As cinco condições para o sucesso da OPA da Cofina à TVI
Há cinco condições que devem ser satisfeitas para que a compra da Media Capital pela Cofina possa avançar. Em causa está uma operação avaliada em 255 milhões de euros.
Para que a compra da TVI por parte da Cofina tenha sucesso é necessário que estejam reunidas algumas condições nomeadamente que a Autoridade da Concorrência não se oponha ao negócio, mas também que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) dê luz verde à operação tal como os acionistas da Prisa. Mas há mais.
De acordo com o comunicado que a Cofina enviou ao mercado na manhã de sábado, há cinco condições que devem ser satisfeitas para que o negócio possa avançar. Em causa está uma operação, avaliada no total de 255 milhões de euros, envolve uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) de cerca de 180 milhões de euros e a dívida da própria Media Capital, de cerca de 75 milhões de euros.
- Não-oposição da Autoridade da Concorrência. Em causa está uma consolidação no setor dos media, isto porque a Cofina já é detentora de uma televisão, a CMTV, e agora passará a deter a TVI, em canal aberto, e a TVI24 e a TVI Ficção Mas há também uma passagem de vários outros títulos como a Rádio Comercial, M80, Rádio Cidade, e Mais Futebol. Cofina, por seu turno, detém o Correio da Manhã, a Sábado, Jornal de Negócios, Record, entre outros.
- Autorização da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC). Para tentar garantir a não-oposição do regulador a Cofina garante que vai “manter a linha editorial dos diferentes meios de comunicação social que detém e que passará a deter, bem como todos os profissionais que estejam dispostos a colaborar neste novo projeto”.
- Aprovação, pela assembleia geral da Prisa, da transação prevista no contrato de compra e venda. De acordo com o comunicado que a Prisa enviou ao mercado, a operação, avaliada em 255 milhões de euros, representa uma perda de 76,4 milhões de euros nas contas consolidadas da Prisa.
- Aprovação da transação prevista no contrato de compra e venda, a prestar por credores da Prisa, em conformidade com os termos e condições de financiamentos em que a Prisa e a Vertix são partes.
- Aprovação e execução de um ou mais aumentos do capital social por parte da Cofina por novas entradas em dinheiro, no montante necessário para, conjuntamente com a parcela de financiamento bancário a contrair pelo oferente, financiar a aquisição da participação da Prisa e “subsequente inscrição do aumento de Capital na Conservatória do Registo Comercial”. A Cofina em comunicado enviado às redações garante que já tem garantido o financiamento da operação. O ECO já avançou que o empresário Mário Ferreira e a Abanca deverão ser os novos parceiros da Cofina neste processo.
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