CDS-PP quer fim das “maiorias” e “arrogâncias absolutas”
"A Madeira é governada há 43 anos pelo mesmo partido. Maiorias absolutas transformam-se normalmente em arrogância absoluta.", afirmou Rui Barreto no comício de rentrée do CDS-PP.
O líder do CDS-PP/Madeira e cabeça de lista às legislativas regionais, Rui Barreto, disse este sábado, no comício de reentrada nacional do partido, que pretende contribuir para acabar com as maiorias absolutas na região autónoma nas eleições de 22 de setembro.
“A Madeira é governada há 43 anos pelo mesmo partido. Maiorias absolutas transformam-se normalmente em arrogância absoluta. Por isso, nós temos no dia 22 de setembro que terminar, desta vez, com as maiorias absolutas na Madeira”, afirmou.
Rui Barreto falava no comício da Fajã de Ovelha, concelho da Calheta, zona oeste da Madeira, que contou com a participação da líder nacional do partido, Assunção Cristas, e várias centenas de militantes e simpatizantes.
“Tenho sentido que, de forma artificial, alguns querem transformar as eleições regionais do dia 22 de setembro num joguinho entre o PSD e o Partido Socialista”, disse, sublinhando que tal não corresponde há verdade, pois o CDS-PP é líder da oposição regional há oito anos (7 deputados em 47 no total do parlamento) e foi o partido de “mais propostas apresentou e mais propostas viu aprovadas”.
O líder centrista considera, por isso, que as eleições regionais não têm de ser decididas apenas entre o PSD e o PS, e acusou os sociais-democratas de ter “desiludido” os madeirenses, alertando também para a “ilusão” proposta pelos socialistas.
“O CDS vai sozinho às eleições. Não se deixem enganar por aqueles que querem transformar estas próximas eleições entre o centrão dos interesses, entre o PSD e o PS.
Há uma alternativa, uma alternativa útil, uma alternativa que se chama CDS”, reforçou.
Rui Barreto lembrou, por outro lado, que o candidato socialista, Paulo Cafôfo, “traiu os madeirenses” ao sair Câmara Municipal do Funchal, eleito pela coligação Confiança (PS/BE/JPP/PDR/Nós, Cidadãos!) para concorrer à presidência do Governo Regional.
O cabeça de lista do CDS-PP/Madeira garantiu ainda que não irá para o governo a “qualquer custo”.
“Não esperem do CDS que esteja ali, a moça à espera para fazer os acordos e para salvar alguns”, afirmou, realçando que vai manter-se fiel ao programa de governo do partido.
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