Ações da Mota-Engil sobem 4%. BPI vê construtora “em boa posição” na expansão do aeroporto de Lisboa
BPI diz que Mota-Engil está "em boa posição" para ficar com a obra do aeroporto do Montijo. Mas construtora também poderá ganhar com aumento do tráfego nas pontes sobe o Tejo que explora com a Vinci.
A Mota-Engil é uma das estrelas da bolsa nacional neste arranque de ano. Valoriza já mais de 10% em 2019. Esta quarta-feira, a construtora portuguesa volta a ser um dos destaques no PSI-20, negociando em alta 4%. Os analistas do BPI/CaixaBank colocam a empresa em “boa posição” para integrar o consórcio para o novo projeto de expansão aeroportuária em Lisboa, num investimento que vai superar os 1.700 milhões de euros.
As ações da Mota-Engil estão a subir 3,83% para 1,79 euros, no melhor desempenho do principal índice português. Mais de 350 mil títulos tinham sido transacionados apenas na primeira hora de negociação em Lisboa, metade da média diária dos últimos 12 meses, o que dá conta do forte apetite comprador dos investidores.
A construtora está a recuperar de um mau 2018, ano em que perdeu metade do seu valor em bolsa. E ganha agora um novo impulso que pode consolidar esta trajetória favorável no novo ano. O Governo e a concessionária de aeroportos ANA assinaram esta terça-feira o memorando de entendimento para a expansão aeroportuária na capital portuguesa e que passa pelo alargamento do aeroporto Humberto Delgado e pela construção de um novo aeroporto na base militar do Montijo, do outro lado do Rio Tejo.
O investimento vai atingir os 1.747 milhões de euros, integralmente financiados pela concessionária detida pelos franceses da Vinci durante o período da concessão que vai até 2062.
"Em relação à construção, ainda não é claro se será lançado um concurso público para a seleção de um consórcio de construção ou se o projeto será diretamente entregue a um consórcio pela ANA/Vinci. Em ambos os cenários, vemos a Mota-Engil em boa posição para integrar o consórcio de construção.”
Os analistas do BPI/CaixaBank consideram que a construtora liderada por Gonçalo Moura Martins poderá ser um dos grandes vencedores do projeto. Por duas razões: o novo aeroporto em Montijo “vai aumentar o tráfego numa das suas principais concessões (Lusoponte) e acreditamos que a Mota-Engil (a principal construtora em Portugal) está também em boa posição para integrar o consórcio de construtoras deste grande projeto”, disseram numa nota de research publicada esta terça-feira.
O banco de investimento lembra que a Vinci é parceira da Mota-Engil na Lusoponte, que detém a concessão das duas pontes sobre o Tejo com ligação direta à capital portuguesa, e “serão cruciais para a ligação entre o centro de Lisboa e o novo aeroporto do Montijo”.
“Em relação à construção, ainda não é claro se será lançado um concurso público para a seleção de um consórcio de construção ou se o projeto será diretamente entregue a um consórcio pela ANA/Vinci. Em ambos os cenários, vemos a Mota-Engil em boa posição para integrar o consórcio de construção“, rematou o BPI/CaixaBank, que atribui um preço-alvo de 3,10 euros às ações da construtora.
Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.
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