Há 29 mil contribuintes a pagar os impostos por débito direto. Maioria liquida o IMI

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2019

Foram pagos através desta funcionalidade um total de 7,82 milhões de euros de impostos, sendo que 4,05 milhões de euros dizem respeito ao IMI.

Cerca de 29 mil contribuintes aderiram ao pagamento de impostos por débito direto, sendo que a maioria usa esta funcionalidade para pagar o Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI).

De acordo com os dados facultados à agência Lusa pelo Ministério das Finanças, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) tinha registado no final de 2018 a adesão ao débito direto por parte de 29.066 contribuintes, contando-se naquela data 44.121 adesões ativas.

A diferença entre um universo e o outro deve-se ao facto de cada contribuinte poder escolher quais os impostos que pretende pagar desta forma, de entre o leque disponível que abrange o IMI, IRS, IRC e IUC e os planos prestacionais.

Entre as adesões que aqueles contribuintes têm ativas, há 22.346 que se referem a pagamentos por débito direto do IMI e 15.472 do Imposto Único de Circulação (IUC).

O pagamento de impostos por débito direto foi lançado no início de março do ano passado tendo a funcionalidade sido desenhada de modo a permitir o total controlo por parte do contribuinte do que, quanto e até quando quer pagar. Ou seja, depois de adesão, é possível escolher que impostos se pretende tratar por débito direto, durante quanto tempo quer fazê-lo e até associar-lhe um valor limite.

Os dados do Ministério das Finanças revelam ainda que, entre março e dezembro de 2018, foram pagos através desta funcionalidade um total de 7,82 milhões de euros de impostos, sendo que 4,05 milhões de euros dizem respeito ao IMI.

Aquando do lançamento da medida foi dada ênfase ao facto de o débito direto eliminar o risco de o contribuinte se esquecer de pagar o(s) imposto(s) atempadamente e de ficar sujeito a coimas e custas.

Na ocasião, o ministro Mário Centeno referiu que, no ano anterior as coimas associadas aos atrasos no pagamento do IUC (que tem de ser pago no mês de matrícula do carro) ascenderam a 54 milhões de euros.

O débito direto pode ainda ser usado para as dívidas fiscais que estão a ser pagas através de planos prestacionais (nomeadamente os que resultaram do último ‘perdão fiscal’), havendo registo de 561 adesões neste domínio.

Em 2016 cerca de 5,07 milhões de contribuintes entregaram declaração de IRS, dos quais 52% pagou este imposto, e relativamente ao IRC foram entregues cerca de 465 mil declarações no mesmo ano.

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Nunca foi tão fácil fidelizar os clientes

  • ECO + Cashback World
  • 15 Fevereiro 2019

De forma a impulsionar o seu negócio, a maioria das grandes empresas optam, hoje, por programas de fidelização que lhes permitem conhecer de forma profunda os consumidores e os seus hábitos.

Num contexto económico marcado ainda por alguma incerteza em relação ao futuro, o que observamos do tecido empresarial português? Num contexto onde a economia luta pela recuperação, são as PME que enfrentam um maior número de desafios mas também de oportunidades.

Portugal é composto por uma grande fatia de PME que enfrentam grandes desafios de negócio mas que têm também, comparativamente às grandes estruturas, uma maior elasticidade e maior capacidade de adaptação à mudança. As PME são, atualmente, um motor de crescimento interessante para a nossa economia, entre outras coisas, pela forma como contornam os paradigmas por si instituídos, articulando a sua estratégia de forma ágil e melhorando a resposta às suas necessidades de negócio.

De forma a impulsionar o seu negócio, a maioria das grandes empresas optam, hoje, por programas de fidelização que lhes permitem conhecer de forma profunda os consumidores e os seus hábitos, alinhando de forma mais segura e sustentada as suas estratégias.

Considerando que atualmente acresce para as PME o desafio de acompanharem e conseguirem competir com as grandes organizações, retalhistas e grandes superfícies, torna-se urgente para este tipo de empresas equiparem-se das mesmas ferramentas, assegurando resultados mais interessantes e competitivos para o seu negócio.

A inovação na estratégia de marketing, bem como a aproximação aos clientes e aos seus hábitos de consumo, são fatores determinantes para garantir bons resultados de negócio também para as PME, face aos desafios que enfrentam. É, por isso, urgente e inevitável que as PME revejam os processos e ferramentas de comunicação, de forma a tornarem-se players mais fortes no mercado.

Olhando para o contexto concorrencial altamente exigente, os programas de fidelização são o tipo de ferramenta de marketing, entre as disponíveis, que mais pode ajudar uma empresa de pequena e média dimensão a sobreviver num mercado onde as grandes empresas têm dominado inevitavelmente.

Os programas de fidelização oferecem aos gestores das PME a possibilidade de comunicarem mais, melhor e de forma direcionada com os seus clientes, sendo os parceiros essenciais para reforçar o seu posicionamento dentro dos seus setores de atividade. Garantindo-lhes uma maior transversalidade de ferramentas de marketing ao serviço do negócio e uma panóplia diversificada de instrumentos de comunicação que permitirão estudar o cliente e saber mais sobre o seu estilo de vida e hábitos de consumo, as empresas poderão assim, construir planos de comunicação, criar novos produtos adaptados ao seu consumidor e promover campanhas direcionadas especificamente a cada segmento de cliente levando à sua satisfação, a que se sintam especiais e consequentemente, a voltar a comprar.

A Cashback Solutions, integrada no modelo de negócio da Cashback World, vem ao encontro desta necessidade das PME. Disponibilizando um programa de fidelização de clientes a um preço competitivo e que assenta em tecnologias avançadas, permite o acesso não só a ferramentas de CRM que estreitam a relação com o cliente, como também ajudam a identificar tendências de consumo e preferências. As empresas usufruem, ainda, da possibilidade de disponibilizar um cartão de cliente com look & feel personalizado para a própria empresa.

Para responder à necessidade premente de garantir o sucesso económico das PME e sempre com o foco de adaptar a sua solução à necessidade e dimensão da empresa em questão, a Cashback Solutions oferece às empresas aderentes vantagens à sua medida, disponibilizando três pacotes distintos com níveis de investimento diferentes: Light, Basic e Professional, consoante o nível implementado.

Com base numa solução tecnológica que lhes assegura uma comunicação fácil e direta, as PME contam, acima de tudo, com uma relação de proximidade mais eficaz com os clientes, dando-lhes ainda a possibilidade de integrarem uma comunidade de compras internacional e multissetorial.

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Não é compra, não é arrendamento. Afinal, o que é a habitação vitalícia? Dez perguntas e respostas

O Governo criou uma medida que procura um equilíbrio entre o regime de habitação própria, demasiado rígido, e o regime de arrendamento, pouco estável.

O Governo aprovou um novo modelo de contrato de habitação que permitirá residir numa mesma casa durante toda a vida. É uma medida que procura um equilíbrio entre o regime de habitação própria, demasiado rígido, e o regime de arrendamento, pouco estável. Várias questões estão ainda por responder, uma vez que o decreto-lei que define as regras deste novo modelo não foi tornado público, mas há já alguns detalhes que são conhecidos.

O que é?

Chama-se Direito Real de Habitação Duradoura (DHD) e, para já, é apenas uma proposta, que será sujeita a consulta pública e que, por isso, ainda poderá ser alvo de alterações. “Nem é arrendamento, nem se trata de propriedade de casa própria”, resume o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes. É um novo modelo de contrato habitacional.

Quais os objetivos?

“O DHD visa proporcionar às famílias uma solução habitacional estável”, aponta o Governo. O objetivo é “conciliar as necessidades de estabilidade e de segurança na ocupação do alojamento com as de flexibilidade e mobilidade, que derivam de uma maior mutabilidade das dinâmicas pessoais, familiares e profissionais”. O Governo procura, assim, um equilíbrio entre o regime de habitação própria, muitas vezes “pouco adequado pela sua rigidez, pelo peso do investimento que representa e pelas dificuldades de acesso ao mesmo”, e o regime de arrendamento, que “nem sempre é conducente à estabilidade e segurança desejáveis”.

Como funciona?

Os moradores do imóvel entregam ao proprietário uma caução inicial, a ser acordada entre as partes, que represente 10% a 20% do valor do imóvel. Ao mesmo tempo, pagam uma prestação mensal, equivalente a uma renda, que é livremente fixada entre as partes e que está sujeita a uma atualização anual consoante o índice de preços da habitação elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em contrapartida por estes pagamentos, os moradores têm o direito de usufruir da habitação de forma vitalícia.

O morador pode rescindir o contrato?

Sim. Apesar de ter o direito de morar numa mesma habitação por um período vitalício, os moradores que celebrem este contrato poderão rescindir o mesmo. E não perdem, necessariamente, a caução entregue no início. Se rescindirem o contrato dentro de um prazo de dez anos, poderão receber a caução por inteiro. A partir deste período de dez anos, se rescindirem o contrato, o proprietário poderá descontar 5% da caução inicial a cada ano que passar. Significa isto que, se o morador rescindir o contrato 30 anos após a sua celebração, já não terá direito a qualquer parte da caução que pagou inicialmente.

E o proprietário?

Não. A rescisão do contrato só pode partir de iniciativa do morador.

O contrato é transmissível por parte do proprietário?

Sim. O contrato é transmissível por herança e em caso de transação do imóvel. Assim, mesmo que o imóvel passe a ter novo proprietário, o morador continua a ter direito ao usufruto da casa.

E por parte do morador?

Não. O contrato não é transmissível por herança por parte do morador, o que significa que o direito cessa em caso de morte do morador. Contudo, o morador pode transacionar o contrato ou, ainda, hipotecá-lo, se precisar de pedir um empréstimo bancário para o pagamento da caução.

Quais as vantagens para os moradores?

O Governo elenca quatro vantagens para os moradores que celebrem um contrato desta natureza:

  1. O direito de residir toda a vida numa habitação, sem que isso signifique uma “amarra” permanente, já que pode renunciar ao contrato;
  2. Uma menor necessidade de endividamento em comparação com a alternativa de compra de habitação própria;
  3. O direito à devolução, total ou parcial, da caução por ele entregue, na medida do tempo de permanência na habitação;
  4. A possibilidade de hipotecar o DHD se precisar de contratar crédito para financiar a caução.

E para os proprietários?

Para os proprietários, vê três vantagens:

  1. Um aumento do capital disponível sem que isso implique vender o seu património;
  2. Uma rentabilidade estável e uma redução dos encargos com a gestão do seu património;
  3. Uma redução do risco de incumprimento pelo morador das suas obrigações, por via da caução entregue pelo morador.

O que falta saber?

Uma vez que o decreto-lei aprovado em conselho de ministros não foi tornado público, há vários detalhes que ainda não são conhecidos.

  • Desde logo, por exemplo, como serão tributados os rendimentos resultantes destes contratos. Os novos benefícios fiscais para incentivar o arrendamento de longa duração, em vigor desde o início deste ano, preveem que os rendimentos obtidos com rendas fiquem sujeitos a uma taxa de IRS de 10%, no caso de os proprietários celebrarem um contrato de arrendamento com mais de 20 anos. Ora, considerando que estes novos contratos preveem o uso vitalício da casa, será de esperar que os proprietários tenham direito a uma tributação, pelo menos, igual à que conseguiriam por arrendar a casa por 20 anos, mas não são conhecidos detalhes sobre a fiscalidade.
  • Falta também saber se, à semelhança do que acontece com os contratos de arrendamento com duração indeterminada, haverá exceções para os proprietários que queiram rescindir o contrato — por exemplo, se precisarem do imóvel para habitação própria.
  • Ao ECO, o presidente da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) levanta ainda outras questões. Existe uma possível “duplicação de um direito que já existe”, o do usufruto, que está previsto no Código Civil.
  • Há também uma outra questão fiscal, que poderá, ou não, estar contemplada no decreto-lei. “A aquisição de direitos reais sobre os imóveis implica o pagamento de IMT”, refere Luís Menezes Leitão.

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Cacilheiros vão acabar. Tejo vai ter novos barcos

  • ECO
  • 15 Fevereiro 2019

O Governo vai comprar dez catamarãs, movidos a gás natural, num investimento de 88 milhões de euros. As novas embarcações vão circular ao dobro da velocidade dos cacilheiros.

Atravessar o rio Tejo de barco vai ser mais rápido. O Governo vai comprar dez novos catamarãs através de um concurso internacional, lançado nesta sexta-feira, para substituir os cacilheiros. Cada barco custa em média quase nove milhões de euros, num investimento total de 88 milhões de euros.

Aquela que é a maior compra das duas últimas décadas de barcos para ligar as duas margens do Tejo vai fazer as rotas de Lisboa para Cacilhas, Seixal e Montijo, adianta a TSF (acesso livre). A primeira embarcação chega em 2020, à qual se seguem mais quatro em 2021, e a partir daí duas por ano até 2024.

Movidos a gás natural, os catamarãs são mais rápidos e eficientes do que os cacilheiros que atualmente percorrem as águas, e serão os primeiros do género a operar no Tejo, onde apenas circulavam barcos a gasóleo ou fuelóleo. As novas embarcações alcançam mais do dobro da velocidade dos cacilheiros.

As embarcações antigas vão deixar de fazer o transporte regular de passageiros, mas podem ter novos usos, não desaparecendo totalmente de circulação. O objetivo da aquisição de mais barcos é garantir a qualidade do serviço, marcado por constrangimentos e avarias na Soflusa e na Transtejo, explica o ministro do Ambiente e da Transição Energética à rádio.

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Supremo condena BCP por venda enganosa de obrigações da PT

  • ECO
  • 15 Fevereiro 2019

O Supremo Tribunal de Justiça confirmou a decisão dos tribunais de primeira e segunda instância de condenar o Millennium bcp por venda enganosa de produtos financeiros.

Após a primeira instância e o Tribunal da Relação, chega a vez de o Supremo Tribunal de Justiça confirmar que o Millennium bcp realizou vendas enganosas aos seus clientes de obrigações da Portugal Telecom, avança o Jornal Económico (acesso pago) nesta sexta-feira.

A decisão do Supremo Tribunal de Justiça é datada de dezembro de 2018 e respeita a uma ação concreta interposta por um cliente do BCP que, em 2012, constituiu aquilo que seria um depósito a prazo, mas afinal tratava-se de um investimento em obrigações da Portugal Telecom. Em causa, um depósito com maturidade a quatro anos e taxa fixa de 6,25%, para o qual entregou cerca de 60 mil euros ao banco.

Mas quando quatro anos depois foi levantar o dinheiro, o cliente soube que afinal tinha subscrito obrigações da operadora de telecomunicações que na altura estavam bloqueadas e acabariam por ser suspensas pela CMVM, suspensão que ainda não foi levantada.

O Supremo Tribunal de Justiça vem assim confirmar que o banco atualmente liderado por Miguel Maya procedeu a vendas enganosas de produtos financeiros, violando, dessa forma, o dever de informação aos seus clientes que lhe estava imposto por lei.

Os intermediários financeiros têm “particulares deveres de diligência e de boas práticas negociais, por forma a defenderem os direitos dos respetivos clientes”, deveres que o banco não respeitou, diz a instância mais alta da Justiça em Portugal.

Caberá agora ao BCP devolver ao seu cliente o valor investido, mais os juros contratados e, ainda, cinco mil euros a título de indemnização por dano não patrimonial, adianta o Jornal Económico.

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Família Espírito Santo põe à venda casa que era de mãe de Ricardo Salgado. Pede 20 milhões

  • ECO
  • 15 Fevereiro 2019

A casa é detida pela sociedade Casa dos Pórticos, composta pelos herdeiros da mãe de Ricardo Salgado. A quota-parte do banqueiro está em nome da mulher.

A casa que pertencia à mãe de Ricardo Salgado está à venda por 20 milhões de euros. O imóvel é da sociedade Casa dos Pórticos, por sua vez detida em partes iguais pelos herdeiros de Maria da Conceição Cohen do Espírito Santo Silva. A quota-parte do ex-presidente do Banco Espírito Santo está em nome da mulher, Maria João Salgado.

A sociedade, que tem um capital de 50 mil euros, vai ser vendida, o que leva assim à alienação da propriedade em Cascais, na Boca do Inferno, avança o Jornal Económico (acesso pago). Apesar de a família pedir 20 milhões de euros pela casa, alguns interessados já fizeram propostas mas abaixo desse valor.

Os receios de um arresto, ou seja, uma providência cautelar que permite a apreensão judicial dos bens do devedor, poderá ser um dos fatores que condiciona a decisão daqueles interessados em comprar a propriedade em Cascais.

Ricardo Salgado está envolvido em vários processos, como a Operação Marquês e os CMEC, foi acusado pela Comissão de Mercados e Valores Imobiliários e já condenado pelo Banco de Portugal a pagar, em cúmulo jurídico, 1,8 milhões de euros, no processo relacionado com o BES Angola.

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Espanha vai ter eleições antecipadas a 28 de abril

O presidente do Governo espanhol anunciou a realização de eleições antecipadas a 28 de abril depois do chumbo do Orçamento do Estado para 2019.

28 de abril. Esta é a data das novas eleições legislativas em Espanha. Pedro Sánchez anunciou esta sexta-feira, uma hora depois de reunir em Conselho de Ministros, que o país vai ser chamado de novo às urnas depois de o Orçamento do Estado ter sido chumbado na quarta-feira no Parlamento. Estas serão as terceiras eleições em menos de quatro anos.

“Convoco eleições. Espanha deve seguir avançando. Haverá eleições gerais a 28 de abril”, declarou o socialista, que evitou, assim, que se desse um “super domingo” a 26 de maio, outra das datas mais apontadas nos últimos dias para as eleições gerais e dia em que estão já marcadas eleições europeias, autárquicas e regionais em Espanha.

“O Governo tinha a firme convicção de governar para a maioria, de unir os espanhóis”, continuou Sánchez, que fez ainda questão de salientar as medidas que o seu governo conseguiu aprovar — 13 leis e mais de 25 decretos reais — em pouco mais de oito meses.

O socialista ainda defendeu o Orçamento do Estado, que não conseguiu que fosse aprovado pelos votos contra da oposição conservadora e dos independentistas catalães, como sendo um bom orçamento “para os espanhóis e para todos e cada um dos territórios do nosso país”. Ainda assim, embora o Orçamento não tenha passado, continuou, “o aumento das pensões, do salário mínimo, do salário dos funcionários públicos, com ou sem orçamentos, são garantidos”.

O primeiro-ministro espanhol disse que o país deve seguir agora avançando, “sem crispação, redistribuindo a riqueza” e “reconhecendo novos direitos e liberdades”. O ambiente de campanha dos partidos em Espanha, que já se começava a sentir, segue agora com mais força, numa “primavera eleitoral”. Segundo dá conta o El País, a cinco de março as eleições gerais vão ser convocadas, depois de dissolvidas as cortes, e a campanha eleitoral arranca oficialmente a 12 de abril.

Pedro Sánchez tornou-se primeiro-ministro em 2 de junho de 2018, depois de o PSOE ter conseguido aprovar no parlamento, na véspera, uma moção de censura contra o Executivo de Mariano Rajoy, do Partido Popular (direita), com o apoio do Unidos Podemos (coligação de extrema-esquerda) e uma série de partidos mais pequenos, entre eles os nacionalistas bascos e os independentistas catalães.

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“Partex é uma noiva apetecível. Há mais de três interessados”, diz António Costa Silva

  • ECO
  • 15 Fevereiro 2019

A entrega de propostas para a compra da Partex Oil deverá decorrer até ao final de março. Depois a escolha do comprador deverá acontecer ainda no primeiro semestre.

A Gulbenkian deverá selecionar o comprador da Partex até ao final do primeiro semestre, revela António Costa e Silva, em entrevista ao Jornal Económico (acesso pago). O presidente executivo da empresa garante que há muitos interessados.

“Costumo dizer que a Partex é uma noiva apetecível e este processo tem confirmado isso”, disse António Costa Silva, garantindo que “há mais de três interessados”. Os bons resultados da empresa e a sua presença global atraem as multinacionais, explica o responsável.

Costumo dizer que a Partex é uma noiva apetecível e este processo tem confirmado isso. Há mais de três interessados.

António Costa Silva

Presidente executivo da Partex

Em abril do ano passado a Fundação Gulbenkian pôs um ponto final nas negociações com os chineses da CEFC para vender a Partex, tendo em conta as dúvidas levantadas quanto à idoneidade do comprador. Fonte oficial da Fundação, revelou ao ECO, que em setembro, já estava novamente a negociar a venda da petrolífera.

António Costa Silva explica que a entrega de propostas deverá decorrer até ao final de março. Depois a escolha do comprador deverá acontecer ainda no primeiro semestre. “Os potenciais compradores são companhias internacionais muito reputadas”, sublinhou.

“A seleção do candidato final vai ser muito importante. Isso tem de obedecer a múltiplos critérios, e um deles é a aceitação pelas autoridades das geografias onde operamos”, explicou Costa Silva, adiantando que nesses países mantêm “excelentes relações” e são “muitos respeitados”.

Com a venda da Partex — uma operação que para avançar terá sempre de ter luz verde do Governo — a Fundação Gulbenkian esperava encaixar cerca de 500 milhões de euros. A petrolífera representou, em 2017, cerca de 18% dos ativos da Fundação, e a sua alienação é criticada por muitos.

Na mesma entrevista o presidente executivo da Partex defende ainda que seria “péssimo” forçar a saída da Oman Oil da REN. Em causa está a possibilidade de o Governo comprar a participação da Oman Oil na REN, que detém 12% da empresa. Contudo, a REN tem uma capitalização bolsista de 1,7 mil milhões de euros, o que faz com que o preço a pagar por esses 12% seja uma quantia significativa. A potencial aquisição desta fatia representa 208 milhões de euros e, segundo fontes ouvidas pelo Expresso (acesso pago), essa possibilidade nem sequer está em jogo, uma vez que a Oman Oil não estaria disposta a desfazer-se da sua participação na REN.

O responsável considera ainda que se está a criar um “sentimento forte” contra a China na Europa, o quem, na sua opinião, é “mau para todos”.

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Lucros da Eni disparam. Foram mais de quatro mil milhões de euros em 2018

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2019

O grupo petrolífero italiano obteve um lucro líquido de 4.226 milhões de euros em 2018, 25% mais do que em 2017. Produção de hidrocarbonetos da companhia atingiu um recorde histórico.

O grupo italiano de hidrocarbonetos Eni obteve um lucro líquido de 4.226 milhões de euros em 2018, 25% mais do que em 2017, revelou esta sexta-feira a empresa em comunicado, após a aprovação dos resultados anuais.

O lucro ajustado foi de 4.592 milhões de euros, um aumento de 93% relativamente a 2017.

Durante a reunião do conselho de administração, foi proposto um dividendo de 0,83% por ação, dos quais 0,42% já foram pagos.

O fluxo de caixa líquido das atividades operacionais do grupo foi de 13.651 milhões de euros, 35% mais do que os 10.117 milhões obtidos em 2017, e o endividamento financeiro foi de 8.289 milhões de euros, uma quebra de 24% relativamente ao ano anterior, quando chegou aos 10.916 milhões.

A produção de hidrocarbonetos da companhia atingiu um recorde histórico em 2018, situando-se em 1,85 milhões de barris de barris equivalentes de petróleo por dia, representando um crescimento de 2,5% em relação a 2017.

O diretor executivo da empresa, Claudio Descalzi, disse que se registou a “maior produção diária” jamais alcançada e congratulou-se pelos “ótimos resultados”.

“Duplicamos o resultado operacional e o resultado líquido com a presença de um preço do petróleo bruto que cresceu apenas 25% em relação a 2017”, acrescentou Descalzi.

No que se refere aos resultados do quarto trimestre de 2018, o resultado líquido foi de 499 milhões de euros, menos 76% do que no mesmo período do ano anterior.

Já o lucro líquido ajustado foi de 1.459 milhões, 55% mais do que os 943 milhões do último trimestre de 2017.

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Tranquilidade já tem cinco seguradoras interessadas na compra

As Seguradoras Unidas, detidas pela Apollo, estarão à venda por cerca de 600 milhões de euros. Entre os interessados encontra-se a espanhola Mapfre, a Ageas e a Allianz.

A holding que controla a seguradora portuguesa Tranquilidade está à venda, e está a atrair compradores espanhóis e belgas. O fundo Apollo, dono das Seguradoras Unidas, deverá escolher o comprador até ao início do verão. Entre os interessados encontra-se a Ageas, a Generali, a Zurich a Allianz e a Mapfre.

Estes serão os cinco grupos seguradores que ponderam comprar o grupo Seguradoras Unidas, que inclui também a Açoreana, segundo avança o Cinco Días (acesso livre/conteúdo em espanhol). A Apollo está a pedir cerca de 600 milhões de euros pelo pacote de seguradoras.

O fundo norte-americano, que comprou a Tranquilidade ao Novo Banco há três anos, avança com a alienação para se dedicar ao imobiliário. A empresa Arcano é a consultora da Apollo nesta venda, e já apresentaram o negócio a várias seguradoras. A maioria, porém, terá considerado o preço demasiado elevado.

A Tranquilidade é a segunda maior seguradora de Portugal, com uma quota de mercado de 15%, atrás apenas da Fidelidade, que assegura uma fatia de 27%. A Ageas, uma das interessadas na compra, toma o terceiro lugar nas seguradoras nacionais, com uma quota de mercado de 13%.

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Cristina Casalinho: Saída do “lixo” traz franceses e asiáticos para a dívida nacional

  • ECO
  • 15 Fevereiro 2019

A presidente do IGCP explica que o regresso da dívida portuguesa ao nível de investimento aumentou "significativamente" a procura pelos títulos soberanos nacionais.

A recuperação da classificação de nível de investimento tem despertado “significativamente” o interesse pela dívida portuguesa, nomeadamente de novos investidores. Quem o diz é Cristina Casalinho, presidente do IGCP, que ao Jornal de Negócios (acesso pago) destacou a recuperação de investidores franceses e asiáticos.

“Com a recuperação de notação de investimento por todas as principais agências de rating no ano passado, a procura pelos títulos portugueses aumentou significativamente”, adiantou Cristina Casalinho, em respostas enviadas àquele jornal.

A responsável pelo IGCP destaca que o regresso da dívida a um nível de investimento permitiu “a participação de novos investidores, designadamente fundos de gestão passiva que seguem índices de obrigações, que não incluíam Portugal no passado”e “os investidores, que já compravam dívida portuguesa, puderam incrementar as suas posições”.

Cristina Casalinho adiantou ainda que, em termos de alterações na base de investidores, as mudanças mais significativas foram “a recuperação do mercado francês e o maior envolvimento por parte de investidores asiáticos”.

As declarações da responsável pelo instituto que gere a dívida nacional são conhecidas no dia em que a Moody’s, a última agência a tirar Portugal de “lixo”, tem agendada uma possível ação de rating para o país.

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Retalho pressiona bolsa de Lisboa. Novabase dispara 15% após anunciar resultados e manter dividendo

A bolsa nacional sofre perdas ligeiras em linha com o resto da Europa. Em Lisboa, as retalhistas pressionam o PSI-20. Mas o destaque da sessão é positivo e está fora do índice: a Novabase dispara 15%.

A praça bolsista nacional entrou na última sessão da semana com o pé esquerdo, com o PSI-20 a sofrer perdas ligeiras em linha com o resto da Europa. Em Lisboa, as retalhistas pressionam o PSI-20, mas o principal é positivo e está forma do índice nacional. A Novabase dispara 15%, após divulgar resultados e manter dividendo nos 15 cêntimos.

O PSI-20 iniciou a sessão a desvalorizar 0,12%, para os 5.081,61 pontos, com a maioria dos títulos que o compõem em terreno negativo.

Os títulos do retalho exercem pressão na praça bolsista nacional. As ações da Jerónimo Martins desvalorizam 0,71%, para os 12,675 euros, enquanto as da Sonae recuam 0,89%, para os 89,30 cêntimos.

Ações da Novabase disparam em bolsa

Fonte: Reuters

No mesmo sentido, segue a EDP, cujos títulos perdem 0,58%, para os 3,241 euros, depois de a elétrica liderada por António Mexia ter dito na quinta-feira ao final do dia que agradece à Elliot e que a “analisar as propostas” do fundo que visam criar mais à empresa.

Nota negativa ainda para o BCP, cujas ações deslizam 0,48%, para os 22,61 cêntimos. “Tem sido um dos piores performers do PSI20. Sob a ação têm recaído diversos fatores negativos que têm atingido o respetivo setor: a descida das yields, o estreitamento do spread entre taxas de juro de curto e longo prazo, a deterioração das perspetivas económicas da Zona Euro, os fracos resultados de alguns bancos europeus (sendo o Credit Suisse o mais recente) e a fragilidade dos bancos italianos”, refere o BPI relativamente ao BCP no seu diário de bolsa desta sexta-feira.

A travar perdas mais acentuadas para o índice bolsista estão a Navigator e a Galp Energia. As ações da papeleira valorizam 0,67%, 4,198 euros, dois dias depois de ter divulgado resultados e anunciado a saída de Diogo da Silveira do cargo de CEO em abril. Por sua vez, as ações da petrolífera somam 0,29%, para os 14,04 euros.

Mas o grande destaque no campo das subidas está fora do índice. Trata-se da Novabase, cujos títulos iniciaram a sessão a valorizar em torno de 5%, mas já estão a ganhar 15%, para os 2,45 euros, máximo de três meses. Este disparo acontece depois de a tecnológica ter anunciado na quinta-feira os seus resultados de 2018. Estes caíram ligeiramente, mas a empresa tecnológica decidiu manter o valor do dividendo a distribuir nos 15 cêntimos por ação.

Numa mensagem escrita que acompanhou as contas da Novabase, o seu CEO, João Nuno Bento, disse ainda que a equipa de gestão está a “concretizar uma reflexão estratégica profunda” sobre o futuro da empresa, que irá ser objeto de comunicação ao mercado.

(Notícia atualizada pela última vez às 9h18 com nova cotação da Novabase)

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