Vista Alegre quase duplica lucros. Exterior garante dois terços da faturação

  • Lusa
  • 29 Outubro 2018

O mercado externo "continua a ser o grande impulsionador desta boa 'performance', com 42,6 milhões de euros de vendas", representando mais de dois terços (67%) do volume de negócios.

O lucro da Vista Alegre subiu 96% nos primeiros nove meses do ano, em termos homólogos, para 3,7 milhões de euros, “dando continuidade aos bons resultados” do primeiro semestre, divulgou a marca de cristal e porcelana.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Vista Alegre adianta que os resultados consolidados até setembro “revelaram um bom desempenho face ao período homólogo de 2017, com o volume de negócios a aumentar 5%, para 63,9 milhões de euros” e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) a subir 22% para 11,4 milhões de euros.

O volume de negócios pró-forma (caso as aquisições da Cerutil e Bordallo Pinheiro tivessem como referência 01 de janeiro deste ano) até setembro “foi de 70,4 milhões de euros e o EBITDA pró-forma no mesmo período atingiu os 13,4 milhões de euros”, refere o grupo.

O mercado externo “continua a ser o grande impulsionador desta boa ‘performance’, com 42,6 milhões de euros de vendas”, representando mais de dois terços (67%) do volume de negócios da Vista Alegre.

“Este aumento é justificado pelo crescimento do negócio em novos mercados, nomeadamente na Europa e Ásia. Na Europa destaca-se França e Espanha com maiores crescimentos”, acrescenta o grupo.

No mercado português, as vendas atingiram 21,3 milhões de euros, “alicerçado no negócio das lojas próprias e na consolidação de estratégia” do grupo, que apostou neste canal em Portugal.

A marca chegou ao México, um dos mercados de aposta, através de uma parceria com a Pineda-Covalin, que é considerada uma das principais marcas de luxo da América Latina.

O resultado operacional aumentou 50% para 6,7 milhões de euros.

Em 31 de agosto, a Vista Alegre comprou as empresas Cerutil e Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro, com o “objetivo de fortalecer o posicionamento no contexto do setor e das empresas concorrentes, conferindo ao grupo Vista Alegre maior dimensão e diversificação e proporcionar a exploração da marca centenária Bordallo Pinheiro”, refere na informação.

Em termos de investimentos, a Vista Alegre investiu 17,5 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, “essencialmente no segmento do grés mesa (ampliação da capacidade produtiva da Ria Stone) e cristal/vidro (projeto CristalLux)”.

Tendo em conta o desempenho no terceiro trimestre, a Vista Alegre espera que “o último trimestre lhe dê continuidade, assente nos vetores estratégicos que têm vindo a ser implementados”, mais concretamente no lançamento contínuo de novos produtos com relevância nos mercados internacionais, nos prémios de design que dão visibilidade e exponenciam a notoriedade da marca, na comunicação por via das plataformas digitais, eventos e relações públicas, pela intensificação da participação nas principais feiras internacionais, pela aposta no crescimento do setor da hotelaria nos segmentos mais qualificados e no reforço da expansão para novos mercados e consolidação da presença dos atuais.

As apostas vão continuar em mercados como França, Itália, México, Índia e Canadá.

“No mercado francês onde a empresa já está presente com uma filial espera-se que venha a alargar a atual rede de distribuição por forma a aproximar cada vez mais a marca dos consumidores” e as operações no México e Índia “estão a iniciar-se e fruto da aposta comercial nos mercados da América do Norte, nomeadamente do Canadá, as vendas nesta geografia crescerão nos próximos trimestres”, avança.

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Ministro garante que “não será licenciada nova exploração” petrolífera

  • Lusa
  • 29 Outubro 2018

“As condições existentes tornaram objetivamente impossível” prosseguir as atividades de exploração, diz João Pedro Matos Fernandes.

O ministro do Ambiente e da Transição Energética garantiu “que não será licenciada qualquer nova exploração” ou prospeção de hidrocarbonetos.

“Recorde-se que o Governo já tornou pública uma moratória na exploração de hidrocarbonetos, pelo que não será licenciada qualquer nova exploração“, avança um comunicado enviado à Lusa pelo gabinete do ministro João Pedro Matos Fernandes, após a Galp e a Eni terem anunciado abandonar o projeto de prospeção de petróleo ao largo de Aljezur, já que “as condições existentes tornaram objetivamente impossível” prosseguir as atividades de exploração.

No comunicado, o ministro garante igualmente que “não há lugar a qualquer indemnização por parte do Estado” na sequência do abandono do projeto de prospeção de hidrocarbonetos.

“As consequências administrativas serão agora avaliadas, sendo já evidente que não há lugar a qualquer indemnização por parte do Estado”, refere a nota, que confirma que “o consórcio ENI/Galp apresentou hoje um ofício a solicitar a renúncia do contrato de prospeção, pesquisa, desenvolvimento e produção de petróleo para as áreas denominadas por ‘Santola’, ‘Lavagante’ e ‘Gamba'”.

A Galp e a Eni anunciaram que decidiram abandonar o projeto de prospeção de petróleo ao largo de Aljezur, no Algarve, numa área denominada por Bacia do Alentejo, já que “as condições existentes tornaram objetivamente impossível” prosseguir as atividades de exploração.

Em agosto, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé tinha deferido a providência cautelar da Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP) para travar o furo de prospeção, que estava previsto ter-se iniciado em setembro passado.

O consórcio liderado pela petrolífera italiana ENI e que integrava a GALP previa iniciar a pesquisa de petróleo na bacia do Alentejo entre setembro e outubro, após uma preparação com uma duração estimada de três meses, segundo um relatório enviado à Agência Portuguesa do Ambiente.

Numa nota divulgada hoje, a Galp e a Eni lamentam a “impossibilidade de avaliar o potencial de recursos” no mar português, mas admitem que as condições existentes “tornaram objetivamente impossível prosseguir as atividades de exploração”, mas sem fazer “comentários adicionais” sobre “a existência de diversos processos judiciais em curso”.

A decisão já levou a diversas reações, entre elas a da PALP, que considerou o anúncio do abandono do projeto de prospeção de hidrocarbonetos ao largo de Aljezur “uma das melhores notícias” desde que a plataforma foi formada.

O presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), Jorge Botelho, também considerou hoje “uma boa notícia” para o Algarve o anúncio do abandono do projeto de prospeção de petróleo ao largo de Aljezur.

“É uma boa notícia para o Algarve. É bom para a sustentabilidade da região e para a competitividade do setor turístico”, referiu Jorge Botelho em declarações à Lusa, sublinhando que o anúncio da Galp e Eni “cumpre o que era uma pretensão das autarquias”.

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Marcelo admite recandidatura como “efeito colateral” do Web Summit

  • Lusa
  • 29 Outubro 2018

"Há alguma vantagem adicional para a minha vida de ter dez anos da Web Summit? Há algo que pode tornar-se um efeito colateral (...) que é ter a responsabilidade de me candidatar novamente", disse.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu esta segunda-feira que a permanência da Web Summit em Portugal por dez anos em Portugal possa ter como “efeito colateral” uma recandidatura sua nas presidenciais de 2021.

O chefe de Estado falava durante um encontro com representantes de startups portuguesas que vão participar na edição deste ano desta cimeira internacional de tecnologia e inovação, a quem confidenciou que na última noite, em que se realizou a segunda volta das eleições presidenciais no Brasil, dormiu pouco.

“Não dormi muito, como é habitual. E pensei: há alguma vantagem adicional para a minha vida de ter dez anos da Web Summit em Portugal? E eu disse: bom, algo que pode tornar-se um efeito colateral, não necessariamente muito positivo, que é ter a responsabilidade de me candidatar novamente à Presidência“, relatou Marcelo Rebelo de Sousa.

Perante dezenas de participantes portugueses na Web Summit, no antigo Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, num discurso em tom informal, em inglês, o Presidente da República acrescentou: “Não é bom ter este tipo de pressão sobre mim, para ver o resto dos anos [da Web Summit]. Não, não é boa ideia“.

Participaram também neste encontro o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e o irlandês Paddy Cosgrave, cofundador da Web Summit, a quem o chefe de Estado disse que merece tornar-se português “um dia destes, sem dúvida”, o que provocou uma salva de palmas.

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Web Summit: 70 mil participantes deverão gastar mais de 61 milhões de euros

  • Lusa
  • 29 Outubro 2018

Os 70 mil visitantes esperados deverão gastar cerca de 61,6 milhões de euros, num gasto médio diário de 220 euros, dos quais 120 euros em alojamento e 50 euros em “restauração e animação".

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) prevê que os participantes na Web Summit gastem mais de 61 milhões de euros nos quatro dias da conferência internacional de tecnologia e inovação, que decorre em Lisboa.

Depois de ouvidos os seus associados, a AHRESP estimou que os esperados 70 mil visitantes da terceira edição do evento em Lisboa gastem cerca de 61,6 milhões de euros, num gasto médio diário de 220 euros, dos quais 120 euros em alojamento e 50 euros em “restauração e animação”. Em 2018, o número de hóspedes deve aumentar 12,4%, com o registo de maior crescimento entre os hóspedes estrangeiros (+18%), segundo a AHRESP.

As dormidas deverão subir, na comparação homóloga, 13,5%, com o mercado externo a contribuir com um aumento de 17,3%, lê-se na informação divulgada pela associação. A ocupação-cama poderá apresentar um crescimento de mais cinco pontos percentuais para 55,8%, enquanto o RevPar (rendimento médio por quarto disponível) deverá ser de 78 euros, numa subida de quase 26%.

“Além do impacto direto na economia local, a Web Summit tem um benefício único na promoção de Portugal no estrangeiro e, uma vez mais, evidencia a capacidade do nosso país para organizar e acolher iniciativas à escala global. Acreditamos que este passa-palavra beneficia não só Lisboa com o país”, lê-se no comunicado da associação.

A poucos dias da cimeira de tecnologia Web Summit, a organização informou esperar que esta seja “a maior e a melhor” edição de sempre, com novidades e mais de 70 mil participantes. Quanto aos oradores deste ano, destacam-se personalidades como o antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair, a atriz Maisie Williams, o presidente executivo do eBay, Devin Wenig, o presidente executivo da Nestlé, Mark Schneider, o ‘designer’ de moda Alexander Wang e o presidente da Microsoft Corporation, Brad Smith, entre outros.

Do grupo de oradores portugueses fazem parte o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o comissário europeu Carlos Moedas, o primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. No fim de semana anterior à Web Summit decorre a iniciativa Surf Summit, na Ericeira, na qual empreendedores, investidores e oradores se juntam para dois dias de atividades ao ar livre.

Nos dias em que decorre a cimeira e após o horário das conferências, voltam as ações de convívio noturnas Night Summit, no LX Factory, e as festas de final de dia Sunset Summit, no Pavilhão Portugal. A cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo Web Summit nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se em 2016 para Lisboa, devendo permanecer na capital portuguesa até 2028.

No início de outubro foi divulgado o acordo para a Web Summit continuar em Portugal por mais 10 anos, mediante contrapartidas anuais de 11 milhões de euros e a expansão da Feira Internacional de Lisboa (FIL). No ano passado, registaram-se cerca de 60 mil participantes de 170 países, dos quais 1.200 oradores, duas mil ‘startups’, 1.400 investidores e 2.500 jornalistas.

A edição deste ano realiza-se entre os dias 5 e 8 de novembro, no Altice Arena e na Feira Internacional de Lisboa (FIL), no Parque das Nações.

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Tribunal de Contas quer relógio de ponto para a presidência de Marcelo

Na auditoria realizada às contas da Presidência da República de 2017, o TdC não verificou irregularidades. No entanto, recomendou controlar as horas de trabalho bem como o pagamento de horas extras.

O Tribunal de Contas (TdC) realizou uma auditoria às contas da Presidência da República do ano passado. Embora não tenha notado qualquer tipo de irregularidade, deixou algumas recomendações à presidência de Marcelo Rebelo de Sousa, tais como um maior controlo das horas de trabalho realizadas, incluindo o pagamento das horas extra.

De acordo com a informação publicada no seu site, a instituição auditou a “conta de gerência de 2017, a contabilização adequada das receitas e das despesas e a regularidade e legalidade das operações subjacentes”. Com esta auditoria, o TC concluiu que as contas da Presidência “refletem de forma apropriada (…) as operações realizadas no exercício” e, assim, emitiu um “juízo favorável sobre a fiabilidade dos documentos de prestação de contas”.

Embora as “operações examinadas em matéria de remunerações do pessoal não evidenciaram erros de conformidade legal ou regulamentar ou de cálculo”, o TdC deixou um conjunto de recomendações ao Conselho Administrativo da Presidência de Marcelo, referindo-se uma delas ao controlo de pagamento de horas aos funcionários.

O TdC recomenda a “implementação um sistema de controlo de assiduidade na Secretaria-Geral da Presidência da República que permita o controlo efetivo do trabalho realizado, incluindo o pagamento de horas de trabalho suplementar”.

O que está nos gabinetes dos ex-Presidentes?

Outra das recomendações dadas pelo TdC foi a atualização do inventário dos Gabinetes dos ex-Presidentes da República. Isto porque a auditoria notou a “ausência de normas relativas à extinção” destes gabinetes.

É necessária uma “revisão e atualização do Regulamento do Sistema de Controlo Interno existente (…) incluindo os gabinetes dos ex-Presidentes da República, bem como a verificação periódica dos bens existentes naqueles gabinetes“.

Por último, aconselhou a tomar medidas no sentido de “assegurar um sistema eficaz de segurança, de vídeo vigilância, de alarmes eletrónicos e de reforço de pessoal” que garanta “a preservação e salvaguarda dos ativos de natureza cultural que integram o acervo museológico”.

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A tarde num minuto

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

O Governo apresenta esta tarde no Parlamento o OE2019 que prevê um défice de 0,2%. Mas o défice historicamente baixo que Centeno se propõe alcançar está a ser posto em causa pelos técnicos da UTAO.

O Governo aponta para um ambiente económico normal no próximo ano, mas sublinha que há fatores externos que podem fazer descarrilar as contas. Quais os resultados do teste de stress?

A sessão brasileira começou com ganhos tímidos. Ainda assim, em meia hora de negociação, o índice Ibovespa já dispara 3% e está em máximo histórico intradiário.

A dona da SIC passou de prejuízos a lucros de 1,45 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. O resultado não foi melhor porque o grupo perdeu mais de um milhão de euros no terceiro trimestre.

A dona da TVI melhorou em 25% o resultado líquido face a 2017, alcançado lucros de 12,08 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.

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Fim do adicional ao ISP vai baixar gasolina em “três cêntimos”, revela Centeno

Mário Centeno revelou que está "prevista uma redução do ISP na gasolina". O ministro das Finanças diz que vai voltar ao nível anterior ao do aumento, reduzindo o preço em três cêntimos.

Mário Centeno revelou que está “prevista uma redução do ISP na gasolina”. O ministro das Finanças diz que o Imposto Sobre produtos Petrolíferos (ISP) neste combustível vai voltar ao nível anterior ao do aumento realizado no arranque de 2016, que levou a uma subida de seis cêntimos por litro tanto na gasolina como no gasóleo. A descida será de três cêntimos no imposto, diz Centeno.

“Temos prevista uma redução do ISP na gasolina que se faz por portaria”, revelou Centeno no debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2019, em resposta às críticas de Pedro Mota Soares, deputado do CDS que se tem debatido contra o fim do adicional ao ISP. Recorde-se que este extra de seis cêntimos foi criado numa altura de baixos preços do petróleo nos mercados internacionais, tendo ficado a promessa de baixar o valor do adicional em função das cotações da matéria-prima.

A ideia era a de reduzir este extra com a alta dos preços do petróleo, procurando assim garantir a neutralidade em termos de receita pública. Contudo, após três atualizações trimestrais em 2016, em 2017 o Governo acabou com as revisões. Nessas atualizações, houve uma descida de um cêntimos na gasolina e no gasóleo em maio, não se registaram alterações em agosto e houve uma nova descida de um cêntimo no gasóleo em novembro.

No total, o gasóleo baixou dois cêntimos, enquanto a a gasolina desceu apenas um dos seis que tinha subido. Contudo, no OE para 2017, sem se referir ao adicional do ISP, houve uma atualização do ISP no sentido da harmonização da fiscalidade entre os dois produtos petrolíferos que tirou mais dois cêntimos à gasolina e aumentou em outros dois o diesel — que não sofre agora alterações, mas com essa revisão do OE de 2017 recuperou os dois cêntimos que tinha baixado nas revisões trimestrais.

[Com a descida] o ISP fica exatamente na média europeia para a gasolina e no gasóleo já estamos a abaixo da média europeia.

Mário Centeno

Ministro das Finanças

Considerando o adicional ao ISP, a gasolina poderia baixar cinco cêntimos. Contudo, Mário Centeno conta com a revisão feita no OE de 2017 para anunciar que a baixa é de “três cêntimos”. Esta descida “coloca o ISP na gasolina aos níveis anteriores ao do aumento” de seis cêntimos. “Essa atualização é totalmente revertida com esta redução”, rematou o ministro na Assembleia da República.

Com a redução no ISP da gasolina, Mário Centeno diz que “o ISP fica exatamente na média europeia para a gasolina e no gasóleo já estamos a abaixo da média europeia”. No diesel, de acordo com os dados da Direção Geral da Energia e Geologia (DGEG), o ISP equivale a 34,315 cêntimos por cada litro.

Esta descida de três cêntimos resultará numa redução ainda mais expressiva nos preços nos postos de abastecimento, isto porque o ISP é uma das componentes do valor final sobre a qual recai ainda o IVA. Atualmente, o ISP da gasolina equivale a 55,664 cêntimos de euro por litro, sendo que com a redução do ISP haverá uma descida de 3,7 cêntimos no valor a pagar pelos consumidores.

Atualmente, segundo a DGEG, a gasolina está a custar 1,574 euros, em média. A portaria que Centeno refere deverá ser aplicada só no primeiro dia de 2019, mas se se aplicasse ao preço médio atual, o valor por litro da gasolina poderia baixar para 1,536 euros, de acordo com os cálculos do ECO.

(Notícia atualizada às 18h32 com as declarações de Mário Centeno sobre o valor da descida do ISP na gasolina)

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Infraestruturas de Portugal com expectativa de acordo antes da greve de quarta-feira

  • Lusa
  • 29 Outubro 2018

Dois dias antes da paralisação na IP, fonte oficial da empresa informou que o "processo negocial ainda decorre" e que a expectativa é que "seja atingido um acordo".

A Infraestruturas de Portugal (IP) manifestou esta segunda-feira a expectativa de chegar a um acordo com os sindicatos antes da greve de quarta-feira, tendo a Fectrans confirmado que as reuniões continuam na terça-feira com o Governo.

Dois dias antes da paralisação na empresa gestora da infraestrutura ferro e rodoviária, fonte oficial da IP informou a Lusa que o “processo negocial ainda decorre” e que a expectativa é que “seja atingido um acordo” que permitida desconvocar o protesto, que deverá causar “fortes perturbações na circulação” de comboios.

Por seu lado, José Manuel Oliveira, coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), confirmou a realização de uma reunião na terça-feira, no Ministério do Planeamento e Infraestrutura, “no âmbito do processo negocial da IP”.

A Comboios de Portugal (CP) já alertou para “fortes perturbações na circulação” devido à greve na IP, face à previsão de “supressões de comboios a nível nacional em todos os serviços”. “Não serão disponibilizados transportes alternativos”, acrescentou ainda a empresa de transportes.

Segundo decisão do tribunal arbitral sobre o protesto marcado por 14 organizações sindicais, ficam garantidos apenas os serviços mínimos definidos legalmente.

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Lisboa acompanha sentimento positivo da Europa. EDP Renováveis trava ganhos mais expressivos

Pela Europa registou-se um sentimento positivo, com um aliviar das tensões italianas e valorizações no setor automóvel. Em Lisboa, a EDP Renováveis impediu ganhos mais expressivos.

Nesta que é uma das últimas sessões do mês, a Europa começou a recuperar daquele que já estava a ser chamado de “Red October”. As praças europeias registaram, na generalidade, fortes ganhos, depois de a S&P manter o rating de Itália, o que aliviou as tensões sobre o orçamento italiano. Também o setor automóvel beneficiou, depois da notícia de que está a ser estudado o corte para metade do imposto sobre a compra dos carros na China. Lisboa acompanhou o sentimento positivo, mas a EDP Renováveis travou ganhos mais expressivos.

As negociações nas bolsas da Euronext registaram problemas técnicos pela manhã, mas regressaram à normalidade pelas 11h10. O principal índice de referência português, o PSI-20, fechou a sessão a subir 0,56% para os 4.952,31 pontos. Das 18 cotadas, seis terminaram em queda e as restantes ficaram em terreno verde.

O índice Stoxx 50, que reúne as 50 maiores cotadas europeias, subiu 0,86%. O alemão DAX e o espanhol Ibex-35 registaram ganhos superiores a 1%, respetivamente 1,29% e 1,1%. O índice italiano também viu ganhos expressivos nesta sessão, de 1,91%.

A Pharol liderou os ganhos em Lisboa, e somou 4,91% para os 14,54 cêntimos, mas determinante para a subida da bolsa foi o BCP, que subiu 1,43% para os 0,22 euros. A acompanha o banco no ganhos, destaque para a Mota-Engil, que avançou 3,24% para os 1,72 euros, mas também para as empresas do setor papeleiro. A Navigator somou 2,51% para os 4,32 euros e a Altri valorizou 0,93% para os 7,63 euros.

Já nas perdas, destaque para a EDP Renováveis. A empresa caiu 1,38% nesta sessão, para 7,87 euros, o que retirou força ao desempenho do PSI-20.

A Galp Energia também acabou por fechar em terreno vermelho. A petrolífera reportou um aumento de 54% dos lucros até setembro, para 598 milhões de euros, o que tinha motivado ganhos para a empresa. Mas transformaram-se em perdas, depois de notícias de que tinham desistido da exploração de petróleo ao largo da costa alentejana, sublinhando os obstáculos legais que impossibilitam a continuação do projeto.

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Transportes da Efacec entram no mercado sueco. Negócio vale cinco milhões anuais

  • Lusa
  • 29 Outubro 2018

A gestora da infraestrutura ferroviária e rodoviária da Suécia escolheu a Efacec para desenvolver sistemas automáticos de proteção de passagens de nível.

A Efacec foi escolhida pela gestora da infraestrutura ferroviária e rodoviária da Suécia para desenvolver sistemas automáticos de proteção de passagens de nível, negócio avaliado em cerca de cinco milhões de euros anuais, foi esta segunda-feira anunciado.

A Efacec, em conjunto com um parceiro local, assinou este contrato com a Trafikverket, válido por cinco anos e renovável até 30 anos.

Esta parceria prevê o fornecimento médio de um sistema de proteção de passagens de nível por semana. Para isto, a empresa vai utilizar o XSafe, “uma abordagem inovadora no campo dos sistemas críticos de segurança na ferrovia, ao recorrer a plataformas hardware […], que conta já com ampla utilização” na rede ferroviária nacional.

“Este negócio constitui mais um marco para a empresa. Revela a capacidade competitiva da Efacec de superar desafios colocados por concursos internacionais exigentes, posicionando-a como uma empresa fortemente vocacionada para a conceção, desenvolvimento e implementação de tecnologias inovadoras, consolidando a sua aposta estratégica em mercados exigentes”, disse, em comunicado, o presidente executivo da Efacec, Ângelo Ramalho.

De acordo com a empresa, esta encomenda, que constitui o primeiro contrato da unidade de negócio de transportes da Efacec na Suécia, vem na sequência de outros “relevantes sucessos” obtidos na Escandinávia.

“A Efacec consolida assim, com uma perspetiva a longo prazo, a sua posição na Escandinávia, passando a ter operações na Dinamarca, Noruega e Suécia”, lê-se no documento.

A empresa atua na geração, distribuição e transmissão de energia, design, engenharia, construção e manutenção de sistemas integrados, estando presente em mercados como Europa, Estados Unidos da América, América Latina, Ásia, Médio Oriente, Magrebe (noroeste de África) e África do Sul.

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Vinho português entra em projeto europeu sobre ameaças climáticas

  • Lusa
  • 29 Outubro 2018

O objetivo do projeto financiado pela União Europeia é enfrentar as potenciais ameaças das alterações climáticas a setores agrícolas como o do vinho.

Portugal integra um projeto financiado pela União Europeia (UE) em quase cinco milhões de euros, que tem como objetivo enfrentar as potenciais ameaças das alterações climáticas a setores agrícolas como o do vinho.

O projeto, designado MED-GOLD, começou já em dezembro de 2017 e foi esta segunda-feira apresentado em Vila Nova de Gaia, no quadro da sua primeira assembleia-geral.

O MED-GOLD destina-se aos setores do vinho, azeite e trigo duro e a Sogrape “representa o setor vitivinícola europeu”, com a perspetiva de este ser “mais competitivo e adaptável aos efeitos das alterações climáticas”, explicou o enólogo e administrador daquela empresa Miguel Pessanha.

O diretor de Inovação e Desenvolvimento da Sogrape, António Graça, referiu que este projeto incide sobre “os três principais setores agroalimentares da bacia mediterrânica”, o que explica o envolvimento também de Itália, através da empresa Barill, para o trigo duro, e de Espanha, através da cooperativa andaluza DCOOP, para o azeite.

A coordenação científica é de Luigi Ponti, da agência italiana para o desenvolvimento sustentável, o qual acrescentou que o MED-GOLD “é o maior projeto europeu para a aumentar a resiliência das cadeias agroalimentares”. Ponti reforçou, também, ser crucial “a valorização do investimento que os poderes públicos europeus fizeram” nesse campo científico, fornecendo aos agentes interessados informações sobre o impacto potencial das mudanças climáticas na sua atividade económica.

O MED-GOLD, de acordo com um documento fornecido à comunicação social, pretende recolher, avaliar e caracterizar “séries históricas sobre observações do tempo e do cultivo, que servirão de base para a criação de modelos matemáticos e, a partir destes, para realizar previsões sobre anos agrícolas”.

Com essas informações, empresários, gestores e técnicos poderão tomar decisões sobre “plantações de vinhas, escolhas de locais e de castas e porta-enxertos ou de planeamento operacional de cada campanha, aprovisionamento, vindimas e outras decisões”, explicitou António Graça.

“A utilização de informação climática, que pode incluir previsões para os próximos meses — ou até mesmo projeções relativamente ao estado do clima nos próximos 20, 30, 50 anos — é essencial para o desenvolvimento de ferramentas de apoio à decisão”, reforçou a perita Marta Soares, da Universidade de Leeds.

O MED-GOLD é um projeto para durar quatro anos, financiado a 100% pela União Europeia, no âmbito do Horizontes 2020, e as ferramentas que forem desenvolvidas ficarão disponíveis “para toda a comunidade de utilizadores”.

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Lucro da Media Capital sobe 25%. Há mais publicidade

A dona da TVI melhorou em 25% o resultado líquido face a 2017, alcançado lucros de 12,08 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.

O grupo Media Capital MCP 0,00% aumentou em 25% os lucros nos primeiros nove meses do ano, comparativamente com o mesmo período do ano passado, tendo alcançado um resultado líquido positivo de 12,08 milhões de euros no acumulado até setembro. Neste período, a dona da TVI gerou mais dinheiro com o negócio da televisão, fruto do crescimento das receitas com a publicidade, mas também com a produção audiovisual.

Entre janeiro e setembro, os lucros do maior grupo de media português aumentaram 25% face a 2017, cifrando-se em 12,08 milhões de euros. A melhoria também foi expressiva no terceiro trimestre, em que o resultado líquido melhorou 16% face ao ano anterior, para 1,6 milhões de euros.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) total da Media Capital melhorou 8% até setembro, para 24,49 milhões de euros. A impulsionar este indicador esteve a melhoria do EBITDA com o negócio da rádio, que cresceu 25%, para 4,559 milhões de euros.

A explicar a melhoria das contas da Media Capital está, sobretudo, o aumento das receitas que subiram 3% para cerca de 126 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2018. No geral, as receitas com o negócio da publicidade melhoraram 2%, com a dona da TVI a faturar 84,55 milhões de euros com os anúncios na televisão e na rádio. Na televisão, a publicidade cresceu 1%, enquanto na rádio as receitas com os anúncios aumentaram 3% até setembro.

A Plural também contribuiu de forma expressiva para a melhoria das receitas da Media Capital. As receitas da produtora aumentaram 12% entre janeiro e setembro, face aos mesmos nove meses de 2017, de 20,844 milhões para 23,352 milhões de euros. A explicar a subida está o “aumento substancial da atividade de produção televisiva em Portugal”, justifica a Media Capital.

As contas foram penalizadas por um aumento dos gastos operacionais na ordem dos 2%. As despesas do grupo até setembro aumentaram de 22,745 milhões para 24,49 milhões de euros em 2018. A Media Capital fechou ainda o mês de setembro com uma dívida líquida de 93,137 milhões de euros. O passivo da dona da TVI encolheu 2% face a 2017.

Evolução das ações da Media Capital na bolsa de Lisboa

(Notícia atualizada às 17h06 com mais informações)

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