Atraso no acordo comercial leva Wall Street a nova queda
Os resultados da dona da Google e o atraso no acordo comercial pesaram em Wall Street, mas as perdas foram ligeiras, com os investidores a esperar um novo corte na taxa de juro pela Reserva Federal.
A Bolsa de Nova Iorque encerrou esta terça-feira com uma queda ligeira, depois do anúncio do atraso no acordo comercial entre a China e os Estados Unidos. A impedir quedas maiores esteve a expectativa dos investidores em relação aos resultados de pesos pesados como a Apple, o Facebook e as petrolíferas Exxon Mobil e Chevron, e também a um possível corte de juros pela Reserva Federal esta quarta-feira.
Na segunda-feira, o índice alargado S&P 500 fechou em novo máximo histórico e o Nasdaq ficou muito próximo. No entanto, o acordo para resolver a disputa comercial entre os Estados Unidos e a China, que parecia muito próximo, pode não chegar assim tão rapidamente. Segundo a Reuters, que cita um responsável da administração norte-americana, o acordo interino não estará finalizado e pronto a assinar a tempo da cimeira que juntará Donald Trump e Xi Jinping no Chile.
O índice industrial Dow Jones fechou a desvalorizar 0,07% e o S&P 500 caiu 0,8%. A maior queda verificou-se no Nasdaq, que desvalorizou 0,59%, um dia depois de ter ficado a apenas 0,05% de atingir um novo máximo histórico.
A pesar no índice tecnológico estiveram os resultados da Alphabet, a dona da Google, que anunciou uma queda nos lucros devido ao aumento dos custos operacionais. O grupo desvalorizou mais de 2%.
Ainda assim, a época de resultados tem sido positiva para Wall Street, com 77% das 236 empresas que apresentaram resultados até à data a superarem as expectativas.
Esta semana ainda apresentam resultados quatro das maiores empresas norte-americanas: as tecnológicas Apple e Facebook e as petrolíferas Exxon Mobil e Chevron. Os investidores estão otimistas quanto aos resultados das norte-americanas, mas também estão a contar que a Reserva Federal anuncie um novo corte na taxa de juro de referência.
Jerome Powell vai apresentar na quarta-feira a decisão da Reserva Federal, que iniciou hoje o primeiro de dois dias de discussão sobre o tema. Na reunião de julho, a Reserva Federal avançou com o primeiro corte de juros desde o final de 2008, defendendo a medida como preventiva, tendo em conta o cenário de abrandamento da economia norte-americana. Desde então, o FMI reviu as suas previsões para a economia mundial e está a contar agora com um abrandamento globalizado este ano, assim como com uma recuperação moderada em 2020, cingida apenas às economias emergentes.
Antes do anúncio da decisão, a administração norte-americana vai ainda divulgar os números do PIB no terceiro trimestre do ano, que os analistas esperam que revele um novo abrandamento da maior economia do mundo.
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