AHP mais pessimista estima perda de receita acima de 3,6 mil milhões

  • Lusa
  • 21 Outubro 2020

Estimativa da associação é de uma quebra de receita a rondar os 70% este ano, que se traduzirá num valor superior ao estimado em junho.

O presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Raul Martins, estima que a perda de receitas dos hotéis em 2020 possa ser superior a 3,6 mil milhões de euros, previsão mais pessimista do que a que foi feita em junho.

Em entrevista à Lusa, Raul Martins disse que a estimativa da associação anda atualmente numa quebra de receita a rondar os 70% este ano, que se traduzirá num valor superior ao estimado a meses do início da pandemia. A queda “anda pelos 70%, há [estimativas de] outros que andam nos 60%, mas com a evolução que estamos a ter na Europa e sem turistas dos outros continentes, só vejo que possa ser pior do que isso, não tenho outra expectativa”, afirmou.

A Em 4 de junho, a presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira, disse que a associação estimava perdas de receita entre os 3,2 e os 3,6 mil milhões de euros este ano, bem como menos 24,8 a 46,4 milhões de dormidas.

Agora, Raul Martins lembra que, em junho, a expectativa era de que no mês seguinte “a situação retomava”, mas que, entretanto, “houve hotéis que estavam para abrir” a partir de julho, e que “não abriram, nomeadamente nas cidades”. “A expectativa era de que em julho houvesse uma retoma […], ela não existiu e, portanto, a expectativa é a redução ou a perda de receitas no turismo ser superior a essa” que tinha sido estimada inicialmente.

Sobre a ajuda que o mercado interno deu este verão às empresas do setor que se veem privadas de turistas estrangeiros ao nível dos últimos anos, o presidente da AHP admite que o fluxo dos portugueses “a muitas [empresas] salvou”. “Salvou no sentido de que os prejuízos foram contidos ou não houve quase prejuízos. Repare, o Algarve, mais até em setembro do que em agosto — julho nesse aspeto não resultou muito –, mas em agosto já houve um crescimento razoável de turismo interno e em setembro houve, salvo erro, mais de 30% de aumento do turismo interno no Algarve”, afirmou.

“Mas não só. Todo o interior (…), [este] não teve aumento, teve foi menos redução, quer dizer se o ano passado tinham tido uma ocupação de 60% este ano tiveram 50%. É muito melhor do que aquilo que aconteceu nas cidades”, acrescentou.

Segundo o responsável, em Lisboa, por exemplo, a ocupação dos hotéis “já depois de julho” está numa média, “face à oferta, de 15% e há quem tenha menos“, disse. “Estou a dizer da oferta, não é dos hotéis que estão abertos, mas como há hotéis que estão abertos e outros estão fechados, alguns conseguem chegar ali aos 30%, mas [a média] é 15%”, explicou.

Já no Porto, Raul Martins diz que “quanto muito 25%”. “As cidades foram as que sofreram mais porque as pessoas sabem que nas cidades há mais gente. Portanto, as pessoas querem ir para as zonas rurais onde há menos gente. Veja o que aconteceu agora no Algarve: Albufeira ficou deserta porque era onde se concentravam mais pessoas. No entanto as pessoas foram para outros lados onde havia menos possibilidade de haver” mais gente.

Raul Martins acredita que “este paradigma” da hotelaria e do turismo “está a mudar”, e até já estava, “mas agora mudou mais rapidamente e não vai voltar para trás”. “Não vamos voltar ao mesmo nível de aglomerações que tínhamos. As pessoas vão querer cada vez mais ir para sítios onde estejam mais recatadas por todas as razões e mais uma: agora aprenderam que isso até será mais interessante. Agora, haverá sempre os mais novos que querem ter mais gente”, acredita.

“É natural, é humano, mas este paradigma que agora surge de procurar hotéis mais pequenos, procurar sítios com menos gente, mas que tenham atratividade” não vai mais desaparecer, sustenta. Assim, há a convicção de não se vai “voltar à estaca anterior a 2019”. “Vai haver uma alteração das preferências dos turistas. Já havia, estas coisas dos passeios, das caminhadas (…) e agora há mais uma razão”, a pandemia, conclui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lucros da Netflix disparam à boleia da pandemia

  • Lusa
  • 21 Outubro 2020

Nos primeiros nove meses do ano, a Netflix somou 28 milhões de assinantes, garantindo o maior aumento anual da empresa na sua história.

O lucro da Netflix subiu 73% nos primeiros nove meses, face a igual período de 2019, para 2.219 milhões de dólares (1.888 milhões de euros), anunciou a plataforma de conteúdos de entretenimento em streaming.

Entre janeiro e setembro, as receitas da empresa liderada por Reed Hastings atingiram 18.350 milhões de dólares (15.614 milhões de euros, à taxa de câmbio atual), mais 3.661 milhões de dólares (3.115 milhões de euros) que um ano antes, impulsionado pelo aumento de consumo dos conteúdos da Netflix durante a pandemia de Covid-19.

No entanto, o crescimento de subscritores da Netflix diminuiu drasticamente durante os meses de verão, após o aumento registado na primavera devido ao confinamento resultante da pandemia, que confinou milhões de pessoas nas suas casas.

Esta queda aconteceu no verão, quando os consumidores procuraram distração da pandemia em momentos ao ar livre e os principais eventos desportivos nos Estados Unidos voltaram a realizar-se, disponibilizando alternativas de entretenimento para o serviço de streaming de vídeo mais popular de momento.

Depois de captar 2,2 milhões de subscritores no período entre julho e setembro — abaixo das expectativas dos analistas –, a Netflix encerrou o trimestre com 195,2 milhões de assinantes em todo o mundo.

Anteriormente, a plataforma tinha previsto um aumento de 2,5 milhões de subscritores durante o último trimestre.

Nos primeiros nove meses do ano, a Netflix somou 28 milhões de assinantes, garantindo o maior aumento anual da empresa na sua história.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hotelaria quer TAP à escala do turismo nacional e “que sirva o país”

  • Lusa
  • 21 Outubro 2020

Nos últimos anos, com a gestão privada, objetivo da TAP “não era tanto servir o país turístico”, mas mais atingir objetivos de resultados, “que, afinal, foram negativos”.

O presidente da Associação da Hotelaria de Portugal(AHP) disse à Lusa que o setor deseja, no âmbito da reestruturação da TAP, uma companhia aérea dimensionada à escala do turismo nacional, “rentável e que sirva o país”.

Em entrevista à agência Lusa, Raul Martins afirmou que o que a AHP quer para a TAP “é que seja rentável e que sirva o país”, sublinhando, porém, não querer uma TAP “pequenina”, mas sim “dimensionada à escala daquele que seja o turismo nacional”.

O presidente da AHP defendeu que o desenvolvimento da transportadora aérea nos últimos anos, com a gestão privada, “não era tanto servir o país turístico”, mas mais atingir objetivos de resultados, “que, afinal, foram negativos”.

No entanto, o responsável apontou que, dentro das opções da gestão anterior da TAP, a aposta no mercado dos Estados Unidos da América “foi um aspeto muito positivo”.

“É certo que esta nova administração da TAP que vier a ser concretizada o fará [a aposta no mercado americano], porque ela é, em termos financeiros, benéfica para a TAP, mas também é benéfica para o país, sendo certo que as rotas da América e do Brasil, em especial, não têm muita concorrência das low cost [companhias de baixo custo]”, acrescentou.

Em relação à operação da companhia aérea no Porto, Raul Martins disse não compreender como é que aquela cidade foi colocada numa “situação de segunda opção” e entende que reduzir as ligações com o Porto foi uma decisão “pouco curial”.

“O Porto cresceu imenso em termos turísticos nos últimos anos, cresceu mais do que Lisboa, em percentagem”, sublinhou.

Porém, o presidente da AHP disse ter informação de que está a ser feito um levantamento pela TAP das necessidades do Porto em termos de operação – bem como da Madeira e dos Açores -, no âmbito do plano de reestruturação a apresentar à Comissão Europeia, que “vai fazer com que o Porto volte a ter a importância que deve em termos turísticos”.

“O facto de haver muitas low cost a operar com muita intensidade para o Porto, ou para o Algarve, não quer dizer que a TAP não tenha a sua quota e o seu mercado, não só dos portugueses que se querem deslocar, mas também dos turistas que vêm para o norte”, acrescentou.

Numa audição na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, em 15 de outubro, no parlamento, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, disse que as quatro rotas criadas no aeroporto do Porto, para Amesterdão, Milão, Zurique e Ponta Delgada estão com “46% da lotação em média” e são “neste momento um prejuízo para a TAP”.

O ministro revelou ainda que está a ser estudado o reforço da frota da TAP Express/Portugalia, para operar, a partir de Porto e Faro, para outros aeroportos da Europa, em “ligações ponto a ponto”, para tentar que a TAP seja “mais competitiva”, nomeadamente face às companhias aéreas low cost.

Em 02 de julho, o Governo anunciou que tinha chegado a acordo com os acionistas privados da TAP, passando a deter 72,5% do capital da companhia aérea, por 55 milhões de euros.

A Comissão Europeia aprovou em 10 de junho um “auxílio de emergência português” à companhia aérea TAP, um apoio estatal de até 1.200 milhões de euros para responder às “necessidades imediatas de liquidez” com condições predeterminadas para o seu reembolso, entre os quais a apresentação de um plano de reestruturação até meio de dezembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CDS-PP/Lisboa propõe que cobrança de estacionamento na via pública volte a ser suspensa

  • Lusa
  • 20 Outubro 2020

A proposta do CDS-PP não mereceu, contudo, qualquer comentário da parte do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina (PS).

O CDS-PP/Lisboa propôs esta terça-feira que a cobrança do estacionamento na via pública na cidade volte a ser suspensa, como forma de aliviar a carga de procura nos transportes públicos “em pleno agravamento da situação pandémica”.

“Com o aumento drástico de casos [de infeção pelo novo coronavírus], a Câmara deve agir e uma das medidas imediatas para aliviar a carga de procura nos transportes públicos é propor alternativas e esta entendemos que é uma delas”, defendeu hoje o deputado municipal do CDS-PP Diogo Moura, durante o “debate anual sobre o estado da cidade” na Assembleia Municipal de Lisboa.

Recordando que durante o período em que o país esteve em estado de emergência devido à pandemia de covid-19 a fiscalização e cobrança de estacionamento na via pública pela EMEL – Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento foram suspensas, Diogo Moura disse não ser compreensível que, “em pleno agravamento da situação pandémica” não se volte a tomar essa medida.

O fluxo de trânsito aumentou, trabalhadores que regressaram aos seus locais de trabalho, famílias que optaram por manter a escolha de infantários e escolas junto da sua atividade profissional, os transportes públicos são os mesmos, pelo que lançamos aqui o desafio de adotar novamente a suspensão de pagamento”, disse. A proposta do CDS-PP não mereceu, contudo, qualquer comentário da parte do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina (PS).

A fiscalização e cobrança de estacionamento na via pública, que estiveram suspensas desde 16 de março, foram retomadas em 11 de maio. Os veículos de residentes com dístico válido (e a todos a quem já tinha sido garantido acesso) puderam continuar a estacionar gratuitamente nos parques de estacionamento da EMEL até 30 de junho.

A única medida que ainda continua em vigor, até dezembro, é a gratuitidade de estacionamento para as equipas de saúde das unidades do Serviço Nacional de Saúde “mais diretamente envolvidas no combate à pandemia”.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 40,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 2.213 pessoas dos 103.736 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street avança com otimismo de Pelosi sobre pacote de estímulos

Os avanços e recuos nas negociações de um novo pacote de estímulos orçamentais tem determinado as negociações em Wall Street. Poderá haver um acordo formal ainda esta terça-feira.

Wall Street encerrou a sessão em alta graças aos avanços em relação a um novo pacote de estímulos orçamentais para fazer face ao choque económico gerado pela pandemia de coronavírus. Em simultâneo, os investidores estão também a digerir a época de resultados, sendo que é a Netflix a destacar-se esta terça-feira.

A presidente da Câmara dos Representantes Nancy Pelosi disse esta terça-feira estar otimista quanto a um potencial acordo com a Casa Branca que possa entrar em vigor já no início do mês, acrescentando que o anúncio oficial poderá chegar ainda esta noite.

As declarações animaram os mercados para quem a preocupação era o potencial o adiamento dos estímulos para depois das eleições norte-americanas a 3 de novembro. “Penso que, independentemente de quem for eleito, vamos ter estímulos“, disse Brian Reynolds, estratega-chefe de mercados da Reynolds Strategy à Reuters. “Eventualmente haverá união para produzir mais estímulos para a economia porque todos os setores que estão a ficar para trás precisam muito disso”, acrescentou.

A incerteza sobre pacote de apoio às empresas mais penalizadas pelo coronavírus tem sido o fator de stress para Wall Street, numa altura em que faltam apenas duas semanas para as eleições. Face aos desenvolvimentos, o Dow Jones subiu 0,4% para 28.307,18 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,47% para 3.443,07 pontos e o Nasdaq somou 0,32% para 11.515,34 pontos.

No campo empresarial, a época de resultados tem entusiasmado com 86,4% das 66 cotadas do S&P 500 que já apresentaram resultados a superarem expetativas, segundo dados da Refinitiv IBES. Após o fecho do mercado será a vez de a Netflix divulgar contas trimestrais, sendo que a empresa dona da mais famosa plataforma de streaming recuou 1% para 525,42 dólares por ação na sessão.

Outra notícia que marcou o dia foi que o Departamento de Justiça norte-americano entrou esta terça-feira com uma ação judicial contra o Google por violar leis antitrust, alegando monopólio ilegal dos mercados de publicidade e de buscas na internet, prejudicando consumidores e concorrência. Mas o processo não penalizou as ações da dona da Google, a Alphabet, que, pelo contrário, fechou em alta com uma valorização de 1,38% para 1.551,08 dólares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19: Supervisão britânica pede mais apoio para segurados vulneráveis

  • ECO Seguros
  • 20 Outubro 2020

Ao invés de contactarem clientes só para negociar prazos e condições mais flexíveis, as seguradoras devem providenciar apoio a quem falhe pagamento de prémios, recomenda supervisor britânico.

A Financial Conduct Authority (FCA), entidade de supervisão de seguros do Reino Unido, divulgou novo pacote de orientações dirigidas às companhias de seguros e mediadores pedindo aos operadores para melhorarem o apoio a clientes que enfrentam dificuldades financeiras por causa da pandemia da covid-19.

A nova proposta de conduta da FCA “estabelece que as empresas devem prestar apoio personalizado aos consumidores que já tiveram um adiamento de pagamento e àqueles que se encontram recentemente em dificuldades financeiras devido à alteração das circunstâncias relacionadas com o coronavírus”.

Reforçando as medidas que vigoram desde maio, no âmbito da pandemia e em benefício dos segurados, a Autoridade de Conduta Financeira define novas orientações, que irão vigorar a partir de 31 de outubro, colocando tónica num “apoio personalizado.” Ao invés de contactarem os clientes para lhes proporem condições mais flexíveis no cumprimento das obrigações de pagamento, as seguradoras e mediadores devem contactar os segurados no sentido de lhes prestar auxílio no caso de se encontrarem em dificuldades, dispõe o organismo agora liderado por Nikhil Rathi, Chief Executive da FCA desde 1 de outubro.

No que diz respeito a seguros, as recomendações incluem medidas tais como: reavaliação do perfil de risco do consumidor para ver se lhe poderiam ser oferecidos pagamentos mensais mais baixos; considerar a possibilidade de lhes serem oferecidos outros produtos que melhor satisfaçam as necessidades do consumidor; prestar ajuda para evitar a necessidade de cancelar a cobertura necessária.

Nos casos em que os clientes possuam contratos de crédito regulados (financiamento premium), a ajuda poderia incluir: permissão de o cliente não efetuar pagamentos ou serem reduzidos os pagamentos durante um período especificado; suspensão, redução, renúncia ou cancelamento de quaisquer outros juros ou encargos; concessão de um prazo razoável e a oportunidade de reembolsar a dívida, inclusive através do adiamento de pagamentos em atraso.

No pacote de recomendações (que se mantêm em consulta pública até final do dia 20 de outubro), a FCA sublinha ainda que as empresas de seguros devem comunicar claramente as diferentes opções disponíveis aos clientes, incluindo em websites e aplicações móveis, e encorajem os clientes a estabelecerem contactos em caso de dificuldades financeiras.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Allianz passa a controlar seguros gerais da Jubilee em 5 países africanos

  • ECO Seguros
  • 20 Outubro 2020

Desembolsando 84 milhões de euros, a subsidiária da Allianz no Quénia desaparece e a alemã assume maioria de "joint venture" de seguros gerais com a Jubilee em 5 países da África oriental.

 

O grupo alemão, através da Allianz Africa, assinou uma parceria estratégica com a Jubilee Holdings Limited (JHL ou Jubilee Insurance), líder de seguros na África oriental, assegurando a entrada da companhia alemã nos cinco países em que a JHL opera seguros gerais, revela comunicado conjunto.

Com máscaras: Imagem que ilustra a notícia no site da Allianz.

As fotos divulgadas, separadamente, pelas partes parecem espelhar os elementos culturais que orientam a comunicação corporativa de cada uma das instituições. De um lado, os participantes na cerimónia usam as máscaras comunitárias de proteção contra a covid-19, enquanto do outro, é captado um momento desligado de qualquer protocolo sanitário.

Sem máscaras: Imagem publicada no comunicado da Jubilee.


O acordo cobre as operações P&C (seguros gerais) no Quénia, Tanzânia e Uganda, além de atividades de seguros de curto prazo no Burundi e Maurícia, sendo que a Jubilee manterá a propriedade do negócio Vida e Pensões, além das operações de seguro saúde que desenvolve no Quénia Uganda e na Tanzânia.

Nos termos da estrutura criada pelo acordo, a Allliaz adquire posições de controlo em cada um dos mercados referidos, desembolsando um montante equivalente a 84 milhões de euros (10,8 mil milhões de xelins quenianos), enquanto a JHL passa a acionista minoritário. A subsidiária da JHL no Quénia (Jubilee General Insurance Limited), integrando também os ativos da Allianz Insurance Company of Kenya Limited (que entretanto desaparecerá, sendo absorvida pela entidade resultante da parceria), será a entidade representativa da joint venture.

“Estamos entusiasmados por entrar nos mercados-chave da África oriental onde a JHL tem presença importante. A Jubilee é a melhor parceira para realizar a nossa ambição na região”, disse Coenraad Vrolijk, Regional CEO e Regional Executive Board Member da Allianz Africa, citado no comunicado conjunto.

Após a transação, que fica pendente das aprovações de organismos regulatórios em cada um dos países envolvidos (obrigando a criar entidades autónomas de seguros gerais na Tanzânia e no Uganda), a Allianz – através da Jubilee General Insurance – passará a controlar entre 51% e 66% do capital em cada uma das companhias seguradoras subsidiárias do JHL Group naqueles cinco mercados.

Em base proforma, o conjunto das operações P&C abrangidas pelo acordo representavam 252 milhões de euros a 30 de junho de 2020, correspondendo a 12,3% dos ativos líquidos consolidados pela JHL.

O acordo foi assinado em cerimónia que teve lugar em Nairobi, com participação e acompanhamento, por ligação remota, de Oliver Bäte (CEO da Allianz SE), e do sultão Ali Allana, diretor de Serviços Financeiro do AKFED.

Depois de, em 2019, por razões estratégicas e regulatórias, ter cedido à senegalesa Sunu posições que detinha nos mercados do Benin, Mali, Togo e Burkina Fasso, a Allianz mantém-se como importante player na CIMA (Conférence Interafricaine des Marchés d’Assurance), desenvolvendo operações em Marrocos, Gana e Nigéria. Agora, tendo a Jubilee como parceira estratégica, o grupo alemão assegura presença firme nos mercados da costa oriental do continente.

Fundado em 1937 pela comunidade Aga Khan, o grupo Jubilee emergiu como primeiro segurador a instalar-se na África oriental e é atualmente uma holding multinacional de serviços financeiros subsidiária do AKFED (Aga Khan Fund for Economic Development), posicionando-se como líder de seguros na região e estendo operações ao Paquistão. No exercício de 2019, operando uma carteira com mais de 450 mil clientes, a companhia registou 38,2 mil milhões de xelins quenianos (299 milhões de euros) em volume bruto de prémios, apurando um equivalente a 39 milhões de euros de lucro (antes de impostos).

Através da subsidiária naquele continente, a Allianz opera em 12 países da África, acompanha clientes em cerca de 50 mercados africanos, onde também oferece micro seguros, através dos quais apoia 1,7 milhões de famílias com baixo rendimento. Em 2019, a Allianz Africa gerou 663 milhões de euros em receitas. Em Portugal, o grupo alemão posicionava-se em 8º lugar no ranking das maiores de 2019, descendo três posições face a 2018 e a operar uma quota em torno de 5% do mercado português.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Como as seguradoras anteciparam a chegada de Barbara

  • ECO Seguros
  • 20 Outubro 2020

Grupo Ageas, Liberty e Fidelidade contactaram clientes e distribuidores antes da passagem da depressão dando conselhos e indicando soluções em caso de sinistros.

O Grupo Ageas, a Liberty e a Fidelidade são três companhias que anteciparam a chegada da depressão Bárbara e aproveitaram para comunicar com os segurados fora dos assuntos cobranças e regularização de sinistros, fornecendo conselhos preventivos das consequências da tempestade e indicações sobre como agir em caso de se registarem danos.

O grupo Ageas avisou que a tempestade Bárbara iria afetar os distritos de Lisboa, Setúbal, Santarém, Portalegre e Castelo Branco, iriam estar de aviso vermelho, entre as 12:00 e as 18:00 de terça-feira, devido a precipitação forte, aumento da intensidade do vento – com rajadas até 100 quilómetros por hora e até 130 quilómetros por hora nas terras altas – e agitação marítima, em especial na costa da região sul.

Além das recomendações da Proteção Civil, o Grupo Ageas Portugal recomendou ainda às populações locais:

  • Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
  • Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
  • Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas, ter especial cuidado na circulação;
  • Se em permanência junto de áreas arborizadas, estar atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
  • Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais;
  • Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança e, nos terrenos confinantes com rios e cursos de água – historicamente sujeitos a cheias e inundações -, retirar os animais e os equipamentos agrícolas.

Os cuidados deviam continuar pós-tempestade:

  • Não propagar rumores ou informações exageradas sobre a situação;
  • Se há feridos, reportar imediatamente aos serviços de emergência;
  • Permanecer em casa, caso esta não tenha sofrido danos;
  • Certificar de que os seus aparelhos elétricos estão secos antes de os ligar;
  • Colaborar com os seus vizinhos na reparação dos danos;
  • Em caso de necessidade, solicitar a assistência das brigadas de salvamento ou das autoridades mais próximas.

O Grupo Ageas Portugal informou ainda que as linhas de atendimento para participação de sinistros encontravam-se preparadas para receber o maior número de chamadas possível.

A Liberty disponibilizou uma linha exclusiva de atendimento aos clientes e parceiros para comunicação de ocorrências. O objetivo é facilitar o contacto e assegurar uma intervenção mais rápida e eficiente, que permita aos clientes regressarem à normalidade o mais rápido possível.

Como medidas de prevenção para evitar possíveis danos, a Liberty recomendou que os Clientes não utilizem o automóvel ou tenham a máxima precaução ao volante e fechem corretamente as portas e janelas das suas casas.

A seguradora Fidelidade avisou por sms os seus segurados para a passagem prevista da depressão Bárbara por Portugal Continental, afirmando estarem “a desenvolver os procedimentos necessários para conseguir apoiar da melhor forma, em caso de necessidade”. ​A rede de distribuidores foi alertada por canais próprios.

Fonte da companhia adiantou que caso se julgue necessário será ativado um número de emergência e deslocado um veículo para áreas mais afetadas para recolher informações junto dos seus clientes sobre sinistros verificados nessa região e acelerar o processo indemnizatório.

O sms da Fidelidade indica ainda que “a prevenção nestas situações é essencial, pelo que, para ajudar a minimizar, preventivamente, o impacto potencial da previsão de chuva e vento forte, recomendamos que se tomem medidas preventivas, para além das que já estão a ser divulgadas pelas autoridades competentes”,

Assim, a companhia recomendou:

  • Fechar todas as portas e janelas;
  • Retirar objetos soltos que se encontrem nas varandas;
  • Desobstruir os sistemas de escoamento das águas;
  • Não conduzir ou estacionar em zonas propícias a inundações e ter atenção aos lençóis de água que podem formar-se.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

João Ribeiro de Almeida é o novo presidente do Instituto Camões

  • ECO e Lusa
  • 20 Outubro 2020

João Ribeiro de Almeida vai substituir, a partir de 1 de novembro, Luís Faro Ramos como presidente do do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua I. P. Tem carreira diplomática.

Há mudanças na gestão do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua I. P. O embaixador João Ribeiro de Almeida vai substituir Luís Faro Ramos como presidente da instituição, a partir de 1 de novembro.

João Ribeiro de Almeida iniciará funções no próximo dia 1 de novembro, substituindo o embaixador Luís Faro Ramos que será o próximo embaixador de Portugal no Brasil”, informa o Ministério dos Negócios Estrangeiros, em comunicado divulgado esta terça-feira.

João Ribeiro de Almeida nasceu em 1962 e é licenciado em Direito. Na década de 90, ingressou na carreira diplomática, tendo desempenhado funções em Lisboa e no estrangeiro. Além disso, foi chefe de gabinete do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros do XVII Governo Constitucional, encabeçado por José Sócrates. Era atualmente o embaixador de Portugal na Argentina.

Luís Faro Ramos, termina o seu mandato de três anos no próximo dia 31, segundo um despacho de exoneração publicado na segunda-feira em Diário da República. O despacho é assinado pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ACT envia para tribunal restantes casos de falsos recibos verdes de Serralves

  • Lusa
  • 20 Outubro 2020

A Autoridade para as Condições do Trabalho vai participar ao Ministério Público os restantes 11 casos, de 21, de falsos recibos verdes detetados na Fundação de Serralves.

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) vai participar ao Ministério Público os restantes 11 casos, de 21, de falsos recibos verdes detetados na Fundação de Serralves, disse esta terça-feira à Lusa fonte oficial daquele organismo inspetivo.

Relativamente ao segundo grupo de 11 prestadores, o prazo para a pronúncia da Fundação de Serralves foi estendido até ao dia 16 de outubro, estando neste momento a decorrer o prazo que a lei prevê para participação da ACT ao Ministério Público, a qual deverá ocorrer até ao final da presente semana”, refere fonte oficial da ACT em resposta a questões da agência Lusa.

Até 9 de outubro, a ACT tinha encaminhado para o MP dez casos, para efeitos de ação de reconhecimento do contrato de trabalho, confirmou nesse dia à Lusa fonte oficial da Procuradoria-Geral da República.

A inspetora-geral da ACT, Luísa Guimarães, revelou, numa audição no Parlamento em 29 de setembro, que aquele organismo detetou indícios de 21 trabalhadores a falsos recibos verdes no Serviço Educativo Artes da Fundação de Serralves, situada no Porto.

Horas depois, numa outra audição, a presidente do Conselho de Administração da Fundação de Serralves, Ana Pinho, defendeu que aqueles trabalhadores são “verdadeiros prestadores de serviços” e disse que deixaria a decisão sobre este assunto para os tribunais.

Segundo fonte oficial da ACT, até hoje “não foi regularizada pela Fundação de Serralves qualquer situação referente aos 21 prestadores relativamente aos quais a ACT verificou a existência de caraterísticas de contrato de trabalho”.

A Fundação de Serralves tinha até 2 de outubro e 05 de outubro (prazo depois estendido para 16 de outubro) para regularizar a situação, respetivamente, de 10 trabalhadores que iniciaram funções entre 1999 e 2016, e de 11 que iniciaram funções entre 2017 e março deste ano.

Em 23 de setembro, também numa audição parlamentar, representantes dos trabalhadores de Serralves expuseram condições laborais que denunciam precariedade, lamentaram a situação de “abandono” durante a pandemia e criticaram a ausência oficial de respostas, tanto do Ministério da Cultura como da representante do Estado na administração da fundação Isabel Pires de Lima.

Entretanto, questionada pela agência Lusa, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, garantiu que “está a acompanhar a situação, tendo solicitado informações detalhadas sobre as situações laborais na Fundação de Serralves e na Casa da Música”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Associação da hotelaria e restauração quer testes gratuitos da Covid-19 para o setor

  • Lusa
  • 20 Outubro 2020

A AHRESP diz ter conhecimento “de que muitas empresas estão a realizar testes Covid-19 aos seus trabalhadores, representando já para muitas um encargo considerável”. Por isso, pede testes gratuitos.

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) defendeu esta terça-feira que o Estado deve disponibilizar gratuitamente testes Covid-19 a empresas que lidam diretamente com o público, como é o caso dos trabalhadores do setor.

No seu boletim diário, a AHRESP diz que teve conhecimento “de que muitas empresas estão a realizar testes covid-19 aos seus trabalhadores, representando já para muitas um encargo considerável”.

“Estes testes têm sido realizados a trabalhadores que apresentam sintomas relacionados com a Covid-19, sentindo-se as empresas na obrigação de o fazer, quer por uma questão de responsabilidade para salvaguarda da saúde pública, quer também por ‘imposição’ dos restantes trabalhadores, que se recusam a prestar atividade junto de alguém que pode ser considerado um caso suspeito”, lê-se no documento.

Tendo em conta a época de gripes que se inicia, continua a AHRESP, a questão assume maior relevância, “pelo que deve o Estado disponibilizar gratuitamente testes para as empresas, especialmente para aquelas que lidam diretamente com o público, como é o caso do alojamento turístico e da restauração e similares”.

“Além de contribuir para a confiança dos consumidores, esta seria uma medida que permitiria a identificação de casos positivos e a não propagação exponencial da doença, como ameaça vir a acontecer”, sublinha a associação.

Portugal contabiliza esta terça-feira mais 15 mortos relacionados com a Covid-19 e 1.876 casos confirmados de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). De acordo com o último boletim, divulgado esta terça-feira, desde o início da pandemia de covid-19, Portugal já contabilizou 103.736 casos confirmados e 2.213 óbitos.

As autoridades de saúde têm 56.126 pessoas em vigilância, mais 701 do que na segunda-feira. A DGS revela ainda que estão ativos 39.625 casos, menos 71 em relação ao dia anterior.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CSM impede Bacelar Gouveia e Orlando Nascimento de acederem ao Supremo Tribunal de Justiça

Jorge Bacelar Gouveia e Orlando Nascimento estão impedidos de aceder ao Supremo Tribunal de Justiça, avançou a TVI. A decisão foi do Conselho Superior de Magistratura devido às suspeitas de corrupção.

Jorge Bacelar Gouveia, professor universitário e ex-deputado do PSD, e o juiz Orlando Santos Nascimento estão impedidos de aceder ao Supremo Tribunal de Justiça, avançou a TVI. A decisão foi do Conselho Superior de Magistratura.

Segundo o canal , a decisão de interdição do acesso a Jorge Bacelar Gouveia deveu-se a inexistência de vagas para “juristas de mérito”, uma vez que estava prestes a ser nomeado juiz Conselheiro no STJ. Por outro lado, Orlando Nascimento vê a sua entrada como juiz conselheiro suspensa e dependente das conclusões do processo em que está envolvido.

Bacelar Gouveia e Orlando Nascimento estão a ser investigados por corrupção em dois processos diferentes: “Tutti-Frutti” e “Operação Lex”, respetivamente.

O professor universitário, investigado no âmbito da Operação Tutti-Frutti, é suspeito de facilitar a atribuição de doutoramentos a alunos de alguns Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP’s) a troco de contrapartidas, como diamantes.

Já no caso Operação Lex, a Procuradoria-Geral da República deu por encerrada em setembro a investigação, tendo deduzido acusação para julgamento contra 17 arguidos. Em causa estão os crimes de corrupção passiva e ativa para ato ilícito, recebimento indevido de vantagem, abuso de poder, usurpação de funções, falsificação de documento, fraude fiscal e branqueamento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.