Colapso da PT afasta investidores dos produtos complexos

A colocação de novos produtos financeiros complexos está em forte queda. Receios dos investidores também leva ao reforço da aposta numa oferta mais conservadora, revela a CMVM.

Surgiram no seguimento da sofisticação da oferta de produtos financeiros, mas parecem cada vez mais condenados ao esquecimento. O valor colocado em produtos financeiros complexos atingiu um novo mínimo de pelo menos quatro anos, em 2017, mostram dados da CMVM, que atribui esta queda ao efeito negativo do colapso da dívida da PT. Os investidores passaram a assumir uma postura mais conservadora, levando os bancos a reduzirem a aposta neste tipo de instrumento financeiro.

De acordo com o Relatório Anual sobre os Mercados de Valores Mobiliários divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o valor dos produtos financeiros complexos colocados no mercado no ano passado ascenderam a 402 milhões de euros. Este valor representa uma quebra de 37% face aos 639 milhões de euros colocados no ano anterior. Compara ainda com os 2.823 milhões registados em 2014 e os 1.283 milhões que se verificaram em 2015.

O regulador do mercado de capitais atribui essa redução à maior aversão ao risco dos investidores que levou à necessidade de as entidades emitentes adaptarem a sua oferta que passou também a ser mais conservadora.

Produtos complexos em queda

Fonte: CMVM

De salientar que os produtos complexos são instrumentos financeiros cujo retorno está dependente do desempenho de um outro ativo ou carteira de ativos a que se associa. Exemplo disso mesmo são as obrigações estruturadas comercializadas pelos bancos, em que a rentabilidade ou mesmo o respetivo capital está dependente do desempenho de um cabaz de ações, de um índice, matéria-prima ou outro tipo de ativo cotado.

No que respeita à tendência observada no mercado nacional, a CMVM associa a redução dos montantes colocados ao default dos títulos da Portugal Telecom International Finance (PTIF), que se constituía como ativo subjacente de vários produtos financeiros complexos, lembrando que esse evento de crédito que aconteceu no terceiro trimestre de 2016 levou a que os investidores perdessem pelo menos quatro em cada cinco euros investidos em diversos produtos que tinham obrigações da PTIF como subjacente.

“Este evento terá prejudicado a confiança dos investidores e levado à diminuição da procura, pressionando os emitentes a ajustar a oferta para produtos de menor risco”, especifica o relatório anual da entidade liderada por Gabriela Figueiredo Dias.

Apesar da quebra de montantes, o número de novos produtos financeiros complexos a entrarem no mercado até cresceu, dos 78 registados em 2016, para 111, em 2017. Contudo, as respetivas características também mudaram.

A CMVM explica que os produtos financeiros complexos com alerta verde (têm capital totalmente protegido, salvo risco de crédito do emitente) aumentaram tanto em número como em peso relativo. Mas avisa que apesar dessa tendência, “a compreensão plena de como funcionam estes produtos financeiros complexos continua a ser um desafio para o investidor médio”.

Apesar da quebra registada nos novos produtos, o montante vivo de produtos financeiros complexos comercializados em Portugal aumentou para 4,2 mil milhões de euros no final de 2017. No que respeita ao número total de produtos disponíveis ocorreu uma quebra para 325.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Diversificar compensa. 100 mil euros renderam 20% na última década

Diz a regra de ouro do investidor que não se deve colocar todos os ovos no mesmo cesto. Seguir esta estratégia de diversificação trouxe um retorno de 20% nos últimos dez anos, diz a CMVM.

É uma das regras de ouro de qualquer investidor: não colocar todos os ovos no mesmo cesto. E, para o caso particular do investidor português, adotar uma estratégia de diversificação de investimento significou retornos bastante atrativos na última década: uma aplicação de 100 mil euros trouxe um lucro de quase 20 mil euros a quem tivesse investido num cabaz composto por ações da bolsa nacional, dívida portuguesa, mas principalmente depósitos.

Foi a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) quem fez as contas aos ganhos que um investidor precavido poderia ter alcançado numa década (2007-2017) marcada por muitos sobressaltos nos mercados financeiros (com falências de bancos à mistura) e por um período de taxas de juro em mínimos históricos (ambiente promovido pelos bancos centrais).

“A grande maioria dos investidores decide (e bem) diversificar os seus investimentos, constituindo uma carteira que inclui várias aplicações financeiras”, refere o regulador português no Relatório Anual sobre os Mercados de Valores Mobiliários. “Usando dados sobre os patrimónios financeiros (ativos) do segmento de particulares de 2007, caso um investidor tivesse aplicado 100.000 euros no final de 2007 numa carteira constituída por depósitos a prazo (80,7%), obrigações do Tesouro (5,6%), certificados de aforro (5,6%) e ações cotadas (8,1%), essa carteira teria, passado uma década, um valor de 119.961 euros”, especifica a CMVM

Feitas as contas, “no período de dez anos, o investidor teria obtido uma rentabilidade acumulada de cerca de 20% (ou 7,3% em termos reais, descontando o efeito da inflação)”, calcula o polícia dos mercados liderado por Gabriela Figueiredo Dias.

Os gráficos em cima pormenorizam o rendimento de cada ativo ao longo do período de investimento. O gráfico da direita mostra como a taxa de variação da carteira esteve longe de ser constante na última década: o investidor chegou a perder dinheiro em 2008 (-0,3%) e atingiu ganhos máximos de 3,8% em 2009 e 2012.

A carteira deste investidor chegaria ao final de 2017 com uma composição diferente da inicial: os depósitos a prazo (82,2%) e as obrigações do Tesouro (7,8%) aumentariam o seu peso no portefólio de investimentos, as ações cotadas teriam menor representatividade (4,4%) e os certificados de aforro manteriam o seu peso (5,6%).

Lembra a CMVM que estas alterações na estrutura da carteira de ativos das famílias portuguesas nos últimos dez anos não se resumem apenas aos efeitos que decorreram das remunerações extraídas de cada aplicação financeira. “Alterações decorrentes da taxa de poupança têm igualmente impacto naquela estrutura”, diz o regulador.

Citando dados do Banco de Portugal, a CMVM recorda que a taxa de poupança caiu de 7,6% em 2007 para 5,2% dez anos mais tarde, “o que terá certamente impacto na composição da carteira”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

VdA tem novo site

A VdA lança novo site com "uma abordagem inovadora e focada nos seus clientes, num conceito de proximidade e de ambiente digital inovador".

A VdA lança novo site com uma abordagem “inovadora e focada nos seus clientes”, num conceito de proximidade e de ambiente digital inovador. “Mas o novo site é mais do que isso, é também a tradução de uma visão e expertise com alcance global, tendo subjacente os valores que norteiam a atividade da VdA, de integridade e independência”, segundo comunicado enviado pelo escritório.

Através de “sofisticadas funcionalidades, privilegiou-se uma navegação simplificada e intuitiva, permitindo à VdA apresentar uma plataforma dinâmica de comunicação de conteúdos com interesse para os seus clientes”.

Para João Vieira de Almeida, managing partner, “ O novo site é um reflexo de onde sempre estivemos e queremos estar: próximos dos nossos clientes”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Depois do susto, Wall Street regressa aos ganhos

As principais praças norte-americanas estão a recuperar das perdas da última sessão. A puxar pelos principais índices está a valorização do petróleo.

As principais praças norte-americanas regressam aos ganhos e parecem já ter recuperado do susto provocado pela imposição das novas tarifas de Trump, no valor de 200 mil milhões de dólares, sobre as importações chinesas.

O S&P 500 abriu, a sessão desta quinta-feira, a somar 0,50% para os 2.787,87 pontos, enquanto o Dow Jones valoriza 0,79% para os 24.896,73 pontos. Já o Nasdaq está a crescer 0,49% para 7.754,61 pontos.

A impulsionar o comportamento dos principais índices está o petróleo que recupera da queda de 6% verificada esta quarta-feira, com o receio dos investidores à volta da guerra comercial.

Mas este não é o único fator a puxar por Wall Street. O mundo dos negócios está também em movimento, depois de ter sido anunciada a intenção da Broadcom para adquirir a CA INC, pelo montante de 18,9 mil milhões de dólares. E da Comcast ter subido a oferta pela Sky para 24,9 mil milhões de euros.

Também a Delta Airlines está a “mexer” com o mercado depois de ter apresentado resultados trimestrais acima do esperado.

O mercado parece assim refeito do susto provocado pelas medidas de Trump a adensar as tensões comerciais e volta a concentrar-se na época de resultados. A época de resultados começa esta sexta-feira, altura em que o JP Morgan Chase, Wells Fartgo e Citigroup apresentam contas.

A queda de Wall Street, de resto, não foi tão acentuada como no final de março, altura em que o S&P 500 chegou a desvalorizar 2% ao longo de quatro sessões consecutivas.

“Embora os mercados tenham reagido negativamente, o impacto geral tem sido relativamente modesto, o que sugere que os investidores estão longe do pânico”, afirmou Craig Erlam, analista da corretora Oanda.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo cria fundo de 100 milhões para ajudar à internacionalização das empresas

  • ECO
  • 12 Julho 2018

Todas as participações desde novo fundo serão em regime de coinvestimento e terão como objetivo máximo a promoção da internacionalização.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira um decreto-lei que cria o Fundo de Fundos para a Internacionalização. Este veículo terá disponíveis 100 milhões de euros para investimento noutros fundos, sendo que essas operações serão sempre feitas em coinvestimento.

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, este novo fundo tem como objetivo “a realização de operações de participação no capital de outros fundos, de natureza pública ou privada”. Todas as participações serão em regime de coinvestimento.

O novo fundo, que contará com um montante para investimento de 100 milhões, é vocacionado especialmente “para a promoção da internacionalização” do negócio das empresas.

O Governo explica ainda que a criação deste fundo resulta “de uma necessidade há muito identificada pelas empresas nacionais, procurando aumentar o investimento nas empresas portuguesas e potenciar as suas exportações”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ERSE passa a ser o regulador dos combustíveis

  • ECO
  • 12 Julho 2018

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos sofreu uma alteração dos estatutos, aprovada hoje pelo Governo, o que faz com que a sua regulação abranja agora grande parte do setor energético.

O Governo aprovou esta quarta-feira a alteração dos estatutos da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), alargando a sua regulação aos setores do gás de petróleo liquefeito em todas as suas categorias, dos combustíveis derivados do petróleo e dos biocombustíveis.

Em comunicado após o Conselho de Ministros, o Governo informa que “até agora, a ERSE, enquanto entidade administrativa independente com funções de regulação e de promoção e defesa da concorrência, tinha como âmbito de atuação os setores da energia elétrica e do gás natural, deixando de fora grande parte do setor energético”.

Mas, com o decreto-lei aprovado hoje, “passam a sujeitar-se à regulação da ERSE os setores do gás de petróleo liquefeito, dos combustíveis derivados do petróleo e dos biocombustíveis, apostando-se fortemente num mercado energético que seja concorrencial e livre, e que integre mecanismos que defendam o interesse dos consumidores”.

O reforço de poderes da ERSE foi decidido no âmbito do Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), em simultâneo com a extinção da Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC), que detinha parte das competências que agora ficarão sob a alçada do regulador liderado por Maria Cristina Portugal.

Para efetivar a regulação dos setores do gás (a ERSE só se ocupava do gás natural) e dos combustíveis, a entidade tinha que apresentar um projeto de alteração dos respetivos estatutos com as novas atribuições.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PSD contra fim do adicional de ISP. Quer revisões trimestrais

O partido de Rui Rio entregou uma proposta de alteração ao projeto de lei do CDS que visa eliminar o adicional de ISP. Prevê a redução do ISP num montante equivalente ao excesso de IVA.

O PSD entregou uma proposta de alteração ao projeto-lei do CDS que visa a retirada do adicional de ISP sobre o preço dos combustíveis. O partido liderado por Rui Rio defende a substituição da atual portaria que rege a determinação do ISP por uma outra que reduza o ISP num montante estimado equivalente ao excesso de receita a obter através do IVA este ano, a ser revista trimestralmente.

Na proposta de alteração que deu entrada na Assembleia da República, o PSD começa por falar na necessidade de “travar o agravamento da carga fiscal sobre os combustíveis”, salientando no entanto que a solução apresentada pelo CDS, apesar de ir no sentido correto “apresenta fragilidades na forma como é concretizada”. Aquilo que o partido liderado por Assunção Cristas propõe é a simples eliminação do adicional de ISP, algo que tem suscitado a crítica do Governo que alerta para a perda fiscal em sede de Orçamento do Estado daí resultante e para o não-cumprimento da lei-travão.

O PSD defende que a proposta que entregou no Parlamento cumpre a lei-travão. Diz que esta é possível de fazer de imediato “através de uma redução do Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP) que anule esse agravamento que ocorre por via do IVA sobre os combustíveis“, salientando que a sua proposta respeita a lei-travão, já que mantém a receita fiscal total resultante de impostos sobre os combustíveis que se encontrava prevista no Orçamento do Estado para 2018.

De acordo com a sua proposta, o excesso de receita de IVA que está a ser arrecadado este ano, face ao previsto no OE 2018, é devolvido aos contribuintes através de uma redução de montante global equivalente no ISP. A alteração do PSD prevê ainda que a neutralidade fiscal seja trimestralmente verificada e que, caso seja necessário, as taxas de ISP sejam corrigidas em consonância.

Em conferência de imprensa que decorreu na Assembleia da República nesta quinta-feira, onde foram apresentadas as propostas de alteração ao projeto de lei do CDS, Cristóvão Norte e Leitão Amaro reafirmaram que as propostas de alteração não violam a chamada lei-travão, que impede o parlamento de alterar receitas e despesas do Estado no período de vigência do orçamento.

O Bloco de Esquerda também já tinha entregue na quarta-feira uma proposta de alteração ao projeto do CDS. A proposta dos bloquistas visa também a eliminação da portaria que estabelece o adicional de ISP, substituindo-a por uma nova que preveja a criação de um mecanismo de revisão mensal do imposto, com a taxa a os valores dessa taxa a serem determinados de modo a garantir a neutralidade ao nível da receita fiscal.

(Notícia atualizada às 13h40 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

A Comissão Europeia prevê que Portugal cresça 2,2% este ano, uma décima abaixo daquilo que prevê o Governo. Dos 28 países da União, há 20 que vão crescer mais do que Portugal este ano. O Conselho das Finanças Públicas considera que o défice está no bom caminho. Mas a entidade liderada por Teodora Cardoso afirma que ainda há obstáculos por ultrapassar.

As Previsões Económicas de Verão da Comissão Europeia apontam para que a riqueza criada em Portugal este ano cresça 2,2%, uma revisão em baixa de uma décima face às últimas previsões de Bruxelas. O valor também fica uma décima aquém das previsões do Governo, que apontam para 2,3% este ano e no próximo.

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) está otimista quanto à trajetória do défice. Mas considera que ainda há vários obstáculos pelo caminho, nomeadamente a despesa relacionada com a recapitalização do Novo Banco, a incerteza em torno da recuperação da garantia do BP, mas também os encargos associados com os setores da saúde e educação.

A Comissão de Trabalhadores (CT) do Parque Industrial da Volkswagen/Autoeuropa tem uma longa lista de reivindicações para apresentar durante as negociações com a administração da empresa. Quer aumentos de 4%, sábados e domingos pagos a duplicar, mas também mais dias de férias. E defende que seja feita a integração de 400 precários.

Marque na agenda: termina hoje o prazo para subscrever a oferta pública de venda (OPV) inicial dos títulos da Raize, a startup portuguesa que junta investidores a empresas que estejam à procura de crédito. O IPO está em curso desde 18 de junho, com estreia marcada na bolsa de Lisboa para a próxima quarta-feira, sob o ticker “MLRZE”.

Donald Trump terá ameaçado sair da NATO se os aliados não aceitarem aumentar as metas da despesa da Defesa, adianta o Politico, que cita oficiais e diplomatas da NATO.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Versões mais baratas de iPhone e MacBook entre as previsões para os lançamentos da Apple

  • ECO
  • 12 Julho 2018

As previsões de analista Ming-Chi Kuo, que costuma acertar nos lançamentos da Apple, apontam para novas versões dos vários dispositivos da marca, incluindo ecrãs maiores e novos processadores.

O próximo lançamento da Apple está agendado para setembro, e os rumores começam a aparecer. Ming-Chi Kuo, tratado pela imprensa de tecnologia como o “melhor analista de Apple no planeta”, lançou uma nota com previsões do que irá sair. Entre elas encontra-se um iPhone e um MacBook mais baratos, novos iPads e relógios inteligentes, ecrãs maiores e ainda uns headphones.

Começando pelos telemóveis, as previsões apontam para três novos modelos: uma versão atualizada do iPhone X, um modelo OLED, ou seja, com um ecrã composto por díodo orgânico que emite luz, de maior dimensão, e um modelo com ecrã de 6,1 polegadas, que seria o iPhone económico, mais barato.

No que toca a tablets, o especialista prevê também dois novos iPads, com a tecnologia biométrica de Face ID. Para aplicar essa funcionalidade, em princípio haverá uma redução das margens dos dispositivos, o que significa que deixa de existir um botão físico na parte frontal.

Os computadores Mac já não recebem uma atualização há três anos, e, terá chegado agora o momento. Baseado nos processadores de última geração da Intel, a Apple irá fazer atualizações no hardware dos MacBook, MacBook Pro, iMac e Mac Mini. Ming-Chi Kuo aponta ainda para um computador mais barato, possivelmente com uma atualização do MacBook Air.

Para quem gosta de levar no pulso todas as suas notificações, vão ser lançados também novos modelos do Apple Watch, com ecrãs maiores e uma melhoria do sensor de frequência cardíaca. Finalmente, no que toca aos produtos de áudio, replica os rumores de que os Air Pods vão receber novas funcionalidades, como o suporte para a chamada da Siri, e o lançamento de headphones próprios, depois de ter comprado a Beats.

Fica ainda a possibilidade de que o carregador sem fios AirPower chegue ao mercado juntamente com os novos iPhone para este ano, se iniciar a sua produção a tempo. Os telemóveis serão apresentados em setembro, os restantes produtos podem sair nessa altura também ou ficar para outubro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo nomeia Sofia Portela para presidir ADSE

  • Marta Santos Silva
  • 12 Julho 2018

O anterior presidente, Carlos Liberato Baptista, demitiu-se por estar a ser alvo de uma investigação por alegada má gestão e corrupção. Sofia Maria Lopes Portela fica até março de 2020 no lugar.

O Governo anunciou esta quinta-feira em Conselho de Ministros a nomeação de Sofia Maria Lopes Portela, docente do ISCTE e especialista em gestão, para a presidência do conselho diretivo do subsistema de saúde da Função Pública, a ADSE. Sofia Portela substitui Carlos Liberato Baptista, que se demitiu devido a uma investigação à sua gestão do subsistema de saúde da PT.

Sofia Portela era já vogal da ADSE, ao mesmo tempo que era professora auxiliar no ISCTE, em Lisboa. A docente universitária já foi diretora do Mestrado em Gestão de Serviços de Saúde nessa instituição, para além de já ter sido gestora na Sonae.

Sofia Maria Lopes Portela já era vogal da ADSE.ADSE.pt

O presidente anterior do subsistema de saúde, Carlos Liberato Baptista, apresentou a demissão alegando motivos pessoais. Pouco depois, porém, a TVI tornou pública uma investigação jornalística que envolvia o presidente da ADSE em negócios ilícitos quando estava à frente do subsistema de saúde da PT. Já foi pedida uma auditoria aos anos em que Liberato Baptista presidiu a ADSE, e o Ministério Público está agora a investigar o caso. Na semana passada, foram realizadas buscas ao seu escritório e residência, o que o levou a decidir que não poderia continuar a exercer interinamente o cargo.

A ADSE é tutelada conjuntamente pela Saúde e pelas Finanças, ministérios que têm ambos representantes no Conselho Geral e de Supervisão, um órgão independente do Conselho Diretivo, que dá pareceres não vinculativos sobre as propostas apresentadas pela direção. O CGS é composto ainda por representantes diretos e indiretos dos beneficiários, os primeiros eleitos diretamente e os segundos provindo dos sindicatos de trabalhadores da Função Pública e das associações de pensionistas do setor público.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ribeiro Mendes comunica a Tomás Correia candidatura à liderança da Associação Mutualista

Administrador dissidente, Fernando Ribeiro Mendes comunicou a Tomás Correia que vai avançar com uma candidatura à presidência da Associação Mutualista Montepio Geral nas próximas eleições.

Fernando Ribeiro Mendes anunciou esta quarta-feira a Tomás Correia e aos restantes colegas do Conselho de Administração da Associação Mutualista Montepio Geral que vai candidatar-se à presidência da instituição nas eleições que vão ter lugar no final do ano. Foi no final da reunião do Conselho de Administração que Ribeiro Mendes aproveitou para comunicar aos restantes administradores e ao próprio Tomás Correia que pretende concorrer nas próximas eleições. Esta era uma intenção esperada, tendo em conta últimas as intervenções de Ribeiro Mendes, as quais denotavam uma evidente rota de colisão com o atual presidente da Associação Mutualista.

Contactado pelo ECO, Ribeiro Mendes confirmou a notícia, avançada esta manhã pelo Jornal Económico , sem adiantar mais detalhes. Ainda assim, segundo apurou o ECO, o ex-secretário de Estado da Segurança Social de António Guterres vai apostar em três linhas de força: Há uma crise de confiança em torno do grupo Montepio que resulta da presidência de Tomás Correia; É preciso evitar a utilização da poupança dos associados em aventuras financeiras, como a criação de um já anunciado fundo de capital de risco; E, finalmente, o regresso à vocação original da Associação, como protetor social e de saúde.

Ainda não há data formal para a apresentação da sua lista. E também ainda não se sabe se Ribeiro Mendes vai protagonizar a única lista alternativa à provável recandidatura de Tomás Correia, ainda não anunciada. O ECO sabe que há algumas semanas que tem existido uma tentativa de consensualização de uma lista única, e houve mesmo uma jornada de reflexão mutualista que juntou nomes como Luís Campos e Cunha, Vital Moreira e António Godinho, entre outros. Depois, o economista João Costa Pinto também fez declarações no sentido de apoiar uma lista alternativa à de Tomás Correia.

"O que temos vindo a experimentar recentemente indica que é preciso mudar de rumo, é preciso acabar com a deriva estratégica que nos tem assombrado de grandiosos sonhos que hoje sabemos que foram irrealistas e que levam as poupanças dos associados sem uma monetização consistente e sem que haja uma consciência disso.”

Fernando Ribeiro Mendes

Administrador da Associação Mutualista Montepio Geral

Há algum tempo que Ribeiro Mendes vem dando sinais de profunda divergência com Tomás Correia. Aliás, na sua intervenção na jornada de reflexão mutualista, este administrador dissidente foi bastante claro quanto à avaliação que faz da gestão do atual presidente: “O que temos vindo a experimentar recentemente indica que é preciso mudar de rumo, é preciso acabar com a deriva estratégica que nos tem assombrado de grandiosos sonhos que hoje sabemos que foram irrealistas e que levam as poupanças dos associados sem uma monetização consistente e sem que haja uma consciência disso”, disse.

Antes disso, num artigo de opinião no jornal Público, Ribeiro Mendes defendeu um “virar de página inadiável” na gestão da Associação Mutualista. Por causa desse artigo, o administrador viu Tomás Correia retirar-lhe os pelouros. Mas voltou a recuperá-los, poucos dias depois.

A Associação Mutualista Montepio Geral registou créditos fiscais de 809 milhões de euros em 2017, razão pela qual conseguiu apurar lucros de 831 milhões de euros e sair de uma situação de défice nos seus capitais próprios no ano passado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Miranda reforça equipa de sócios

A Miranda anuncia a promoção de três novos Sócios: Maria Figueiredo, Rita Lufinha Borges e Rodrigo Rendeiro Costeira.

A Miranda anuncia a promoção de três novos sócios: Maria Figueiredo, Rita Lufinha Borges e Rodrigo Rendeiro Costeira.

Sobre esta nomeação, Diogo Xavier da Cunha, Presidente do Conselho de Administração da Miranda, refere que “Ao longo de toda a nossa história, sempre foi preocupação da firma reconhecer o mérito individual e profissional de cada colaborador. Estes três novos sócios estão connosco há muitos anos e mostraram possuir as qualidades técnicas e humanas necessárias para fazerem parte do núcleo de sócios da Miranda”.

Diogo Xavier da Cunha acrescenta ainda que “Estas promoções são uma manifestação da força e sustentabilidade do projeto Miranda, estando alinhadas com a nossa estratégia de afirmação da cultura da firma e de consolidação de áreas chave da nossa atividade Estamos convictos de que os três novos sócios contribuirão de forma significativa para o crescimento da Firma e para a qualidade e inovação do trabalho que fazemos para os nossos clientes”.

Maria Figueiredo integra a Miranda desde 2006 e a sua prática centra-se nas áreas do Direito Fiscal e Contencioso Tributário. Licenciada pela Faculdade de Direito de Lisboa (1995 – 2000), tem uma Pós-Graduação em Fiscalidade no ISG concluída em 2005. Tem desenvolvido bastante trabalho em consultoria fiscal à indústria petrolífera (operadores e prestadores de serviços) e, mais recentemente, noutras áreas do setor energético. A sua atividade é marcadamente internacional. É formadora em várias ações sobre questões tributárias e direito fiscal internacional.

Rita Lufinha Borges integrou a Miranda em 2007, onde tem desenvolvido a sua atividade nas áreas de imobiliário, turismo, societário e telecomunicações. É presentemente a coordenadora da área de prática de imobiliário da Miranda, tanto para o mercado português como para os mercados internacionais cobertos pela Miranda Alliance. É licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica de Lisboa e tem duas pós-graduações, uma em Assessoria Jurídica de Empresas, pelo Instituto Superior de Gestão e outra em Direito das Telecomunicações, pelo Instituto de Ciências Jurídico-Políticas da Faculdade de Direito de Lisboa.

Rodrigo Rendeiro Costeira começou a colaborar com a Miranda em 2007, tendo integrado a Área de Prática de Comercial e Projetos, onde tem vindo a prestar aconselhamento jurídico a diversas empresas e instituições financeiras multilaterais no âmbito de projetos de infraestruturas, nas áreas da energia, transporte, telecomunicações e indústria com especial incidência no domínio do direito societário, regulatório sectorial e financeiro. Tem também participado com regularidade na estruturação, financiamento e implementação de projetos de investimento em diversos países africanos, nomeadamente em Angola. É licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (2003), e possui uma pós-graduação em Direito Comercial pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa (2008).

Através da rede Miranda Alliance, a Miranda está presente em 14 jurisdições: Angola, Cabo Verde, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Macau, Moçambique, Portugal, República Democrática do Congo, República do Congo, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Dispõe ainda de escritórios de representação em importantes centros internacionais: EUA (Houston) e Reino Unido (Londres).

A Miranda tem, presentemente, 23 Sócios.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.