Estes são os 5 números que tem de saber na OPA do Benfica

Qual o valor da OPA? Quanto vai gastar o Benfica com esta operação? Fique a conhecer os cinco números que marcam a oferta apresentada pelo clube da Luz aos pequenos investidores.

O Benfica lançou uma OPA parcial sobre a SAD. Quer comprar os títulos que estão dispersos por pequenos investidores, oferecendo a muitos deles a oportunidade de venderem as ações adquiridas em 2001 por um valor muito semelhante ao pago na altura em que o clube encarnado era liderado por Manuel Damásio. Conheça os cinco números que marcam esta oferta.

5,00 euros

O Benfica que comprar 6.455.434 ações, nominativas e escriturais da categoria B, que são ordinárias, que não detém. São títulos que estão dispersos por pequenos investidores, aos quais a SAD apresenta uma contrapartida de 5,00 euros.

O valor da oferta tem uma explicação. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a SAD explica que o “preço oferecido visa assegurar que os acionistas que adquiriram as suas ações (…) no decurso da oferta pública de distribuição realizada em 2001 possam vender as ações de que são titulares a um preço semelhante ao preço nominal a que as mesmas foram subscritas (1.000 escudos, ou seja, 4,99 euros)”.

81,1%

Os 5,00 euros oferecidos na OPA superaram largamento o valor dos títulos da SAD no mercado de capitais. Na última sessão antes do anúncio da OPA, as ações do Benfica estavam a cotar nos 2,76 euros, pelo que o prémio apresentado nesta oferta ascende a 81,1%.

32,2 milhões de euros

O Benfica propõe-se a adquirir 6.455.434 ações da SAD, de categoria B, por um valor de 5,00 euros. Tendo em conta o número de ações objeto da oferta, a OPA agora anunciada poderá levar o Benfica a gastar, no máximo, 32,27 milhões de euros com a operação que levará a SAD a controlar a grande maioria do capital.

755.065 ações

A oferta é apresentada por 6.455.434 ações, de categoria B, mas há algumas que não serão adquiridas. No comunicado enviado à CMVM, a SAD explica que os membros dos órgãos sociais do Benfica “não podem aceitar a oferta, vendo assim os seus interesses preteridos face ao interesse do oferente e, consequentemente, do Sport Lisboa e Benfica”.

No total, os administradores do Benfica têm em seu poder 755.065 ações da SAD encarnada, sendo que a maioria destes títulos pertence ao presidente da SAD, Luís Filipe Vieira. O líder dos encarnados detém 753 mil títulos, representativos de 3,27% do capital da SAD.

Artigo 194

O Benfica quer comprar praticamente todos os títulos da SAD que estão no mercado, mas em momento algum pretende retirar a SAD da bolsa de Lisboa. “É intenção do oferente dar continuidade à atividade empresarial da sociedade visada, enquanto sociedade aberta ao investimento do públicos sob o domínio exclusivo do Sport Lisboa e Benfica e com as ações representativas do seu capital social admitidas à negociação no mercado regulamentado Euronext Lisboa”.

A SAD vinca que “não irá requerer a perda da qualidade da sociedade aberta”. “Em atenção às características da oferta, não será aplicável, após a sua conclusão o regime de aquisição ou alienação potestativa previsto nos artigos 19.º e 196.º do Código de Valores Mobiliários”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Bancos aproveitam-se da iliteracia financeira das pessoas”, afirma presidente da Revolut

  • ECO
  • 19 Novembro 2019

O presidente da Revolut diz que "os bancos aproveitam-se da iliteracia financeira da maioria das pessoas". "Os bancos levam-vos o couro e o cabelo", alerta.

O presidente e cofundador da Revolut considera que os preços que os bancos cobram pelos serviços que prestam “não são justos” e que estes se aproveitam da “iliteracia financeira da maioria das pessoas”. Quanto ao aumento das comissões por parte das instituições bancárias, Nikolay Storonsky justifica-o pela necessidade que os “bancos têm de proteger as suas fontes de receita”.

Os bancos levam-vos o couro e o cabelo” começa por dizer Nikolay Storonsk, em entrevista ao Observador (acesso pago). Segundo o presidente, se cada pessoa analisasse “todas as transações que faz, os custos e comissões associadas” ficaria em choque. “Os bancos aproveitam-se da iliteracia financeira da maioria das pessoas. Os preços que cobram não são justos pelos serviços que prestam, na minha opinião“, atira.

Quanto às comissões cobradas pelas instituições bancárias tradicionais, Nikolay Storonsk defende que os gestores “só se importam com manter as fontes de receita” e, uma vez que as taxas de juro são cada vez mais baixas, os bancos estão a perder dinheiro e “têm de ir buscar dinheiro a algum lado”, assinala.

Na sua perspetiva, os bancos não vão conseguir competir com Revolut já que fintech britânica tem menos trabalhadores e uma tecnologia mais moderna. “Somos muito mais eficientes e por isso é que quando eles aumentam as comissões nós ainda estamos em melhor posição para os bater ao nível do preço. Eles não conseguem competir”, sublinha.

Com cerca de nove milhões de utilizadores, a Revolut prepara-se para lançar o seu primeiro cartão de crédito em dezembro em alguns mercados e que será posteriormente alargado por toda a Europa. Em Portugal, o plano passa por tentar fazer um acordo com a rede de terminais de Multibanco, da SIBS. Relativamente a essa matéria, o presidente admite que será difícil, mas que “encontraremos uma maneira”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Já só 15% dos trabalhadores em Portugal são sindicalizados

De acordo com a OCDE, Portugal registou a segunda maior queda da taxa de sindicalização, nos últimos 40 anos.

Em quatro décadas, a taxa de sindicalização dos trabalhadores portugueses caiu de 60,8%, em 1978, para 15,3%, em 2016. De acordo com os dados divulgados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal registou a segunda queda mais acentuada entre os 25 Estados-membros, ficando apenas atrás da Nova Zelândia.

Segundo o relatório “Negotiating our way up: colletive bargaining in a changing world of work”, a diminuição do peso dos sindicatos foi transversal e é explicada pela “globalização, pelas mudanças demográficas na força de trabalho, pela desindustrialização, pelo emagrecimento do setor manufatureiro, pela queda dos empregos no Estado e pelo alargamento dos contratos flexíveis”.

Ainda que em todos os países da OCDE a taxa de sindicalização tenha recuado nos últimos 40 anos, Portugal consegue destacar-se ao registar a segunda queda mais pronunciada: 45,5 pontos percentuais (p.p.). Só a Nova Zelândia — com uma descida de 48,1 p.p. de 65,7% em 1978 para 17,7% em 2016 — verificou um declínio do sindicalismo mais acentuado do que aquele registado por terras lusitanas.

Declínio da sindicalização é transversal, mas mais pronunciado em Portugal

Fonte: OCDE

E enquanto em Portugal, em 2016, menos de dois em cada dez trabalhadores eram sindicalizados, na Islândia nove em cada dez trabalhadores estavam ligados a sindicados. Esse país é, de resto, aquele que, no seio da OCDE, apresentava a taxa de sindicalização mais elevada, seguindo-se a Suécia (com 66,7%) e a Dinamarca (65,5%).

Em sentido inverso, era na Estónia (5%) que se registava a menor taxa de sindicalização, em 2016. Na base da tabela, apareciam ainda a Lituânia (7,7%) e a Hungria (8,5%).

No conjunto da OCDE, entre 1978 e 2016, registou-se um recuo de 34% para 16,3%, ou seja, 17,7 pontos percentuais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCP puxa pela bolsa. Lisboa segue ganhos da Europa

BCP dá um forte contributo para o comportamento positivo do PSI-20, mas as atenções dos investidores estão centradas no Benfica, após a OPA.

Lisboa está em alta. A praça portuguesa acompanha os ganhos das restantes praças europeias, numa sessão em que a maioria dos títulos está a valorizar. O BCP dá um forte contributo para o comportamento positivo do PSI-20, mas as atenções dos investidores estão centradas no Benfica, após a OPA. Contudo, as ações estão “bloqueadas”.

O PSI-20 está a ganhar 0,07% para 5.267 pontos, enquanto na Europa os ganhos variam entre 0,1% e 0,2%. Das 18 cotadas do índice principal, 12 estão em alta, com apenas quatro cotadas em queda.

O BCP não é o que mais valoriza, mas é o título que maior impulso está a dar ao índice português. Soma 0,93% para os 20,71 cêntimos, sendo que apenas Sonae Capital e Corticeira Amorim registam subidas mais expressivas.

Destaque, nos ganhos, também para a Nos, que soma, 0,5%, CTT e Jerónimo Martins, enquanto a EDP e a EDP Renováveis seguem estáveis. A Galp Energia, por seu lado, recua 0,26% para 15,17 euros, impedindo uma subida mais expressiva do índice principal.

Fora do PSI-20, há mais cotadas em alta, mas os investidores estão de olho no Benfica. O clube lançou uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) parcial sobre as ações da SAD em que oferece uma contrapartida de cinco euros por ação.

O prémio de mais de 80% está a impedir os títulos de reagirem à oferta. Tendo em conta o diferencial face aos 2,76 euros a que os títulos estão no mercado, entra-se num processo de leilão até que seja possível desbloquear as negociações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Sindicatos, telemóveis e ferrovia

  • ECO
  • 19 Novembro 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Há 18 obras na ferrovia do Norte e Centro suspensas. O dia fica ainda marcado pela nota de que a sindicalização está em queda, pela vida cada vez mais longa dos telemóveis e pelo erro na Segurança Social que levou à penhora de 500 advogados. “Os bancos aproveitam-se da iliteracia financeira da maioria das pessoas”, diz o fundador da Revolut, esta terça-feira.

Sindicalização em Portugal caiu para 15%

A taxa de sindicalização em Portugal passou de 60,8% em 1978 para 15,3% em 2016, evolução que representa a segunda maior quebra entre os países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE). No conjunto dos 25 países analisados, foi a Nova Zelândia a registar o maior recuo da sindicalização. Destaque ainda para a Islândia e para a Suécia, que registaram as maiores taxas de sindicalização em 2016 — 90% e 67% respetivamente. Em sentido inverso, aparecem a Estónia (5%) e a Lituânia (8%).

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Governo suspende 18 obras na ferrovia do Norte e Centro

As 18 intervenções prioritárias na ferrovia do Norte e Centro apresentadas pelo Executivo em 2016 foram adiadas ou canceladas. Exemplo dessa suspensão é a eletrificação da linha do Douro, que continua sem data, bem como a eletrificação da linha do Minho, que está marcada só para o final de 2020.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Telemóveis estão cada vez a durar mais

Ainda que, todos os anos, as diversas marcas lancem novos modelos de telemóveis, o tempo que cada aparelho fica nas mãos dos utilizadores está a aumentar. Em média, um smartphone dura 28 meses antes de ser trocado, segundo dados de várias empresas de análise de mercado, como a Counterpoint Research, a Deloitte e a NPD Connected Intelligence. O tempo que se usa um telemóvel aumentou muito. No começo de 2017, a maioria das pessoas usava um telemóvel durante 21 meses antes de o trocar. No final de 2018, a média global ia além de 28 meses”, observa Tina Lu, analista da Counterpoint Research.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

“Os bancos aproveitam-se da iliteracia financeira da maioria das pessoas”

Em entrevista ao Observador, o presidente da Revolut considera que os preços que os bancos cobram pelos serviços que prestam “não são justos” e que estes se aproveitam da ” iliteracia financeira da maioria das pessoas”. Quanto às comissões cobradas pelas instituições bancárias, Nikolay Storonsky afirma que se “alguém se sentar e contabilizar todas as comissões que lhe são cobradas ficará em choque”, mas tudo se deve ao facto de os gestores dos bancos terem que proteger as suas fontes de receita.

Leia a entrevista no Observador (acesso pago).

Erro na Segurança Social penhora mais de 500 advogados

Cerca de 568 advogados foram alvo de processos de execução ou ameaças de penhora por alegadas dívidas contributivas à Segurança Social. Fonte oficial do Ministério de Trabalho explicou ao Correio da Manhã que os advogados em causa não têm contribuições em falta, mas foram incluídos erradamente no regime contributivo dos trabalhadores independentes. A tutela garante ainda que “todas as situações reportadas foram e estão a ser tratadas e regularizadas o mais rapidamente possível”.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal em 15.ª no desenvolvimento sustentável na UE

  • Lusa
  • 19 Novembro 2019

Nos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável para atingir em 2030, Portugal não alcançou ainda nenhum.

Portugal surge em 15.º lugar entre os 28 países da União Europeia no Índice dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, obtendo uma pontuação de 66,2 em 100, abaixo da média europeia.

Este índice foi elaborado pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (SDSN, na sigla inglesa) e pelo Instituto para a Política Ambiental Europeia, que criaram indicadores para avaliar o progresso dos vários países da União Europeia quanto às 17 metas definidas pela ONU para 2030.

Ao desempenho de cada país foi atribuída uma pontuação de 0 a 100, em que 100 representa o melhor desempenho possível. Portugal surge em 15.º lugar, com 66,2 pontos, enquanto a média da União Europeia é de 70,1.

Dinamarca, Suécia e Finlândia são os únicos países com pontuações acima dos 70, enquanto Grécia, Bulgária, Roménia e Chipre surgem na casa dos 50 pontos.

Nos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável para atingir em 2030, Portugal não alcançou ainda nenhum.

Em dois dos objetivos Portugal apresenta até uma trajetória descendente no caminho para os atingir: na área da Ação Climática e na criação de parcerias para atingir as metas de desenvolvimento sustentável.

Os indicadores em que Portugal está mais próximo dos objetivos são o da eliminação da pobreza, da qualidade da educação, do crescimento económico e do emprego e na paz, justiça e instituições eficazes.

Os desafios mais relevantes que o país tem para enfrentar são nos campos da proteção da vida terrestre, da proteção da vida marinha, na produção e consumo sustentáveis e na área da indústria, inovação e infraestruturas.

Segundo o relatório hoje divulgado, nenhum dos 28 países da União Europeia está no bom caminho para atingir em 2030 as metas do desenvolvimento sustentável definidas pelas Nações Unidas.

No global, os países da União Europeia obtiveram melhor desempenho nos objetivos de eliminação da pobreza, na promoção da saúde e bem-estar e na área do crescimento económico e emprego.

Os piores indicadores são na área da agricultura e produção sustentável e nos objetivos ligados à proteção do ambiente, clima e biodiversidade.

Os objetivos do desenvolvimento sustentável foram traçados em 2015 pelas Nações Unidos, para serem alcançados em 2030, dentro de uma década.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

No dia em que Boris Johnson e Jeremy Corbyn se encontram frente a frente, vai ficar a saber-se quantas filiais de empresas estrangeiras estão a operar em Portugal.

No dia em que Boris Johnson e Jeremy Corbyn se encontram frente a frente no primeiro debate antes das eleições antecipadas, o INE vai publicar estatísticas sobre o número de filiais de empresas estrangeiras a operar em Portugal. Ainda esta terça-feira, o Banco de Portugal publica séries longas do setor bancário, enquanto a easyJet apresenta os resultados do ano fiscal.

Boris Johnson e Jeremy Corbyn frente a frente

Boris Johnson e Jeremy Corbyn vão estar frente a frenta esta terça-feira, naquele que é o primeiro debate antes das eleições no Reino Unido. Os britânicos vão às urnas a 12 de dezembro e, de acordo com várias sondagens citadas pela media, os conservadores de Boris estão em vantagem sobre os trabalhistas de Corbyn. O Brexit, que estava marcado para 31 de outubro, vai marcar estas eleições antecipadas.

Quanto ganham os trabalhadores nas filiais estrangeiras?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai publicar esta terça-feira os dados referentes às filiais de empresa internacionais a operar em Portugal no ano de 2018. Vão ser conhecidos dados sobre o volume de negócios e as remunerações dos trabalhadores. Recorde-se que, em 2017, existiam 6.455 filiais de empresas estrangeiras a operar em território nacional, o correspondente a 1,6% do total das sociedades não financeiras.

Banco de Portugal publica séries longas do setor bancário

O Banco de Portugal vai divulgar esta terça-feira as séries longas do setor bancário relativas ao período entre 1990 e 2018. Estes dados apresentam estimativas de séries estatísticas e respetivas notas metodológicas para várias variáveis económicas, tais como balança de pagamentos, contas do setor público administrativo, população, emprego e desemprego e produção, despesa e rendimento.

easyJet apresenta resultados do ano fiscal

Esta terça-feira é dia de a easyJet prestar contas sobre o ano fiscal encerrado em setembro. A empresa vai anunciar os resultados obtidos — num ano marcada pela abertura de novas rotas e pela falência da Thomas Cook –, mas também novidades para o futuro. Recorde-se que, em 2018, a companhia aérea encerrou o ano fiscal com um lucro de 521 milhões de euros, o equivalente a um aumento de 43,3% face ao mesmo período do ano anterior.

EMEF assina acordo de empresa na presença do ministro das Infraestruturas

O ministro da Habitação e das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, vai assistir esta terça-feira à assinatura do acordo de empresa da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), que vai permitir aumentos de salários e uma atualização da remuneração base de entrada na carreira. O acordo será assinado às 10h e vai ser subscrito por vários sindicatos: SINDEFER, STMEFE, FECTRANS/SNTSF, SINFB e SINAFE.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Contratação pública atrasa plataforma da Aicep para ajudar empresas a exportar

Empresas já têm área reservada no site da Aicep com informação e aconselhamento customizado, com recurso à inteligência artificial. Ferramenta para comércio eletrónico pronta até final do ano.

Desde abril que as empresas têm ao seu dispor um novo site com informação mais detalhada e costumizada para as ajudar a exportar e internacionalizar-se. Com recurso à inteligência artificial, a Aicep disponibiliza a cada empresa uma solução e aconselhamento específico para o seu caso. Mas, as funcionalidades ainda não estão todas disponíveis e a complexidade da contratação pública está a atrasar o processo. Ainda assim, a expectativa é lançar o Acelerador da Internacionalização Online até ao final do ano.

“O processo de contratação pública verificou-se mais moroso e complexo do que antecipado e isso atrasou parte do calendário no curto prazo, no entanto acreditamos que podemos ganhar no médio/longo prazo”, disse ao ECO, fonte oficial da Aicep.

Quando o “Portugal exporta” foi lançado em abril, só as empresas do calçado tinham disponível a totalidade das funcionalidade que a nova plataforma oferece. O objetivo era, à razão de um por mês, alargar a outros setores de atividade. Fonte oficial revela que a agência está agora “a trabalhar no vestuário, seguir-se-á o agroalimentar, materiais de construção e metalomecânica”.

A grande novidade é a existência de uma área privada a que cada empresa pode aceder através da introdução de uma chave móvel digital. A pessoa responsável da empresa introduz o seu número de telemóvel e o pin e depois recebe um código de segurança no telemóvel que deve introduzir para aceder a uma área reservada. Quando a empresa entra não é necessário preencher muitos dados porque o site acede toda a informação através da Informação Empresarial Simplificada (IES), do Instituto Nacional de Estatística (INE) e o IMPI.

Na área reservada, que é totalmente confidencial, cada empresa tem informações que lhe são especificamente direcionadas desde as feiras que mais lhe interessam, potenciais parceiros de negócio, ações comerciais e de capacitação, a mercados que deveria explorar, uma sugestão que é feita com base na inteligência artificial que analisa o perfil de cada empresa, desde a sua dimensão, a sua situação financeira, maturidade e a sua dinâmica de vendas ao exterior. Por isso, duas empresas aparentemente semelhantes, que operam na mesma área, podem ter sugestões totalmente diferentes. Estas sugestões têm sempre uma validação humana feita pelos analistas da Aicep. Se a sugestão feita pela inteligência artificial não for acertada o modelo aprende com isso. O gestor de cliente virtual questiona a empresa sobre o que ela precisa (encontrar um parceiro, exportar para novos mercados, etc) e depois a Inteligência artificial dá a resposta.

Questionada sobre o nível de adesão das empresas a estas novas funcionalidades, fonte oficial explicou que “o processo de adesão das empresas é gradual”. “Nesta primeira fase, estamos focados em estabilizar todos os conteúdos”, justifica.

Quando o portal foi lançado, já foi apresentado como “uma casa em construção”. Por exemplo, estava previsto que a funcionalidade do comércio online (Acelerador da Internacionalização Online) ficasse disponível em julho, mas a nova meta é agora “até ao final do ano”, explicou fonte oficial. Em novembro era a vez do business match making ou “Tinder das empresas”, como o batizou a anterior ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leirão Marques e, finalmente, o portal do investimento em janeiro de 2020. Prazos que partiam do pressuposto de que não haveria qualquer complicação com os diversos concursos públicos envolvidos, o que não se veio a verificar.

Inicialmente o projeto — está a ser desenvolvido com a Tekever, mais conhecida pelos drones e por ter fabricado o primeiro satélite integralmente português — deveria custar um milhão de euros, mas como foi possível obter financiamento comunitário através do Sistema de Apoio à Modernização Administrativa (SAMA) o orçamento subiu para três milhões de euros, possibilitando disponibilizar mais funcionalidades do que estava originalmente previsto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dívida a longo prazo, mais aviões e prejuízos. Os grandes números da TAP

A companhia aérea está no mercado para emitir obrigações, um dia depois de ter apresentado contas ao mercado. O ECO analisou o que mudou na empresa desde a privatização.

A TAP está no mercado para emitir nova dívida, um dia depois de ter apresentado resultados negativos ao mercado. Os prejuízos recuaram à boleia do aumento das receitas, mas foram penalizados pelo câmbio e, corrigidos desse efeito, teria registado um lucro de 61 milhões. É exatamente a exposição da companhia aérea ao Brasil (e à respetiva instabilidade política e volatilidade da moeda) que mais fez desconfiar a agência de rating Standard and Poor’s, que já se pronunciou sobre a empresa.

Privatizada há quatro anos, a companhia aérea é atualmente detida em 50% pela Parpública e em 45% pelo consórcio Atlantic Gateway (dos empresários David Neeleman e Humberto Pedrosa), com os restantes 5% nas mãos dos trabalhadores. Estes são os números do que mudou e que importam na operação:

300 milhões

Este é o montante que a TAP quer emitir em novas obrigações, com um prazo a cinco anos. São 300 milhões de euros a serem colocados apenas junto de investidores institucionais. O ECO sabe que o CEO Antonoaldo Alves está em roadshow e vai apresentar a oferta a investidores esta terça e quarta-feira, em Londres. O objetivo é que a operação esteja fechada, o mais tardar, na quinta-feira.

A Standard & Poor’s foi a primeira agência a avaliar a operação da TAP e classificou-a como investimento especulativo, a três níveis de investment grade. A classificação é idêntica à American Airlines, acima da notação de companhias como a Turkish Airlines, a GOL ou a SAS, e a um notch da Air France (BB). E só empresas como a Lufthansa e a AIG estão em nível de investimento.

786 milhões

Esta operação segue-se a uma colocação semelhante, mas para investidores de retalho em julho e vai aumentar a dívida da empresa, que se situa atualmente 786 milhões de euros. O total de dívida aumentou significativamente face aos 552,2 milhões no final do ano passado e superou até os níveis de 2016, última vez que tinha ultrapassado os 700 milhões de euros. Apesar disso, o peso da dívida, medido pelo rácio dívida líquida face ao EBITDAR (lucros antes de juros, impostos, depreciação, amortizações e custos de reestruturações ou rendas) diminuiu mais de 40% desde 2015.

4 anos

A TAP ainda está a sondar os investidores, mas caso a oferta avance, já sabe os dois objetivos em que vai usar as receitas conseguidas. Além do “pagamento de comissões e despesas relacionadas com a oferta das obrigações”, a operação tem como principal meta a “antecipação do reembolso de determinados empréstimos no âmbito do passivo existente da TAP e extensão do respetivo prazo médio de maturidade”.

Ou seja, a companhia aérea quer diminuir a dependência da banca, a quem deve 651,8 milhões de euros, dos quais 176,3 milhões atingem a maturidade em menos de um ano. Por um lado, os investidores têm menos exigências (nomeadamente no que diz respeito às garantias do Estado) e, por outro, permite alongar a maturidade média da dívida. A emissão de títulos a cinco anos irá ter impacto no prazo médio da dívida, que situa atualmente em quatro anos (contra menos de 24 meses no momento da privatização em 2015).

400 milhões

A estimativa da Standard and Poor’s é que a dívida continue a aumentar este ano e no próximo, em especial devido ao amplo plano de investimento da empresa. A agência antecipa que o CAPEX atinja os 400 milhões de euros ao ano até 2021, em comparação com 130 milhões anuais em 2017 e 2018. A própria empresa admite que está a investir para fazer face ao crescimento, revelando que o número de passageiros transportados subiu 11,1% no terceiro trimestre. Desde a privatização, o número anual de passageiros cresceu 47%.

O número de aviões cresceu em 31 para os atuais 108, nesse período, e vai continuar a aumentar: a empresa tem encomendas para cinco aviões A330neo a serem entregues em 2022, 11 aviões A321neo-LR para 2023 e 32 aviões A320neo/A321neo para 2025. O total de funcionários subiu de sete mil pessoas para 8.937, com a empresa a perspetivar contratar mais mil trabalhadores no próximo ano.

-111 milhões

Passageiros, funcionários e aviões aumentam e impulsionam as receitas, mas não chegam para os lucros. As receitas do grupo ascenderam a 1.052 milhões de euros até setembro, mais 6,1% face a igual período do ano anterior. No entanto, a TAP teve um prejuízo acumulado de 111 milhões de euros no período, “essencialmente devido a variações cambiais sem impacto na tesouraria”, como justificou. Nem tudo é mau. O resultado operacional consolidado do Grupo TAP (EBIT) foi de 129 milhões de euros no terceiro trimestre de 2019, equivalente a 12,2% das receitas, em linha com outras empresas congéneres da Europa.

30 milhões

Enquanto o negócio parece correr bem à TAP, há vários fatores que influenciam, com a sazonalidade do negócio à cabeça, seguida da volatilidade associada ao facto de 25% das receitas virem do Brasil. Além disso, há o combustível. No final de 2018, a TAP começou a fazer hedging para se proteger contra as flutuações dos preços do jet fuel, tendo contratado cobertura de 50% da estimativa de gastos deste ano. Para 2020, já fez o mesmo, e a um custo cerca de 4% inferior ao do ano anterior, o que equivale a uma poupança estimada de 30 milhões de euros no próximo ano.

A empresa alerta, no entanto, os investidores que “pode não ser suficiente para cobrir totalmente aumentos nos preços dos combustíveis e pode não ser possível ajustar os preços ou serviços atempadamente“. Somam-se ainda, a dependência da Petrogal, maior fornecedora deste combustível em Portugal, bem como a dúvida em relação à isenção de impostos para o jet fuel na Europa. “A eliminação ou redução das atuais isenções na UE iria gerar um aumento substancial dos custos, o que se materializaria em efeitos adversos para o negócio, as condições financeiras e/ou os resultados operacionais”, acrescenta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Benfica lança OPA para ficar com a SAD. Paga 5 euros por ação

O clube lançou uma oferta pública de aquisição parcial para comprar 28,06% do capital da SAD que ainda não detém. Operação totaliza os 32,3 milhões de euros.

O Sport Lisboa e Benfica quer ficar com a totalidade do capital da SAD e lançou uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) parcial, em que oferece cinco euros por ação. O clube, que detém atualmente 66,9%, pretende adquirir o equivalente a 28,06% do capital da SAD. A operação totaliza 32,3 milhões de euros.

“A oferta é parcial e voluntária e tem por objeto até 6.455.434 ações, nominativas e escriturais da categoria B, que são ordinárias, com o valor nominal unitário de 5 euros, representativas de 28,0671% do capital social da sociedade visada”, entre as quais não se encontram incluídas ações já detidas pelo Benfica, anunciou o clube, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O montante oferecido aos atuais acionistas representa um prémio superior a 81% face à cotação de fecho das ações (2,76 euros) esta segunda-feira, na bolsa de Lisboa.

Benfica oferece prémio de 81%

Mas há uma razão para o valor avultado: o clube quer compensar os acionistas que compraram no IPO, em 2001, apesar da desvalorização para quase metade do valor dos títulos.

“O preço oferecido por ação visa assegurar que os acionistas que adquiriram as suas ações na sociedade visada no decurso da oferta pública de distribuição realizada em 2001 possam vender as ações de que são titulares a um preço semelhante ao preço nominal a que as mesmas foram então subscritas (1.000 escudos, ou seja, 4,99 euros)”, explica.

Caso a operação seja concluída com sucesso, o capital da SAD que não é controlado pelo Benfica passará a ser cerca de 5%, sendo que acrescem ainda 3,28% detidos pelo presidente Luís Filipe Vieira, cujos direitos são imputados ao clube. Este e os outros seis acionistas que pertencem a órgãos sociais do clube (com um total de 0,0067%) não poderão entrar na operação pelo que a proposta é que a venda desta restante parte do capital seja feita no fim dos respeitos mandatos.

Apesar de querer ficar com a totalidade do capital, o clube diz que não quer fazer outras alterações e afasta a hipótese de sair da bolsa de Lisboa.

“É intenção do oferente dar continuidade à atividade empresarial da sociedade visava, enquanto sociedade aberta ao investimento do público sob o domínio exclusivo do Sport Lisboa e Benfica e com as ações representativas do seu capital social admitidas à negociação no mercado regulamentado Euronext, mantendo a sua equipa de gestão e prosseguindo a estratégia definida para a sociedade visada”, acrescentou o clube.

Após o anúncio preliminar publicado esta segunda-feira, o Sport Lisboa e Benfica espera agora o registo pela CMVM. O intermediário financeiro desta operação é o Haitong Bank.

(Notícia atualizada às 00h03)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo compromete-se a analisar salários na CP

  • Lusa
  • 18 Novembro 2019

Uma delegação de sindicatos esteve esta segunda-feira reunida, em Lisboa, com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, após um pedido remetido à tutela.

Os sindicatos dos ferroviários da CP voltaram a mostrar-se esta segunda-feira insatisfeitos com os salários praticados na empresa, apelando à valorização do setor e admitindo a hipótese de avançarem com formas de luta na ausência de respostas às reivindicações.

Uma delegação de sindicatos esteve esta segunda-feira reunida, em Lisboa, com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, após um pedido remetido à tutela, que se comprometeu, segundo os sindicatos, a analisar o processo.

“Na sequência do processo negocial da CP, da revisão do acordo da empresa e da regulamentação das carreiras e face a um bloqueio que se verificou nas últimas reuniões, solicitámos uma reunião ao senhor ministro”, afirmou o coordenador da Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) aos jornalistas, no final do encontro.

De acordo com José Manuel Oliveira, o encontro teve o intuito de demonstrar ao Governo que as medidas que estão a ser levadas a cabo para valorizar o setor só terão efeito se o “trabalho for também valorizado”. Para o sindicalista, é necessário valorizar a remuneração destes trabalhadores, sobretudo, tendo em conta a subida do salário mínimo na última década.

De 2009 até ao momento, o salário mínimo nacional teve um aumento de 185 euros e os trabalhadores da CP tiveram um aumento de 36 euros. Não faz sentido que o salário mínimo nacional cresça e nivele todos os outros salários por esse valor”, vincou.

Segundo o coordenador da Fectrans, a reunião, que durou cerca de duas horas, terminou com o compromisso do Governo de analisar as questões levantadas pelos sindicatos e de “retomar o processo num contexto que possibilite uma evolução rápida da negociação”.

Sindicatos e Governo voltam a sentar-se à mesa no dia 28 de novembro. “Vamos ver se na próxima reunião há alguma evolução. O ministro foi rápido a responder [ao pedido inicial de reunião], o que pode ser entendido com alguma vontade de resolver o problema, mas agora precisamos de dados concretos”, concluiu José Manuel Oliveira, não excluindo a possibilidade de os trabalhadores avançarem com formas de luta, que não especificou, na ausência de respostas que valorizem o setor.

Na semana passada, mais de 10 organizações sindicais emitiram uma declaração conjunta, publicada na página na internet da Fectrans, relativamente ao processo de negociação com a CP – Comboios de Portugal, na qual classificavam as propostas de atualização salarial, apresentadas pela administração da empresa, como insuficientes e “geradoras de distorções entre as diversas categorias profissionais”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Apaziguar das tensões entre EUA e China dá ganhos tímidos a Wall Street

"Os investidores estão a ser pacientes porque não querem correr atrás de máximos de sempre até terem clarificações na frente comercial", explicou Michael O’Rourke, da JonesTrading.

Wall Street parece confiar que no apaziguar da guerra comercial entre EUA e China. Após um início de sessão penalizado por declarações de Beijing que indicavam pessimismo nas negociações entre as duas maiores economias do mundo, Washington deu um novo incentivo ao otimismo dos investidores e as principais praças fecharam no verde.

O índice industrial Dow Jones subiu 0,11% para 28.036,22 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 avançou 0,05% para 3.122,03 pontos e o tecnológico Nasdaq somou 0,11% para 8.549,94 pontos.

“Dizem-nos que há um acordo, mas ainda não foi finalizado e depois há notícias em outras direções”, descreveu Michael O’Rourke, chief market strategist da JonesTrading, à Reuters, sobre a situação atual. “Os investidores estão a ser pacientes porque não querem correr atrás de máximos de sempre até terem clarificações na frente comercial“, sublinhou.

O dia foi de notícias contrárias. O departamento do Comércio dos Estados Unidos anunciou o alargamento, por mais três meses, da autorização para as empresas norte-americanas venderem equipamentos ao grupo de telecomunicações chinês Huawei.

Este foi o terceiro adiamento concedido desde maio, quando a administração norte-americana decidiu colocar a Huawei numa lista negra de entidades proibidas de fazerem negócios com empresas dos Estados Unidos, alegando motivos de “segurança nacional” e acusando o grupo de trabalhar com as autoridades de Pequim.

O anúncio deu novo ânimo, que tinha sido interrompido por outra notícia que indicava um possível agravamento das tensões. A CNBC noticiou ao início da tarde que o Governo chinês estará pessimista em relação à posição do presidente norte-americano Donald Trump.

Trump não estará disposto a recuar nas tarifas aduaneiras já impostas à China, apesar do acordo de princípio alcançado pelas duas potências. A estratégia de Beijing será agora esperar pelo resultado do impeachment à presidência de Trump ou mesmo até às próximas eleições no país, no final do próximo ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.