Google Cloud quer duplicar equipa em Portugal
A Google Cloud tenciona duplicar a equipa em Portugal e é uma das áreas de negócio de maior crescimento. Faturação no país está a crescer "de forma interessante", disse o responsável, Jorge Reto.
O líder da Google Cloud em Portugal, Jorge Reto, disse à Lusa que a empresa está “a dobrar a equipa” no mercado português e que a faturação está a crescer “de forma interessante”. O responsável não avançou com números, uma vez que não é política da Google divulgar esse tipo de dados.
Questionado pela Lusa, à margem do Cloud Day Lisboa, sobre se a Google Cloud está a contratar profissionais, Jorge Reto afirmou: “Estamos a duplicar agora a equipa”, em engenharia e em gestores de projetos.
“Temos tido uma adesão muito forte” por parte dos clientes, afirmou o country manager da Google Cloud, que lidera os destinos desta área de negócio há ano e meio. “Temos neste momento um pipeline de projetos superior àquilo que a equipa consegue gerir” e por isso, a empresa também aposta na consolidação de parceiros certificados.
O desempenho da Google Cloud em Portugal no último ano tem sido “positivo”, disse. “A faturação tem estado a crescer de forma interessante, cerca de três dígitos. Vale o que vale, começámos no ano passado”, prosseguiu. No que respeita à área de parceiros certificados, o responsável diz que “está a correr bem”.
A Google Cloud é uma área de negócio dentro da Google ligada às soluções de armazenamento de dados na nuvem (cloud), mas não só, inclui ferramentas de produtividade, de inteligência artificial. Ou seja, a empresa fornece desde soluções de cloud “até ferramentas mais evoluídas de produtividade”, tecnologias que a Google desenvolveu nos últimos 20 anos para uso interno e que agora estão disponíveis para o setor empresarial.
Através de motores de inteligência artificial que foram “treinados” pela Google, é hoje em dia possível fazer o reconhecimento de imagem, de voz, ferramentas que ajudam à produtividade das empresas, exemplificou.
“Temos já empresas que começam a ter assistentes virtuais para poderem falar com os clientes em Portugal”, disse, dando o exemplo da Salvador Caetano. A empresa portuguesa “já está a fazer uma interação com os seus clientes, para saber como estão as viaturas em revisão”, um projeto que foi implementado entre três a quatro semanas, exemplificou.
“A questão é a rapidez com que se consegue implementar”, poupando custos à empresa, uma vez que “o modelo já existe”, refere. Além da Salvador Caetano, também a EDP, a Dott [‘marketplace’ da Sonae em parceria com os CTT] e a Super Bock estão a desenvolver projetos com a Google Cloud.
A área de cloud é aquela onde a Google tem feito maior investimento nos últimos tempos. Nos últimos três anos, a Google investiu em termos globais 45 mil milhões de dólares (cerca de 39,9 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual) só em redes e data centers em computação. “Este ano o investimento é de 13 mil milhões de dólares [11,5 mil milhões de euros]. Há um investimento grande e também uma expectativa de retorno”, afirmou.
Questionado sobre o impacto do 5G no negócio, Jorge Reto considerou que tal “vai impulsionar” o negócio, uma vez que “ajuda a haver mais pessoas a acederem e muito mais rapidamente”. O responsável adiantou que “35% do tráfego mundial da Internet passa dentro da rede” da Google.
Sobre os setores de atividade onde estão os clientes da Google Cloud, Jorge Reto destacou as startups, as grandes empresas, nomeadamente de utilities [serviços básicos], como também a saúde, banca e seguros.
O objetivo para este ano é “consolidar a rede de parceiros, aumentar a equipa e ter até ao final do ano pelo menos mais duas ou três referências em termos de empresas e com projetos muito visíveis e muito grandes”, salientou. No fundo, a Google Cloud pretende “ajudar as empresas portuguesas a fazer em digitalização”, disse.
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