Primeiro-ministro chinês promete abrir setor financeiro ao capital externo
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, considera que o país vai tornar-se mais "aberto, transparente e previsível" para o investimento estrangeiro e que o ambiente de negócios melhorará.
O primeiro-ministro chinês afirmou esta terça-feira que a China vai abrir ainda mais os setores financeiro e de manufatura avançada ao investimento estrangeiro, nos próximos anos, numa altura em que Pequim enfrenta crescente pressão de Washington.
“A China vai promover, incansavelmente, a abertura em todas as frentes”, assegurou Li Keqiang, no discurso inaugural do Fórum Económico Mundial (WEF), conhecido como Davos de Verão, que decorre em Dalian, nordeste da China.
O primeiro-ministro chinês afirmou que o país vai remover os limites da participação estrangeira em corretoras, comércio de futuros e seguradoras, em 2020, um ano antes do planeado, uma decisão que faz “parte dos esforços para abrir ainda mais a indústria financeira e outros serviços”.
Li Keqiang prometeu ainda dar tratamento igual, ao dado às firmas domésticas, às empresas estrangeiras que operem na informação e classificação de crédito e pagamentos, e expandir a abertura em duas direções do mercado de títulos da China.
O responsável insistiu que o país vai tornar-se mais “aberto, transparente e previsível” para o investimento estrangeiro e que o ambiente de negócios melhorará. A segunda maior economia do mundo também vai apoiar o investimento estrangeiro em indústrias como manufatura avançada, fabrico de equipamentos ou produtos farmacêuticos, detalhou.
No domingo passado, a China anunciou que vai reduzir a partir deste mês o número de setores interditos ao investimento estrangeiro, numa altura em que Estados Unidos e Europa exigem acesso recíproco ao mercado.
A subida ao poder de Donald Trump nos EUA ditou já o início de uma guerra comercial, com os dois países a aumentarem as taxas alfandegárias sobre centenas de milhões de dólares de produtos de cada um. Para além de exigir uma balança comercial mais equilibrada, Trump quer que a China ponha fim a subsídios estatais para certas indústrias estratégicas. Também Bruxelas reclama maior reciprocidade, depois de firmas chinesas terem comprado, nos últimos anos, empresas e ativos estratégicos em toda a Europa.
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