CTT atingem novo mínimo histórico. Ações já valem menos de dois euros
Cotada entrou em bolsa há cinco anos e meio, a 5,52 euros por ação e os títulos chegaram a tocar os 10 euros. Pela primeira vez, valem menos de dois euros.
As ações dos CTT – Correios de Portugal valem, pela primeira vez, menos de dois euros em bolsa. Os títulos da cotada têm vindo a renovar mínimos históricos e já acumulam uma desvalorização superior a 33% só este ano.
Esta terça-feira, num dia marcado por quedas na generalidade dos mercados europeus, mas também em Lisboa, as ações da empresa liderada por João Bento perderam 3,70% para 1,926 euros no PSI-20. Chegaram a tocar nos 1,922 euros, o valor mais baixo de sempre em bolsa.
CTT afundam em bolsa
Esta queda acontece depois de a Anacom ter anunciado que os CTT vão ter de reduzir os preços em vigor. Em causa está o incumprimento dos valores mínimos de dois indicadores de qualidade do serviço postal universal em 2018, nomeadamente a demora de encaminhamento no Correio Azul no Continente e no correio transfronteiriço intracomunitário.
A tendência negativa já se verifica, contudo, há mais tempo. E nem mesmo o crescimento dos lucros no primeiro semestre, revelado na semana passada, impede os CTT de continuarem a perder valor no mercado de capitais português.
A queda acumulada desde o início do ano chega já aos 34,62%. A cotação atual é substancialmente inferior àquela a que a empresa entrou para o mercado de capitais há mais de cinco anos.
O Estado privatizou a operadora postal, em duas fases. Primeiro, com a colocação de 70% do capital em 2013. As ações foram vendidas ao montante máximo (5,52 euros) e a primeira sessão foi digna de estrelato: os títulos negociaram 6,9% acima do preço a que foram vendidas da oferta pública de venda (OPV).
Em setembro de 2014, o Estado vendeu a restante participação de 30% e a empresa passava a ter a totalidade do capital em bolsa. Nessa altura, as ações já negociavam nos 7,50 euros e, menos de um ano depois, ultrapassavam os 10,00 euros. A partir daí, a estrela tornou-se cadente, tal como aconteceu com outras empresas de correios na Europa.
(Notícia atualizada às 17h00 com as cotações do fecho da sessão)
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