolitano de Lisboa, com paralisações parciais marcadas para esta terça e quinta-feira, em pleno evento do Web Summit, foi desconvocada, disse uma fonte da Fectrans à TSF. A informação foi confirmada oficialmente pela empresa, num comunicado enviado ao ECO.

“A empresa informa que as associações sindicais decidiram oficialmente desconvocar as greves parciais agendadas para os próximos dias 6 e 8 de novembro. O Metropolitano de Lisboa irá, assim, operar nas suas condições normais de funcionamento não se prevendo qualquer perturbação relacionada com as greves parciais acima referidas”, indica a mesma nota. A empresa perspetiva ainda “um ciclo de paz social duradoura”.

Segundo o Público (acesso condicionado), que cita Anabela Carvalheira, dirigente da Fectrans, os trabalhadores do metro aceitaram uma proposta feita pelo Conselho de Administração da empresa pública para alargar por mais um ano o acordo coletivo de trabalho atualmente em vigor. Assim, o acordo deverá expirar só em 2022.

Os trabalhadores do metro reivindicavam aumentos salariais e a prorrogação do acordo coletivo de trabalho. A segunda parte terá sido satisfeita na reunião entre trabalhadores e administração, realizada esta segunda-feira, mas não terá havido “qualquer evolução” no que toca ao aumento da remuneração dos funcionários do metropolitano, segundo o Público. No plenário participaram 400 trabalhadores. Duas dezenas votaram contra a proposta de desconvocação da greve.

As duas ações de paralisação parcial estavam agendadas para terça e sexta-feira, entre as 6h00 e as 9h00. O momento coincidia com dois dos principais dias — o segundo e o último — da realização do Web Summit, uma feira de tecnologia e inovação que se espera que traga à capital portuguesa cerca de 70.000 participantes de todo o mundo.

A conferência realiza-se esta semana, de 5 a 8 de novembro, na zona do Parque das Nações (FIL e Altice Arena). O metro é um dos principais meios de transporte dos participantes para chegar ao local do evento.

Acordo alcançado não é o “ideal”

Em declarações à Lusa, Nuno Fonseca, do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes, disse que, apesar de permitir a desconvocação da greve, o acordo não é o “ideal” na ótica dos trabalhadores.

“Ontem [domingo] recebemos uma proposta do Conselho de Administração em relação às negociações que estavam a decorrer. A proposta foi hoje [segunda-feira] sufragada em plenário geral de trabalhadores e, apesar de não ir de encontro à totalidade das pretensões dos trabalhadores, foi aprovada pelos mesmo e dá azo a que se desconvoquem as greves que estavam anunciadas para 6 e 8 deste mês”, explicou o sindicalista.

De acordo com Nuno Fonseca, foi igualmente desconvocada uma “greve ao tempo extraordinário” que está a decorrer. O acordo aceite pelos trabalhadores “visa a paz social nos próximos meses”, descartando haver em cima da mesa “negociações ou reivindicações”. “Não sendo o acordo ideal, vai de encontro a algumas pretensões dos trabalhadores e neste momento não se avizinha mais nada, nem protestos, nem formas de luta”, frisou.

No último protesto, a 18 de outubro, os trabalhadores do metro estavam contra a discordância com a proposta de atualização salarial plurianual de 24,50 euros para os anos de 2018 e 2019, apresentada então aos representantes sindicais pelo conselho de administração.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h06 com comunicado oficial da empresa)

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De espelhos retrovisores a “espelhos digitais”. Duas câmaras e dois ecrãs no interior dos carros

Em vez de espelhos retrovisores no exterior do automóvel, são duas câmaras, uma de cada lado, que reproduzem os movimentos que acontecem na lateral do veículo em ecrãs instalados no interior do carro.

A revolução digital de que tanto se tem falado nos últimos anos já se está a fazer sentir em vários setores e o mercado automóvel não é exceção. Nos carros, há elementos bem tradicionais que estão a desaparecer ou, por outro lado, a sofrer algumas transformações. Os retrovisores passam, agora, a ser digitais, a estar no interior dos próprios carros e a possuir uma câmara no lado exterior.

De acordo com o Business Insider (acesso livre, conteúdo em espanhol), a chegada ao mercado do Audi e-tron será um ponto de inversão que marcará o futuro dos espelhos retrovisores. O e-tron é o primeiro carro elétrico desenvolvido pela Audi: um SUV completamente diferente, uma vez que já incorpora retrovisores digitais.

Melhor visibilidade, maior segurança

Em vez dos espelhos retrovisores no exterior do automóvel, passam a existir duas câmaras, uma de cada lado, que reproduzem os movimentos que acontecem na lateral do veículo em ecrãs instalados no interior do carro. Esses ecrãs, OLED (organic light-emitting diode) de sete polegadas, ficam nas portas, mais ou menos ao nível dos habituais retrovisores exteriores, mas no interior do veículo.

As câmaras contam com uma objetiva grande angular, para que captem toda a informação com maior nitidez e eliminem o chamado ângulo morto. As câmaras possuem, ainda, diferentes modos de uso, como, por exemplo, o modo autoestrada e o modo de estacionamento. Outra das vantagens dos retrovisores digitais é que, em dias de chuva ou de neve, os espelhos já não ficam com as gotas de água que comprometem a visibilidade do condutor.

Com os retrovisores digitais, espera-se também uma melhoria significativa ao nível da aerodinâmica. A Audi já disse que o e-tron, apenas com este novo elemento, ganhou dois quilómetros extra de autonomia elétrica.

É de esperar que nos próximos anos o retrovisor passe a ser uma câmara, melhor integrada na própria carroçaria do carro, e que proporcione uma melhor aerodinâmica, segurança e visibilidade. Ainda que a tecnologia utilizada para fabricar estes retrovisores digitais seja mais cara do que a convencional, segundo a publicação norte-americana, num prazo de cinco anos, espera-se que o seu uso se generalize a vários automóveis de luxo e desportivos.

Além do e-tron, da Audi, também outras marcas estão a apostar neste novo modelo de espelhos retrovisores, como é o caso da Lexus, com o ES300H. Contudo, nem todos os mercados vão poder desfrutar desta inovação. Na Europa, a legislação ainda não permite o uso das câmaras e dos “espelhos virtuais”. Já no Japão, os retrovisores digitais prometem chegar para ficar.

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Ex-PGR Joana Marques Vidal nomeada para funções junto do Tribunal Constitucional

  • Lusa
  • 5 Novembro 2018

Joana Marques Vidal foi nomeada por unanimidade para exercer funções, em comissão de serviço, no Tribunal Constitucional.

A ex-procuradora-geral da República (PGR) Joana Marques Vidal foi nomeada pelo Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) para exercer funções, em comissão de serviço, no Tribunal Constitucional (TC), indica o boletim do CSMP divulgado, esta segunda-feira.

A nomeação, em comissão de serviço, de Joana Marques Vidal para exercer funções no TC foi tomada por unanimidade dos membros presentes na reunião plenária do CSMP, realizada a semana passada.

Na mesma reunião, o CSMP – órgão de gestão e disciplina dos magistrados do Ministério Público – nomeou, por unanimidade, em comissão de serviço, o ex-vice PGR Adriano Cunha para exercer funções no Supremo Tribunal Administrativo.

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Wall Street com ganhos tímidos em véspera de eleições

Os investidores aguardam pelas eleições intercalares, que decorrem na terça-feira e que deverão alterar a distribuição de lugares no Congresso norte-americano.

As bolsas norte-americanas arrancaram a semana com ganhos ligeiros, numa altura em que os investidores aguardam pelos resultados das eleições intercalares nos Estados Unidos, que decorrem esta terça-feira e que deverão alterar a distribuição de lugares no Congresso. Os mercados esperam também pelas conclusões da reunião da Reserva Federal, que termina na quinta-feira.

O índice de referência S&P 500 está a valorizar 0,36%, para os 2.732,78 pontos, enquanto o industrial Dow Jones sobe 0,42%, para os 25.376,09 pontos. Já o tecnológico Nasdaq contraria esta tendência e recua 0,43%, para os 7.325,17 pontos.

A penalizar o índice tecnológico está, sobretudo, a Apple, que desvaloriza mais de 2,4%, depois de ter sido noticiado que cancelou o aumento da produção do iPhone XR. O novo smartphone da tecnológica norte-americana está à venda deste outubro, mas as vendas estão a ficar aquém do esperado.

De resto, o sentimento é de expectativa. Os eleitores norte-americanos vão às urnas na terça-feira, para elegerem os membros da Câmara dos Representantes e do Senado, bem como os governadores dos estados. As sondagens apontam para que os democratas ganhem o controlo da Câmara dos Representantes e os republicanos mantenham o Senado.

Também esta semana, na quinta-feira, a Fed termina uma reunião de dois dias. Não é esperado que seja anunciado um aumento dos juros, mas os investidores antecipam novos sinais relativamente ao ritmo de evolução dos juros nos próximos meses. A Fed deverá ainda divulgar novos dados que ilustrem o impacto das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China sobre a economia.

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Há risco do parlamento britânico rejeitar acordo, diz embaixador português

  • Lusa
  • 5 Novembro 2018

Manuel Lobo Antunes diz que há "forças cada mais importantes a pedir segundo referendo", mas assume que seria "duro golpe na democracia britânica"

Um “acordo possível” sobre o Brexit “é melhor que um não-acordo”, mas há um risco de ser chumbado no Parlamento britânico, disse à Lusa o embaixador de Portugal em Londres, Manuel Lobo Antunes.

Ao mesmo tempo, há “forças cada vez mais importantes” a pedir um segundo referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) e, embora Lobo Antunes considere que “as condições [políticas] não estão reunidas neste momento”, admite que tem hoje “mais incerteza” do que “há um ano” e não pode, por isso, afirmar “tão perentoriamente” que não haverá uma segunda consulta ao povo britânico.

“Julgo que há aqui, neste momento, uma grande expetativa entre conseguir um acordo de saída e o que começa a ser também um calendário apertado”, disse o embaixador, evocando a data prevista para o ‘Brexit’, 29 de março de 2019, em que “é suposto quer o acordo de saída, quer a declaração sobre a relação futura, estarem acordados e já ratificados pelo Parlamento Europeu e pelo Parlamento britânico”.

“Estamos num período de pausa e reflexão, enquanto as negociações prosseguem em Bruxelas […] Depois veremos, quando [a primeira-ministra britânica, Theresa] May trouxer um acordo, se trouxer acordo, como é que as forças mais antagónicas em relação à UE e as forças mais pró-europeias reagirão a esse acordo e, sobretudo, se o Parlamento efetivamente o aprova”.

Para Lobo Antunes, “esse pode ser o risco”, porque o Parlamento “está de tal forma dividido em tendências, que pode não haver, para nenhuma solução, uma maioria que faça aprovar uma qualquer solução na Câmara dos Comuns”.

“E isso criaria naturalmente um impasse, esse sim, um impasse político complicado”, disse o embaixador, que foi secretário de Estado dos Assuntos Europeus (2006-2008) e representante permanente de Portugal junto da UE (2008-2012).

Nesta altura, explicou Lobo Antunes, há “uma aritmética parlamentar” em que, perante vários cenários, “uns [parlamentares] votam um cenário, mas não votam outro, outros ainda votam no primeiro, mas depois não votam naquele”.

Mas, afirmou, “também há da parte do Governo [britânico] a confiança de que, numa situação dessas, o interesse do país, que será o interesse de celebrar um acordo, prevaleça sobre questões partidárias ou particulares”: “Isto é, um acordo perfeito não é possível, é melhor ter o acordo possível que um não-acordo. E que nesta base o Parlamento o possa aprovar”, explicou.

Ao mesmo tempo, disse, “continua a haver forças cada vez mais importantes que desejam um segundo referendo e que desejam que a palavra final seja dada ao povo britânico”.

O embaixador citou nomeadamente um artigo de opinião publicado no domingo por Tony Blair no jornal The Observer, em que o ex-primeiro-ministro trabalhista britânico “diz muito claramente que o Parlamento britânico deve rejeitar qualquer acordo que May obtenha em Bruxelas e que o povo se deve pronunciar sobre se, sim ou não, quer ficar na UE”, porque, segundo Blair, “qualquer acordo que o Governo obtenha é sempre pior do que o Reino Unido ficar na UE”.

“Eu continuo a pensar que as condições não estão reunidas neste momento, mas também digo muito francamente que hoje em dia tenho mais incerteza sobre o que é que vai acontecer desse ponto de vista do que aqui há um ano, em que eu estava muito certo de que não haveria [segundo] referendo”, disse Lobo Antunes.

“Hoje em dia, continuo a achar que não há condições, mas já não o afirmo tão perentoriamente”, salientou.

As dúvidas de Lobo Antunes prendem-se nomeadamente com o facto de “figuras importantes do Governo e ministros importantes do Governo” terem dito “que a realização de um segundo referendo seria um golpe sério na democracia britânica, uma vez que o povo tinha votado já, tinha dito claramente o que queria, e portanto seriam os partidos políticos, o sistema político, a pôr em causa quer a legitimidade do voto quer o desejo dos eleitores”.

Nesse sentido, afirmam os que estão contra um segundo referendo, “politicamente isso seria muito perigoso para a própria estabilidade política do Reino Unido”.

“Eu continuo otimista, acho que há todas as razões para haver um acordo. É do interesse do Reino Unido, é do interesse da UE, não é certamente do interesse de ninguém uma rutura e uma desistência, digamos, de nenhum dos blocos em relação ao outro”, afirmou o embaixador.

“O Reino Unido precisa da UE, claro, […] e as autoridades britânicas estão conscientes disso. Do mesmo modo, também para nós é importante que esta relação, que será uma relação diferente, porque o Reino Unido estará fora da UE e, portanto, fora do mercado interno e de outros aspetos importantes do quadro regulatório da UE, e haverá, naturalmente, consequências desse facto”, sustentou.

“Mas o objetivo aqui é reduzir tanto quanto possível, essas consequências mais nefastas e manter, tanto quanto possível, a ambição e o nível de cooperação que hoje em dia existe. Veremos se isto é possível. Estou confiante que será, mas temos de esperar”, disse.

As negociações entre o Reino Unido e a UE estão numa fase decisiva e, apesar de oficialmente não haver informação sobre progressos, nomeadamente quanto à difícil questão da fronteira entre a província britânica da Irlanda do Norte e a República da Irlanda, membro da UE, a possibilidade de um acordo nos próximos dias ou semanas tem sido admitida por fontes próximas da negociação citadas na imprensa britânica.

Mas as hipóteses de um eventual acordo ser alcançado são ensombradas pela possibilidade de um “chumbo” no Parlamento britânico, cuja aprovação do acordo é condição essencial.

Segundo a imprensa britânica, a Comissão Europeia pode anunciar esta semana uma cimeira especial sobre o ‘Brexit’ para 15 ou 22 de novembro, e um eventual acordo seria votado na Câmara dos Comuns em dezembro.

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Centeno espera que Governo italiano apresente novo orçamento “em linha com as regras” de Bruxelas

  • Lusa
  • 5 Novembro 2018

Itália tem até à próxima semana para reformular o documento e o presidente do Eurogrupo espera um novo orçamento que cumpra as regras europeias, em nome da "sustentabilidade e estabilidade".

O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, disse esta segunda-feira em Bruxelas esperar que, na sequência do “chumbo” da Comissão Europeia, o Governo italiano apresente na próxima semana um novo projeto orçamental para 2019 que respeite as regras europeias.

À entrada para uma reunião do fórum de ministros das Finanças da Zona Euro, Centeno apontou que um dos temas em agenda é precisamente uma “discussão em torno da opinião que a Comissão produziu sobre o projeto de orçamento de Itália”, mas não serão para já tomadas decisões, pois Roma tem até à próxima semana para reformular o documento, o que o presidente do Eurogrupo espera que suceda, em nome da “sustentabilidade e estabilidade”.

“Todos sabemos que não temos de tomar decisões hoje, mas esperamos que, dado que está a decorrer o processo de revisão desse mesmo projeto orçamental pelo Governo italiano, o que ocorrerá durante a semana que vem, que essa revisão permita trazer o orçamento o italiano em linha com aquilo que são as nossas regras orçamentais, para trazer sustentabilidade e estabilidade, quer a Itália, quer a toda a área do euro”, afirmou.

Centeno apontou que o debate desta segunda-feira em torno das perspetivas orçamentais para o próximo ano “tem contribuições de todos os ministros” e “seguramente que o ministro das Finanças italiano também estará disponível e seguramente que dará a todos os colegas do Eurogrupo explicações sobre a estratégia orçamental italiana”. “Esperamos todos obviamente por esse contributo”, disse.

Seguramente que o ministro das Finanças italiano dará a todos os colegas do Eurogrupo explicações sobre a estratégia orçamental italiana.

Mário Centeno

Presidente do Eurogrupo

Questionado sobre se espera que Roma altere a sua proposta orçamental – apesar de o Governo “antissistema” já ter anunciado que não alteraria “nem um euro”, por muitas cartas que recebesse de Bruxelas -, Mário Centeno limitou-se a recordar que existem “princípios comuns de gestão” das políticas económicas, “e em particular da política orçamental”, no seio da zona euro, “e a noção de sustentabilidade é uma noção que deve estar presente em todas as discussões”.

Aguardaremos pela reação do ministro italiano sobre essa dimensão também”, concluiu.

O fórum de ministros das Finanças da zona euro, presidido por Mário Centeno, discute hoje o “chumbo” de Bruxelas ao projeto de orçamento para 2019 apresentado pelo Governo italiano, ainda na expectativa de qual será a resposta de Roma.

Em 23 de outubro passado, e pela primeira vez desde a instituição do “semestre europeu” de coordenação de políticas económicas e orçamentais (em 2010), a Comissão Europeia pediu a Itália que reformulasse o seu projeto orçamental, por apresentar uma derrapagem orçamental sem precedentes na história do Pacto de Estabilidade e Crescimento.

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BCP abre a porta aos dividendos na assembleia geral de acionistas de hoje

Banco liderado por Miguel Maya dá hoje mais um passo importante rumo aos dividendos para os acionistas e aos bónus para os trabalhadores. O que está em causa na assembleia geral desta segunda-feira?

O BCP dá esta segunda-feira mais um passo decisivo naquilo que o seu presidente considera ser “a normalização do banco”. Depois de anos de aperto para os acionistas e para os trabalhadores, num período marcado pela intervenção estatal e pela ascensão chinesa no quadro acionista, o banco liderado por Miguel Maya apresenta à votação da assembleia geral extraordinária duas propostas que visam abrir a possibilidade de voltar a pagar dividendos e devolver os cortes aos funcionários. Mas o dia de hoje representa apenas um primeiro passo nesse sentido.

São apenas dois pontos que constam da ordem de trabalhos da reunião magna que decorre no Tagus Park, em Oeiras, ao início da tarde:

  1. Revisão de um artigo dos estatutos do banco para clarificar que é a assembleia geral quem toma decisões relativas à distribuição de lucros do exercício, independentemente da política de dividendos da gestão do banco;
  2. Redução do capital social em quase 900 milhões de euros (sem alteração do número da ações) para permitir que a situação líquida do banco (os capitais próprios) exceda em 20% o seu capital social, o que vai possibilitar a existência de fundos para distribuir pelos acionistas e trabalhadores.

Miguel Maya já teve oportunidade de dizer ao ECO que o banco vai a caminho de “lucros belíssimos” e que estava a “fazer tudo” para voltar a remunerar os acionistas, o que não acontece desde 2010. Além disso, quando assumiu os destinos do banco no final de julho, enviou uma carta aos trabalhadores onde expressou o seu compromisso de voltar a pagar bónus aos trabalhadores, como compensação pelo corte de salários que vigorou entre 2014 e 2017 e corresponderam entre 3% e 11% das remunerações acima de 1.000 euros.

Agora, aprovadas as duas propostas pelos acionistas, o presidente do BCP fica mais perto de cumprir a sua palavra, mas nada está ainda definitivamente decidido.

Por um lado, o Banco Central Europeu (BCE) terá de dar luz verde primeiro a redução do capital social de 876 milhões de euros que coloque o banco em posição de ter fundos disponíveis para dividendos e bónus. Por outro, existindo essas disponibilidades financeiras, a remuneração aos acionistas e os prémios aos funcionários terão de ser decididos noutras assembleias gerais que não a desta segunda-feira.

Na convocatória para esta reunião magna, o conselho de administração assinalava que “é de manifesto interesse social, dentro do permitido por lei, criar condições de futura existência de fundos suscetíveis de qualificação regulatória como distribuíveis, que possibilitem a eventual futura: (…) distribuição de resultados pelos colaboradores; e decisão de distribuição de dividendos (…)”.

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No plano financeiro, depois de ter apresentado lucros de 150 milhões de euros no primeiro semestre, o BCP volta a reportar contas trimestrais já na quinta-feira. Os analistas do do BPI estimam um resultado líquido positivo de 243,6 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.

As ações apresentam uma desvalorização de 10% desde o início do ano, apesar do recente rally com a reunião magna à espreita. Atualmente, a instituição apresenta-se com um valor de mercado a rondar os 3.600 milhões de euros.

Entre os principais acionistas do BCP estão os chineses da Fosun e os angolanos da Sonangol, detendo 27,06% e 19,49% do capital do banco português, respetivamente.

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Samsung abre assistente de voz a programadores de fora

A Samsung quer desenvolver mais funcionalidades como chamar um táxi ou encomendar pizza para não ficar para trás na concorrência com outros assistentes como a Siri e a Alexa.

A Samsung vai abrir o sistema de assistente de voz a programadores de fora, de forma a tentar acompanhar os outros assistentes como a Siri e a Alexa. A empresa segue assim os passos da Amazon e a Google, que também tiram partido deste tipo de apoio.

Deverá ser durante uma conferência na Califórnia, nesta semana, que a gigante sul-coreana vai anunciar a abertura do Bixby a terceiros, avança o Wall Street Journal (acesso pago/conteúdo em inglês). O objetivo é que desenvolvam ferramentas que ainda não estão disponíveis, como chamar um táxi ou encomendar comida, e será no evento que a Samsung vai explicar como o podem fazer.

Estas funcionalidades são chamadas pela tecnológica de cápsulas, e podem permitir a integração de aplicações como o Spotify e a Netflix no assistente virtual. “Os programadores reconhecem em grande escala o forte potencial futuro do Bixby”, disse o líder do departamento de software e inteligência artificial da Samsung, Chung Eui-suk, à publicação.

A fabricante sul-coreana já terá convidado vários programadores para desenvolver o sistema nos últimos meses, e está a planear dar um prémio de dez mil dólares para aquele que conseguir concretizar a melhor funcionalidade. Este assistente foi lançado no ano passado e é usado por 6% dos norte-americanos.

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Brasileira Embraer anuncia contrato de venda de 15 jatos à American Airlines

  • Lusa
  • 5 Novembro 2018

O contrato firmado entre as empresas é no valor de 705 milhões de dólares. A entrega das aeronaves à American Airlines vai começar em 2020.

A fabricante de aeronaves brasileira Embraer anunciou esta segunda-feira que recebeu uma encomenda de 15 jatos do modelo E175 da companhia aérea American Airlines num contrato firmado no valor de 705 milhões de dólares (620 milhões de euros).

Num comunicado à imprensa, a Embraer destacou que o negócio será incluído na carteira de pedidos do quarto trimestre de 2018 e que a entrega das aeronaves começará em 2020.

Somado aos pedidos anteriores de jatos da Embraer do modelo E175 realizados pela companhia aérea norte-americana, este novo contrato resulta numa encomenda total de 104 aeronaves desde 2013.

“Este novo pedido da American Airlines mostra o valor que as companhias aéreas continuam a depositar no nosso bem-sucedido jato E175”, frisou Charlie Hills, diretor de marketing e vendas para a América do Norte da Embraer Aviação Comercial.

“Estamos totalmente comprometidos em fornecer soluções de frota que tenham um impacto final positivo, e o nosso E175 é o responsável pela liderança com mais de 80% de participação no mercado norte-americano”, acrescentou.

A Embraer, que lidera o fabrico de jatos comerciais com até 150 assentos, vendeu mais de 435 jatos do modelo E175 para companhias aéreas na América do Norte desde janeiro de 2013, obtendo mais de 80% do total de pedidos no segmento de jatos de até 76 assentos.

A empresa brasileira mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

A Embraer mantém duas fábricas em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, a 130 quilómetros a leste de Lisboa, sendo que a empresa também é acionista da OGMA (65%), em Alverca, nos arredores de Lisboa.

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A manhã num minuto

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Prepare o pitch. EDP tem 45 milhões para investir em startups

A EDP tem 45 milhões de euros disponíveis para apoiar startups promissoras. Como conquistar uma fatia? Afine o pitch e entre no elevador do grupo liderado por António Mexia.

Na terceira edição lisboeta da maior feira de tecnologia do mundo, a EDP quer regressar a um dos conceitos mais básicos do empreendedorismo: o elevator pitch. Por isso, partir desta terça-feira, os empreendedores poderão apresentar os seus projetos e impressionar os responsáveis da empresa… mas apenas num minuto, o equivalente a uma viagem de elevador. A EDP tem disponíveis 45 milhões de euros para as ideias mais promissoras.

“Para alcançar o sucesso, apanhe o EDP Elevator Pitch, e, em apenas um minuto, apresente o seu projeto a um responsável da empresa”, explica a empresa, em comunicado, considerando esta uma “oportunidade única”.

Os autores dos melhores pitches serão, depois, convidados para o EDP Innovation Lounge, no qual poderão “expor as suas ideias de forma mais aprofundada”. Será aí que se dará a seleção final, isto é, das empresas com potencial para se tornarem parceiras do grupo. De notar que as áreas de interesse da EDP são as energias limpas, as soluções focadas nos clientes, o armazenamento de energia, as redes inteligentes e a transformação digital.

De acordo com a empresa, há 45 milhões de euros disponíveis para investir “nos projetos mais inovadores”. Isto através de três fundos de investimento disponibilizados pela EDP Ventures: um para startups nacionais, outro para brasileiras e um terceiro global.

Nas últimas duas edições lisboetas do Web Summit, a EDP diz ter ouvido cerca de 400 pitches. Destes, foram selecionados mais de 100 para reuniões de negócios e foram lançados 20 projetos-piloto. Além disso, a EDP sublinha que investiu, neste contexto, em três startups: uma delas foi a israelita Aperio, especializada em soluções de cibersegurança.

“A Web Summit é o momento ideal para, em apenas três dias, conhecermos dezenas de startups com quem podemos vir a trabalhar e investir”, assinala, nesse sentido, António Mexia, CEO do grupo EDP.

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