Saída de José Gomes Mendes justificada por incompatibilidade com ministro

  • ECO
  • 10 Novembro 2020

A saída não aconteceu em setembro -- quando António Costa realizou uma remodelação neste nível de governação -- pois assim lhe foi pedido pelo próprio primeiro-ministro.

O secretário de Estado do Planeamento José Gomes Mendes pediu demissão na semana passada, cinco anos depois de ter integrado o Governo e apenas oito semanas após o primeiro-ministro ter feito uma remodelação de secretários de Estado. A razão para a saída, até agora desconhecida, terá sido a incompatibilidade com o ministro Nelson de Souza, segundo noticia esta terça-feira o Público (acesso condicionado).

Segundo apurou o jornal, divergências e incompatibilidades com o ministro do Planeamento Nelson de Souza terão estado na origem do pedido de demissão. A saída não aconteceu em setembro — quando António Costa realizou uma remodelação neste nível de governação — pois assim lhe foi pedido pelo próprio primeiro-ministro. “Havia um compromisso com o primeiro-ministro que exigia que o Plano [de Recuperação] estivesse pronto para ser entregue em Bruxelas no dia 15 de outubro e foi isso que aconteceu“, explicou.

Ainda assim, o ex-governante faz um balanço positivo do percurso pelo Governo, onde desempenhou funções de secretário de Estado adjunto da Mobilidade no ministério tutelado por João Pedro Matos Fernandes. “Adorei. Saio muito feliz e pessoalmente realizado, mas a avaliação do meu trabalho será feita pelos outros”, acrescentou José Gomes Mendes ao Público.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Secretária de Estado do Orçamento vinca caráter extraordinário dos apoios sociais

  • Lusa
  • 10 Novembro 2020

Secretária de Estado do Orçamento diz que o apoio social extraordinário previsto no Orçamento do Estado para 2021 deve manter esse caráter e não tornar-se permanente, contrariando as intenções do BE.

A secretária de Estado do Orçamento, Cláudia Joaquim, vincou, em entrevista à Lusa, que o apoio social extraordinário previsto no Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) deve manter esse caráter e não tornar-se permanente, contrariando as intenções do BE.

“O importante é que ele [o apoio] seja extraordinário porque depois haverá oportunidade de avaliar qual foi o seu impacto, o seu efeito, e repensar as atuais prestações. Isso faz parte da política e da avaliação das medidas de política”, disse, em entrevista à Lusa, a secretária de Estado Cláudia Joaquim.

A governante, que já liderou a secretaria de Estado da Segurança Social no anterior Governo (2015-2019), referia-se ao Apoio Extraordinário ao Rendimento dos Trabalhadores, que foi inicialmente orçado em 450 milhões de euros para 2021 e que o Governo, entretanto, alargou para 633 milhões de euros.

Uma das reivindicações do BE para o Orçamento, além de diferenças nas formas de atribuição do apoio, era que este se tornasse uma nova prestação social a ser avaliada no final do ano, ajustada em 2022 e tornada definitiva em 2023, último ano da legislatura, podendo absorver as outras prestações não contributivas.

“O que me parece prematuro é quando se cria uma prestação desta dimensão estar já a assumir que ela é permanente quando ainda nem sequer se avaliou”, disse Cláudia Joaquim à Lusa, quando questionada acerca desta intenção inicial do BE.

Um dos argumentos da governante é que a “estimativa de despesa desta prestação nunca seria esta num contexto que não fosse este”, relacionado com a pandemia de Covid-19, tal como sucede com outras prestações sociais.

“E quando for possível avaliá-lo, penso que fará também sentido olhar para este apoio à semelhança dos outros que já existem, e ver como é que se deve recompor as prestações sociais de combate à pobreza e de rendimentos baixos”, defendeu.

Cláudia Joaquim abordou mais algumas das questões que o BE reivindica para o Orçamento e que estiveram no centro da discórdia entre o partido e o Governo, levando também ao voto contra dos bloquistas na votação da generalidade do OE2021.

Relativamente à reivindicação da reversão das regras de atribuição do subsídio de desemprego para o período antes da ‘Troika’, a secretária de Estado reconhece que, “quando é referido que antes da ‘troika’ o prazo de atribuição do subsídio de desemprego é maior, é verdade, mas o prazo de garantia [tempo de trabalho necessário para aceder ao subsídio] também era maior”.

Segundo a governante, isto significa que “havia menos pessoas a conseguir aceder ao subsídio de desemprego”, pelo que para este continuar a existir enquanto substituto dos rendimentos do trabalho “num quadro de sustentabilidade da Segurança Social, não se pode mudar só uma variável, ela tem que ser equilibrada”.

Já sobre o alargamento da condição de recursos para acesso ao subsídio social de desemprego, Cláudia Joaquim disse que o apoio “pressupõe que há uma contributividade, ou que houve”, “mas é uma prestação paga por Orçamento do Estado, por receitas de impostos”, e que por isso exige a condição de recursos.

“A própria lei de bases da Segurança Social tem estes princípios muito vincados. Portanto, também é nesse contexto que o próprio subsídio social de desemprego deve ser avaliado ou reavaliado”, defendeu.

A proposta de Orçamento de Estado para 2021 foi aprovada na generalidade, com os votos favoráveis do PS e as abstenções do PCP, Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) e das deputadas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues.

O PSD, BE, CDS-PP e os deputados únicos do Chega, André Ventura, e da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, votaram contra o diploma do executivo.

A votação final global está marcada para 26 de novembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Centros comerciais querem abrir mais cedo, lojas de rua não concordam

  • ECO
  • 10 Novembro 2020

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais e Associação de Empresas de Distribuição estão unidas no objetivo de antecipar a abertura das lojas. Lojas de rua não concordam.

O Governo impôs o recolher obrigatório das 13h00 às 5h00 nos próximos dois fins de semana. A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) e a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) estão unidas no objetivo de antecipar a abertura das lojas, avança o Jornal Negócios (acesso pago)

“Estamos a pensar em soluções, nomeadamente nos centros comerciais, que passam por abrir as lojas mais cedo, às oito horas, de forma a dar uma margem maior” aos clientes e aos lojistas, revela Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED. O presidente dos Centros Comerciais, António Sampaio de Mattos, destaca a necessidade de “minimizar ligeiramente o impacto económico da medida, pensamos que a antecipação da hora de abertura dos centros comerciais, por exemplo, para as 8h da manhã, seria uma medida a implementar nos dois próximos fins de semana”. A antecipação do horário de abertura é exequível, mas depende da autorização do presidente de cada autarquia.

Sampaio de Mattos critica esta medida e diz que as restrições “podem provocar essas aglomerações noutros momentos do dia e da semana”. À semelhança do diretor-geral da APED que prevê, igualmente, “maiores concentrações de pessoas durante a manhã” dos próximos fins de semana.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Caberá bastante mais ao BE” ultrapassar diferendo na Saúde, diz secretária de Estado do Orçamento

  • Lusa
  • 10 Novembro 2020

À Lusa, Cláudia Joaquim disse que a tabela geradora da discórdia, “não inclui os fundos comunitários”. No total, o valor previsto para o SNS ascende a 12.106 milhões de euros.

A secretária de Estado do Orçamento considerou, em entrevista à Lusa, que caberá mais ao Bloco de Esquerda (BE) ultrapassar o diferendo com o Governo relativamente aos diferentes números apresentados na discussão orçamental sobre a Saúde.

“A demonstração destes dados poderá, de alguma forma — mas isso até caberá bastante mais ao Bloco de Esquerda — ser um motivo para ultrapassar a questão e para nos focarmos naquilo que me parece essencial”, disse Cláudia Joaquim à Lusa, respondendo acerca do diferendo que o Governo e o BE mantiveram na discussão orçamental acerca do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Segundo a governante, da parte do Governo, e além do SNS, “a abertura manteve-se sempre” à negociação durante a discussão na generalidade, sendo importante “que haja uma intenção de convergência e de negociação, e da parte do Governo ela existe”, assegurou Cláudia Joaquim.

No dia 23 de outubro, a deputada do BE Mariana Mortágua questionou o Governo acerca dos números do Serviço Nacional de Saúde, afirmando que as tabelas presentes no relatório do OE2021 “estavam pura e simplesmente erradas”, tendo o ministro das Finanças, João Leão, justificado a diferença com questões metodológicas.

A deputada do BE disse então que o OE2021 “concede, em valores orçamentados, para o Serviço Nacional de Saúde, menos 143,6 milhões do que estava previsto no Orçamento Suplementar”, tendo o ministro respondido que o orçamento total do SNS aumenta mais de 1.000 milhões de euros, e comparando com o suplementar há um aumento superior a 500 milhões de euros.

No dia 28, o ministro disse que o BE se enganou nas contas, argumentando que o reforço aprovado no Orçamento Suplementar de 2020 não veio exclusivamente de transferências do OE, algo que o BE, segundo João Leão, não teve em conta, acrescentando que no OE2021 “o BE também não quer reconhecer” que haverá verbas para a saúde vindas “dos novos fundos europeus, nomeadamente do programa REACT”.

À Lusa, a secretária de Estado do Orçamento disse que a tabela em discussão no plenário, geradora da discórdia, “não inclui os fundos comunitários”. Em números posteriormente dados a conhecer pelo Ministério das Finanças, e que não constam do Orçamento do Estado, foi divulgado que, com a inclusão dos fundos comunitários no orçamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o valor previsto no OE2021 para o SNS ascende aos 12.106 milhões de euros, superiores aos 11.300 milhões com que o SNS ficou depois da aprovação do orçamento suplementar de 2020, e aos 10.055 milhões de 2019.

Em anos anteriores, “os dados não vinham a ser apresentados de uma forma integrada, [com o] Serviço Nacional de Saúde com todas as fontes de financiamento”, reconheceu à Lusa a secretária de Estado, justificando que “por isso não consta, no mapa, no relatório, essa informação dessa forma”.

Foi muito importante trazer esses dados, neste contexto, para se poder explicar e demonstrar que houve um aumento significativo do orçamento no Serviço Nacional de Saúde ao longo dos últimos anos”, disse a governante à Lusa.

Cláudia Joaquim referiu ainda que “o Orçamento do Estado e o Relatório do Orçamento do Estado Suplementar não tinha esta informação” porque “não foi um relatório extenso” e teve, “de facto, menos informação do que os relatórios que acompanham o Orçamento do Estado todos os anos”.

“Se me pergunta, no próximo Orçamento do Estado, no próximo relatório, é importante que possa vir um quadro adicional onde possa ter a informação com todas as fontes de financiamento, que é o que temos vindo a falar? Não tenho dúvidas que sim. E esse quadro deverá constar exatamente para não surgirem as mesmas questões”, manifestou Cláudia Joaquim.

Contratações para o SNS em discussão na especialidade

Outro dos diferendos entre Governo e BE na saúde foi relativo à comparação da despesa prevista no OE2021 com a estimativa de execução para 2020, e a governante, questionada se tal comparação é razoável de ser feita, respondeu que “tudo é possível e deve ser comparado desde que tenhamos em mente o que estamos a comparar”.

No entender de Cláudia Joaquim, “orçamentos iniciais, que é a dotação disponível para cada ano que se está a iniciar, ou no caso do suplementar, a partir do mês que entra em vigor até ao final desse ano, são comparáveis”, de forma a “permitir fazer a leitura se há um aumento da dotação disponível, [ou] se há um decréscimo”.

Depois temos o conceito de execução, que é o que é efetivamente pago. E nesse caso, e não é só no Serviço Nacional de Saúde, é em todos os ministérios, o orçamento inicial tem de acomodar todos os pagamentos e também os compromissos que são assumidos”, disse.

Porém, “não existe nenhum ministério onde o orçamento inicial seja utilizado, em despesa, a 100%”, existindo sim “algumas medidas que são utilizadas a 100%, que a execução é 100%, mas no total não acontece porque é preciso ter uma margem para os cabimentos, para lançar procedimentos concursais”, sendo este procedimento “o normal”.

Já o tema das contratações de pessoal para o SNS, que também gerou discórdia, foi “um dos temas de negociação com os partidos à esquerda” na negociação do OE2021 e “será naturalmente um dos aspetos a continuar a negociar” na especialidade, antecipa Cláudia Joaquim.

A proposta de Orçamento de Estado para 2021 foi aprovada na generalidade, com os votos favoráveis do PS e as abstenções do PCP, Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) e das deputadas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues.

O PSD, BE, CDS-PP e os deputados únicos do Chega, André Ventura, e da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, votaram contra o diploma do executivo. A votação final global está marcada para 26 de novembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: lojas, erro no multibanco e Benfica

  • ECO
  • 10 Novembro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Centros comerciais querem adaptar os horários para responder ao recolher obrigatório nos próximos dois fins de semana. Esta é uma das manchetes dos jornais desta terça-feira, onde estão também em destaque um erro informático da SIBS que retirou dinheiro indevidamente aos clientes, a saída de José Gomes Mendes justificada por incompatibilidade com ministro ou a suspeita de o Benfica ter pago pagar vitórias contra Sporting de Jorge Jesus.

Centros comerciais querem abrir mais cedo, lojas de rua rejeitam

O Governo impôs o recolher obrigatório das 13h às 5h nos próximos dois fins de semana. A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) e a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) estão unidas no objetivo de antecipar a abertura das lojas. O representante dos Centros Comerciais, António Sampaio de Mattos, considera que a antecipação da hora de abertura dos centros comerciais, por exemplo, para as 8h poderia minimizar o impacto para o setor. A antecipação do horário de abertura é possível, mas depende da autorização do presidente de cada autarquia. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Erro informático “retira” milhares de euros a restaurantes

Um erro informático levou à retirada indevida de dinheiro de clientes pela empresa que gere a rede de multibanco. Proprietário conta: “Fui roubado e ainda não me devolveram o dinheiro”. A SIBS admitiu ter ficado com dinheiro pago por refeições e garante estar a resolver o problema. Já o Banco de Portugal não comenta o caso. Leia a notícia completa no I (link indisponível).

Saída de José Mendes justificada por incompatibilidade com ministro

O secretário de Estado do Planeamento José Gomes Mendes pediu demissão na semana passada, cinco anos depois de ter integrado o Governo e apenas oito semanas após o primeiro-ministro ter feito uma remodelação de secretários de Estado. A razão para a saída, até agora desconhecida, terá sido a incompatibilidade com o ministro Nelson de Souza. Ainda assim, o ex-governante faz um balanço positivo: “Adorei. Saio muito feliz e pessoalmente realizado, mas a avaliação do meu trabalho será feita pelos outros”. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Benfica suspeito de pagar vitórias contra Sporting de Jorge Jesus

A Polícia Judiciária suspeita que na época 2015/2016 os encarnados subornaram atletas de outros emblemas para perderem nos confrontos com os da Luz e que os adversários dos verdes-e-brancos receberam incentivos em casos de vitória. Existem vários jogos em investigação, entre eles o Rio Ave e o Marítimo. Um jogador madeirense confirmou ter sido aliciado com 40 mil euros para perder um jogo com os encarnados. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

 

CP compra 22 comboios regionais com desconto de 10 milhões

A CP comprou 22 comboios regionais à empresa suíça Stadler, tendo pago 158 milhões de euros. O valor conseguido fica dez milhões de euros abaixo do preço estabelecido no primeiro concurso de material circulante, com a vendedora a destronar as propostas das espanholas CAF e Talgo, segundo confirmou a empresa. O preço tinha um peso de 30 em 100 pontos na ponderação do concurso. A primeira unidade pode demorar até quatro anos a entrar em circulação, após ter o ok do Tribunal de Contas. Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso livre).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Proposta do PCP para o IRS “pode ser difícil de acomodar”, diz Cláudia Joaquim

  • Lusa
  • 10 Novembro 2020

“Todas as medidas que sejam permanentes ou estruturais podem neste momento não ser as melhores", explicou a secretária de Estado do Orçamento em entrevista à Lusa.

A secretária de Estado do Orçamento disse à Lusa que a proposta do PCP para adicionar um escalão ao IRS “pode ser difícil de acomodar” no Orçamento do Estado para 2021, defendendo uma abordagem de resposta à pandemia.

“Uma diminuição estrutural de receitas de impostos pode ser difícil de acomodar num ano muito particular como é o ano de 2021”, disse Cláudia Joaquim em entrevista à Lusa, quando questionada acerca da proposta do PCP para o aumento de um escalão do IRS, que teria consequências de diminuição de receita.

Uma diminuição estrutural de receitas de impostos pode ser difícil de acomodar num ano muito particular como é o ano de 2021.

Cláudia Joaquim

Secretária de Estado do Orçamento

Uma das propostas de alteração do PCP ao Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) consiste na “atualização dos escalões do IRS, o aumento de mais um escalão (8.º), aumentando a sua progressividade”.

Todas as medidas que sejam permanentes ou estruturais podem neste momento não ser as melhores, porque isso faz com que estejamos a vincular para mais anos medidas que ou do lado da receita, e no exemplo que deu [a proposta do PCP], de diminuição da receita, ou do lado da despesa, que seja um aumento de despesa estrutural, é importante serem muito bem pensadas neste momento”, defendeu a governante.

A também antiga secretária de Estado da Segurança Social (2015-2019) disse ainda que num “cenário de incerteza”, é necessário “pensar em medidas que sejam extraordinárias e alocar os recursos a essas medidas extraordinárias, para poder ser reavaliado durante o próximo ano, no Orçamento do Estado para 2022”, e em ocasiões futuras.

Para Cláudia Joaquim, o debate do OE2021 na especialidade deve ser feito “a pensar no contexto que vivemos”, relacionado com a pandemia de Covid-19, pois “foi também nessa perspetiva que o Orçamento do Estado foi pensado [e] que foi negociado com os partidos à esquerda”.

Todas as medidas que sejam permanentes ou estruturais podem neste momento não ser as melhores, porque isso faz com que estejamos a vincular para mais anos medidas que ou do lado da receita.

Cláudia Joaquim

Secretária de Estado do Orçamento

A governante salientou ainda a importância da “assunção de compromissos” também na continuação da negociação com os partidos à esquerda do PS no parlamento.

“Não me quero estar a antecipar àquilo que é a negociação na especialidade, mas esta tónica é também ela muito importante. Existem sempre margens, mas também limites”, defendeu, acrescentando que “o PCP tem compreendido” e “feito um caminho”.

“E fez esse caminho. Esse caminho foi o reflexo da votação na generalidade”, concluiu, lembrando a abstenção comunista na votação de 26 de outubro, ao lado do PEV, PAN e das duas deputadas não inscritas (Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira), que com o voto favorável do PS viabilizaram a proposta de lei do Governo, com votos contra de BE, PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal e Chega.

Neste momento, a secretaria de Estado do Orçamento tem estado a fazer “um Todas as medidas que sejam permanentes ou estruturais podem neste momento não ser as melhores, porque isso faz com que estejamos a vincular para mais anos medidas que ou do lado da receita,

A votação final global do OE2021 está marcada para dia 26 de novembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Forbes elege Braga e Algarve como as 20 melhores regiões europeias para americanos viverem

Forbes criou lista com 20 melhores regiões para os americanos viverem na Europa. Cidade de Braga e região do Algarve estão entre os nomeados.

A Forbes elegeu uma lista das 20 melhores regiões para os americanos viverem na Europa. A cidade de Braga e a região do Algarve estão entre os nomeados de uma primeira seleção de 120 destinos.

Braga integra esta lista de 20 locais “mais acolhedores e atraentes para novos projetos e investimentos” e segundo a revista americana está “no pódio das cidades europeias com melhor qualidade de vida”, destacando ainda a presença importante na região de empresas internacionais como a Philips, Bosch e Continental, bem como startups e empresas de alta tecnologia.

A região do Algarve também está entre os locais mais apelativos para os americanos viverem. Segundo a revista é ideal para famílias, mas também para trabalhadores nómadas. A Forbes descreve que a região algarvia “conta com pouco menos de meio milhão de habitantes e tem uma das mais baixas densidades populacionais da Europa e algumas das mais belas praias e mais de 330 dias de sol por ano”.

Para além das regiões portuguesas estão incluídos neste ranking cidades como Madrid (Espanha), Brighton (Reino Unido), Hamburgo (Alemanha), Atenas (Grécia), Brest-Terres Océanes, Brittany (França) e Bruxelas (Bélgica).

O ranking foi elaborado com base em vários critérios, incluindo a presença de escolas internacionais, qualidade de vida, sistema de saúde, Internet, proximidade de aeroportos com voos internacionais, custo de vida, comunidade ativa e baixo índice de criminalidade.

Conheça os 10 melhores lugares para os americanos viverem na Europa, segundo a Forbes

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Principais parceiros comerciais ainda vão ter recessão pior que Portugal. Alemanha é exceção

Portugal vai ter a 4.ª maior recessão da Zona Euro em 2020. A outra má notícia é que os três países com recessões piores são dos principais parceiros comerciais, prejudicando as exportações nacionais.

As exportações foram o motor da recuperação económica durante e após a troika, mas tal não deverá repetir-se na recuperação da crise pandémica. Em 2020, as exportações deverão cair 20%, principalmente por causa da quebra do turismo. Apesar de a Comissão Europeia apontar para uma recuperação de 9,7% em 2021, o desempenho das exportações portuguesas deverá continuar a ser condicionado pela evolução económica dos seus principais clientes.

Esta hipótese já tem sido antecipada pelo próprio Governo quando admite vir a reforçar os apoios às empresas nos próximos meses. “Se tivermos alguns dos nossos principais mercados de exportação — como a Alemanha, França ou Espanha — em situações de mais restrições de atividade, isso não vai ter um impacto positivo [na economia portuguesa]. Por isso é que temos de ser mais ambiciosos nos apoios que vamos dar ao emprego e às empresas“, disse o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, a 30 de outubro.

O principal parceiro comercial de Portugal, a Espanha, vai ser o país da União Europeia com a recessão mais profunda, segundo as previsões de outono da Comissão Europeia divulgadas esta quinta-feira. Com a economia espanhola a perder 12,4% do seu tamanho num só ano, a procura por bens e serviços portugueses vai ressentir-se, o que já deverá estar refletido na previsão de que o PIB nacional vá cair 9,3% em 2020.

Como as importações de uns são as exportações de outros, é de notar que as importações espanholas vão afundar 18,9% em 2020, subindo 9,4% em 2021. A queda das compras ao exterior deve-se principalmente à redução do investimento, a componente do PIB que têm um conteúdo importado maior.

Variação percentual de três indicadores para a Zona Euro, Portugal e cinco dos principais parceiros comerciais, de acordo com as previsões de outono da Comissão Europeia.

O alerta de que os países europeus não vão poder contar com as exportações para a recuperação económica veio do próprio comissário europeu para a economia, Paolo Gentiloni, na apresentação das previsões. “Nos próximos dois anos haverá um impacto nulo das exportações líquidas [no PIB]”, antecipou, com base nos números dos técnicos de Bruxelas. O resultado é que o grau de abertura da União Europeia como um todo, em termos comerciais, vá ficar bem abaixo dos níveis pré-crise.

No relatório, a Comissão Europeia escreve que a recuperação das exportações será “gradual e incompleta” nos próximos dois anos: “Como se espera que as importações reflitam maioritariamente a evolução das exportações, a contribuição das exportações líquidas [exportações menos as importações] para o crescimento na União Europeia e na Zona Euro é expectável que seja relativamente modesta nos próximos dois anos, depois de ser negativa este ano”, lê-se no relatório.

Com a pandemia a afetar várias cadeias de valor e as trocas comerciais a nível mundial, assim como o facto de a pandemia atingir praticamente todas as economias avançadas, nem a procura externa à UE deverá ajudar a exportar mais nos próximos anos: a procura externa por bens e serviços da Zona Euro deverá recuperar “apenas parcialmente”, crescendo 5,75% em 2021 e 4,25% em 2022. “A recuperação não estará completa nos próximos dois anos, atrasada pelas réplicas duradouras e globais da crise [pandémica]”, escreve a Comissão Europeia.

No caso de Portugal junta-se o efeito do setor do turismo cuja recuperação será lenta mesmo que a pandemia seja resolvida rapidamente — através de uma vacina ou de um tratamento eficaz — e a “normalidade” da circulação seja reposta em 2021. “A queda nas exportações afetou alguns países mais do que outros, o que é principalmente o reflexo da especialização setorial de cada país, em particular a exposição a serviços como o turismo”, notam os técnicos de Bruxelas, referindo que houve um “colapso de proporções históricas” nas atividades turísticas.

Se Espanha é, de longe, o maior parceiro comercial de Portugal, as más notícias não se esgotam na economia espanhola. Os outros países europeus que estão no top 10 de clientes de bens e serviços portugueses também estão entre os mais afetados. A começar pelo Reino Unido cuja economia e relação comercial, além de afetada pela pandemia, poderá ter um choque a 1 de janeiro de 2021 se o período de transição do Brexit acabar sem um acordo comercial, entrando em vigor das regras gerais da Organização Mundial do Comércio (OMC). A economia britânica vai afundar 10,3% em 2020 e as importações vão encolher 14% e, ao contrário dos outros países, não vão recuperar, mantendo a queda (-1,5%) em 2021.

Seguem-se Itália e França. A economia italiana vai cair 9,9% e as importações vão diminuir em 14,1%, recuperando com uma subida de 9,9% em 2021. Já a economia francesa irá sofrer uma queda de 9,4% e as importações vão descer 11,6%, seguindo-se uma subida de 6,3% em 2021. Em média, na Zona Euro, o PIB afunda 7,8% em 2020, acompanhado de uma redução das importações de 10,1%. A expectativa da Comissão Europeia é que as economias não recuperem dos níveis pré-crise antes de 2022, ainda que haja diferenças significativas entre países.

A exceção a este cenário negro para as exportações portuguesas é a Alemanha. A economia alemã deverá contrair 5,6% em 2020, recuperação com um crescimento de 3,5% em 2021, enquanto as importações encolhem apenas 6,8% em 2020, subindo 5,5% em 2021.

Os números da maior economia europeia poderão dar algum ânimo aos exportadores nacionais, mas a Comissão Europeia avisa que a recuperação será principalmente feita através dos bens e não dos serviços. “Estes últimos serão afetados pela lenta normalização nos serviços de alojamento e transportes, dado que tanto as restrições às viagens como a perda de rendimento nos países de origem vão deixar marcas”, antecipa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Deco diz que 60% dos consumidores desconfiam dos produtos “amigos do ambiente”

Defesa do consumidor está a desenvolver o projeto CLEAN, que tem como principais objetivos prestar informação fiável e verificável e alertar os consumidores para alegações falsas ou abusivas.

A Deco Proteste quis saber o que pensam os consumidores portugueses dos produtos “amigos do ambiente” e descobriu que não só estão pouco informados sobre o tema como o sentimento que predomina é o de desconfiança. A associação portuguesa de defesa do consumidor, em conjunto com organizações congéneres de Espanha, Itália e Bélgica, está por isso a desenvolver o projeto CLEAN, que tem como principais objetivos prestar informação fiável e verificável e alertar os consumidores para alegações falsas ou abusivas. Até maio de 2021, o projeto estudará o setor dos detergentes domésticos.

Pouco informados e muito desconfiados das alegações ambientais – assim se consideram os consumidores que ouvimos num inquérito europeu sobre o impacto ambiental dos detergentes usados em nossas casas. Apesar da maioria dos consumidores (70%) prestar pelo menos alguma atenção ao impacto ambiental dos detergentes de uso doméstico quando os compram, apenas 16% são bastante influenciados”, revelou a Deco Proteste em comunicado.

São também muito poucos (12%) os que se consideram bem informados sobre o assunto e os restantes afirmam que não têm a informação mínima necessária.

“Esta desinformação, e aparente desinteresse, fundam-se na desconfiança com que olham para as alegações ambientais dos detergentes. Quase 60% dos portugueses consideram esta informação é uma mera estratégia de marketing, sem qualquer tradução prática e verdadeira”, acrescenta ainda a defesa do consumidor. A esmagadora maioria dos consumidores (93%) reclama uma uniformização da forma de apresentação das alegações ambientais: um “logótipo comum ou cores uniformizadas são duas das sugestões apresentadas”.

Estes dados estão em linha com as conclusões de uma ação no terreno recentemente dinamizada pela Deco Proteste em conjunto com o Continente, na área da Sustentabilidade, a qual revelou que “muitos consumidores entendem a importância do tema, mas consideram-se mal informados, e confiam pouco nas alegações apresentadas por muitos produtos, temendo que não passem de meras estratégias publicitárias”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcas não querem só vender. Ensinam consumidores a poupar dinheiro e o ambiente

O consumo sustentável pode ir desde um carro elétrico ou painéis solares, até aos pequenos produtos do dia-a-dia, do pão ao café, do champô ao detergente para a roupa.

As marcas querem sempre vender mais, é certo, mas nos dias que correm esse já não pode ser o único foco. Cada produto posto à venda tem uma pegada carbónica e ambiental associada e é da responsabilidade das grandes marcas de consumo reduzi-la ao máximo. Do outro lado da equação, cabe também ao consumidor fazer as melhores escolhas para um consumo mais sustentável.

A Deco garante que essas escolhas sustentáveis resultam em impactos positivos na carteira das famílias: se instalar redutores de caudal nas torneiras de casa, não só poupo água como ganho X euros ao fim do ano. O mesmo na eletricidade. Se instalar painéis solares, a fatura da luz baixa ao final do mês.

O consumo sustentável pode ir desde algo maior e mais duradouro, como um carro elétrico ou painéis solares, até aos pequenos produtos do dia-a-dia, do pão ao café, do champô ao detergente para a roupa. Conheça alguns exemplos.

Nestlé aposta no café torrado made in Portugal com embalagens sem alumínio

Presente em mais de 20 países, a marca de cafés Buondi acaba de lançar uma nova embalagem criada de raiz para ser 100% reciclada. Continua a ser feita de plástico, tal como antes, mas agora segue de Portugal para o mundo sem a segunda camada de alumínio, que antes impedia que a embalagem fosse reaproveitada e reciclada depois de utilizada.

Dona da Buondi, a Nestlé garante que esta inovação permitirá eliminar o consumo anual de 2,2 km2 de alumínio, bem como reduzir o consumo de água e energia necessários para produzir este material.

Para já, a nova embalagem reciclável, que pode ser colocada diretamente no ecoponto amarelo, está a ser aplicada na fábrica de café do Porto apenas nos formatos de café em grão torrado de 1 kg do lote Buondi Prestige, comercializados pela Nestlé Professional para cafés e restaurantes.

Mas já em 2021 este novo material plástico 100% reciclável vai ser a matéria prima das embalagens de grande dimensão das restantes marcas de café da Nestlé — Sical, Tofa, Christina — mas também das embalagens mais pequenas de café moído (250 gr) que seguem para os supermercados, chegando a todos os consumidores. A multinacional suíça assumiu o compromisso de tornar as suas embalagens 100% recicláveis ou reutilizáveis até 2025.

Nas vendas a profissionais — e com os cafés, restaurantes e hotéis limitados na sua atividade por causa da pandemia — a Nestlé dá conta de quebras de vendas na ordem dos 40%, enquanto as vendas de cápsulas disparam, sobretudo online. Feitas as contas, se bebermos 3 a 4 cafés por dia, em casa, ao fim do mês são 90 a 120 cápsulas.

Da fábrica da Dolce Gusto, em Girona, vão sair em 2020 2.800 milhões de cápsulas de 200 referência de café, mais 450 milhões do que no ano passado, quando se fabricaram 2.350 milhões. E se nas cápsulas Dolce Gusto predomina o plástico, o alumínio compõe as da Nespresso, sendo que ambas as marcas têm programas de recolha e reciclagem, com metas ainda abaixo do desejado. A Nestlé quer alcançar 100% de capacidade de recolha de cápsulas usadas e garantir que 100% do alumínio usado nas cápsulas Nespresso seja gerido de forma sustentável.

Garnier lança champô sólido e testa rótulo com avaliação de impacto ambiental

Lavar o cabelo com algo que se assemelha a um sabonete? A marca de produtos de beleza Garnier — Fructis, Ultra Suave, Garnier Bio, Skin Active, Ambre Solaire, Olia e Nutrisse — aposta nesta nova tendência de consumo sustentável e garante que não só é melhor para o ambiente, como ainda permite poupar.

Isto porque o novo champô sólido da marca chega às prateleiras dos supermercados com uma embalagem com 0% de plástico, 100% biodegradável e reciclável, e que “reforça o compromisso de sustentabilidade de Garnier”. Além disso, cada barra de champô sólido equivale a duas embalagens de champô tradicional e tem 94% de ingredientes de origem vegetal.

Para Tiago Melo, Diretor de Marketing de L’Oréal Grande Consumo, “esta é uma verdadeira revolução no segmento dos champôs: performance e sustentabilidade coabitam numa receita com ingredientes naturais que respeita o cabelo e o planeta. Com zero plástico e zero desperdício, este é um lançamento integrado na iniciativa GreenBeauty, que reforça o compromisso de sustentabilidade de Garnier, reduzindo e erradicando o impacto ambiental em todas as etapas de cadeia de valor da marca”.
Com presença em 64 países do mundo, em julho a Garnier lançou a sua iniciativa Green Beauty, de acordo com a qual a empresa se compromete a que até 2025 todos os produtos sejam feitos sem plástico virgem (poupando assim 37 mil toneladas de plástico todos os anos, equivalentes a 1,8 mil milhões de produto), todas as embalagens reutilizáveis, recicláveis e compostáveis e todas as fábricas neutras em carbono (38.596 toneladas de emissões de CO2 já reduzidas com recurso à energia renovável). A marca será também a primeira a implementar o sistema de Rotulagem de Impacto Ambiental e Social do Produto.
Este novo rótulo vai permitir informar os consumidores para o impacto social e ambiental dos produtos, para que tenham a capacidade de fazer escolhas sustentáveis. A ser testado em França e nos produtos de cuidado de cabelos, este rótulo tem uma pontuação de sustentabilidade de A ao E. Esta pontuação tem em conta 14 fatores ambientais relacionados com fontes, processo de produção, transporte, utilização e reciclagem.

Detergentes que poupam energia? Tide e Fairy prometem limpeza com água fria

A gigante mundial de marcas de bens de consumo, Procter & Gamble (P&G) não só quer reduzir as emissões globais das suas operações como também faz uma Avaliação do Ciclo de Vida dos seus produtos para conhecer as emissões da sua cadeia de fornecimento, bem como da utilização dos seus produtos pelo consumidor (de âmbito 3).

A empresa descobriu que mais de 85% das emissões de âmbito 3 são provenientes da utilização dos seus produtos pelos consumidores. “A P&G chega a cinco mil milhões de pessoas através das suas marcas todos os dias e, com essa escala, é responsável por dar aos consumidores o poder de reduzir as suas próprias pegadas de carbono com produtos projetados para ajudar a poupar energia, água e recursos naturais”, diz a empresa.

E dá exemplos: Mais de 60% da pegada de um detergente para a roupa reside na sua utilização por parte do consumidor, sobretudo no que toca à energia usada para aquecer a água, por isso, marcas como Ariel e Tide estão já a otimizar as fórmulas dos seus detergentes para obterem alta eficiência na lavagem a baixa temperatura.

O objetivo é fazer com que 70% das cargas de máquinas de lavar roupa passem a ser de ciclos de baixa temperatura. A P&G estima que, desde 2015, as emissões evitadas pelos consumidores que aumentaram os ciclos de lavagem a baixa temperatura foram de aproximadamente 15 milhões de toneladas de CO2, o que equivale a tirar 3 milhões de carros das estradas.

Já a marca Fairy tem conseguido provar aos consumidores que lavar a louça na máquina é mais eficiente no que toca à poupança de água e energia, comparativamente à lavagem à mão. As cápsulas Fairy permitem aos consumidores poupar água e a energia necessária para a aquecer. Ao reduzirem a temperatura da água em 20°C, os consumidores podem poupar até 50% de CO2 da pegada total a cada lavagem.

Auchan aposta nos produtos a granel para promover poupança

No âmbito do Dia Mundial da Poupança, a Auchan desafiou os seus clientes a fazerem escolhas mais económicas e conscientes: fraldas ou toalhitas reutilizáveis, produtos descartáveis de madeira e cartão ou ainda a oferta avulso — mais de 600 referências de produtos — são algumas das soluções para evitar compras desnecessárias e a aumentar o tempo de vida útil dos produtos.

Outra das sugestões de poupança da Auchan é o pão para culinária: pão do dia anterior, que pode ser utilizado para culinária, ou com mais de dois dias e transformado em pão ralado, vendido a um preço mais acessível. Permite uma dupla poupança: monetária e alimentar, reduzindo o desperdício de alimentos.

“Fazer uma lista de todos os produtos necessários ou comparar os diferentes tamanhos dos produtos, verificando sempre o preço por Kg/L, facilitam, também, a poupança diária”, diz a Auchan.

Leroy Merlin dá dicas de poupança: isolar, ventilar e aquecer

Para garantir a eficiência energética em casa há três passos essenciais a considerar: isolar, ventilar e aquecer, garante a rede de lojas de materiais de construção, acabamento, decoração, jardinagem e bricolagem Leroy Merlin, com presença em França, Espanha, Portugal, Polónia, Itália, Brasil, Rússia, China, Grécia, Roménia, Ucrânia, Chipre.

Diz a marca que “o isolamento é fundamental para garantir o conforto térmico da casa durante todo o ano” e ainda permite uma redução de 40% na fatura de energia. Além da poupança em energia, “o isolamento térmico amplia a durabilidade da casa, reduz a necessidade de trabalhos de manutenção e aumenta o conforto”, diz a Leroy Merlin.

Depois de isolada a casa, é essencial ventilá-la, para garantir a renovação do ar viciado sem desperdício de calor, tornando o ar mais saudável e, ao mesmo tempo, assegurando o bom estado da casa. “É possível garantir uma ventilação eficaz através de um sistema de Ventilação Mecânica Controlada, que permite poupar até 10% em energia“, referem.

No que diz respeito ao aquecimento, a escolha do aparelho irá determinar os custos de energia. Com a redução de apenas 1 grau na temperatura para aquecimento ambiente poderá poupar-se até 7% na fatura de energia, diz a Leroy Merlin.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PCP propõe que contribuições para ADSE incidam apenas sobre 12 meses

O PCP defende que as contribuições dos beneficiários da ADSE devem ser descontadas apenas na remuneração mensal, deixando de fora os subsídios de férias e de Natal.

O PCP entregou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2021 para que os descontos dos beneficiários para a ADSE passem a incidir apenas sobre 12 meses. Atualmente, as contribuições para o subsistema de saúde dos funcionários públicos são descontadas na remuneração mensal e nos subsídios de férias e de natal.

“Sendo o ano constituído por 12 meses, em bom rigor, este é o período que deve ser considerado paras as contribuições para a ADSE e não 14”, explica o PCP, na proposta que já deu entrada nos serviços do Parlamento. Foi em 2011 que os descontos de todos os beneficiários para a ADSE passaram a incidir nos subsídios de férias e Natal, sendo que tal já acontecia antes para os funcionários aposentados e para as recém contratações.

Esta situação é de uma profunda injustiça e significa um esforço suplementar por parte dos beneficiários que já foram penalizados com o aumento da contribuição em 2 p.p. pelo Governo PSD/CDS, passando a descontar 3,5%”, argumenta o PCP. O partido nota ainda que esta medida é também recomendada pelo Tribunal de Contas, no ano passado.

Uma das recomendações da entidade no relatório da auditoria de seguimento à ADSE é “diligenciar para que a cobrança do desconto mensal para a ADSE se reporte aos 12 meses do ano em que os beneficiários utilizam a ADSE, e não a 14 meses, contribuindo para a transparência na perceção dos quotizados sobre a quota mensal que suportam“.

“O facto de a taxa de desconto de 3,5% incidir sobre 14 meses (isto é, para além dos 12 meses do ano, recai ainda sobre o subsídio de férias e subsídio de natal), significa que os beneficiários titulares da ADSE estão a contribuir para este sistema de saúde sem a correspondente contraprestação de serviços durante mais dois meses do que o ano civil“, reiterou o Tribunal de Contas, no relatório.

A discussão na especialidade do Orçamento do Estado, onde serão debatidas as propostas de alteração apresentadas pelos partidos, vai arrancar a 20 novembro no Parlamento. Já a votação final global do documento está marcada para dia 26 de novembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TAP oficializa hoje saída de Neeleman e Antonoaldo. “É o passo que faltava”, diz Frasquilho

Acionistas da companhia aérea votam esta terça-feira novos administradores, incluindo o novo CEO Ramiro Sequeira. A assembleia geral acontece a um mês do prazo final para o plano de restruturação.

A destituição de David Neeleman, Antonoaldo Neves e Humberto Pedrosa na administração da TAP é oficializada esta terça-feira pelos acionistas da companhia aérea. O presidente do Conselho de Administração, Miguel Frasquilho, considera que este é apenas mais um passo nas mudanças pelas quais a empresa está a passar. A visão é partilhada pelos sindicatos que esperam um aumento da influência do principal acionista, o Estado.

“É o fim do processo de saída [de Neeleman da estrutura acionista]“, diz Frasquilho, ao ECO. “O closing do negócio já ficou fechado e este era o passo que faltava“, aponta sobre o acordo a que o Governo chegou com os acionistas privados da TAP. No âmbito do apoio público à companhia aérea, o Estado pagou 55 milhões de euros para passar a deter 72,5% do capital da TAP.

A participação que de 22,5% que era do consórcio Atlantic Gateway — através do qual o dono da Azul detinha a participação na TAP em conjunto com o empresário Humberto Pedrosa — passou a ser detida diretamente pelo português, que é também dono do grupo Barraqueiro. Além de Neeleman, também a saída do anterior CEO Antonoaldo Neves era uma das condições do Executivo. Já no caso de Humberto Pedrosa, o acionista ficou, mas sai do Conselho de Administração para evitar eventuais conflitos de interesse.

"É o fim do processo de saída [de Neeleman da estrutura acionista]. O closing do negócio já ficou fechado e este era o passo que faltava.”

Miguel Frasquilho

Presidente do Conselho de Administração da TAP

Os acionistas vão deliberar, esta terça-feira a partir das 11h00, a exoneração dos três enquanto administradores da sociedade. Esse é o primeiro ponto da convocatória da assembleia geral. De seguida, irão votar pontos relacionados com o processo de recuperação da TAP, como a alteração aos estatutos e a extinção de categorias especiais de ações.

Acionista Estado e CEO Ramiro Sequeira reforçam poderes

Os últimos pontos na ordem de trabalhos indicam a ratificação da cooptação dos administradores Ramiro Sequeira (que desempenha funções de novo CEO), José Manuel Silva Rodrigues (vogal do conselho de administração) e Alexandra Reis (vogal da comissão executiva) como novos administradores. António Macedo Vitorino é a proposta para presidente da mesa da Assembleia geral da TAP.

Do lado dos trabalhadores, os sindicatos concordam com Frasquilho. “É uma iniciativa que clarifica o acionista Estado. É uma tomada de poder que é consequência de um processo que tem vindo a acontecer“, aponta Henrique Louro Martins, presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC). “É pro forma“, concorda Jaime Silva, presidente do Sindicato dos Quadros da Aviação Comercial (SQAC). “O Estado é o acionista maioritário e tem de informar os outros, mas põe e dispõe“, afirma.

"Neste momento, não temos uma administração como tínhamos. Os conhecimentos sobre a aviação civil são menores.”

Jaime Silva

Presidente do Sindicato dos Quadros da Aviação Comercial (SQAC)

Silva sublinha, no entanto, que Humberto Pedrosa não vai sair realmente da empresa: “é uma estratégia para Pedrosa poder gerir os negócios que tem além da TAP e poder recorrer a apoios”. A crítica prende-se com com as razões para a saída estarem relacionadas com eventuais implicações nas atividades desenvolvidas pelo grupo Barraqueiro, da prevista reorganização da participação acionista do Estado português na TAP.

“A forma como foi pedido o apoio devia ter sido diferente, com apoio à Covid como aconteceu com outras companhias aéreas ou apoio ao fecho das fronteiras. O Governo avançou com outra proposta de recuperação da TAP, que foi uma forma de fragilizar e tirar apoios aos privados. Neste momento, não temos uma administração como tínhamos. Os conhecimentos sobre a aviação civil são menores”, critica.

Se o presidente do SQAC receia que não sejam feitas mudanças (ou que sejam negativas), o líder do SNPVAC espera que estas acelerem. Henrique Louro Martins tem sido crítico sobre o processo de substituição de Antonoaldo Neves por Ramiro Sequeira, dizendo que “muitas das pessoas que chegaram com [o primeiro] ainda lá estão”, referindo-se a posições chave como a de administrador financeiro, atualmente desempenhada por Raffael Quintas. “Espero que mude”, diz.

"O que é interessante é a criação de uma comissão de monitorização do apoio de Estado à TAP, na qual deveriam estar integrados os sindicatos.”

Henrique Louro Martins

Presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC)

Governo ainda não chamou sindicatos sobre reestruturação

A assembleia geral da TAP acontece a um mês da data limite para o Governo entregar à Comissão Europeia o plano de reestruturação da companhia aérea. Frasquilho diz que é ainda “prematuro” avançar com mais informações sobre o assunto, enquanto os sindicatos — que têm reclamado um maior papel neste processo que irá implicar o despedimento de cerca de 1.600 trabalhadores — ainda não sabem de nada.

“Temos uma companhia aérea que está sobredimensionada. Não podemos manter uma dimensão artificial que não tem neste momento procura. Portanto o plano de reestruturação vai ser difícil”, disse o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, na semana passada no Parlamento. Garantiu igualmente que já teve reuniões com os sindicatos e vai marcar novos encontros para lhes apresentar a primeira fase do plano que já está concluída.

Nenhum dos sindicatos com que o ECO falou foi contactado pelo Governo e a última vez que falaram com a Boston Consulting Group (consultora responsável por desenhar o plano) foi no início de setembro. Ambos pedem igualmente maior intervenção. “O que é interessante é a criação de uma comissão de monitorização do apoio de Estado à TAP, na qual deveriam estar integrados os sindicatos“, acrescenta Louro Martins, do SNPVAC.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.