Abanca quer integrar operação da CGD em Espanha ainda este ano

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2019

O Abanca quer crescer em Portugal no negócio com empresas, aumentando a concessão de crédito e na banca privada.

O grupo bancário Abanca quer fazer a integração da operação do Deutsche Bank em Portugal em junho e até final do ano concretizar a integração da operação da CGD em Espanha, que comprou recentemente, disse o diretor-geral.

“[Com estas operações] em Portugal passamos de banco pequeno para banco médio, em Espanha continuamos a ser um banco médio”, afirmou o diretor-geral da operação do Abanca em Portugal, Pedro Pimenta, na 1.ª Conferência Ibérica sobre FinTech, na Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, em Lisboa.

No ano passado, o espanhol Abanca comprou a operação de retalho do Deutsche Bank em Portugal, sem ser conhecido o valor do negócio, tendo dito Pedro Pimenta que a integração das duas operações será feita em junho.

O Abanca quer crescer em Portugal no negócio com empresas, aumentando a concessão de crédito, e na banca ‘private’ (destinada a clientes com altos rendimentos), assim como no crédito ao consumo.

Antes da compra do Deutsche Bank, o Abanca tinha em Portugal 45 trabalhadores e apenas quatro agências (Braga, Lisboa, Porto e Viana do Castelo), a que somou cerca de 40 agências e 330 funcionários que pertenciam ao banco alemão.

Ainda com a compra do Deutsche Bank PCC Portugal, segundo números divulgados aquando da compra, o Abanca somou 50 mil clientes, uma carteira de crédito bruta de 2.400 milhões de euros, 1.000 milhões de euros em depósitos e 3.100 milhões euros fora do balanço, e um volume de negócios de 6.500 milhões de euros.

Mais recentemente, o Abanca comprou a operação em Espanha da Caixa Geral de Depósitos (o Banco Caixa Geral) por 364 milhões de euros, com 110 agências e cerca de 500 trabalhadores.

A integração do Banco Caixa Geral com o grupo Abanca acontecerá, segundo o diretor-geral, até final do ano.

O Abanca está presente em Espanha, com mais de 5.000 trabalhadores, e ainda em França, Suíça, Alemanha, Reino Unido, México, Panamá, Venezuela e Brasil, além de Portugal.

O Abanca resultou de uma intervenção na caixa Novaalicia (que já era resultado de uma fusão da Caixanova e da Caixa Galicia). Em 2011, para evitar a falência, o banco foi nacionalizado e o fundo de resolução bancário espanhol interveio com 10 mil milhões de euros.

O banco entrou posteriormente em processo de privatização e, em final de 2013, o banqueiro venezuelano de origem espanhola Juan Carlos Escotet (dono do Banesco na Venezuela, hoje um dos maiores bancos do país) comprou-o por cerca de 1.000 milhões de euros, criando o Abanca.

Também em 2013, o Banesco comprou o Banco Etcheverría, que era o mais antigo banco de Espanha, fundado em 1717, que agora pertence ao Abanca.

Segundo o Bloomberg Billionaires Index, citado pela EFE, Escotet é o único venezuelano entre os 500 homens mais ricos do mundo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marido de vice-governadora estava na La Seda quando CGD entrou no capital da empresa

Vice-governadora não pediu escusa em relação à CGD alegando que marido tinha saído da La Seda antes do primeiro empréstimo. Mas relação entre banco português e empresa espanhola começou antes disso.

Fernando Freire de Sousa, marido de Elisa Ferreira, vice-governadora do Banco de Portugal, era vice-presidente da La Seda Barcelona quando, em 2006, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) começou a sua aventura com o grupo espanhol na Artlant, em Sines, e que veio a custar mais de 250 milhões de euros ao banco público.

Esta segunda-feira, Elisa Ferreira considerou não existirem incompatibilidades entre as decisões que o supervisor pode vir a tomar sobre as conclusões da auditoria da EY à CGD, e o facto de o seu marido ter sido administrador nesse grupo que gerou milhares de perdas ao banco público.

Uma das justificações da vice-governadora para recusar pedido de escusa no dossiê da auditoria teve a ver com timings: quando a CGD contratualizou o primeiro crédito com a La Seda, em 7 de maio de 2008, já Fernando Freire de Sousa tinha deixado de exercer funções tanto na La Seda como na Artlant.

Só que a relação entre a CGD e o grupo espanhol vem de antes, de 2006, quando o Fernando Freire de Sousa era um dos braços-direitos do Rafael Español na La Seda, segundo revela a auditoria da EY aos atos de gestão da CGD entre 2000 e 2015.

Após os esclarecimentos desta segunda-feira, o ECO voltou a questionar Elisa Ferreira. E reafirmou o que tinha dito antes: “A vice-governadora do Banco de Portugal reitera a sua posição de que não existem razões que possam influenciar, ou que possam dar a aparência de influenciar, a sua atuação em matéria de supervisão da CGD”, afirmou Elisa Ferreira. Nessa nota, também argumenta que o Banco de Portugal tem como missão supervisionar bancos e não empresas.

A hipótese de haver mais conflitos de interesse dentro do Banco de Portugal, além daquele que resultou no pedido de escusa de Carlos Costa, foi levantada na semana passada pelo PSD, pela voz do deputado Duarte Pacheco, que não se referiu diretamente ao caso da vice-governado, cujo marido passou pela administração da La Seda entre 2004 e 2008.

Fernando Freire de Sousa é atualmente presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte. Embora tenha passado pela gestão da La Seda Barcelona durante quatro anos, essa experiência profissional não consta no curriculum vitae com que se apresenta naquele organismo.

Diz genericamente que “foi administrador de várias empresas e grupos empresariais”, destacando: presidente da comissão de vencimentos da Zon (2008 e 2013), presidente do conselho de administração do Fundo para a Internacionalização das Empresas Portuguesas (1997-2003), membro do conselho de administração da Espaço Atlântico – Formação Financeira (1990-1996), membro do conselho de administração da Fundação Berardo (2010-2011).

A EY não consegue enquadrar a decisão de entrar no capital da La Seda à luz da estratégia da CGD em 2006, era Carlos Santos Ferreira o presidente do banco público. Mas o investimento realizado em ações do grupo espanhol veio a resultar em menos-valias de 53 milhões de euros. “A decisão de investimento visava influenciar a localização de um investimento em Portugal, não sendo percetível o enquadramento no plano estratégico da CGD”, notam os auditores.

Quanto aos empréstimos à Artlant, que foram crescendo dos 40 milhões iniciais para uma exposição creditícia de 351 milhões de euros no final de 2015, geraram perdas de 211 milhões de euros para CGD. A Artlant era o maior devedor da CGD no final de 2015. O que correu mal?

Fernando Freire de Sousa, marido de Elisa Ferreira, é presidente da CCDR-Norte.CCDR-Norte

De projeto PIN aos tailandeses

Quando a CGD foi ao aumento de capital da La Seda, em 2006, investindo cerca de 34 milhões de euros em ações da empresa, o objetivo já estava traçado: influenciar as decisões do conselho de administração da empresa espanhola (onde já lá sentava Fernando Freire de Sousa) para trazer para Portugal um importante investimento de 400 milhões para a criação de uma unidade de produção de PTA, utilizado no fabrico de vestuário, garrafas plásticas ou peças para automóveis e que iria fornecer a casa-mãe.

Ao banco caberia assegurar o financiamento (project finance com outros bancos) para um investimento que o Governo de José Sócrates classificou de Projeto de Interesse Nacional (PIN) e até apoiou com 140 milhões de euros em subsídios diretos e benefícios fiscais. Mas a iniciativa público-privada foi desastrosa desde o início e veio a complicar-se ainda mais ao longo do tempo.

Aos sucessivos atrasos na construção da fábrica portuguesa juntou-se a crise financeira e económica que atirou a La Seda, que seria a principal cliente da Artlant, para um processo de reestruturação em 2009. Entretanto, já a CGD tinha feito vários empréstimos ponte à empresa para que as obras na unidade de Sines pudessem avançar. Na versão preliminar do relatório da EY, são identificados três empréstimos ponte (brigde loans) à Artlant, o último dos quais aprovado em 29 de janeiro de 2010 no valor de 112,9 milhões de euros, poucos dias depois de ter sido assinado um contrato de empréstimo (facility agreement) no montante global de 381 milhões de euros.

No âmbito da reestruturação em 2010, a La Seda faz novo aumento de capital que reforça a posição acionista da CGD na La Seda para quase 15%, em parte devido à conversão de créditos em capital. Apesar das tentativas de recuperar a empresa, as dificuldades mantiveram-se e é pedida a proteção contra credores em 2013.

Em 2014, foi a Artlant a entrar em processo especial de revitalização face “à situação económica difícil”: não tinha dinheiro para relançar a produção da sua unidade industrial assim como não tinha dinheiro para “suportar os custos inerentes ao fornecimento de utilidades aos preços até à data contratados”, lê-se no relatório preliminar da auditoria da EY. Culpa-se o preço da matéria-prima (o petróleo) como um dos fatores de pressão. O PER viria a ser homologado em janeiro de 2015, mas não foi avante.

Em junho de 2017, quando foi declarada a insolvência da Artlant, Paulo Macedo garantia que a exposição do banco público era “zero”, assegurando que todo o crédito concedido à empresa estava provisionado.

No final desse ano, os ativos da Artlant (equipamentos, direitos de superfície e contratos de trabalho) foram vendidos ao grupo tailandês Indorama Ventures no decurso do processo de insolvência. Embora não tenham sido revelados valores da transação, a EY faz a conta às perdas para a CGD com a aventura no projeto: mais de 250 milhões.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

InterContinental compra dona do Douro Valley. Paga 300 milhões

O InterContinental Hotel Group comprou a cadeia hoteleira Six Senses Hotels Resorts Spas, dona do hotel Douro Valley. O negócio foi fechado por 300 milhões de dólares.

O InterContinental Hotel Group (IHG) está a dar as boas vindas a um novo membro à família, lê-se no site da cadeia hoteleira. O Six Senses Hotels Resorts Spas, dono do hotel Six Senses Douro Valley, acaba de ser comprado pelo grupo britânico por um total de 300 milhões de dólares (265,5 milhões de euros).

O Six Senses tem alguns dos hotéis, resorts e spa mais atraentes do mundo, “em locais de incrível beleza natural”, refere o InterContinental, que faz ainda menção aos prémios recebidos e reconhecimentos recebidos. Aqui estão incluídos 16 hotéis e resorts, entre eles o hotel Douro Valley, do século XIX, e outras propriedades em locais como as Seychelles, Maldivas, Indonésia, Tailândia, Vietname, Omã, Singapura e França.

Estamos orgulhosos em receber a Six Senses na nossa família de marcas e esperamos abrir mais hotéis, resorts e spas incríveis — cada um deles mantendo-se fiel à mundialmente famosa reputação de bem-estar da Six Senses e a um compromisso inabalável com viagens intencionais”, refere Keith Barr, CEO do InterContinental Group, citado em comunicado.

Agora parte da família, a cadeia hoteleira Six Senses deverá chegar às 60 propriedades nos próximos dez anos, incluindo hotéis e resorts em Rajasthan, villas particulares no Camboja e o primeiro hotel na América do Norte. Com este negócio, os hóspedes passam a ter disponíveis quase 300 unidades hoteleiras de luxo espalhados por todo o mundo, com mais de 100 prestes a abrir nos próximos anos.

Em breve, os hóspedes dos alojamentos Six Senses poderão reservar estadias a partir das plataformas do InterContinental, como o site ou a aplicação, beneficiando ainda de vantagens para membros do clube IHG.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Navigator dá trambolhão. BCP afunda bolsa de Lisboa

A papeleira desvalorizou com a anúncio da saída do presidente executivo. O banco liderado por Miguel Maya caiu depois de o BPI ter cortado o preço-alvo, ditando a queda da bolsa portuguesa.

Lisboa regressou às quedas na sessão desta quarta-feira, penalizada pela queda registada pela Navigator, no dia em que foi anunciada a saída do presidente executivo, Diogo da Silveira. Mas acabou por ser o BCP a ditar a dimensão da descida da praça nacional, levando o índice português a contrariar o sentimento positivo que se fez sentir entre as principais pares europeias.

O Stoxx 600 fechou a valorizar mais de 0,5%, a acompanhar os ganhos dos restantes mercados internacionais. O otimismo dos investidores surge depois de Donald Trump ter admitido que poderá prolongar, para lá de 1 de março, o período de tréguas comerciais estabelecido com a China.

A exceção foi Madrid, no dia em que o Parlamento espanhol chumbou o Orçamento apresentado pelo Governo de Pedro Sánchez. A bolsa espanhola acabou por fechar abaixo da linha de água, a desvalorizar 0,02%. Por cá, o PSI-20 encerrou a desvalorizar 1,19%, para os 5.070,67 pontos, com 13 cotadas em queda, duas inalteradas e três em alta.

A contribuir para este movimento esteve, sobretudo, o BCP, que caiu 2,39%, para os 22,8 cêntimos por ação. Isto depois de o BPI ter cortado o preço-alvo das ações do banco liderado por Miguel Maya, baixando também a recomendação do título para “neutral”, para além de ter revisto em baixa as estimativas para os lucros do BCP.

Também a Navigator penalizou o principal índice acionista nacional, ao recuar 2,44%, para os 4,15 euros por ação. A papeleira reportou um aumento de 8% dos lucros do ano passado, mas anunciou também a saída do presidente executivo, Diogo da Silveira, uma situação que terá efeitos a partir de 9 de abril e que, para já, não está a ser bem recebida pelos investidores.

Destaque ainda para a Nos, que deslizou 4%, e para a Mota-Engil e a Jerónimo Martins, que registaram quedas de 2,64% e 1,74%, respetivamente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empregador, decore: “Paralisia cerebral não é um problema mental”

  • ECO + FAPPC
  • 13 Fevereiro 2019

O nome "paralisia cerebral" assusta muita gente, principalmente no contexto laboral. Afinal, quem é que vai querer contratar alguém com uma deficiência com esse nome?

A verdade é só uma: a paralisia cerebral é, acima de tudo, uma deficiência da postura e do movimento.

Certamente que já ouviu falar sobre paralisia cerebral e de tudo o que está ligado a esta deficiência. Certamente acha-se uma pessoa super-informada sobre todos os temas, mas provavelmente não sabe o mais básico: a paralisia cerebral não é uma doença mental.

O que é então? A explicação é relativamente simples: “paralisia cerebral” são desordens no desenvolvimento do controlo motor e da postura, como resultado de uma lesão não progressiva aquando do desenvolvimento do sistema nervoso central.

A lesão pode ocorrer no nascimento, anteriormente ou no período que se segue. Não agrava, não progride, mas causa limites na atividade. Aproximadamente duas em cada 1000 crianças portuguesas têm paralisia cerebral.

A paralisia cerebral não tem cura mas, quanto mais cedo for detetada, melhor poderá ser tratada. Oferecendo uma melhor qualidade de vida futura. Existem hoje uma série de associações, espalhadas por tudo o país, que podem ajudar os pais a lidarem com este problema dos filhos, auxiliando-os e orientando-os.

Hoje, felizmente, vários são os casos de pessoas com paralisia cerebral que levam uma vida perfeitamente normal, apenas afetada por algumas pequenas limitações físicas, que a sua força de vontade fez com que fosse possível serem ultrapassadas. Há muitas pessoas com paralisia cerebral casadas, com filhos, sucesso laboral, que conduzem automóveis e levam uma vida perfeitamente normal.

O facto de esta “paralisia” ter o nome de “cerebral”, em nada tem a ver com um problema mental. Apenas tem esta nomenclatura visto tratar-se de uma lesão que ocorre ao nível cerebral e do nosso sistema nervoso central – responsável pela nossa coordenação motora. No entanto, muitas vezes persiste o mito de que todas as pessoas com paralisia cerebral têm algum tipo de défice cognitivo. Infelizmente, este mito é um dos principais causadores do desemprego que existe na população com paralisia cerebral.

O jornal ECO e a FAPPC (Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral), juntaram-se para, ao longo das próximas semanas, colocarem cobro a vários mitos que fazem com que todos os dias as pessoas com paralisia cerebral sejam afastadas de oportunidades de emprego, para as quais têm todas as qualificações e todo o potencial.

Não se esqueça que, ao contratar uma pessoa com paralisia cerebral, usufrui de uma série de benefícios fiscais, cumpre as quotas exigidas por lei para as grandes empresas e ainda está a construir uma imagem mais positiva de responsabilidade social da sua marca. Do que está à espera? Ajude-nos a acabar com o mito.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Objetivo é encontrar soluções de financiamento que não pesem tanto na estrutura da empresa”, diz João Miranda

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2019

João Miranda, presidente da Frulact, uma das empresas escolhidas como caso de sucesso, diz que a grande virtude é "encontrar soluções de financiamento que não pesem tanto na estrutura da empresa".

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trotinetas partilhadas chegam a Coimbra em março

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2019

Depois de Lisboa e Faro, Coimbra vai tornar-se a terceira cidade a receber o fenómeno das trotinetas elétricas partilhadas. Serviço arranca a 1 de março.

A Câmara de Coimbra formalizou esta quarta-feira um acordo com uma empresa para a instalação e operação de um sistema de partilha de trotinetes elétricas na cidade, que entrará em serviço no dia 1 de março.

“Esta é uma forma que a autarquia encontrou para regular a atividade” (uso de trotinetes no espaço público), disse hoje o presidente do município, Manuel Machado, durante a sessão de assinatura do protocolo com a empresa Lime, que chega assim à segunda cidade portuguesa (já opera em Lisboa) e já está presente em 15 cidades europeias, de acordo com o seu diretor, Nuno Inácio.

As vantagens deste meio de transporte, designadamente no plano ambiental, justificam que se estimule a sua utilização, sustentou Manuel Machado, sublinhando que, no entanto, se trata de “um desafio”, particularmente para os seus “utilizadores e para os moradores da cidade”, de quem depende, antes de mais, o “bom uso do espaço público”.

Os ganhos ambientais e energéticos são “um ponto a favor deste sistema, que permite, face à utilização do automóvel, uma redução de emissões de gases com efeito de estufa, de partículas, de ruído ambiente, de consumo de energia, de congestionamento de tráfego, melhoria da qualidade do ar e do ambiente urbano”, explicita a Câmara de Coimbra, numa nota distribuída durante a sessão.

“Ciente do desafio” e de “alguns riscos” que a introdução das trotinetes na vida da cidade comporta, o presidente da Câmara de Coimbra afirma-se “confiante”, mas pede a “todos, desde logo aos moradores” e aos utentes (que espera que sejam “os primeiros fiscais de si próprios), que cooperem para melhor integrar este meio de transporte na mobilidade da cidade.

Até à entrada em funcionamento do sistema de partilha de trotinetes elétricas em Coimbra, vão decorrer “campanhas de segurança e educação” para promover o seu uso responsável, desde “a utilização [recomendada] do capacete”, à condução segura e que respeite as regras de trânsito, até “ao estacionamento correto”, indicou o responsável da Lime acrescentou.

Funcionando entre as 5h00/7h00 e as 21h00, as 200 a 400 trotinetes em serviço no município de Coimbra, cuja utilização está interdita a menores de 18 anos, disporão de um total de 70 pontos de estacionamento, “sem obstruir zonas de circulação pedonal, acessos e estacionamentos”, que serão demarcados pela Câmara.

Atingindo a velocidade máxima de 25 quilómetros por hora, que será “bastante inferior” nalgumas ruas e espaços da cidade, essencialmente localizados na Baixa e na Alta histórica, limitados, pelo software da operadora (através do sinal GPS), a deslocação em trotinete, interdita nos passeios pedonais, custa um euro (para a desbloquear) e 15 cêntimos por minuto de utilização.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sem financiamento adequado “projetos não se concretizam”, avisa Nunes de Almeida

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2019

Presidente da AEP, um dos mentores do Finance For Growth, diz que não basta às empresas pensarem em inovação e internacionalização. Sem "financiamento adequado, os projetos não se concretizam".

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Todos anseiam” pelo fim do mandato de Carlos Costa. “Até o próprio”, diz Carlos César na TSF

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2019

Carlos César, líder parlamentar do PS, disse que "todos anseiam" pelo momento da saída de Carlos Costa da liderança do Banco de Portugal. "Até o próprio", rematou, em declarações à TSF.

O líder parlamentar do PS, Carlos César, disse que “todos anseiam” pelo fim do mandato de Carlos Costa, o atual governador do Banco de Portugal (BdP). “Provavelmente até o próprio”, rematou, em declarações à rádio TSF.

Carlos César disse, na TSF, que não vai ceder à “política do espetáculo” e pedir a exoneração do governador do BdP, uma vez que, como já explicou o ECO, o processo só estaria concluído já perto da data do fim do mandato. Mas o socialista acrescentou que “todos, provavelmente até o próprio, anseiam esse momento”, sublinhando que o mandato tem sido “marcado pela passividade”.

Esta posição surge numa altura em que o líder do BdP está envolvido na polémica em torno da auditoria a 15 anos de gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Carlos Costa também foi gestor do banco público quando foram aprovados créditos que resultaram em perdas de centenas de milhões de euros. E, numa altura em que o BdP se encontra a avaliar a idoneidade dos antigos gestores da CGD, o governador pediu escusa de matérias que envolvam a auditoria.

O deputado do PS João Paulo Correia já tinha dito esta terça-feira que o partido tem “suspeitas” quanto à conduta de Carlos Costa durante a passagem pela CGD, entre 2004 e 2006. Mas considerou “precipitado” pedir a exoneração do governador: “Seria muito precipitado avançar já com uma conclusão antes de iniciarmos o próprio inquérito parlamentar”, justificou o deputado.

(Notícia atualizada às 15h02 com mais informações)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Inflação nos EUA ajuda a manter o sentimento positivo em Wall Street

As principais praças norte-americanas continuam também a beneficiar dos comentários do presidente dos EUA, Donald Trump, que afirmou que poderá ignorar o prazo de 1 de março dado à China.

Wall Street abriu esta quarta-feira em alta, a prolongar os ganhos das últimas duas sessões. Além dos avanços na frente comercial e nas negociações no Congresso, o sentimento positivo está a beneficiar dos novos dados da inflação. O índice de preços no consumidor nos EUA acelerou mais que o esperado pelo mercado, o que poderá ajudar a Reserva Federal norte-americana a retomar o ciclo de subidas nas taxas de juro de referência.

Os preços dos combustíveis mais baixos ajudaram a abrandar a taxa de inflação global em 1,6%, o ritmo mais lento desde junho de 2017, enquanto a inflação subjacente (excluindo alimentos e energia) situou-se em 2,2% em janeiro, face às projeções de uma desaceleração para 2,1%.

“A inflação global está a ser temporariamente mantida em baixo pela queda dos preços da energia, mas o crescimento económico decente e a robustez do mercado de trabalho sugerem que as preços nos preços irão fortalecer-se. Isto irá ajudar a construir o cenário de uma subida dos juros da Fed no verão“, defendeu o economista-chefe internacional do ING, James Knightley.

As principais praças norte-americanas continuam também a beneficiar dos comentários do presidente dos EUA, Donald Trump, que afirmou que poderá ignorar o prazo de 1 de março dado à China. No Congresso, um acordo bipartidário sobre o muro transfronteiriço foi delineado na segunda-feira, mas a Casa Branca indicou que Trump ainda não decidiu se vai apoiá-lo.

O índice industrial Dow Jones abriu com um ganho de 0,22% para 25.480,86 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 avança 0,20% para 2.750,30 pontos e o tecnológico Nasdaq sobe 0,31% para 7.437,46 pontos. No mercado cambial, o dólar voltou aos ganhos, depois de ter aliviado na última sessão. A divisa norte-americana aprecia-se 0,36% contra o euro, para 1,1285 dólares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Frente Comum pede a Marcelo veto ao diploma que prejudica progressão na Função Pública

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2019

A Frente Comum, pela voz de Ana Avoila, apelou ao Presidente da República para que vete o diploma que aumenta a base remuneratória dos funcionários públicos mas prejudica as progressões.

A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública pediu ao Presidente da República que vete o diploma que aumenta a base remuneratória para 635,07 euros por este não garantir a manutenção dos pontos para a progressão na carreira. Em conferência de imprensa, Ana Avoila, da Frente Comum destacou que se trata de um diploma “gerador de injustiças significativas”, pelo que propõe uma nova redação que garanta que os trabalhadores não perdem os pontos da avaliação do desempenho pelo aumento da base remuneratória.

A Frente Comum exige assim que todos os assistentes operacionais passem para esta posição remuneratória e lhes seja contada a antiguidade “a partir dela” para efeitos de progressão. Insiste ainda que o Governo proceda à atualização salarial para todos os trabalhadores e cumpra a lei que procede à revisão da Tabela Remuneratória Única garantindo a proporcionalidade entre os vários níveis remuneratórios.

“O Presidente da República o que devia fazer era reunir com o Governo e pedir explicações em defesa dos serviços públicos”, disse Ana Avoila, sublinhando que as regras que o executivo quer ver aprovadas promovem a “divisão e discriminação dos trabalhadores”.

O pedido de intervenção de Marcelo Rebelo de Sousa surge um dia antes de os funcionários públicos cumprirem uma greve nacional, que deverá ter um impacto mais visível nos setores da saúde, educação, finanças e autarquias, podendo levar ao encerramento de escolas e deixar lixo por recolher. Na base do protesto, que envolve sindicatos da CGTP e da UGT, está o facto de o Governo prolongar o congelamento salarial por mais um ano, limitando-se a aumentar o nível remuneratório mais baixo da Administração Pública, de 580 para 635,07 euros, na sequência do aumento do salário mínimo nacional para os 600 euros.

A paralisação começou por ser marcada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP), há cerca de um mês, na expectativa de que o Governo ainda apresentasse uma proposta de aumentos generalizados para a função pública, o que não veio a concretizar-se. A Federação Sindical da Administração Pública (FESAP) e a Federação Nacional da Educação (FNE), filiadas na UGT, marcaram dias depois greve para a mesma data, pelos mesmos motivos.

A FESAP e FNE emitiram pré-aviso de greve também para quinta-feira para dar cobertura legal a quem queira participar numa concentração que vão promover ao início da tarde em frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa. A última greve nacional da Administração Pública ocorreu em 26 de outubro e foi convocada pela Frente Comum, pela FESAP e pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).

Nessa data, os sindicatos assumiram que aquela tinha sido a maior greve na Função Pública desde o período de intervenção da troika, com adesões médias entre os 80 e 90% na saúde e na educação e de 100% em muitas autarquias e tribunais. Os trabalhadores da função pública têm os salários congelados desde 2009. A Frente Comum reivindica aumentos de 4% e um aumento mínimo de 60 euros, para quem ganhe até 1.500 euros. A FESAP reivindica 3,5% de aumento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Como são usados os fundos comunitários? Veja o vídeo

Empresas, formação, bolsas, centros de saúde, reciclagem, edifícios públicos.... A lista é infindável. Veja o vídeo com alguns números da sobre a aplicação dos fundos europeus em Portugal.

Até ao final de dezembro de 2018 já foram aprovados 19,6 mil milhões no Portugal 2020 para apoiar projetos que se levaram a um investimento total de 31,9 mil milhões de euros. E em que se traduzem estes milhões de euros?

O ECO preparou um vídeo com alguns grandes números com o ponto de situação no final de dezembro. Sabia que o dinheiro foi utilizado para apoiar 13.741 empresas? E para apoiar a contratação de 47.043 pessoas? Veja mais mais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.