Jerónimo Martins pressiona bolsa. Lisboa volta a cair quatro sessões depois
Depois de três sessões no verde, a bolsa portuguesa voltou a fechar o dia com as "contas" no vermelho. Foi pressionada sobretudo pelo mau desempenho da Jerónimo Martins.
Após três sessões de ganhos, a bolsa nacional fechou esta terça-feira em terreno negativo, pressionada sobretudo pelo mau desempenho da Jerónimo Martins, em mais um dia de queda para as ações do BCP. Lisboa acompanhou as principais praças na Europa perante dados económicos mistos.
O PSI-20, o principal índice português, recuou ligeiros 0,08% para 5.139,36 pontos. Foram 11 as cotadas nacionais que encerraram abaixo da linha de água, com destaque para dois pesos pesados: a retalhista dona do Pingo Doce viu os títulos cederem 1,49% para 12,54 euros e o banco liderado por Miguel Maya recuou 0,56% para 0,2310 euros, isto na véspera de apresentar as contas anuais ao mercado — os analistas do BPI/CaixaBank apontam para um lucro na ordem dos 304 milhões de euros, que pode abrir a porta à distribuição de dividendos.
Do outro lado da balança, e ajudando a amparar as quedas, estiveram as energéticas Galp (+0,59%) e EDP (+0,31%), assim como a papeleira Navigator (protagonizou o melhor desempenho por cá com uma subida de 2,27%) e a casa-mãe Semapa (+1,43%).
Entretanto, no mercado secundário de dívida, dia histórico para Portugal: a taxa de juro associada aos títulos a dez anos atingiu esta terça-feira um novo mínimo histórico, abaixo dos 1,5%. Filipe Silva, diretor de gestão de ativos do Banco Carregosa, associou este alívio dos juros da dívida ao cenário de desagravamento das taxas na Europa.
No mercado acionista europeu, o índice de referência europeu, o Stoxx 600, fechou em baixa de 0,21%, acompanhado das principais praças de Milão e Paris, que perderam 0,50% e 0,16%, respetivamente. O alemão Dax-30 escapou por pouco às perdas, com uma tímida subida de 0,09%.
Foi um dia de sentimentos mistos para os investidores. Estão preocupados com os sinais de abrandamento da economia, que foram reforçados com resultados empresariais abaixo do esperado. Mas tiveram hoje boas notícias em relação a uma aproximação entre Washington e Pequim para resolver a disputa comercial.
(Notícia atualizada às 16h59)
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