A manhã num minuto

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TAP preparada para dispersão em bolsa em 2020, diz Neeleman

Esforço financeiro da TAP para reestruturar empresa faz parte de preparação da dispersão do capital da companhia aérea, que pode oscilar entre 15% e 30%. Empresa estará preparada para IPO em 2020.

O esforço de reestruturar e limpar o histórico do grupo TAP faz parte de uma estratégia que visa a preparação da companhia aérea para uma futura dispersão em bolsa, explicou David Neeleman, líder da Atlantic Gateway, consórcio privado que tem 45% da TAP. Mas a operação não tem, por agora, qualquer calendário definido, ainda que Neeleman tenha avançado que espera que a TAP esteja preparada para o IPO já no próximo ano.

“Quem dita o timing é o mercado. Estamos preparando a empresa para o momento em que surgir uma oportunidade, avançarmos. Agora, o calendário não é possível de prever. Como está o apetite do mercado? Não sabemos. E quanto será a percentagem? Também não sabemos”, afirmou por sua vez Antonoaldo Neves, presidente executivo da empresa.

Mas apesar de não ter avançado com uma percentagem específica, Antonoaldo Neves admitiu que estas operações iniciais de dispersão de capital variam “sempre entre os 15% e os 30%”.

O grupo TAP apresentou esta sexta-feira os resultados de 2018, marcados por uma forte deterioração face a 2017, algo que a empresa atribuiu a impactos não recorrentes de 95 milhões de euros.

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TAP quer contratar mais de 500 colaboradores em 2019

Empresa vai continuar a investir nos recursos humanos ao longo deste ano, "incluindo a contratação de mais de 500 colaboradores em Portugal". Prioridade em 2019 é reforçar solidez financeira da TAP.

Em mensagem enviada esta sexta-feira de manhã aos colaboradores da TAP, a que o ECO teve acesso, a Comissão Executiva do grupo assegurou que uma das prioridades do corrente ano passa pelo reforço do investimento nos recursos humanos, “incluindo a contratação de mais de 500 colaboradores em Portugal”.

A companhia aérea empregava mais de 12 mil trabalhadores no final de 2018, ano em que entraram 1229 trabalhadores para a companhia – entre pilotos, tripulantes, mecânicos, etc. Apesar de anteriormente a TAP ter perspetivado a contratação de até mil colaboradores em 2019, o reforço das contratações na reta final de 2018 acabou por reduzir as necessidades deste ano para cerca de meio milhar.

“Vamos continuar a investir nos recursos humanos, incluindo a contratação de mais de 500 colaboradores em Portugal e acelerar a transformação da TAP, com foco na melhoria da pontualidade e no serviço ao cliente. Do ponto de vista financeiro, a prioridade é reforçar a solidez financeira da TAP e melhorar a rentabilidade”, explica a Comissão Executiva na mensagem enviada a todos os trabalhadores do grupo, onde são igualmente explicados os resultados negativos registados em 2018.

A mensagem começa por explicar que 2018 foi um ano “em que a TAP superou grandes desafios de receita e de controlo de custos, sem abdicar de investir no futuro e de acelerar as transformações estruturais necessárias para o crescimento sustentável da empresa”, numa referência aos impactos não recorrentes sofridos pela empresa com a reestruturação que levou a cabo ao longo do ano passado.

No fundo, e tal como Antonoaldo Neves quis transmitir na intervenção que fez na apresentação de resultados, a gestão da TAP optou por fazer refletir nas contas de 2018 a resolução de uma série de problemas históricos que pesavam nas contas do grupo, como a situação no Brasil. “Vamos tomar todas as decisões difíceis que forem necessárias porque a TAP está aqui para durar. Tomaremos essas decisões mesmo que sacrifiquem os resultados de hoje, em prol dos resultados de amanhã”, disse.

“A Comissão Executiva está plenamente confiante que, em 2019, toda a equipa TAP vai entregar bons resultados e que os desafios deste ano serão amplamente superados”, termina a mensagem aos colaboradores.

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Espanhola Correos compra 51% da Rangel Expresso em Portugal

Já se sabe o nome do operador local em Portugal comprado pela Correos. Foi a Rangel Expresso, que passa a ser controlada em 51% pela empresa pública espanhola. Concorrente CTT recua na bolsa.

Já se sabe qual foi a empresa adquirida em Portugal pela espanhola Correos. Trata-se da Rangel Expresso, uma subsidiária do grupo Rangel. A operação oficializa a entrada da empresa pública espanhola de correio no mercado português, para concorrer com os CTT CTT 1,30% .

“A operação de concentração em causa consiste na aquisição, pela Correos Express Paquetería Urgente, de 51% do capital social da Rangel Expresso, detida e controlada, direta e indiretamente, pela Espera Investments. A Correos e a Espera deverão passar a deter o controlo conjunto da Rangel”, informou a Autoridade da Concorrência (AdC) em comunicado.

Em meados de março, a imprensa espanhola noticiou que os Correos já tinham avançado para a compra de um operador local em Portugal, tendo em vista a expansão para o mercado internacional. Na altura, o nome da empresa não foi relevado. A estratégia da empresa pública espanhola passa por criar uma rede de distribuição na Península Ibérica, possibilitando a entrega de encomendas em Portugal oriundas de Espanha em menos de 24 horas.

Atualmente, a Rangel Expresso dedica-se, sobretudo, “às atividades de serviços aduaneiros, em particular de desalfandegamento, serviços transitários e serviços logísticos e serviços de correio expresso e encomendas”, lê-se na mesma nota informativa do regulador.

A notícia está a pressionar as ações dos CTT na bolsa de Lisboa. A empresa liderada por Francisco de Lacerda recua 2,91%, para 2,604 euros, e chegaram a renovar um mínimo histórico esta sexta-feira.

Evolução das ações dos CTT na bolsa de Lisboa

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“Juro de Portugal abaixo de 1,5% é um enorme feito”, diz Klaus Regling, diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade

  • Lusa
  • 22 Março 2019

Klaus Regling, diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade, considerou que a subida do rating de Portugal na semana passada "é um sinal de otimismo". E elogiou "história de sucesso" portuguesa.

O diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade afirmou que a subida do rating de Portugal pela Standard & Poor’s “é sinal de otimismo”, além do crescimento económico, da queda do desemprego e do juro das obrigações a 10 anos.

“A recente melhoria da avaliação da dívida soberana de Portugal pela agência de rating S&P é outro sinal de otimismo”, afirmou esta sexta-feira Klaus Regling, na conferência “Para onde vai a Europa?”, que decorre na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

A agência de notação financeira S&P subiu no dia 15 de março o ‘rating’ de Portugal, de BBB- para BBB, dois níveis acima do grau de investimento especulativo, com perspetiva estável.

O diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) realçou também que “o juro das obrigações a 10 anos de Portugal está agora abaixo de 1,5%, o que é um enorme feito”, tendo em conta “o pico de cerca de 17% em 2012”.

Antes, Klaus Regling tinha referido que “hoje, Portugal, Irlanda, Espanha e Chipre são histórias de sucesso, estando a experienciar elevadas taxas de crescimento e uma rápida queda das taxas de desemprego”. “E conseguem com facilidade refinanciar-se no mercado novamente”, acrescentou.

Na sua intervenção, Klaus Regling comentou também a situação da Grécia, que só no passado mês de agosto saiu do programa de assistência.

O juro das obrigações a 10 anos de Portugal está agora abaixo de 1,5%, o que é um enorme feito.

Klaus Regling

Presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade

“A extensão e profundidade dos problemas gregos excederam em muito as dos outros países [intervencionados no âmbito] do programa. Mas mesmo a Grécia ainda pode ser uma história de sucesso, desde que continue o seu caminho de reformas”, afirmou.

O diretor do MEE recordou também que, desde 2011, o MEE e a Facilidade Europeia de Estabilização Financeira [European Financial Stability Facility (EFSF), em inglês] desembolsaram 295 mil milhões de euros para a Irlanda, Portugal, Grécia, Espanha e Chipre.

“Os programas do MEE dos últimos anos teriam sido muito menores se tivéssemos um sistema de garantia de depósitos comum” à escala europeia, comentou Klaus Regling, mostrando-se “confiante” de que se torne realidade, “apesar das opiniões divergentes dos estados membros”.

“Sabemos que o sistema europeu de garantia de depósitos é importante para a conclusão da união bancária […], seria extremamente benéfico”, sublinhou.

Na sua intervenção, Klaus Regling disse ainda que considera existirem “boas razões para também se falar de um instrumento orçamental para a estabilização macroeconómica”, apesar de “se estar longe de um consenso sobre o tema entre os estados membros”.

O diretor do MEE indicou ainda que, graças a um amplo pacote de reformas, incluindo a criação dos fundos de resgate, a zona euro está hoje “muito mais sólida”.

Portugal, Irlanda, Espanha e Chipre são histórias de sucesso, estando a experienciar elevadas taxas de crescimento e uma rápida queda das taxas de desemprego.

Klaus Regling

Presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade

Klaus Regling recordou ainda que, de acordo com o Tratado do MEE, o mecanismo só pode emprestar dinheiro a estados membros se a dívida deles for sustentável.

“No futuro, a Comissão Europeia e o MEE desenvolverão em conjunto uma análise de sustentabilidade da dívida” para os países que precisem, disse, adiantando que o MEE poderá facilitar discussões futuras entre credores e governos quanto a uma “possível reestruturação da dívida, se for desejável e útil”.

Mas “a intenção não é ter mais reestruturações de dívida mas mais transparência e previsibilidade”, concluiu.

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Brasil, sindicatos e combustível põem TAP no vermelho

O cancelamento de quase 2500 voos, o aumento em 38% dos gastos com combustível e a opção de resolver uma série de problemas laborais e históricos do grupo deram perdas não recorrentes de 95 milhões.

O grupo TAP justifica a deterioração das contas registada em 2018 com uma série de efeitos extraordinários que tiveram um impacto líquido de 95 milhões de euros nas contas. Sem estes efeitos, o grupo teria terminado o ano com um prejuízo de 23 milhões de euros, comparável aos 21 milhões de lucros obtidos em 2017.

Os números foram avançados esta sexta-feira de manhã por Raffael Guaritá Quintas, administrador financeiro da companhia aérea. E se alguns destes impactos não recorrentes surgiram de opções tomadas pela transportadora, como a “limpeza” da TAP M&E Brasil, outros foram alheios à empresa, como a subida do preço do combustível, com o jet fuel a sofrer em 2018 a maior subida desde 2011, referiu o mesmo gestor.

De forma sintetizada, explicou Quintas, o cancelamento de quase 2500 voos ao longo de 2018 – sobretudo na primeira metade do ano – acarretou custos de 22 milhões de euros em indemnizações e de 19 milhões com fretamentos de aviões não-TAP. Segundo o administrador, a companhia iniciou o ano de 2018 com um défice de pilotos (menos 122 que a intensidade da operação exigia), o que justificou a maioria dos cancelamentos registados. Mas para Raffael Quintas, este é um custo que não será repetido: “O investimento que fizemos em contratações e progressões assegura que não se repetirá. Este mês, por exemplo, apenas cancelámos 0,2% dos voos.”

Para resolver os cancelamentos por falta de tripulação, a TAP contratou mais de 250 pilotos e investiu em acordos [com sindicatos] de longo prazo que resultaram no acesso a progressões na carreira de mais 530 pilotos.

Em mensagem enviada pela Comissão Executiva aos trabalhadores após a apresentação dos resultados, e a que o ECO teve acesso, a gestão da TAP realça que o resultado da empresa “foi negativamente afetado pela negociação sindical que levou a 2490 cancelamentos extraordinários de voos”. Segundo a Comissão Executiva, “o contexto negociação sindical foi complexo”, mas trouxe e trará frutos: “A negociação sindical criou as bases para a TAP construir um acordo de Paz Social de quatro a cinco anos com os sindicatos, algo inédito na empresa e tão importante para a agenda de crescimento e transformação em curso.”

Se entre janeiro e julho de 2018 a TAP cancelou uma média de 144 voos por mês, detalha a comissão na missiva aos colaboradores, “entre agosto e dezembro o número de voos cancelados foi de apenas oito (média de 1,6 voos por mês)”, evolução que comprova como o problema dos cancelamentos ficou resolvido de forma “clara a partir de agosto de 2018”.

Em termos de pessoal, a TAP investiu 75 milhões para lidar e resolver uma série de situações que vinham pesando nas contas da empresa, tendo avançando em 2018 com um processo de pré-reformas que exigiu 27 milhões de euros e dedicando outros 20 milhões para ‘limpar’ passivos laborais. Mas o dossiê mais caro de resolver foi mesmo o da TAP M&E Brasil, que exigiu 28 milhões.

Sorvedouro no Brasil resolvido

A gestão da TAP decidiu resolver de uma vez a situação cronicamente deficitária no Brasil que há vários anos pesava nas contas do grupo — de 2010 até agora a empresa injetou 538 milhões de euros na TAP M&E Brasil. Para acabar de vez com este sorvedouro, a companhia financiou centenas de rescisões no Brasil, com o total de trabalhadores nesta empresa a cair de 1686 para pouco menos de 750 no final de 2018.

“Resolvemos o problema histórico da TAP com a M&E Brasil, com um programa grande de reestruturação, logo a situação financeira da empresa no Brasil está resolvida”, afirmou o administrador financeiro. O responsável lembrou ainda que a TAP vinha injetando dezenas de milhões de euros neste ramo brasileiro e que com a reestruturação implementada em 2018, este ano já não serão necessários reforços de capital para a M&E Brasil. Este processo permitiu encerrar a base operacional em Porto Alegre e concentrar os serviços no Rio de Janeiro.

Na carta aos trabalhadores, a Comissão Executiva da TAP esclarece ao grupo que se decidiu no último ano “investir para acabar com o problema crónico da TAP ME Brasil. Entre 2010 e 2017, a TAP SGPS transferiu para a TAP ME Brasil 538 milhões de euros, a valores nominais, das suas disponibilidades. Foi desenhado um plano de equilíbrio do quadro da TAP M&E Brasil face à procura existente no Brasil, que passou pela redução de efetivos de 1686 colaboradores, em dezembro de 2017, para 742 em dezembro de 2018, representando a saída de 944 trabalhadores no Brasil.

Mais 169 milhões em combustível

Na listagem de todos os impactos não recorrentes negativos que a TAP enfrentou em 2018, Raffael Quintas terminou a apontar o facto de a companhia ter tido que lidar com o maior aumento médio do preço do petróleo desde 2011, tendo gasto mais 169 milhões de euros nesta rubrica do que em 2017, avançando de 580 milhões para 798 milhões.

“Cerca de 49 milhões de euros desse aumento foi devido ao aumento de volume, enquanto cerca de 169 milhões de euros foi devido ao aumento expressivo do preço do petróleo”, detalhou a Comissão Executiva na mensagem aos trabalhadores, admitindo, porém, que em 2018 “a TAP não tinha uma política de proteção de variação do preço do combustível, tal como tem a maioria dos concorrentes europeus, nem a capacidade de crédito para proteger uma posição significativa de combustível”.

“Tirando tudo isto”, concluiu Raffael Guaritá Quintas, “o resultado comparável seriam perdas de 23 milhões, contra o lucro de 21 milhões em 2017”.

Notícia atualizada às 15h10

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Depois de um ano crescimento, transporte de mercadorias nos portos caiu 3,2% em 2018

Em ano de greve dos estivadores, o movimento de mercadorias nos portos entrou em terreno negativo. Passageiros nos aeroportos crescem ao ritmo mais baixo desde pelo menos 2015.

A atividade de transporte de mercadorias através dos portos nacionais e de transporte de passageiros nos aeroportos deu sinais negativos no ano passado quando comparado com o desempenho no ano anterior. Esta tendência revelada pelos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicados esta sexta-feira aconteceu em ano de greve dos estivadores e com indicadores do setor do turismo a apontarem para algum abrandamento.

Em 2018, “no movimento portuário de mercadorias, verificou-se uma diminuição de 3,2%, após um aumento de 2,2% no ano anterior”, diz o INE. Esta tendência foi mais visível no final do ano, quando se analisam os dados trimestrais, com Lisboa e Setúbal a apresentarem comportamentos piores, ao contrário do que aconteceu em Aveiro.

A greve dos estivadores no porto de Setúbal foi aliás uma das explicações dadas pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, para o facto de o PIB ter crescido 2,1% em 2018, abaixo das previsões do Governo que apontavam para 2,3%.

No entanto, e apesar da greve no porto de Setúbal, no conjunto do ano de 2018 “os principais portos nacionais registaram reduções, nomeadamente Lisboa (-6,8%), Sines (-4,7%) e Leixões (-2,4%)”, destaca o INE.

Passageiros nos aeroportos com pior registo desde pelo menos 2015

Quanto ao movimento de passageiros nos aeroportos nacionais, “os resultados preliminares de 2018 revelam um crescimento no tráfego aéreo em termos de passageiros (+6,8%), mas com abrandamento face ao ano anterior (+16,2% em 2017)”. Isto significa que apesar do aumento registado em 2018, este foi menos de metade do verificado entre 2016 e 2017.

O INE acrescenta que “o movimento de passageiros ascendeu a 56,3 milhões em 2018, refletindo um crescimento de 6,8% (inferior aos acréscimos registados nos últimos anos: +16,2% em 2017, +14,3% em 2016 e +11,0% em 2015)”.

O aeroporto de Lisboa, responsável pela principal fatia no movimento, registou no ano passado um movimento de 29 milhões de passageiros, mais 3,8% do que no ano anterior.

Também o transporte de passageiros por via ferroviária apresentou uma evolução desfavorável. “Em 2018, o transporte ferroviário de passageiros cresceu 4,0%, para 147,5 milhões de passageiros (+6,0% em 2017)”, diz o INE, acrescentando que por metro a tendência foi igual. “O transporte por metropolitano cresceu 3,7% (+5,1% em 2017), servindo 242,6 milhões de passageiros”.

(Notícia atualizada)

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Gasolina sobe dois cêntimos na próxima semana. Preço do gasóleo mantém-se

  • ECO
  • 22 Março 2019

A gasolina vai ficar mais cara a partir da próxima segunda-feira, com o preço a subir dois cêntimos, para uma média de 1,49 euros por litro. O do gasóleo deverá manter-se em 1,39 euros.

Se vai abastecer o automóvel com gasolina, o melhor é fazê-lo ainda esta semana. O preço médio deste combustível vai voltar a subir, naquela que é a sétima semana consecutiva de aumento do custo da gasolina.

O preço do litro de gasolina vai subir em dois cêntimos, elevando o custo deste combustível para um valor médio de 1,49 euros por litro. A gasolina renova, assim, máximos do ano.

Já o preço do gasóleo vai manter-se igual na semana que vem, disse ao ECO fonte do mercado. Isto depois do alívio da última segunda-feira, que colocou o custo do combustível mais usado pelas famílias portuguesas a rondar 1,36 euros por litro.

Os preços dos combustíveis são atualizados semanalmente, à segunda-feira. Refletem o comportamento da cotação do petróleo e dos derivados petrolíferos nos mercados internacionais, bem como a cotação do euro, uma vez que as matérias-primas são transacionadas em dólares. Os valores são apenas indicativos, pois a evolução real nas gasolineiras pode variar.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h49)

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TAP com 118 milhões de prejuízos. “Foi um ano difícil”, diz Frasquilho

A companhia aérea voltou aos prejuízos. Num ano que Miguel Frasquilho classificou de difícil, a TAP perdeu 118 milhões. Em 2017, tinha lucrado 21 milhões de euros.

A TAP fechou o ano passado com 118 milhões de euros de prejuízo, valor que compara com os lucros de 21 milhões de 2017. O ECO já tinha avançado em primeira mão que a companhia aérea tinha registado perdas superiores a 100 milhões de euros em2018. “Foi um ano difícil para a TAP, quer em termos operacionais quer em termos económicos e financeiros”, reconheceu Miguel Frasquilho, chairman da TAP, nomeado pelo Estado.

Apesar do resultado negativo, “não comprometeu o nosso futuro. Permitiu continuar a preparar o futuro da TAP”, avançou ainda. Já o presidente executivo do grupo, Antonoaldo Neves, apontou que “em 2018, a TAP superou desafios das receitas e conseguimos imprimir agenda de transformação e reestruturação da companhia”.

A deterioração das contas foi atribuída aos atrasos e as consequentes indemnizações a pagar aos passageiros, com o impacto da subida do petróleo e a valorização do kwanza e do real ao longo de 2018, influenciando alguns dos mercados mais relevantes para a TAP. Segundo o presidente executivo da companhia, a evolução do câmbio do real , por exemplo, fez com que a receita no Brasil, em euros, tivesse caído 10% ao longo do ano.

Apesar dos maus resultados líquidos, a TAP fechou o ano passado com um total de 3,25 mil milhões de euros de receitas, que compara com os 2,98 mil milhões de 2017, tendo transportado um total de 15,8 milhões de passageiros, mais 1,5 milhões que no ano anterior.

Em termos de receita com venda de passagens, destaca-se o forte crescimento obtido pela TAP no segmento “Açores e Madeira”, onde a companhia aérea vendeu mais 14%, o crescimento relativo mais significativo entre todos os segmentos geográficos onde a empresa opera.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 22 Março 2019

Brexit e eleições europeias são os principais destaques desta sexta-feira nas notícias europeias. Nos EUA, há sanções à Coreia do Norte, o IPO do Pinterest e os direitos musicais do Spotify.

A apenas dois meses das eleições europeias, a comissária para a Concorrência candidatou-se ao lugar de Juncker, enquanto o Brexit continua a ser o tema forte. Depois de a data para o divórcio ter sido adiada para 22 de maio, é notícia que mais de dois milhões de pessoas já assinaram a petição online que pede que o Governo britânico cancele o Brexit. Nos EUA, há novas sanções à Coreia do Norte, o Pinterest prepara entrada em bolsa e o Spotify negoceia direitos musicais.

Euronews

Vestager é candidata à presidência da Comissão Europeia

A comissária europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager, será como um dos sete candidatos do Grupo da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa (ALDE) à sucessão de Jean-Claude Juncker na presidência da Comissão Europeia. Os restantes seis candidatos de “Equipa Europa” dos liberais são todos cabeças de lista dos seus respetivos partidos às eleições europeias. O escolhido no final de maio irá suceder a Jean-Claude Juncker.

Leia a notícia completa em Euronews (acesso pago, conteúdo em inglês).

Sky News

Petição para cancelar Brexit já tem mais de dois milhões de assinaturas

Mais de dois milhões de pessoas já assinaram a petição online que pede que o Governo britânico cancele a concretização do Brexit. Revogar o Artigo 50.º e permanecer na União Europeia (UE) é o título da petição lançada na quarta-feira por Margaret Anne Georgiadou. “O Governo afirma repetidamente que sair da UE é a ‘vontade do povo’. Temos de acabar com esta afirmação, demonstrando a força do apoio público atual para permanecer na UE”, pode ler-se no texto da petição. Recorde-se que na passada quinta-feira o Conselho Europeu aceitou adiar o Brexit até 22 de maio, caso o Parlamento britânico aprove na próxima semana o acordo de saída proposto por Theresa May. Caso contrário, o Reino Unido tem até ao dia 12 de abril para decidir o que pretende fazer.

Leia a notícia completa em Sky News (acesso livre, conteúdo em inglês).

Reuters

EUA impõem sanções à Coreia do Norte após cimeira falhada

Os Estados Unidos impuseram sanções económicas a duas transportadoras chinesas, que argumenta terem celebrado negócios com a Coreia do Norte, apesar da proibição relacionada com o programa de armas nucleares. As empresas em questão são a Dalian Haibo International Freight Co Ltd e a Liaoning Danxing International Forwarding Co Ltd, e a decisão foi tomada depois da cimeira falhada entre Donald Trump e Kim Jong-un, no mês passado. O Departamento do Tesouro norte-americano também atualizou a lista de 67 entidades que diz realizarem transferências ilegais de petróleo ou carvão para a Coreia do Norte.

Leia a notícia completa em Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Bloomberg

Pinterest chega à NYSE já no próximo mês

O Pinterest está a preparar-se para uma oferta pública inicial (IPO, na sigla inglesa) já no princípio de abril. A rede social procura um lugar na bolsa de valores de Nova Iorque, à semelhança das empresas tecnológicas de transportes Lyft e Uber. A primeira vai realizar uma oferta 2,1 mil milhões de dólares na próxima semana, enquanto a rival ainda não entregou a documentação necessária para o IPO, o que deverá acontecer ainda no próximo mês e avaliar a empresa em 120 mil milhões de dólares. Recorde-se que o Pinterest entregou os documentos necessários para avançar com uma oferta pública inicial ao regulador do mercado norte-americano — a Securities and Exchange Commission (SEC) — no final do mês passado.

Leia a notícia completa em Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês).

Financial Times

Spotify em negociações com a indústria musical

Pela primeira vez desde a entrada em bolsa, o Spotify está negociações sobre contratos de licenciamento com detentores de direitos musicais, que poderão ter um forte impacto nas margens de lucro durante vários anos. A plataforma de streaming terá de chegar a acordo com a Universal Music, a Sony Music e a Warner Music, que representam dois terços do portefólio oferecido pelo Spotify. Este tipo de negociação tende a durar vários meses e estão ainda “num nível muito inicial”, de acordo com fontes próximas. Em alternativa a novos acordos, as partes podem decidir prolongar os atuais contratos por mais um ano.

Leia a notícia completa em Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

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Economia dá sinais de alarme. Dois anos e meio depois, juros da dívida alemã a 10 anos voltam a terreno negativo

As Bunds são o benchmark da dívida da Zona Euro. Dados da indústria transformadora mais fracos que o esperado levaram a yield a cair para -0,001%.

Os investidores procuram cada vez mais refúgio na estabilidade da dívida alemã e até já estão dispostos a não receber nenhum retorno. O juro das Bunds a 10 anos caíram, esta sexta-feira, para valores negativos pela primeira vez desde outubro de 2016, após terem sido divulgados dados da indústria transformadora mais fracos que o esperado.

O setor industrial na Alemanha contraiu pelo terceiro mês consecutivo e atingiu mínimos de junho de 2013, renovando as preocupações com a desaceleração da economia da Zona Euro. Os juros das dívidas, que têm vindo a cair de forma acentuada desde a última reunião do Banco Central Europeu (BCE), acentuaram a tendência e a yield alemã chegou a tocar -0,001%.

“A narrativa por detrás destes dados não é uma grande surpresa, mas a dimensão da questão é bastante material, o que acontece muito raramente. No mercado, a surpresa é o que mais importa“, afirmou o estratega de taxas da Mizuo, Antoine Bouvet, em declarações à Reuters. Acrescentou que é de esperar que, ao longo da sessão, a yield se mantenha negativa.

Juro das Bunds a 10 anos cai desde o início do ano

Fonte: Reuters

Desde o início do ano que os mercados financeiros têm estado sensíveis a potenciais sinais sobre a desaceleração da economia, especialmente vindos dos bancos centrais. No início de março, o BCE reviu em baixa as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) da Zona Euro para 1,1% este ano, contra os 1,7% anteriores. Anunciou também a terceira série de operações de refinanciamento de prazo alargado — TLTRO-III –, mas com uma maturidade mais curta que nas anteriores linhas e o juro variável desanimou o mercado.

Desde então que os juros das dívidas soberanas da Zona Euro têm negociado em queda, com Portugal a atingir mínimos históricos e a aproximar-se de Espanha. Esta semana, também a Reserva Federal norte-americana se mostrou menos otimista e, tal como o BCE, indicou que deverá manter as taxas de juro de referência inalteradas nos próximos meses. Agora, os dados económicos na Alemanha foram mais um golpe.

A yield das Obrigações portuguesas a 10 anos negoceia, esta sexta-feira, nos 1,259%, enquanto a de Espanha segue nos 1,069%. A exceção é Itália, onde os juros sobem para 2,494%. Em sentido contrário, a divulgação dos dados económicos inverteu o sentimento nos mercados cambial e acionista. A moeda única deprecia-se 0,62% para 1,13 dólares.

Após um arranque no verde, os principais índices seguem pintadas de vermelho. O PSI-20 português cai 0,91% para 5.219,08 pontos, enquanto o índice pan-europeu Stoxx 600 perde 0,48%, o alemão DAX recua 0,44%, o francês CAC 40 desvaloriza 0,92% e o italiano FTSE MIB tomba 0,97%.

(Notícia atualizada às 10h05)

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Vestager: “Não pode haver regimes especiais só por razões fiscais”

  • ECO
  • 22 Março 2019

Margrethe Vestager ataca o regime especial atribuído ao Centro de Negócios da Madeira. Diz que não pode ser exclusivamente por razões fiscais. É preciso que crie empregos.

O Centro de Negócios da Madeira está a gerar polémica. A Comissão Europeia ataca o regime especial de que este goza, criticando a ausência de retorno real para a economia. Margrethe Vestager, a comissária para a Concorrência, diz que “não podem ser criados regimes especiais somente por razões fiscais”.

Numa conversa telefónica com o Jornal de Negócios (acesso pago), Vestager vê como fundamental “podermos estabelecer regimes especiais para regiões ultraperiféricas que estão em desvantagem. E uma ilha remota é um bom exemplo dessa necessidade”, diz. Neste sentido, a Madeira deve ter esse regime especial, mas para fomentar a região.

Esse regime especial “tem de ser pelas razões certas, deve servir para criar empregos e gerar atividade económica nessas regiões. É também o caso da ilha da Madeira. Mas não podem ser criados regimes especiais somente por razões fiscais”, remata a comissária, que será candidata ao lugar de Jean-Claude Juncker.

“Aprovamos este tipo de regimes exatamente por motivos virtuosos, para que sejam criados empregos. É por isso que fazemos concessões e atribuímos exceções, porque são zonas onde é mais difícil viver e fazer crescer um negócio”, diz. Contudo, defende a monitorização da aplicação destes regimes.

“Julgo ser perfeitamente natural que, de vez em quando, tenhamos de verificar” se, no caso da Madeira, o regime está a ser bem aplicado. “Temos de perceber se as empresas estão de facto a criar novos postos de trabalho na Madeira, tal como deveriam”, nota, acrescentando que está a trabalhar com as autoridades nacionais nesse sentido.

Numa decisão preliminar, a Comissão Europeia considerou que as isenções fiscais concedidas pelas autoridades portuguesas à zona franca madeirense são um “um auxílio ilegal”. Esta acusação resulta do facto de não estarem a ser criados postos de trabalho, algo com que o Governo discorda.

Para se defender da acusação, o Estado português alegou, de acordo com uma carta que Vestager enviou em julho ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que o “objetivo principal” do regime não passa pela criação de emprego. E, de acordo com o Público (acesso condicionado), defendeu mesmo que nem todos os trabalhadores têm de estar na Madeira.

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