Avanço de 2% da Sonae segura bolsa de Lisboa

A bolsa nacional terminou em alta ligeira, com o PSI-20 a somar a quinta sessão de ganhos. A Sonae sobressaiu pela positiva, conseguindo compensar as perdas da Jerónimo Martins e Galp Energia.

Foi pouco mas o suficiente. A bolsa lisboeta encerrou com ganhos ligeiros, com o PSI-20 a conseguir acumular a quinta sessão consecutiva de ganhos. O índice bolsista nacional contrariou a tendência negativa a que se assistiu um pouco por toda a Europa, apoiado na valorização de 2% das ações da Sonae SGPS.

O PSI-20 valorizou 0,01%, para os 5.584,67 pontos, nesta terça-feira, com dez dos seus 18 títulos em terreno positivo, seis em queda e dois inalterados: a Altri e a REN.

À Sonae SGPS coube ser a estrela da sessão. As suas ações somaram 1,72%, para os 1,064 euros, numa altura em que a empresa dá passos na preparação para colocar uma das suas áreas de negócio em bolsa, apresentando-a como “proposta de investimento sólida”. A Sonae MC, braço retalhista da empresa co-liderada por Paulo Azevedo, está já a fazer apresentações a potenciais investidores.

Sonae avança 2% em bolsa

O BCP também contribuiu para que o PSI-20 terminasse a sessão acima da linha de água. As suas ações valorizaram 0,41%, para os 26,83 cêntimos, estendendo para 12% os ganhos acumulados nas últimas cinco sessões, num movimento de recuperação.

O rumo do PSI-20 acabou por ser penalizado pela desvalorização da Jerónimo Martins e da Galp Energia. As ações da retalhista recuaram 1,28%, para os 13,52 euros, no dia em que foi noticiada a possibilidade desta comprar uma grande retalhista polaca. Já a petrolífera viu os seus títulos perderem 0,69%, para os 15,94 euros, em sintonia com as cotações do petróleo que recuavam depois de os EUA terem pedido à OPEP para produzir mais petróleo.

(Notícia atualizada às 16h55 com mais informação e cotações)

 

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Regulador impede Meo de cobrar um euro pelas faturas

A Anacom decidiu que as operadoras não podem cobrar pela emissão de faturas e vai aumentar o conjunto de informação que as empresas têm de disponibilizar nestes documentos.

As operadoras de telecomunicações só vão poder cobrar aos clientes pelo envio das faturas se estes exigirem um nível de detalhe superior. A decisão foi anunciada esta terça-feira pela Anacom, que optou ainda por aumentar o conjunto de informações que as empresas vão ser obrigadas a incluir nas faturas. Na prática, a medida impede a Meo de cobrar um euro pela emissão das faturas em papel, apurou o ECO junto de fonte próxima do regulador.

Este ainda é um sentido provável de decisão, sujeito a alterações. No entanto, a avançar, tem um efeito prático muito concreto: “Os operadores de telecomunicações não podem cobrar aos clientes pela emissão e envio de faturas com o detalhe mínimo agora definido, nem pelas faturas sem detalhe ou com detalhe inferior ao definido, independentemente do suporte e do meio utilizado”, anunciou a Anacom numa nota enviada à comunicação social.

E que informação mínima adicional é que o regulador vai passar a exigir nas faturas? Desde logo, Meo, Nos, Vodafone e Nowo passam a estar obrigadas a indicar na fatura o tempo que falta até terminar o período de fidelização a que o cliente está sujeito, caso se aplique. Além disso, as faturas devem incluir uma estimativa do montante que o cliente tem de pagar a cada mês caso decida rescindir um contrato sujeito a fidelização.

“Tendo em vista permitir aos consumidores verificar as prestações cujo pagamento lhes é exigido e tomar decisões informadas na defesa dos seus direitos e interesses, a Anacom definiu o grau de detalhe e informação a incluir nas faturas que os assinantes que solicitem fatura detalhada receberão gratuitamente”, sublinha o regulador liderado por João Cadete de Matos.

Acrescenta ainda a Anacom que “entre a informação a constar da fatura disponibilizada gratuitamente se inclui a data em que termina o período de fidelização e os eventuais encargos a suportar pelo cliente se quisesse terminar o contrato na data da emissão da fatura”. “O nível de detalhe definido permite ainda um seguimento mais fácil, discriminado e transparente dos gastos associados aos pacotes de serviços, sobretudo quando existem consumos adicionais”, argumenta a entidade.

Apesar destas medidas, os clientes têm liberdade de solicitar junto da operadora o envio de faturas com informação ainda mais detalhada. Este deve ser um “pedido expresso dos clientes” e, nesta medida, nada impede a empresa de cobrar pela emissão dessa fatura com informação adicional face aos padrões definidos pela Anacom.

Meo impedida de cobrar pelas faturas em papel

Este sentido provável de decisão ameaça mais diretamente uma prática iniciada pela Meo recentemente. Em março, soube-se que a operadora detida pela Altice passou a cobrar um euro pela emissão das faturas em papel. O custo foi justificado pela empresa como “um valor simbólico” associado a um “encargo administrativo”, com a empresa a aproveitar também para incentivar os clientes a aderirem à fatura eletrónica, mais ecológica e prática.

Desta forma, a Meo deverá ficar impedida de cobrar qualquer valor pela emissão de faturas, confirmou o ECO junto de fonte próxima da Anacom. O comunicado remetido pelo regulador aos jornais, porém, não faz qualquer menção à Meo. Este dossiê entra agora na fase de consulta pública, que dura 20 dias úteis.

O ECO contactou a Meo no sentido de obter um comentário à decisão da Anacom. Ainda não foi possível obter resposta.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h42 com mais informações)

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Facebook na mira do Congresso norte-americano… outra vez

Dois senadores norte-americanos escreveram a Mark Zuckerberg a pedir esclarecimentos acerca da forma como o Facebook lida com os dados dos utilizadores.

O Congresso norte-americano está a pressionar Mark Zuckerberg para que dê mais esclarecimentos sobre se o Facebook violou ou não a privacidade dos seus utilizadores. Em causa está uma notícia divulgada recentemente, que acusa a rede social de ter dado acesso a dados pessoais de utilizadores do Facebook a pelo menos 60 fabricantes de dispositivos móveis de forma indevida, de acordo com a Reuters.

Segundo a agência, dois senadores escreveram ao presidente executivo do Facebook a perguntar se a rede social promoveu auditorias a estas parcerias com as fabricantes ao abrigo da legislação norte-americana. Nas cartas, questionam ainda se Zuckerberg pretende rever o seu testemunho perante o Senado na audição que decorreu em abril, na sequência do escândalo que envolveu a consultora Cambridge Analytica.

Os senadores em causa foram John Thune (republicano) e Bill Nelson (democrata). Mark Zuckerberg, que fundou o Facebook quando tinha apenas 19 anos, volta assim a estar sob pressão dos legisladores norte-americanos, numa altura em que a plataforma está debaixo de fogo por não promover medidas eficazes de proteção da privacidade dos cidadãos.

A notícia que está na base da carta remetida pelos senadores foi avançada pelo The New York Times. Segundo o jornal, a rede social deu acesso indevido a fabricantes como a Apple, Microsoft, Samsung e BlackBerry aos dados de utilizadores e dos respetivos amigos. O jornal acusa o Facebook de ter permitido o acesso a dados dos amigos do utilizador, mesmo sem o consenso destes.

A rede social já veio rejeitar essas acusações, garantindo ter o consentimento dos titulares dos dados.

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Costa considera “grave” para Portugal proposta de Bruxelas sobre níveis de cofinanciamento

  • Lusa
  • 5 Junho 2018

Se a proposta de Bruxelas ficasse tal como está, segundo António Costa, nas regiões nacionais de coesão o financiamento comunitário baixaria de 85 para 70%".

O primeiro-ministro manifestou-se esta terça-feira ainda “insatisfeito” com a evolução das propostas de Bruxelas para o próximo quadro plurianual, classificando mesmo como “particularmente gravoso” para o orçamento nacional o ponto referente aos níveis de cofinanciamento por Estado-membro.

António Costa falava na Assembleia da República, na abertura do debate quinzenal, na sequência de uma intervenção proferida pelo líder parlamentar do PS, Carlos César, que deixou referências críticas ao comportamento do PSD e do CDS-PP nesta matéria.

O primeiro-ministro, no entanto, referiu-se apenas à proposta da Comissão Europeia que está em cima da mesa negocial, identificando então como aspeto grave aquilo que se prevê em termos de níveis de cofinanciamento. Se a proposta de Bruxelas ficasse tal como está, segundo António Costa, nas regiões nacionais de coesão o financiamento comunitário baixaria de 85 para 70%”.

“No caso das regiões de transição, como o Algarve, a proposta de Bruxelas baixa de 80 para 55%, e no caso da Região Lisboa e Vale do Tejo baixa de 50 para 40%. Isso significava um peso muito acrescido sobre o nosso Orçamento do Estado”, salientou o líder do Executivo.

No caso das regiões de transição, como o Algarve, a proposta de Bruxelas baixa de 80 para 55%, e no caso da Região Lisboa e Vale do Tejo baixa de 50 para 40%. Isso significava um peso muito acrescido sobre o nosso Orçamento do Estado.

António Costa

Primeiro-ministro

Ainda segundo o primeiro-ministro, ao longo das negociações, Portugal deve ter também como objetivo central “assegurar o princípio da transversalidade da convergência“. “O objetivo da convergência não deve estar só nos fundos estruturais, mas também associado aos novos fundos, como os da ciência, da defesa e das migrações“, justificou.

António Costa defendeu ainda que o novo instrumento das reformas estruturais deve servir para aumentar a capacidade de financiamento de Portugal. “A verba de pouco mais de 200 milhões de euros é absolutamente inaceitável”, acentuou, antes de se manifestar também insatisfeito com a estratégia prevista para a Política Agrícola Comum (PAC).

“Os aumentos previstos para os agricultores são feitos à custa de uma maior comparticipação do Orçamento do Estado, que teria de investir mais 763 milhões de euros do que atualmente. Não obstante as dificuldades, temos de continuar nas próximas semanas a maximizar as nossas oportunidades de financiamento”, acrescentou.

Antes de António Costa, neste mesmo debate quinzenal, o líder parlamentar socialista, Carlos César, deixou um repto sobretudo dirigido ao PSD e CDS-PP para que ajudem junto da sua família política europeia a posição negocial de Portugal em relação ao quadro financeiro plurianual. Carlos César considerou que já houve uma evolução favorável em relação à proposta inicial apresentada pela Comissão Europeia, embora tenha classificado como “insuficiente” o caminho até agora percorrido.

Neste quadro, Carlos César afirmou que “é importante saber” se PSD e CDS “são capazes de ombrear com resultados na defesa do interesse nacional em presença”. “Não basta, nestes casos, só falar e lamentar, falar e acusar, mas sempre e só para efeitos internos. Quando, por exemplo, PSD e CDS, pedem voz grossa com a União Europeia – coisa que o nosso primeiro-ministro tem -, talvez estejamos na hora de saber se as vozes desses partidos – que há pouco tempo lá chegavam para não nos ajudar -, agora, dizendo querer ajudar, lá chegam, em que tom e com que resultados”, acrescentou.

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Tensão em Espanha e Itália passa fatura. Já só um quinto da dívida portuguesa tem juros negativos

Cerca de 14 mil milhões de euros em obrigações portuguesas deixaram de negociar com juros negativos em maio, na sequência da escalada do risco na Zona Euro.

É um dos reflexos da crise política que atingiu Espanha e Itália: já só um quinto da dívida portuguesa no mercado apresenta taxas de juro negativas, totalizando os 25 mil milhões de euros no final de maio, de acordo com os dados da Tradeweb fornecidos ao ECO. Em abril, a dívida pública portuguesa com juros negativos ascendia a 39 mil milhões de euros, mais de 30% do total.

Ou seja, num só mês, cerca de 14 mil milhões de euros de obrigações do Tesouro passaram de taxas negativas para taxas positivas. Isto tem especial importância na medida em que os juros portugueses do mercado funcionam como uma referência para as novas emissões de dívida realizadas pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP).

Mas não se pense que esta evolução tenha propriamente a ver com o aumento do risco do país. O mês de maio terminou com o cenário político na Zona Euro em alta tensão. Primeiro foi Itália, a terceira maior economia do euro, a deixar os investidores com os nervos em franja, depois da ascensão dos partidos antissistema e populares Movimento 5 Estrelas e Liga Norte ao governo. A agenda destes dois partidos não era propriamente do agrado dos mercados, incluindo medidas como um perdão de dívida ou a saída da Zona Euro.

Depois foi Espanha, com a moção de censura apresentada pelo PSOE ao Governo de Mariano Rajoy, na sequência das sentenças aplicadas a vários dirigentes do PP num caso de corrupção dentro do partido. A moção foi aprovada no Parlamento espanhol e consequência direta: Rajoy caiu e Pedro Sánchez é agora o novo líder do Executivo espanhol.

Juros portugueses a dez anos aliviam após crise

Fonte: Reuters

Foi neste contexto de turbulência política que os juros da dívida dos governos da Zona Euro, sobretudo da periferia, subiram em flecha. Por exemplo, a taxa de juro associada às obrigações a 10 anos italianas voltou a superar os 3%, o que já não acontecia desde 2014. No mercado português, os juros a 10 anos também escalaram para cima de 2%, tendo atingido máximos desde outubro do ano passado. Em Espanha, a dívida mesmo prazo viu a taxa registar o valor mais alto do ano acima dos 1,6%. Simultaneamente, uma grande parte de títulos de dívida em que os investidores apostavam mesmo sabendo que iriam perder dinheiro passou a apresentar juros positivos.

Segundo a Tradeweb, a crise política reduziu substancialmente a parte da dívida da Zona Euro com juros negativos: passou de 40% em abril para 36% em maio, o nível mais baixo desde que começou a recolher estes dados. Cerca de 2,61 biliões de euros (35,5%) de um total de 7,3 biliões de euros de obrigações que estão no sistema mantêm juros abaixo de zero.

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China propõe gastar 70 mil milhões em produtos norte-americanos. Mas só se Trump desistir das tarifas

A China propõe importar 70 mil milhões de dólares em produtos agrícolas e energéticos oriundos dos EUA, mas só se Donald Trump desistir dos impostos sobre as importações chinesas.

A China propôs comprar cerca de 70 mil milhões de dólares em produtos agrícolas e energéticos com origem nos Estados Unidos, mas apenas se Donald Trump desistir das tarifas sobre as importações chinesas, avançou o The Wall Street Journal [acesso pago], que cita fontes conhecedoras das negociações. Esta é uma informação nova que surge numa altura em que responsáveis das duas maiores economias do mundo se sentam à mesa, no sentido de tentar evitar uma guerra comercial.

Entre os produtos que a China propõe adquirir ao abrigo desta proposta encontra-se a soja e o milho, mas também o gás natural, o petróleo e o carvão. A lista de compras poderá chegar aos 70 mil milhões de dólares no primeiro ano. Contudo, para avançar, o Presidente dos Estados Unidos terá de esquecer as tarifas que anunciou sobre importações de produtos chineses.

A China tenta assim pôr água na fervura, depois de os Estados Unidos terem garantido existir um fosso nas importações e exportações bilaterais. Concretamente, Donald Trump tem reiteradamente falado de um défice comercial de 375 mil milhões de dólares entre os dois países, desfavorável aos EUA.

Desconhece-se a posição dos oficiais norte-americanos sobre esta proposta do país liderado por Xi Jinping. A possibilidade de uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo tem vindo a provocar ondas de choque que já afetaram os mercados internacionais em vários dias de negociações.

Reações às tarifas também já chegaram do México, e não são amigáveis

O México respondeu de maneira diferente dos chineses à decisão norte-americana de impor tarifas ao aço e alumínio importados do México, Canadá e União Europeia. As autoridades mexicanas vão retaliar impondo tarifas sobre produtos siderúrgicos e agrícolas dos EUA.

A lista de novas taxas, que vão de 15% a 25%, foi publicada esta terça-feira pelo Ministério da Economia no jornal oficial do governo mexicano. Inclui tarifas de 20% sobre as importações de carne suína, maçãs e batatas dos EUA e taxas de 20% a 25% em alguns tipos de queijos e bourbon. Está ainda prevista uma quota de 350 mil toneladas livres de tarifas para importações de pernil e pernas de porco de outros países. O peso mexicano desvalorizou 1,6% em relação ao dólar na passada segunda-feira, depois de ser conhecido o plano de impor uma tarifa de 20% sobre a carne de porco americana.

(Notícia atualizada às 18h13 com mais informações)

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Governo admite que dinheiro dos CMEC seja devolvido aos consumidores

O Governo está à espera que a ERSE e a Direção Geral de Energia e Geologia concluam se o cálculo dos CMEC foi feito com base em fatores introduzidos sem a aprovação da Assembleia da República.

O secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, admite que o montante pago pelos consumidores no âmbito dos custos de manutenção do equilíbrio contratual (os chamados CMEC) que tenha sido cobrado indevidamente possa ter de ser devolvido pela EDP. Isto depois de dois pareceres da Procuradoria-Geral da República (PGR) concluírem que os contratos que vieram permitir o pagamento de rendas à elétrica poderão ser considerados nulos, por terem introduzido alterações ao quadro legal sem a aprovação da Assembleia da República.

Em causa estão os pareceres 23/2017 e 24/2017, pedidos pelo Governo ao conselho consultivo da PGR no ano passado. Ambos concluem pela nulidade dos CMEC: “A repercussão dos custos de manutenção do equilíbrio contratual nas tarifas do consumo de eletricidade (e por conseguinte, nos consumidores) a partir de conceitos demasiado vagos infringe o princípio da tipicidade da lei tributária impositiva e da densidade dos seus elementos essenciais. Os ajustamentos a pagar aos eletroprodutores padecem do mesmo mal. Haveriam de ser considerados anualmente na lei orçamental”, pode ler-se num dos pareceres.

“No caso de o ato homologatório considerar aspetos abrangidos pela matéria de reserva de lei, e que tenham inovatoriamente sido regulados nos acordos de cessação dos [contratos de aquisição de energia], terá de ser considerado nulo por estar viciado de usurpação de poder”, pode ler-se no outro parecer.

Depois de ter homologado estes dois pareceres, ainda no final do ano passado, o Governo pediu à Direção Geral de Energia e Geologia e à Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) que apurem todas as adendas que foram feitas aos acordos de cessação dos CAE (os contratos que vigoravam antes dos CMEC) e que analisem se existem adendas que não tenham sido aprovadas. Se existirem, o Governo quer ainda que a Direção-Geral de Energia e Geologia e a ERSE apurem se essas adendas foram consideradas no cálculo dos CMEC. Se tiverem sido, o Governo quer, por fim, que seja calculado o “impacto financeiro daí decorrente”, isto é: qual o montante que foi pago indevidamente à EDP.

É por esta análise que o Governo agora aguarda. Aos deputados, na Comissão da Economia, Inovação e Obras Públicas, Jorge Seguro Sanches disse, esta terça-feira, que espera que a resposta seja “o mais rápida possível, cumprindo a lei”.

“Se houver a conclusão de que há valores que foram indevidamente considerados, como é evidente, serão considerados no quadro seguinte”, garantiu o secretário de Estado. O valor dessa eventual devolução está ainda a ser apurado, mas poderá rondar os 500 milhões de euros.

Se houver a conclusão de que há valores que foram indevidamente considerados, como é evidente, serão considerados no quadro seguinte.

Jorge Seguro Sanches

Secretário de Estado da Energia

Aliás, acrescentou, foi isso mesmo que aconteceu quando se concluiu que a EDP refletia o valor da tarifa social e da contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE) nas faturas dos consumidores. “Considerando-se a irregularidade dessa situação, declarei a nulidade do despacho que permitia essa medida e o valor foi devolvido aos consumidores”, disse Seguro Sanches. A EDP e a Endesa foram obrigadas a devolver 100 milhões de euros.

O secretário de Estado ressalvou, contudo, que os CMEC não podem ser revogados sem que se cumpra a lei, ainda que possa discutir-se a sua legitimidade. “Ficará para a história quem votou a favor e contra os CMEC, mas esta é uma lei do país e temos de criar o cumprimento da lei”, disse o governante.

E alertou: “Podemos não pagar ao nível do que está estabelecido no regime legal, mas podemos pagar, depois, ao nível de indemnizações, por alterar um quadro contratual sobre o qual se estabeleceu uma relação de boa-fé entre duas partes. Não afasto nenhuma das hipóteses, mas, enquanto membro do Governo, estou sujeito a cumprir a lei”, sublinhou.

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Só uma em cada três empresas diz estar preparada para a Inteligência Artificial

  • ECO
  • 5 Junho 2018

Robótica, automatização e inteligência artificial são os grandes desafios que as empresas enfrentam. O objetivo é criar valor com a articulação entre trabalhadores e robôs.

Apenas 31% dos gerentes sentem que estão preparados para enfrentar o desafio da Inteligência Artificial (IA) e da robótica e automatização, é a conclusão do estudo “Tendências Globais de Capital Humano 2018”, realizado pela Deloitte.

Três em cada quatro gestores consideram estas questões um “assunto crítico para o negócio”, mas, apesar dos receios, o estudo, que envolveu mais de 11.000 gerentes e líderes de Recursos Humanos, verificou que quatro em cada dez empresas acreditam que a automatização terá um grande impacto nos postos de trabalho e, por isso, algumas delas (61%) dizem já estar a trabalhar na criação de novas funções relacionados com estas áreas.

Joan Pere Salom, sócio responsável pela área de capital humano e líder dos serviços financeiros da Deloitte espanhola, acredita que, contrariamente ao que muita gente pensa, as tecnologias vão criar mais postos de trabalho, em vez de eliminá-los. Além disso, diz que “qualidades como a criatividade e o pensamento crítico ganharão importância”. Para Salom, a chave do sucesso está na articulação entre trabalhadores e robôs, de modo a maximizar o valor de ambos.

Um período de três a quatro anos é o tempo que 42% das empresas inquiridas diz ser preciso para pôr em marcha estas novas tecnologias, que consequentemente trarão outros desafios, como a proteção dos dados dos trabalhadores e a melhoria dos planos de carreira e bem-estar. Sobre o último, 60% dos gerentes considera que é um fator que potencia a produtividade, os resultados financeiros e o talento. Apesar de estes números, só 3% das empresas acredita que os seus programas de recompensa são, de facto, efetivos no que toca à motivação dos colaboradores.

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SIBS critica Autoridade da Concorrência. Recusa ser um entrave a novos operadores no mercado

  • Lusa
  • 5 Junho 2018

Criticada pela Autoridade da Concorrência, que disse que a SIBS coloca entraves à entrada de novos players no mercado dos serviços de pagamentos, a empresa vem agora recusar essa ideia.

O presidente da empresa de serviços de pagamento SIBS recusou que esta seja um entrave à entrada de novos operadores no mercado e considerou que penalizá-la é abrir a porta ao controlo do mercado pelo duopólio Visa e MasterCard. “A Autoridade da Concorrência queixa-se que em Portugal só existe um, mas em Espanha existiam três e fundiram-se com o acordo da Autoridade da Concorrência espanhola. Em Portugal, se destruírem o sistema nacional [de pagamentos, a SIBS] vamos ficar dependentes de Visa e MasterCard”, disse Vítor Bento no Parlamento, num grupo de trabalho sobre Serviços de Pagamento de Moeda Eletrónica.

O responsável da SIBS referia-se à Autoridade da Concorrência que, recentemente, considerou que a preponderância da SIBS no sistema de pagamentos em Portugal (detém a rede Multibanco e gere o sistema de liquidação e compensação) reforça as barreiras à entrada e à concorrência no mercado (nomeadamente de fintech, empresas tecnológicas de serviços financeiros) o que, no limite, pode levar à criação de um monopólio no sistema de pagamentos português.

Vítor Bento disse que a SIBS tem tido concorrentes e que a única razão para ainda manter uma quota significativa em Portugal nos serviços de pagamento é a sua eficiência, considerando que os serviços de pagamento em Portugal são bem melhores do que na generalidade dos países da Europa e que os portugueses que vivem em Bruxelas (Bélgica) ou Frankfurt (Alemanha) sentem bem essas diferenças. “Se o objetivo é criar-nos dificuldades, amanhã vamos estar dominados apenas por instituições que vêm de outros lados. Deixo este alerta porque é importante percebermos quais os problemas e não inventar problemas que não existem e aí, sim, criar problemas”, afirmou.

Já a presidente executiva da SIBS, Madalena Tomé, disse que em Portugal há 588 instituições de pagamento registadas no Banco de Portugal, que é quem concede autorizações, considerando que há “competitividade no mercado em Portugal de fintech de sistemas de pagamento” e que a SIBS está a ser vítima de um “preconceito”. Recordou ainda que está a haver um movimento de consolidação na Europa nas empresas que prestam serviços de pagamentos para conseguirem ganhar força e concorrerem, casos de Espanha ou do Reino Unido.

O Grupo SIBS tem por acionistas a maioria dos principais bancos que operam em Portugal. Cerca de 85% do capital social é detido por BCP, CGD, Santander Totta, BPI e Novo Banco.

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“Prepotente”, “autoritário” e “arrogante”. BE, PCP e Verdes não poupam Governo de Costa

O primeiro-ministro regressou esta tarde à Assembleia para o debate quinzenal. O rompimento das negociações com os professores e a proposta do PSD para quem quer ter filhos marcam a agenda da semana.

António Costa está esta tarde no Parlamento para o debate quinzenal com os deputados. O tema escolhido pelo PS, a quem cabe arrancar com o debate, é assuntos económicos e sociais. Porém, a semana começou marcada pela polémica com os professores — o ministro da Educação interrompeu as negociações com os docentes por causa da contagem do tempo de serviço — e o PSD pôs em cima da mesa novas propostas para incentivar a natalidade.

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Avanço das tecnológicas insuficiente para animar Wall Street

Os receios em torno da "guerra comercial" estão a pesar no sentimento dos investidores. Os principais índices seguem pouco alterados, apesar da subida das tecnológicas.

As ações norte-americanas arrancaram a sessão pouco alteradas, com o avanço das tecnológicas a ser travado por novos receios em torno da “guerra comercial”.

O Dow Jones arrancou a negociação quase inalterado, com um avanço muito ligeiro de 0,01%, para os 24.816,48 pontos. Já o S&P 500 somava 0,03%, para os 2.747,82 pontos, enquanto o Nasdaq seguia a ganhar 0,2%, para os 7.621,62 pontos.

O forte avanço dos títulos das tecnológicas, liderado pela Apple, Microsoft e Amazon, impulsionou o sentimento dos investidores na segunda-feira, que já estavam animados face os dados do emprego. Contudo, mais um episódio da “guerra comercial” voltou a condicionar o rumo dos principais índices bolsistas dos EUA. Especificamente, a possível negociação separada de acordos comerciais com o Canadá e México, no sentido de chegar a um acordo individual com os dois países, revelou o conselheiro económico norte-americano Larry Kudlow.

“O mercado está um pouco na linha de água quando estão em causa negociações comerciais“, afirmou Robert Pavlik, diretor de investimentos da SlateStone Wealth, citado pela Reuters.

Segundo apurou a agência de notícias, o México deverá impor tarifas de 20% sobre a importação de porco dos EUA, em reação às tarifas da administração Trump sobre o aço e o alumínio.

Em termos de títulos, referência positiva para o Twitter cujos título somam em torno de 4%, com a sua inclusão no S&P 500.

Pela negativa, destaque para a retalhista Francesca Holdings, cujas ações derrapam em torno de 13%, após a divulgação de receitas abaixo das estimativas dos analistas.

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Fox já tem luz verde para comprar a Sky. Mas só se vender a Sky News

O grupo de Rupert Murdoch já tem luz verde provisória do Governo britânico para avançar para a compra da Sky. Mas tem de vender a Sky News.

O Governo britânico deu luz verde à oferta de compra da Fox pela Sky, mas com a condição de a Fox vender a posição que detém na Sky News. Esta é uma decisão provisória, anunciada esta terça-feira. Caso avance, poderá desencadear um braço-de-ferro entre a Fox e a gigante Comcast pela compra do grupo europeu de televisão por subscrição. A notícia foi avançada pela Reuters.

Foi em dezembro de 2016 que a Fox, do magnata Rupert Murdoch, se propôs a comprar os 61% da Sky que ainda não detém. Mas a intenção tem suscitado receios de que a operação dê a Murdoch demasiada influência sobre a indústria dos media no Reino Unido, uma vez que este já detém a Sky News, voltada para o conteúdo editorial. Um regulador britânico chegou mesmo a recomendar o chumbo do negócio.

No entanto, em fevereiro deste ano, a gigante norte-americana Comcast ofereceu-se para comprar a Sky, levando a que alguns membros independentes do Conselho de Administração da Sky retirassem as respetivas recomendações aos acionistas para que alinhassem com a oferta de Murdoch.

A aprovação provisória dada à oferta da Fox sobre a Sky, com a condição de que o grupo se desfaça da posição na Sky News, dá novo fôlego a este dossiê que é um dos mais seguidos no panorama internacional dos media. Para já, a Fox oferece 18,5 mil milhões de dólares pela Sky, enquanto a proposta da Comcast avalia a Sky em 22 mil milhões de libras.

Face ao anúncio da decisão do Governo britânico, a imprensa internacional dá como certo que um braço-de-ferro de propostas pela Sky, entre a Fox e a Comcast, estará iminente.

(Notícia atualizada às 14h40 com mais informações)

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