Comércio internacional do G20 mantém tendência de queda no 2.º trimestre
O comércio internacional das maiores 20 economias do mundo registou uma tendência de queda, entre abril e junho. As exportações recuaram quase 2%.
O comércio internacional do G20, grupo das maiores 20 economias do mundo, manteve a sua tendência de queda no segundo trimestre, com as exportações a contraírem 1,9% e as importações 0,9%, divulgou hoje a OCDE.
As exportações recuaram 5,3% na China (para o mínimo desde o quarto trimestre de 2017) e desceram 1,1% nos Estados Unidos (mínimo desde o primeiro trimestre de 2018), revelam os dados estatísticos do comércio internacional do G20 divulgados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). As importações cresceram “marginalmente” naqueles dois países (0,6% na China 0,3% nos Estados Unidos). Os Estados Unidos e a China enfrentam uma ‘guerra’ comercial, que a continuar terá efeitos globais.
Na reunião do G7, dos sete países mais industrializados, que decorreu no passado fim de semana em Biarritz, sudoeste de França, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu a sua estratégia de avanços e recuos nas negociações comercias com a China, afirmando que essa era a sua “forma de negociar” e que a China irá acabar por ceder num acordo.
“Enquanto não houver maior equilíbrio, os Estados Unidos não vão ceder”, disse o Presidente dos EUA, para explicar que a escalada de taxas alfandegárias não levará a nenhum lado, enquanto a China não admitir que está numa situação favorável.
No segundo trimestre as exportações dos Estados Unidos para a China subiram 2,7% e as importações ficaram pelos 0,2%, “significativamente abaixo” do registado no terceiro trimestre de 2018, quando as exportações subiram 17,4% e as importações 10,7%.
O G20 é composto por África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Estados Unidos, França, Itália, Índia, Indonésia, Japão, México, República da Coreia (Coreia do Sul), Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia.
As exportações da União Europeia, no período em análise, recuaram 1,7% e as importações diminuíram 2,3%. As vendas externas na França recuaram 0,3% e as importações diminuíram 0,7%, enquanto na Alemanha a queda das exportações foi de 3% e as das importações 1,7%.
No caso da Itália, as importações contraíram 0,6%, o quinto trimestre consecutivo em queda, enquanto as exportações registaram um “modesto” andamento de 0,1%. Perante a incerteza do processo de saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit), Londres registou contrações quer em termos de exportações (-7,1%) como de importações (-12,6%).
Relativamente à Rússia, as exportações também recuaram no segundo trimestre, ao caírem 7,4%, apesar da subida do preço do petróleo. Também as exportações da Arábia Saudita diminuíram (-3,5%), sendo que as importações tiveram a mesma tendência (-11,5%). Na Coreia, as exportações recuaram 1,6%, a terceira queda trimestral consecutiva. As importações na Argentina recuaram 6,4% e na Turquia a queda foi de 6,4%.
Apenas alguns países do G20 viram o seu comércio internacional registar subidas no segundo trimestre deste ano: Austrália, cujas exportações subiram 6,2%, Canadá (6,4%), México (2,4%) e Japão (0,2%).
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